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Referência

Autismo e cérebro social (2009) Mercadante e Rosário editora segmento forma

Resumo da obra
Neste livro, é relatada a exploração do conceito de 'cérebro social' e informações atualizadas
para a identificação precoce dos principais transtornos do desenvolvimento e das teorias que
buscam explicar suas causas. Os capítulos abrangem a contribuição da genética e dos estudos
de neuroimagem para se compreender a fisiopatologia e discutem o nível de evidência de
tratamentos medicamentosos, psicológicos e de fonoaudiologia, adotados na prática clínica. O
livro descreve a experiência dolorosa de pais que enfrentam o problema, assim como o papel
da associação de familiares na defesa das necessidades e dos direitos das crianças portadoras
desses transtornos.

Capítulo 1- Autismo, síndrome de Asperger e cérebro social

“Uma maneira de entender parte do que acontece com esses indivíduos é admitir que o
desempenho nas interações sociais estaria prejudicada pela falta de entendimento das regras
sociais, as normas implícitas que regulam um encontro social” (p.19)

Parecer: O primeiro capítulo enfatiza sobre transtorno do autismo e da síndrome de Asperger


(SA) e o modo de funcionamento do cérebro social. O autismo faz parte da categoria,
Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que inclui o transtorno de Asperger, e transtorno
global ou invasivo do desenvolvimento da comunicação e comportamentos sociais.

Capítulo 2 - Filogênese do comportamento social

“Os que obtiveram maior sucesso provavelmente foram aqueles que melhor ‘entendiam ‘ os
sinais emitidos por outro ser da mesma espécie, ou seja, exibiam o comportamento mais
afetivo para si mesmo e para seu grupo em decorrência de um sinal. (p.27)

Parecer: No capítulo seguinte aborda o comportamento social que pode ser descrito como um
conjunto de condutas que possibilitam a interação entre dois seres da mesma espécie,
possibilitando a comunicação através de vários sinais que modificam ou regulam a resposta de
ambos.

Capítulo 3- Evolução do cérebro social e autismo

“[...] o cérebro social caracteriza-se como um conjunto de estruturas responsáveis pelo


processamento de informações de ordem social. (p.31)

Parecer: No terceiro capítulo são apresentadas as diferenças entre o cérebro “clássico” e com
inabilidades sociais, na qual levanta a hipótese que o autismo pode ter se desenvolvido como
resultado de uma falha no processo autogenético normal de um cérebro social.
Capítulo 4- História e estórias

“A comunidade científica tem procurado investigar a prevalência, as causas e os transtornos


possíveis para TGD”. (p.37)

Parecer: O capítulo posterior conta relatos da história do autismo e da síndrome de Asperger


(SA), na qual os sintomas da doença eram parecidos, sendo diferenciados com o passar do
tempo. Na qual foi pesquisado possível tratamentos e intervenção para os transtornos.

Capítulo 5- Epidemiologia dos transtornos globais do desenvolvimento

“Os autores verificaram que a prevalência média de autismo entre os anos 1966 e 2004 foi de
7,1 para 10 mil (37 estudos), e que a média de toda entre 1979 e 2004 foi de 20 para 10 mil
indivíduos (23 estudos).” (p.44)

Parecer: capítulo seguinte é descrito as taxas de incidência e as taxas prevalência do autismo


e da síndrome (SA). O primeiro refere-se o numero de pessoas que se tornaram doente em
determinado período, o segundo numero de pessoas que se tornaram doente em determinado
espaço de tempo.

Capítulo 6- Fatores genéticos relacionados ao TGD

“Para concluir, pode-se dizer que a identificação das causas genéticas no TGD ocorre
principalmente nos casos sindrômicos”. (p.51)

Parecer: No sexto capítulo o autor trás a influência dos fatores genéticos relacionados ao
TGD, enfatizando que todos os comportamentos complexos têm um componente genético,
pois o funcionamento cerebral depende de proteínas que são liberadas das expressões gênicas.

Capítulo 7- Fatores ambientais relacionados ao TGD

“[...] a identificação de fatores genéticos e ambientais possibilitam o esclarecimento Ada vez


maior das causas desse quadro neuropsiquiátrico” (p.53)

Parecer: Capítulo seguinte fala sobre as influências dos fatores ambientais dentro do contexto
de vida de pessoas que tem TDG, onde mostra índices clínicos de que certa síndrome de causa
ambiental pode estar também associada às aspectos do TDG.

Capítulo 8- Papel da neuroimagem

“Atualmente, as técnicas de imagem do cérebro tem apresentado nítidas contribuições para a


compreensão clinica do autismo” (p.58)
Parecer: No oitavo capítulo, apresentam o papel da neuroimagem que possibilita identificar
melhor as anomalias, na qual é utilizada a tomografia por emissão e ressonância magnética,
tendo contribuições significativas no campo do autismo entre outras TGD.

Capítulo 9- Alterações neuroanatômicas

“Outros métodos de pesquisa para a identificação do autismo durante esse processo do


desenvolvimento da patologia poderão ser determinantes para o avanço na busca pela causa e
pelo tratamento de autistas”. (p.62)

Parecer: capítulo posterior mostra as alterações causadas pelo autismo, tais como aumento do
volume encefálico, alterações em estruturas especificas como o hipocampo, a amígdala, o
sulco temporal superior, o cerebelo entre outras.

Capítulo 10- Neuroquímica Cerebral

“Diversas estruturas encefálicas estão alteradas em pessoas com autismo” (p.60)

Parecer: O décimo Capítulo expõe o papel das substancias serotonina, a dopamina e a


norepinefria que são neurotransmissores, este por atuar nos sintomas dos TEAs, são também
responsáveis pela comunicação entre as células cerebrais.

Capítulo 11- Instrumentos diagnósticos

“[...] a avaliação clínica, a anamnese (história de vida do paciente) e a observação de padrões


de comportamento em diversas situações são soberanas na conclusão diagnostica.” (p.69)

Parecer: No décimo primeiro capítulo discutem sobre os instrumentos diagnósticos que são
utilizados para ajudar na identificação de transtornos psiquiátricos, entretanto, os instrumentos
servem apenas para auxiliar e orientar no esclarecimento da avaliação clínico investigativo.

Capítulo 12- Atenção compartilhada

“Uma persistente falta de responsividade para o outro.” (p.75)

Parecer: O capitulo enfoca nos sintomas atuais de diagnostico de déficits nas habilidades
sociais dos transtornos globais, na qual deixa bem claro que os familiares têm que ter o
cuidado nas características apresentada pela criança que são importantes sinalizadores.

Capítulo 13- Avaliação neuropsicológica

“A avaliação neuropsicológica possibilita mapear perfis de habilidades e inabilidades


cognitivas, de modo a complementar o diagnóstico clínico na diferenciação de subtipos de
transtornos globais do desenvolvimento (TGD)” (p.87)
Parecer: Capítulo posterior apresenta que avaliação neuropsicológica, na qual esta investiga
as relações entre cérebro e comportamento, utilizando instrumentos para fazer a avaliação das
funções cognitivas tais como a memória linguagem entre outras.

Capítulo 14- Análise aplicada do comportamento (ABA)

“Skinner definiu o comportamento com a relação entre eventos antecedentes (1), as próprias
ações dos indivíduos (2) e os eventos conseqüentes (3)”. (p.94)

Parecer: O capítulo esclarece que (ABA) está associado ao tratamento de quadros de doenças
(TGD) como síndrome Asperger e transtornos do autismo, sendo uma linha de atuação dentro
da abordagem comportamental, na qual se aplica as necessidades e problemas específicos do
autismo.

Capítulo 15- Linguagem e programa de comunicação PECS

“(PECS) incentiva a expressão de necessidade e desejos, e não apenas a substituição de fala


por uma figura.” (p.99)

Parecer: No capítulo seguinte relata que a linguagem é um dos aspectos mais relevantes do
comportamento humano considerado grande parte da interação social. Diante disso, foi
lançado programas de comunicação PECS para autistas, na qual este melhora a compreensão
verbal de tal.

Capítulo 16- Modelo terapêutico Floortime

“A essência do método consiste em ajudar a criança na utilização de suas capacidades com


base na etapa do desenvolvimento em que ela se encontra considerando suas expressão
afetivas, suas motivações e interações”. (p.102)

Parecer: No capítulo seguinte apresenta o modelo terapêutico de intervenção conhecido


como Floortime, em que funciona com o auxílio de psicoterapeutas que interagem e brincam
com a criança objetivando promover o desenvolvimento de habilidades que estão ausentes.

Capítulo 17- Programa de ensino individualizado (PEI)

“A premissa básica do programa de ensino individualizado (PEI) é o respeito ás habilidades e


aos interesses de cada pessoa.” (p.105)

Parecer: No décimo sétimo capítulo é apresentado o programa de ensino (PEI), este


programa possibilita que o individuo possa desenvolver seu potencial de forma plena e ter
uma vida com sucesso dentro de suas peculiaridades com mais independência na vida.
Capítulo 18- Alfabetização

“O processo de ensino, porém, leva tempo (em alguns casos, mais de quatro anos), e o
resultado também é variável, de acordo com o perfil neuropsicológico de cada criança”(p.109)

Parecer: No capítulo seguinte, o autor fala sobre alfabetização para pessoas que tem autismo
na qual ele cita que não existe uma metodologia formal exclusiva para alfabetização, porém,
há vários programas que ajuda a criança a prender a ler e escrever.

Capítulo 19- Acompanhamento terapêutico (AT)

“Por não pertencer á família, ele pode reconhecer o sofrimento, as potencialidades e as


possibilidades para cada caso.” (p.116)

Parecer: O capítulo posterior aborda o acompanhamento terapêutico com pacientes (TGD), e


a frustração da família em torno do paciente por sentirem-se incapaz de ajudar. O tratamento
deve ser acompanhado com uma equipe multidisciplinar.

Capítulo 20- Tratamento medicamentoso

“Como ficou claro nos capítulos que tratam de diagnósticos e características clinicas dos
TEA, eles apresentam um conjunto de múltiplos sinais e sintomas comportamentais” (p.120)

Parecer: Neste capítulo é discutido sobre o uso de medicamentos para autistas, na qual e
enfatizado que os medicamentos devem ter acompanhamento terapêutico, e diagnosticar
(TEA) não significa necessariamente medicar, e sim conhecer o quadro paciente.

Capítulo 21- Tratamento sem base em evidências

“Em suma, deve-se avaliar bem os riscos e os benefício das praticas sem base em evidencias
antes de prescrevê-las aos pacientes.” (p. 128)

Parecer: Este Capitulo enfatiza sobre o tratamentos biológicos que apesar de não terem bases
em evidencia científica, são utilizados em meios de comunicação não científica.

Capítulo 22- Instituições e SUS

“Estima-se que de 10% a 20% da população de crianças e adolescentes, no mundo sofram de


transtornos mentais.” (p.129)

Parecer: Capítulo seguinte aborda sobre as políticas de proteção do SUS (sistema único de
saúde) que visa melhorar a vida de crianças e adolescentes que sofrem de transtornos mentais.

Capítulo 23- Grupo de pais da EPM/Unifesp: uma experiência

“O convívio com outras famílias com dificuldades semelhantes ás nossas nos trás alento e
ânimo para seguir em frente.” (p.133)
Parecer: Neste capítulo é relatado o sofrimento dos familiares quando recebem o diagnóstico
que um filho sofre de um transtorno, no entanto, através UPIA da EPM/Unifesp os pais
encontram um grupo já formado que acolhe e orienta a família.

Capítulo 24- Conclusões: Possíveis avanços na prevenção e no tratamento precoce

“É preciso melhorar a capacidade de detecção precoce, não necessariamente de diagnósticos,


mas, sim, de vulnerabilidade para o desenvolvimento de circuitos fundamentais para o
desenvolvimento pleno do cérebro social.” (p.141)

Parecer: O ultimo capítulo apresenta um conjunto de idéias sobre o cérebro social, na qual é
colocado pelo autor a respeito, que se o individuo não for exposto a eventos sociais no inicio
de sua vida, não desenvolverá os circuitos responsáveis por essas habilidades.

Conclusão critica

De acordo com o conteúdo apresentado nesse livro, acredito ser esta de grande importância
em minha formação enquanto estudante de psicologia, na qual interliga com a disciplina
Neuropsicologia apresentando vários conceitos como: o papel do profissional de psicologia
frente á situação de lesão cerebral, e como ajudar e compreender o processo de adaptação ao
transtorno (TGD), ajudando tanto o paciente como a família. Esta obra apresenta também a
exploração do conceito de "cérebro social" e informações atualizadas para a identificação
precoce dos principais transtornos do desenvolvimento e das teorias atuais que buscam
explicar suas causas. Os capítulos abrangem a contribuição da genética e dos estudos de
neuroimagem para se compreender a fisiopatologia e discutem o nível de evidência dos
principais tratamentos medicamentosos, psicológicos e de fonoaudiologia, adotados na prática
clínica. A linguagem utilizada pelos autores é ao mesmo tempo clara, concisa e abrangente,
tornando-se acessível tanto para a educação de leigos e familiares quanto para a atualização
do conhecimento para os profissionais que atuam na área.

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