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Como aumentar seus Níveis de Dopamina, a Molécula da Motivação

Publicado por Dr. Roberto Franco do Amaral Neto em 03/29/2015

A dopamina é um neurotransmissor fundamental para a motivação, foco e


produtividade. Conheça os sintomas da deficiência de dopamina e formas naturais
para aumentar os seus níveis.
Existem cerca de 100 bilhões de neurônios no cérebro humano – tantos quanto as
estrelas da Via Láctea. Estas células se comunicam entre si através de substâncias
químicas do cérebro chamadas neurotransmissores. A dopamina é o neurotransmissor
responsável pela motivação, impulso e foco. Ela desempenha um papel em vários distúrbios
mentais, incluindo depressão, dependências, transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH) e esquizofrenia. Vamos dar uma olhada na dopamina – o que faz,
sintomas da deficiência e como aumentá-la naturalmente.

Dopamina: A molécula da motivação


A dopamina tem sido chamada de nossa “molécula da motivação.” Ele aumenta o
nosso direcionamento, foco e concentração. Ela nos permite planejar com antecedência e
resistir aos impulsos, para que possamos alcançar nossos objetivos. Nos dá a sensação do
“Eu fiz isso!” quando realizamos o que nos propusemos a fazer. Faz-nos competitivos e
proporciona a emoção da “caçada” em todos os aspectos da vida – negócios, esportes,
amor… A dopamina é responsável pelo nosso sistema de prazer e recompensa. (1) Ela nos
permite ter sentimentos de prazer, felicidade e até mesmo euforia. Mas pouca dopamina
pode deixar-nos fora de foco, desmotivados, apáticos e até mesmo deprimidos.

Molécula da Dopamina

Os sintomas de deficiência de dopamina


Pessoas com baixas concentrações de dopamina carecem de entusiasmo pela vida. Elas
apresentam baixo consumo de energia e motivação e muitas vezes dependem de cafeína,
açúcar, ou outros estimulantes para passar o dia.
Muitos dos sintomas comuns da deficiência de dopamina são semelhantes aos da
depressão:

 Falta de motivação
 Fadiga
 Apatia
 Procrastinação
 Incapacidade de sentir prazer
 Baixa libido
 Problemas de sono
 Mudanças de humor
 Desespero
 Perda de memória
 Incapacidade de se concentrar
Ratos de laboratório deficientes em dopamina tornaram-se tão apáticos e letárgicos
que faltou motivação para comer e morreram de fome. (2) Por outro lado, algumas pessoas
com baixa concentração de dopamina compensam isto com comportamentos auto-
destrutivos, para conseguir um aumento na dopamina. Isso pode incluir o uso e abuso de
cafeína, álcool, açúcar, drogas, compras, jogos de vídeo, sexo, poder, ou jogos de azar.

Como aumentar a dopamina naturalmente


Há uma abundância de formas não saudáveis para aumentar a dopamina. Mas você
não tem que recorrer ao “sexo, drogas e rock’n’roll”, para aumentar seus níveis de
dopamina. Aqui estão algumas maneiras saudáveis e comprovadas para aumentar os níveis
de dopamina naturalmente.

Alimentos que aumentam a Dopamina


A dopamina é feita a partir do aminoácido tirosina que vem a partir da fenilalanina .
Comer uma dieta rica em tirosina irá garantir que você tenha os blocos básicos de
construção, necessários para a produção da dopamina.

Alimentos ricos em tirosina: (3, 4, 5, 6)


 Todos os produtos de origem animal
 Amêndoas
 Maçãs
 Abacate
 Bananas
 Beterrabas
 Cacau
 Café
 Favas
 Vegetais de folhas verdes
 Chá verde
 Feijão
 Farinha de aveia
 Vegetais marinhos
 Gergelim
 Sementes de abóbora
 Cúrcuma
 Melancia
 Gérmen de trigo
Alimentos ricos em probióticos naturais, como iogurte natural , kefir, e chucrute cru
também podem aumentar a produção da dopamina natural. De forma peculiar, a saúde de
sua flora intestinal afeta sua produção de neurotransmissores. Uma superabundância de
bactérias nocivas deixa subprodutos tóxicos chamados lipopolisacarídeos que reduzem os
níveis de dopamina. (7) . Leia mais sobre isso no post sobre Desbiose Intestinal.
O açúcar foi relacionado com o aumento da dopamina, mas este é um aumento temporário,
mais do tipo eliciado pela droga do que pela comida. (8)

Suplementos de Dopamina
Existem suplementos que podem aumentar os níveis de dopamina naturalmente.

 A curcumina é o ingrediente ativo na especiaria cúrcuma. Ela está disponível de forma


isolada como um suplemento podendo er menipulada ou encontrada facilmento em
lojas de suplementos nos Estados Unidos.A curcumina foi relacionada ao alívio das
ações obsessivas e melhora da perda de memória associada, ao aumentar a dopamina.
(12, 13)
 Ginkgo biloba é tradicionalmente usado para uma variedade de problemas relacionados
ao cérebro – falta de concentração, esquecimento, dores de cabeça, fadiga, confusão
mental, depressão e ansiedade. (14) Um dos mecanismos pelos quais a ginkgo
funciona é através do aumento de dopamina. (15, 16)
 L-teanina é um componente encontrado no chá verde. Ele aumenta os níveis de
dopamina, juntamente com outros neurotransmissores serotonina e GABA. (17, 18) A L-
teanina melhora memória, aprendizagem e humor. (19, 20) Você pode obter o seu
incremento de dopamina, tomando suplementos de L-teanina ou bebendo três xícaras
de chá verde por dia. (21)
 Fosfatidilserina atua como “porteiro” do seu cérebro, regulando nutrientes e resíduos
que entram e saem de seu cérebro. Pode aumentar os níveis de dopamina e melhorar a
memória, a concentração, aprendizagem e TDAH. (23, 24, 25)
 L-tirosina/ l Fenilalanina: aminoácido precursores da dopamina que também podem ser
manipulados e usados diariamente se necessário . Recomenda-se tomar acetil-L-
tirosina – uma forma mais absorvível que atravessa facilmente a barreira hemato-
encefálica. (22)
 Mucuna: Seus componentes de princípio são L-DOPA e os alcalóides bioativos
mucunine, mucunadina, mucuadinina, prurienina e nicotina como também b-sitosterol,
glutationa, lecina, óleos, ácidos venólico e gálico. O L-Dopa é um precursor
neurotransmissor, uma droga efetiva para alívio na doença de Parkinson. A semente
é um profilático contra oligosperma e é útil no aumento da contagem de esperma,
ovulação em mulheres, etc. É uma planta proveniente da Índia, reconhecida pelas suas
propriedades afrodisíacas. Estimula também a deposição de proteínas nos músculos e
aumenta a força e a massa muscular. Aumenta os níveis de L-Dopa, um inibidor da
somatostatina. O seu extrato é também conhecido por estimular o estado de alerta e
melhorar a coordenação. Pode ser usada nas seguintes situações:
1. Para doença de Parkinson (contém L-dopa natural).
2. Para impotência e disfunção erétil.
3. Como afrodisíaco e para aumentar a testosterona.
4. Como anabólico e androgênio, fortalecendo os músculos e ajudando a estimular o
hormônio do crescimento.
5. Ajudando na perda de peso.

Aumente a Dopamina com Exercícios


O exercício físico é uma das melhores coisas que você pode fazer para o seu
cérebro. Ele aumenta a produção de novas células cerebrais, retarda o seu envelhecimento
e melhora o fluxo de nutrientes para o cérebro. Ele também pode aumentar seus níveis de
dopamina e os neurotransmissores do “bem-estar”, serotonina e noradrenalina. (26)
Dr. John Ratey, psiquiatra renomado e autor de “Centelha: A Revolucionária Nova
Ciência do Exercício e do Cérebro”, estudou extensivamente os efeitos do exercício físico
sobre o cérebro. Ele descobriu que o exercício aumenta os níveis basais de dopamina,
promovendo o crescimento de novos receptores nas células cerebrais.

A dopamina é responsável, em parte, pela elevada experiência dos corredores


profissionais. (27) Mas você não precisa se exercitar vigorosamente para aprimorar seu
cérebro. Fazer caminhadas ou exercícios suaves, sem impacto como yoga, tai chi, ou qi
gong produzem poderosos benefícios para a mente e o corpo. (28, 29, 30)
Aumente a Dopamina com Meditação
Os benefícios da meditação têm sido comprovados em mais de 1.000 estudos. (31)
Meditadores regulares experimentam elevada capacidade de aprender, aumento da
criatividade, e relaxamento profundo. Tem sido demonstrado que a meditação aumenta a
dopamina, melhorando o foco e a concentração. (32)
Passatempos manuais de todos os tipos – tricô, costura, desenho, fotografia e reparos
domésticos concentram o cérebro de forma semelhante à meditação. Essas atividades
aumentam a dopamina, afastam a depressão e protegem contra o envelhecimento do
cérebro. (33)
Ouvir música pode causar de liberação de dopamina. Estranhamente, você não tem
sequer que ouvir a ouvir música para obter este neurotransmissor, que flui apenas pela
antecipação da escuta. (34)

Usando o sistema de recompensa do seu cérebro para equilibrar a Dopamina


A dopamina funciona como um mecanismo de sobrevivência, liberando energia
quando uma grande oportunidade está na frente de você. A dopamina nos recompensa
quando estiverem satisfeitas as nossas necessidades. Nós adoramos as ondas de
dopamina devido à forma como elas nos fazem sentir. Mas de acordo com a Dra. Loretta
Graziano Breuning, autora do livro “Conheça seus produtos químicos da felicidade:
dopamina, endorfina, ocitocina, a serotonina”, nós não somos projetados para experimentar
um frisson de dopamina incessante. A caça constante por aumento de dopamina pode
transformá-lo em um “Lobo de Wall Street” – movido por vícios, ganância e luxúria.
Aqui estão algumas maneiras saudáveis para equilibrar sua dopamina, trabalhando
com o sistema de recompensa embutido no seu cérebro.

Desfrute a busca
Nossos ancestrais estavam em uma busca constante pela sobrevivência. Eles
conseguiam uma onda de dopamina cada vez que achavam um novo pé de frutas ou um
melhor ponto de pesca, porque isso significava que viveriam para procurar outro dia.
Embora você ainda possa pegar frutas e peixes, há outras infinitas maneiras saudáveis
pelas quais você pode desfrutar a busca na vida moderna.

Você pode procurar uma nova música para download, ingredientes especiais para
cozinhar, barganhar um pacote de viagem, um item de colecionador difícil de encontrar ou
um presente para um ente querido. Você pode participar de passatempos especificamente
orientados para missões como geocaching (atividade recreativa para encontrar um objeto
escondido, por meio de coordenadas de GPS publicadas em um site), observação de aves,
geologia amadora, arqueologia amadora, e coleta de todos os tipos. O ato de procurar e
encontrar ativa seus circuitos de recompensa – sem arrependimentos posteriores.

Criar metas de curto e longo prazos


A dopamina é liberada quando se atinge um objetivo. Ter apenas metas de longo
prazo é frustrante, então defina tanto metas de longo quanto de curto prazo. Metas a curto
prazo não tem que ser algo grande. Eles podem ser tão simples como tentar uma nova
receita, esvaziar sua pasta de e-mails, a limpeza de um armário, ou, finalmente, aprender a
usar um novo aplicativo para o seu celular. Transforme as metas de longo prazo em
pequenas metas de curto prazo para dar a si mesmo aumento de dopamina ao longo do
caminho.

Aceite novos desafios


Conseguir uma promoção é um grande impulso de dopamina, mas isso não acontece
muito frequentemente! Mas você pode criar suas próprias recompensas de dopamina,
definindo uma meta e em seguida, dar pequenos passos em direção a ela todos os dias.
Isso pode ser começar um novo programa de exercícios, aprender francês, ou desafiar a si
mesmo a ir para casa do trabalho de forma diferente a cada dia, de preferência sem o uso
de seu GPS. De acordo com a Dra. Breuning, trabalhando com metas, sem falhar por 45
dias, você estará treinando o seu cérebro para estimular a produção de dopamina de uma
nova maneira.

Dopamina e condições mentais


A dopamina desempenha um papel muito importante na forma como vivemos nossas
vidas, não sendo nenhuma surpresa, que quando o sistema de dopamina está fora de
equilíbrio pode contribuir para muitas condições mentais. (35) Aqui estão três das condições
mais comuns que têm uma ligação da dopamina.

1- Dopamina e TDAH
A causa subjacente do TDAH ainda é desconhecida. Até recentemente era
amplamente aceito que a causa do TDAH seria, provavelmente, uma anormalidade na
função da dopamina. Isso parece lógico já que a dopamina é essencial para manter o foco.
A maioria dos medicamentos TDAH são baseados nesta teoria da “deficiência de
dopamina”. Acredita-se que os medicamentos usados para tratar o TDAH aumentam a
liberação de dopamina e noradrenalina, enquanto a reduzem a sua taxa de recaptação. (36)
No entanto, as pesquisas mais recentes sugerem que a principal causa de TDAH encontra-
se em uma diferença estrutural na matéria cinzenta no cérebro e não dopamina. (37)

2- Dopamina e Depressão
A serotonina é a substância química do cérebro mais associada à depressão. Os
inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), como Paxil, Prozac, Zoloft, Celexa
e Lexapro são prescritos para a depressão e atuam aumentando os níveis cerebrais de
serotonina. Mas isso só funciona em cerca de 40% dos pacientes que os utilizam. (38)
E os outros 60%? Há um crescente corpo de evidência que mostra que o baixo nível de
dopamina e não de serotonina é a causa da depressão para muitos. Bupropiona (nome
comercial Wellbutrin) provou ser eficaz para os pacientes que não foram ajudados pelos
ISRSs, abordando a deficiência de dopamina. (39) Como determinar se a sua depressão
ocorre mais provavelmente devido à deficiência de serotonina do que deficiência de
dopamina? A depressão pela falta de serotonina é acompanhada de ansiedade e
irritabilidade, enquanto a depressão pela falta de dopamina se expressa como letargia e
falta de alegria de viver. (40)

3- Dopamina e esquizofrenia
A causa da esquizofrenia é desconhecida, mas acredita-se que a genética e fatores
ambientais desempenham importantes papéis. (41) Uma teoria que prevalece é que ela é
causada por um sistema de dopamina superativo. (42, 43) As provas de apoio para essa
teoria é que os melhores medicamentos para tratar os sintomas da esquizofrenia se
assemelham à dopamina e bloqueiam os receptores de dopamina. (44) No entanto, estes
medicamentos podem levar dias para funcionar o que é indicativo de que o mecanismo
exato ainda não é compreendido. (45)

Dopamina, Libido e Ereção em homens


De forma bastante simplificada, o comportamento sexual masculino pode ser dividido
em três etapas principais. O primeiro estágio, a libido, está relacionado ao desejo sexual. O
segundo estágio é o da excitação, quando são ativados os mecanismos pró-eréteis,
preparando a genitália para a relação sexual. O terceiro e último estágio é o orgasmo
acompanhado da ejaculação.
O estágio da libido é extremamente relacionado ao desejo por sexo e é considerado
um fenômeno mediado pelas vias dopaminérgicas centrais ligadas aos mecanismos de
recompensa. Acredita-se que esta via, denominada via mesolímbica, media não somente os
mecanismos do desejo sexual, mas também o orgasmo. Uma influência negativa à libido é
exercida pela prolactina, um hormônio secretado pela hipófise, cuja liberação é tonicamente
inibida pela neurotransmissão dopaminérgica. Apesar dos relatos de diversos casos de DE
diretamente ligada à hiperprolactinemia, a relação entre a prolactina e a função sexual
masculina é pouco compreendida.

Os primeiros relatos do efeito de agentes dopaminérgicos na atividade sexual datam


da década de 60, quando foi observado que a utilização da apomorfina no tratamento de
alguns sintomas de Parkinson apresentava como efeito colateral a indução de ereções em
alguns pacientes. Sintetizada pela primeira vez no final do século XIX, a apomorfina
apresenta um longo histórico de segurança em humanos. Este fato e dados pré-clínicos
anteriormente descritos aqui, que demonstram um mecanismo de ação apropriado ao
tratamento da DE, levaram à introdução da apomorfina sublingual (Uprima®) no mercado
farmacêutico, em 2001.

Outros agentes dopaminérgicos que podem ajudar na ereção


Poucos estudos clínicos existem sobre o efeito de outros agentes dopaminérgicos
nos mecanismos eréteis e no tratamento da disfunção erétil

 É relatado que a administração de L-DOPA (22), um precursor da biossíntese de


dopamina (10)
 O quinorelano é um agonista seletivo de receptores do subtipo D2, eficaz na indução de
ereções em modelos animais.
 A bromocriptina é um alcalóide do ergot com ação agonista de receptores D2-like.
Alguns relatos apontam para a potencial utilização deste fármaco no tratamento da DE
causada por hiperprolactinemia
 A possibilidade de utilização da bupropiona tratamento da DE também vem sendo
discutida. A bupropiona é um fármaco antidepressivo inibidor da recaptação de aminas
bioativas, com uma afinidade muito maior pelo transportador de dopamina que de
noradrenalina e serotonina

O papel da Dopamina na libido feminina


A cada dia aumenta a autonomia das mulheres, que cada vez mais se tornam figuras
centrais de suas próprias vidas e de quem as cercam. O paradigma social onde era
exclusivo aos homens proverem suas famílias, ruiu e estes papéis são atualmente exercidos
também pelas mulheres em diversas culturas. As mulheres estão disputando cada vez mais
vagas e postos antes ocupados somente pelos homens, portanto, precisam ser tão
competitivas como os homens, além de também quererem ter prazer, como os homens.
Décadas atrás o prazer feminino era considerado totalmente desnecessário tento em vista
que a mulher não precisaria dele para reproduzir. O macho da casa dominava a relação
como um todo, tanto do ponto de vista sexual como em outros âmbitos. A mulher era uma
serva do homem em afazeres domésticos e sexuais, de modo a apenas dar prazer ao seu
homem e continuidade à espécie.

Para a mulher chegar ao clímax é necessário primeiro ter o desejo sexual (libido), o
qual por muitos anos foi pouco valorizado na mulher ao longo da história da medicina, muito
provavelmente em função do machismo que sempre imperou. Apenas nos últimos 10 anos é
que a libido feminina passou a ser alvo de estudos por cientistas do mundo todo e os
estudos sobre o assunto se multiplicaram desde então, em função da crescente ascenção
das mulheres na sociedade.

A dopamina é sintetizada em uma região do cérebro chamada substantia nigra e


áreas subjacentes. Suas moléculas têm uma ação estimulante causando euforia, fluidez da
fala e excitação. Vários estudos têm demonstrado a íntima relação da dopamina com o
desejo sexual. Níveis baixos de dopamina tipicamente resultam em diminuição de libido.
Alguns medicamentos que bloqueiam a dopamina acabam também reduzindo a libido e a
recíproca é verdadeira, medicamentos que aumentam a dopamina podem aumentar o
desejo sexual. O medicamento Flinabaserina , que recentemente foi aprovado pelo FDA,
atua regulando os níveis de dopamina, porém, não podemos esquecer que desejo sexual
feminino vai muito além de um neurotransmissor.
Estudos realizados nos últimos anos indicam que 65% das mulheres podem ter
alterações da libido ao longo da vida. Infelizmente apesar de um número tão alto, poucas
mulheres são tratadas de maneira correta e muitas vezes seus relacionamentos
desmoronam em função disso. A diminuição ou ausência da libido na mulher não deve ser
encarada como normal e nem a mulher pode se conformar com isso, achando que foi
menos ”agraciada” pela natureza, como alguns profissionais insistem em dizer.
Independentemente da idade, a função sexual preservada é importantíssima, já que o
grande motivo de nossa existência é a reprodução. A partir do momento em que não
sentimos mais vontade de nos reproduzir, podem ter certeza, algo está errado. E por favor,
não aceite mais como resposta à esta situação: “- Você está estressada querida, precisa de
umas férias”!

Selegilina, Parkinson e Depressão por deficiência de dopamina


A Selegilina retarda o metabolismo e não apenas de dopamina, mas também de
feniletilamina , uma amina também encontrado em chocolates e liberada quando estamos
apaixonados. Selegilina protege os receptores celulares de dopamina a do stress oxidativo.
O cérebro tem apenas cerca de 30-40.000 neurônios dopaminérgicos . Nós tendemos a
perder, talvez, 13% uma década na vida adulta. Uma eventual perda de 70% -80% leva à
desordem por deficiência de dopamina como doença de Parkinson e Depressão . A
selegilina na forma de pílula foi aprovado pela FDA como um adjuvante no tratamento da
doença de Parkinson em 1989

Dopamina e Autismo
A dopamina é uma catecolamina sintetizada a partir da tirosina. O interesse no papel
da dopamina, no autismo, surgiu com a observação que alguns bloqueadores
dopaminérgico (antipsicóticos) são eficazes no tratamento de certos aspectos do transtorno,
como hiperatividade, estereotipias e auto agressão e os estudos em animais confirmaram
que as estereotipias e hiperatividade podem ser induzidas a partir de uma aumento no
funcionamento dopaminérgico.

Novos achado indicam que as reações neuroimunes ( inflamatórias) desempenham


um papel patogênico em uma proporção de pacientes com autismo, e é provável que as
anormalidades metabólicas de inflamação e estresse oxidativo estejam relacionadas às
alterações de estrutura e função encontradas nestes pacientes.

Dopamina e Epilepsia
Recentemente tem havido um maior interesse pelo papel da dopamina também na
patofisiologia das epilepsias com vários relatos de alterações na neurotransmissão
dopaminérgica em modelos animais de epilepsia principalmente àquelas relacionadas a
densidade de receptores da dopamina no hipocampo. Enquanto se acredita que o
desequilíbrio no sistema glutamato-GABA (ácido gamaaminobutírico) seja a base da
epilepsia, a dopamina influenciaria a expressão das crises. Apesar disso, o impacto da
dopamina no início das crises, progressão da doença e sobre o desenvolvimento ainda é
pouco compreendido e alguns estudos sugerem que as alterações no sistema
dopaminérgico, encontradas em pacientes com epilepsia, seriam o resultado da atividade
epiléptica recorrente e poderiam explicar a fisiopatologia das epilepsias e suas
comorbidades (autismo, ansiedade e depressão).

Assista ao vídeo para mais informações sobre o assunto:

RESUMO:

Como aumentar a dopamina em poucas palavras


A dopamina é nossa “molécula de motivação.” É também responsável pelo nosso
sistema de prazer e recompensa. Há maneiras saudáveis e insalubres para aumentar a
dopamina. Formas insalubres para aumentar a dopamina podem ser portas de entrada para
a autodestruição e vícios. Maneiras saudáveis incluem comer os alimentos certos,
suplementos para aumentar a dopamina, exercício físico, e meditação. Saiba como
aproveitar o seu sistema de recompensa para uma produção saudável de dopamina.
Aproveite a busca, defina objetivos tanto de longo quanto de curto prazo e aceite novos
desafios. Você vai se sentir mais vivo, focado, produtivo e motivado.

REFERÊNCIAS
1. How to Increase Dopamine, the Motivation Molecule
http://www.healthy-holistic-living.com/increase-dopamine-motivation-molecule.html
2.A Molecule of Motivation, Dopamine Excels at Its Task
http://www.nytimes.com/2009/10/27/science/27angier.html?_r=2&
3.What is Dopamine?
https://www.psychologytoday.com/basics/dopamine
4.Foods That Increase Dopamine Naturally
http://www.medhelp.org/user_journals/show/14818/Foods-That-Increase-Dopamine-Naturally
5.Lipopolysaccharide (LPS)-induced dopamine cell loss in culture: roles of tumor
necrosis factor-alpha, interleukin-1beta, and nitric oxide.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11850061
6.Daily bingeing on sugar repeatedly releases dopamine in the accumbens shell.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15987666
7.Antidepressant activity of curcumin: involvement of serotonin and dopamine system
http://link.springer.com/article/10.1007/s00213-008-1300-y
8. Ginkgo biloba
http://umm.edu/health/medical/altmed/herb/ginkgo-biloba
9 .The neuropharmacology of L-theanine(N-ethyl-L-glutamine): a possible
neuroprotective and cognitive enhancing agent.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17182482
10.The effects of IQPLUS Focus on cognitive function, mood and endocrine response
before and following acute exercise.
11. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22017963
12. Exercise fuels the brain’s stress buffers
http://www.apa.org/helpcenter/exercise-stress.aspx
13. Walking Is Good Brain Exercise
http://psychcentral.com/news/2010/08/27/walking-is-good-brain-exercise/17326.html
Building the evidence for meditation
http://evidencebasedliving.human.cornell.edu/2011/07/14/building-the-evidence-for-
meditation/
14.Anatomically distinct dopamine release during anticipation and experience of peak
emotion to music
http://www.nature.com/neuro/journal/v14/n2/full/nn.2726.html
15.Dopamine, hippocampus and psychiatric diseases: Clarifying their relationships
http://www.sciencedaily.com/releases/2014/04/140403132337.htm
16.Imaging study shows dopamine dysfunction is not the main cause of Attention
Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD)
http://www.cam.ac.uk/research/news/imaging-study-shows-dopamine-dysfunction-is-not-the-
main-cause-of-attention-deficit-hyperactivity
17.[The relevance of dopamine agonists in the treatment of depression].
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19272288
18.The Dopamine Connection Between Schizophrenia and Creativity
http://psychcentral.com/lib/the-dopamine-connection-between-schizophrenia-and-
creativity/0003505
19.The Dopamine Hypothesis of Schizophrenia: Version III—The Final Common
Pathway
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2669582/
20. Selegina
http://www.selegiline.com/
21. Quím. Nova vol.27 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2004
REVISÃO: Agentes dopaminérgicos e o tratamento da disfunção erétilDopaminergic agents
and erectile dysfunction treatmentGilda NevesI; Stela M. K. RatesI, *; Carlos A. M. FragaII;
Eliezer J. BarreiroI
22.Site da Nutricionista Renata Dia http://www.renatadias.com.br/mucuna-pruriens.html
23.Mucuna e depressão
24.Mucuna e Perkinson
25.Mucuna e Fertilidade em homens
26.Mucuna e libido em ratos
27.Mucuna e disfunção erétil
28 Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology Autismo e epilepsia: modelos e
mecanismos Alessandra PereiraI; Luiz Fernando Longuim PegoraroII; Fernando CendesI

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Caro doutor,

Fiquei com uma dúvida neste ponto do artigo: “As provas de apoio para essa teoria é que os
melhores medicamentos para tratar os sintomas da esquizofrenia se assemelham à
dopamina e bloqueiam os receptores de dopamina.” Minha dúvida é: isso quer dizer que
esses medicamentos aumentam ou diminuem o nível de dopamina no cérebro? Esse ponto
do artigo me chamou bastante a atenção porque tenho depressão e todos os sintomas
citados de deficiência de dopamina, e o psiquiatra que me trata atualmente prescreveu
Quetiapina, que, a princípio, é um medicamento para tratar a esquizofrenia, porém não sou
esquizofrênica. Ele me disse que a quetiapina tinha bons resultados também em pacientes
com depressão, especialmente para tratar a dificuldade de dormir, que é um dos meus
principais problemas. De fato, tenho dormido melhor, mas todos os demais sintomas como
apatia e uma absoluta falta de vontade de viver e dificuldade em sentir prazer continuam
presentes, após uns 5 meses de tratamento. Sei que não se discutem casos particulares
aqui, mas caso o doutor possa me ajudar com algum esclarecimento sobre a relação entre o
uso de medicamentos para esquizofrenia e o nível de dopamina no cérebro, já ficaria muito
grata. Até então, a partir das minhas leituras, eu só conhecia a serotonina, mas lendo este
artigo, me identifiquei muito com os sintomas de baixa dopamina. Agradeço a imensa
generosidade em compartilhar seus conhecimentos conosco.

Responder

Que eu saiba esquizofrenia pode ser causada por dopamina em excesso portanto seus
medicamentos PODEM influenciar na sua produção.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462001000500014&script=sci_arttext
Atividade dopaminérgica :Cinco diferentes estudos avaliaram pacientes com esquizofrenia
utilizando [18F]-fluorodopa ou [11C]-dopa.6 Esses traçadores avaliam a atividade da enzima
dopa-descarboxilase, que está envolvida na síntese de dopamina. Quatro desses estudos
acharam aumento de ligação dos radiotraçadores em pacientes com esquizofrenia, quando
comparados com indivíduos normais. A elevada captação desses radiotraçadores está
associada a maior atividade da enzima dopa-descarboxilase. Este achado sugere aumento
da atividade dopaminérgica em pacientes com esquizofrenia. Entretanto, a reação
catalisada pela dopa-descarboxilase não é determinante da taxa de síntese de dopamina.
Portanto, o aumento da atividade da dopa-descarboxilase sugere aumento da liberação de
dopamina na fenda sináptica, mas esta relação não é direta.
Laruelle et al desenvolveram um sofisticado paradigma para avaliar a atividade
dopaminérgica utilizando [123I-IBZM e SPET.7 O paradigma avalia a quantidade de
receptores D2 de dopamina disponíveis antes e depois da administração de anfetamina. A
administração de anfetamina induz uma liberação da dopamina, que vai se ligar aos
receptores D2, diminuindo o número de receptores disponíveis para a ligação do traçador. A
quantidade de dopamina liberada é estimada a partir da subtração do scan pré-anfetamina e
outro scan pós-anfetamina. Os autores descobriram maior liberação de dopamina em
pacientes com esquizofrenia, quando comparados aos controles normais. O aumento na
liberação de dopamina correlacionou-se com a emergência de sintomas psicóticos. Este
achado foi replicado por mais dois estudos, tanto em SPET8 como PET.9 Com as
replicações, notou-se que o aumento da responsividade do sistema dopaminérgico à
anfetamina é particularmente importante nas fases de exacerbação dos sintomas psicóticos.

CHAVES PARA O AUTOCONHECIMENTO E A CURA-Ressonância Harmônica-Voce


cria sua própria realidade-A engenharia da informação humana-Parte 2 | A Luz é
Invencível disse:
02/07/2016 às 12:02 AM

[…] 1-Dopamina: gera prazer, alegria, força, êxtase, euforia, poder, sexualidade, confiança,
sentimento de poder enfrentar qualquer desafio. Estimula o amor de pai e mãe. É
estimulante para algumas partes e inibidor para outras. Indispensável para ação motora,
força de vontade, alegria e bem-estar. Toda vez que a pessoa recebe um estímulo positivo,
forte, agradável, etc., seu cérebro gera esta substância, que dá a sensação de felicidade, de
estar de bem com a vida, em fluxo com o universo e todos os sentimentos decorrentes
disso. A falta do nível adequado gera insegurança, inferioridade, etc. Veja a relação entre
falta de dopamina e doença de Parkinson, no site “Saúde Geriátrica”. A dopamina é um
neurotransmissor extremamente potente. Sua falta é arrasadora para o estado geral de
felicidade e força pessoal. Sua presença traz um sentido de controle total da situação, de
poder enfrentar qualquer desafio, qualquer inimigo, qualquer problema. É o
neurotransmissor básico do Macho Alpha ou da Fêmea Dominante. A edição de maio/2004
da revista Harvard Business Review América Latina, trás um artigo sobre os altos
executivos, ressaltando que 70% deles são Alpha.Portanto, caso um empresário ou
executivo, queira ter sucesso ele precisa desesperadamente de dopamina, caso não a
produza na quantidade exata para vencer os outros machos Alpha. Não se esqueçam de
que na planície do Seringueti, na África, existem muitos candidatos à Macho Alpha. (Ver
relação entre libido e dopamina) […]
Chaves para o Autoconhecimento e a Cura – Ressonância Harmônica – Você cria sua
própria realidade – A engenharia da informação humana – 2ª Parte – 07.02.2016 |
Senhora de Sírius disse:

02/12/2016 às 4:51 PM

[…] 1 – Dopamina: gera prazer, alegria, força, êxtase, euforia, poder, sexualidade,
confiança, sentimento de poder enfrentar qualquer desafio. Estimula o amor de pai e mãe. É
estimulante para algumas partes e inibidor para outras. Indispensável para ação motora,
força de vontade, alegria e bem-estar. Toda vez que a pessoa recebe um estímulo positivo,
forte, agradável, etc., seu cérebro gera esta substância, que dá a sensação de felicidade, de
estar de bem com a vida, em fluxo com o universo e todos os sentimentos decorrentes
disso. A falta do nível adequado gera insegurança, inferioridade, etc. Veja a relação entre
falta de dopamina e doença de Parkinson, no site “Saúde Geriátrica”. A dopamina é um
neurotransmissor extremamente potente. Sua falta é arrasadora para o estado geral de
felicidade e força pessoal. Sua presença traz um sentido de controle total da situação, de
poder enfrentar qualquer desafio, qualquer inimigo, qualquer problema. É o
neurotransmissor básico do Macho Alpha ou da Fêmea Dominante. A edição de maio/2004
da revista Harvard Business Review América Latina, trás um artigo sobre os altos
executivos, ressaltando que 70% deles são Alpha. Portanto, caso um empresário ou
executivo, queira ter sucesso ele precisa desesperadamente de dopamina, caso não a
produza na quantidade exata para vencer os outros machos Alpha. Não se esqueçam de
que na planície do Seringueti, na África, existem muitos candidatos à Macho Alpha. (Ver
relação entre libido e dopamina) […]

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