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Processo nº 0124220-62.2017.8.05.0001
Pede deferimento.
Colenda turma,
Ínclitos Julgadores,
II -DO MÉRITO
Surpresos com o fato e consternados, uma vez que a viagem era de urgência em
virtude da doença de um irmão e tio dos recorridos, após diversas discussões, não
restou outra alternativa a não ser comprar outra passagem com o valor superior.
Ao chegar ao local, o Sr. Wilson narrou em audiência que: “Ao examinar a máquina
constatou diversas falhas de ordem mecânica e que não havia sido feito nenhum
tipo de manutenção há bastante tempo, necessitando de reparos urgentes, dentre
eles problemas hidráulicos, e que para esse reparo indicou a requerida”.
Assim, não há o que se falar em vícios no serviço realizado pela requerida, uma vez
que a verdade é uma só: NÃO EXISTE QUALQUER VÍCIO no trabalho realizado
pela demandada e que a parte autora se utiliza da tutela jurisdicional para se
esquivar do seu dever de pagar o que é devido à empresa ré.
Fazendo coro com o autor acima citado, afirma Sílvio de Salvo Venosa:
Por seu turno, o Desembargador Ruy Trindade diz que dano moral: "é a sensação
de abalo a parte mais sensível do indivíduo, o seu espírito.”3
Ora, como cediço, o Direito não alberga dano fantasioso ou a mera possibilidade de
dano hipotético. Ao contrário, regulamenta apenas o dano real, ou seja, o indivíduo
será indenizado por dano moral quando sua intimidade psíquica ou física for
realmente lesionada, materializada na privação de determinado interesse
extrapatrimonial.
1
In Dano Moral, 3ª edição, Editora Revista dos Tribunais, 2005, pág. 22.
2
Em Direito Civil, Responsabilidade Civil, volume IV, 6ª edição, Editora Jurídico
Atlas, 2006, pág. 35.
3
RT 613/184.
Rua Gomes Coutinho, n° 198, Tamarineira, Recife – PE, CEP: 52.051-130
Fone: 3040-6666
E como resposta a esse tipo de conduta, os Tribunais vêm combatendo a chamada
“indústria do dano moral”, negando condenações nos casos em que, como este,
inexiste dano a ser reparado, quando não identificado o nexo causal da conduta do
réu.
Assim, inexiste nos autos qualquer indício de prova de que tenha ocorrido
satisfação da obrigação, transação, remissão de dívida ou renuncia de crédito.
4
TJ-DF - APC: 20140111427244, Relator: SÉRGIO ROCHA, Data de Julgamento: 15/07/2015, 4ª Turma
Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 10/08/2015 . Pág.: 320)
5 (TJ-MG - AC: 10118060061199001 MG, Relator: Luiz Artur Hilário, Data de Julgamento: 11/02/2014,
Câmaras Cíveis / 9ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 17/02/2014)
6
Cristina ESCHER, Juíza Substituta da Comarca de Presidente Prudente,
Professora de Rotinas Processuais na Faculdade de Direito de Presidente Prudente,
das Faculdades Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo”, Especializanda em Direito
Processual na Toledo de Presidente Prudente/SP, www.unitoledo.br/intertemas/
vol6/09%20.%20ESCHER%20Cristina.doc.
7
(TJ-BA - APL: 01272719620088050001 BA 0127271-96.2008.8.05.0001, Data de Julgamento:
01/10/2013, Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: 09/10/2013)
8
(TJ-BA - APL: 00023688220098050088 BA 0002368-82.2009.8.05.0088, Relator: Rosita Falcão de
Almeida Maia, Data de Julgamento: 24/07/2012, Terceira Câmara Cível, Data de Publicação: 16/11/2012)
Assim, se existe outra inscrição em desfavor da pessoa jurídica, não há que se falar
em dano a sua imagem, em razão da existência de nova inscrição, pois essa já se
encontrava maculada por aquelas outras inscrições nos órgãos de proteção ao
crédito.
O próprio Supremo Tribunal de Justiça, editou uma súmula própria sobre a questão,
que trazemos á baila:
VI - DOS PEDIDOS
9
(TJ-MG - AC: 10144130033018001 MG, Relator: Cabral da Silva, Data de Julgamento: 23/06/2015,
Câmaras Cíveis / 10ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 22/07/2015)
Nestes Termos
Pede Deferimento.