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2 DA IMUNIDADE CONDICIONADA
“É instituição sem fins lucrativos toda entidade que não tenha por objetivo
distribuir os seus resultados, nem o de fazer retornar seu patrimônio às
pessoas que a instituíram” (BARRETO, Aires F., BARRETO, Paulo Ayres,
Imunidades Tributárias: limitações constitucionais ao poder de tributar, São
Paulo: Dialética, 1999, p. 23.).
“Portanto, não é a ausência de lucro que caracteriza uma entidade sem fins
lucrativos, porquanto o lucro é relevante e mesmo necessário para que a
mesma possa continuar desenvolvendo suas atividades. O que está se
vedando é a utilização da entidade como instrumento de auferimento de
lucro por seus dirigentes, já que esse intento é buscado por outro tipo de
entidade – qual seja, a empresa” (COSTA, Regina Helena. Imunidades
Tributárias – Teoria e Análise da Jurisprudência do STF, 2ª ed., São Paulo:
Malheiros, 2006, p. 180.).
Convém salientar que para fruir da imunidade prevista no art. 150, VI,
item c, e parágrafo 4º da CF/88 a entidade educacional não pode ter sido criada
visando ao lucro. Nada impede, por outro lado, que a entidade aufira resultados
positivos (superávit) e aplique tais valores na consecução de seus objetivos.
Segundo Aires F. Barreto e Paulo Ayres Barreto, o legislador ordinário
não poderia definir o conceito de “entidade sem fins lucrativos” (Ob. cit., p. 24).
Contudo, o conceito de “entidades sem fins lucrativos” fixado no § 3° do art. 12 da
Lei 9.532/97, com a redação dada pela Lei 9.718/98, parece não ter incorrido em
uma inconstitucionalidade:
“Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente superávit
em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine
referido resultado, integralmente, à manutenção e ao desenvolvimento dos
seus objetivos sociais”.
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 19ª ed. São
Paulo: Malheiros, 2003.