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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU


INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA E A NECESSIDADE DO CAPITAL DE GIRO


NAS EMPRESAS

Danielle Gomes da Silva


Prof.: Luiz Claudio Lopes Alves

Rio de Janeiro
2009
2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES


PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA E A NECESSIDADE DO CAPITAL DE GIRO


NAS EMPRESAS

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do


Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em. Finanças e Gestão Corporativa Por:
Danielle Gomes da Silva
3

AGRADECIMENTOS

....a minha mãe Tania Maria da Silva,


ao meu padrasto, aos meus amigos e
familiares.
4

DEDICATÓRIA

....a minha mãe Tania Maria da Silva,


ao meu padrasto, aos meus amigos e
familiares.
5

RESUMO

O capital de giro está diretamente associado às fontes, as quais a


empresa necessita para financiar seu crescimento. O capital de giro está
também sujeito a exposições e riscos oriundos de múltiplas áreas, tais como
recebíveis, contas a pagar, gerenciamento de estoques, gerenciamento de
caixa, etc. Em cada uma dessas áreas encontramos diferentes desafios no que
tange ao alcance da liquidez necessária, à obtenção do processo mais
eficiente, à adoção de novas tecnologias e à avaliação da qualidade do capital
de giro no balanço patrimonial. As empresas procuram vantagens competitivas
especialmente em condições econômicas desafiantes, o que torna mais
evidente a importância de um gerenciamento eficiente do capital de giro. Cada
real economizado no capital de giro pode contribuir para uma melhor
rentabilidade do investimento. O capital de giro é base de todo negócio
financeiro. É administrado em empresas de pequeno, médio e grande porte.
Capital de giro é o montante estipulado, empregado à aplicação dos meios de
produção, de forma que a empresa complete o ciclo operacional. A
administração do capital de giro significa à administração das contas dos
elementos giro, ou seja, dos ativos e passivos circulantes, tais como as contas
caixa, estoques, contas a receber e contas a pagar e todo o seu gerenciamento
financeiro, com objetivo de manter e determinar o nível de rentabilidade e
liquidez. O estudo do capital de giro, é fundamental para o administrador
financeiro e para profissionais que atuam na área financeira de um modo geral.
Com o qual à revisão da literatura, o estudo não teve a pretensão de
apresentar uma ampla revisão de literatura, mas abordou os principais
conceitos e características da administração do capital de giro. Este trabalho
monográfico foi uma pesquisa bibliográfica exploratória, tendo sido utilizado o
método comparativo, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre
os conceitos dados pelos autores pesquisados para as expressões de que trata
o trabalho, ou melhor, capital de giro.Assim sendo, apresenta-se no escopo do
trabalho o levantamento dos vários conceitos introduzidos na literatura para o
Capital de Giro e seus derivados, bem como, o entendimento do profissional
6

contábil a cerca de uma expressão bastante utilizada por todos, quer sejam
professores, contadores, administradores, todavia, desprovida de uma
conceituação clara.
7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I
CAPITAL DE GIRO: UM DESAFIO PERMANENTE 10
1.1 Medidas para solucionar os problemas de capital de giro 11
1.2 Solução definitiva 15

CAPÍTULO II
A DINÂMICA DO CAPITAL DE GIRO 16
2.1 Capital de Giro nos negócios 17
2.2 Necessidade de Capital de Giro 18
2.3 Reserva de Capital de Giro 19
2.4 Redução da Necessidade de Capital de Giro 20

CAPÍTULO III
A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO E ALGUMAS SOLUÇÕES
PARA O PROBLEMA DE CAPITAL DE GIRO 22
3.1 A importância da administração do capital de giro 27
3.2 Como calcular a necessidade do capital de giro 28
3.3 Qual a finalidade do capital de giro 29

CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA 34
8

INTRODUÇÃO

A importância do capital de giro, vai muito além de controlar um


montante de dinheiro existente no caixa da empresa, é o coração da empresa
que engloba desde a compra da mercadoria até o recebimento da mercadoria
vendida. Mantendo as atividades operacionais da empresa até que haja
receita, facilitando para que o empresário, não venha a contrair dividas ou
empréstimos que acarretara ônus à empresa, e diminuindo a rentabilidade do
negócio proposto, além de evitar que a reputação da empresa venha a ser
abalada quando bem realizado o controle e estimativas do capital de giro.

O capital de giro está diretamente associado às fontes, as quais a


empresa necessita para financiar seu crescimento. O capital de giro está
também sujeito a exposições e riscos oriundos de múltiplas áreas, tais como
recebíveis, contas a pagar, gerenciamento de estoques, gerenciamento de
caixa, etc. Em cada uma dessas áreas encontramos diferentes desafios no que
tange ao alcance da liquidez necessária, à obtenção do processo mais
eficiente, à adoção de novas tecnologias e à avaliação da qualidade do capital
de giro no balanço patrimonial. As empresas procuram vantagens competitivas
especialmente em condições econômicas desafiantes, o que torna mais
evidente a importância de um gerenciamento eficiente do capital de giro. Cada
real economizado no capital de giro pode contribuir para uma melhor
rentabilidade do investimento. O capital de giro é base de todo negócio
financeiro. É administrado em empresas de pequeno, médio e grande porte.

Capital de giro é o montante estipulado, empregado à aplicação dos


meios de produção, de forma que a empresa complete o ciclo operacional. A
administração do capital de giro significa à administração das contas dos
elementos giro, ou seja, dos ativos e passivos circulantes, tais como as contas
caixa, estoques, contas a receber e contas a pagar e todo o seu gerenciamento
financeiro, com objetivo de manter e determinar o nível de rentabilidade e
liquidez.
9

O estudo do capital de giro é fundamental para o administrador


financeiro e para profissionais que atuam na área financeira de um modo geral.
Com o qual à revisão da literatura, o estudo não teve a pretensão de
apresentar uma ampla revisão de literatura, mas abordou os principais
conceitos e características da administração do capital de giro.

Assaf Neto e Silva (2002) expõem que, para se realizar a análise da


situação financeira de uma empresa cujo objetivo é verificar o equilíbrio
financeiro, é de fundamental importância o estudo co capital de giro voltado
para a realidade brasileira.

Este trabalho busca uma melhor elucidação a cerca do capital de giro,


conceitos de grandes pensadores na área de contabilidade e por que não de
administração visto que essas duas profissões estão cada vez andando mais
próximas. Propomos também soluções para os problemas oriundos do capital
de giro e soluções para o mesmo. Haja vista, que o principal motivo de
preocupação da estabilidade de uma empresa vem da confiabilidade que o
capital de giro fornece para a empresa. Uma vez que para investimento
financeiro o ponto a ser analisado é o capital de giro.

O capital de giro se bem provisionado pode levar uma empresa ao


sucesso empresarial e financeiro. Por outro lado seu descaso pode causar
sérios problemas.
10

CAPÍTULO I
CAPITAL DE GIRO: UM DESAFIO PERMANENTE

O capital de giro representa, em média, 30 a 40% do total dos ativos de


uma empresa. O capital permanente tem um peso maior sobre o total dos
ativos, atingindo entre 60 e 70%.

Apesar de sua menor participação sobre o total dos ativos da empresa, o


capital de giro exige um esforço do administrador financeiro maior do que
aquele requerido pelo capital fixo.

O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está


continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela
empresa. Já o capital fixo não exige atenção constante, uma vez que os fatos
capazes de afetá-lo acontecem com uma freqüência bem menor.

Boa parte dos esforços do administrador financeiro típico é canalizada


para resolução de problemas de capital de giro - formação e financiamento de
estoques, gerenciamento do contas a receber e administração de déficits de
caixa. Nesta luta para sobreviver, a empresa acaba sendo arrastada pelos
problemas de gestão do capital de giro e tende a sacrificar seus objetivos de
longo prazo. Os empresários conhecem bem este fenômeno. Boa parte de seu
tempo é consumido "apagando incêndios", onde o foco mais perigoso reside no
capital de giro.

1.1 Medidas para solucionar os problemas de capital de giro

As dificuldades de capital de giro numa empresa são devidas,


principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores:

- Redução de vendas
11

- Crescimento da inadimplência

- Aumento das despesas financeiras

- Aumento de custos

- Alguma combinação dos quatro fatores anteriores

Na situação mais freqüente, os problemas de capital de giro surgem como


conseqüência de uma redução de vendas. Neste caso, o administrador
financeiro se defronta com as seguintes questões: como manter o capital de
giro sob controle diante de um quadro de redução das vendas? o que pode ser
feito para evitar uma crise maior de capital de giro? Os tópicos seguintes
apresentam algumas alternativas de solução para essas questões.

a) Formação de reserva financeira

Como acontece no trato de muitos outros problemas, a ação preventiva tem um


papel importante para a solução dos problemas de capital de giro.
A principal ação consiste na formação de reserva financeira para enfrentar as
mudanças inesperadas no quadro financeiro da empresa.

A determinação do volume dessa reserva financeira levará em conta o grau de


proteção que se deseja para o capital de giro. Também uma análise do tipo "o
que aconteceria ao capital de giro se...." poderia ser bastante útil para se
formular a estimativa do volume da reserva financeira.

À primeira vista, poderia soar antieconômico a formação de uma reserva


financeira, já que esta decisão tiraria recursos financeiros que de outra forma
deveriam ser aplicados no investimento em ativos fixos de modo a permitir a
expansão da empresa.
12

Dada a alta volatilidade da economia brasileira, a formação de reserva


financeira para o capital de giro deveria ser a prioridade econômica
fundamental da empresa. Além disso, os recursos destinados e essa reserva
seriam aplicados no mercado financeiro, onde as taxas de juros têm sido
maiores do que a taxa de rentabilidade do capital fixo.

b) Encurtamento do ciclo econômico

Quando a empresa encurta seu ciclo econômico - este pode ser definido como
o tempo necessário à transformação dos insumos adquiridos em produtos ou
serviços - suas necessidades de capital de giro se reduzem drasticamente.

Numa indústria, a redução do ciclo econômico significa um menor tempo para


produzir e vender. No comércio, esta redução significa um giro mais rápido dos
estoques. Na atividade de serviços, a redução do ciclo econômico significa
basicamente trabalhar com um cronograma mais curto para a execução dos
serviços, a redução do ciclo econômico não é uma função tipicamente
financeira. Ela requer o apoio de funções como produção, operação e logística.

c) Controle da inadimplência

A inadimplência dos clientes de uma empresa pode decorrer do quadro


econômico geral do país ou de fatores no âmbito da própria empresa.

No primeiro caso, a contração geral da atividade econômica e a conseqüente


diminuição da renda das pessoas, tende a aumentar a inadimplência. Nesta
situação, a empresa tem pouco controle sobre o problema.

Quando a inadimplência é decorrente de práticas de crédito inadequadas,


estabelecidas pela própria empresa, existe uma solução viável para o
problema. Neste caso, é preciso dar mais atenção à qualidade das vendas
(tanto as vendas a crédito como as vendas faturadas) do que ao volume
dessas vendas. No caso das vendas a crédito, também será recomendável
uma redução do prazo de pagamento concedido aos clientes.
13

d) Não se endividar a qualquer custo

Na tentativa de suprir a insuficiência de capital de giro, muitas empresas


utilizam empréstimos de custo elevado. Como regra, qualquer dinheiro captado
a um custo maior do que 1,17% ao mês (ou 15% ao ano) em termos reais, é
incompatível com a rentabilidade normal da empresa que é de 15 % ao ano,
também em termos reais. Assim, uma linha de crédito de curto prazo que hoje
não custa menos do 2% ao mês em termos reais, é claramente antieconômica.

O financiamento de capital de giro a uma taxa real maior do que 1,17% ao mês,
pode resolver o problema imediato de caixa da empresa, mas cria um novo
problema - seu pagamento. O administrador tem consciência da inviabilidade
do custo financeiro dos financiamentos de capital de giro. Ele tenta ganhar
tempo, esperando que uma melhora posterior nas condições de mercado da
empresa permitam pagar o capital de terceiros. Todavia, quando a recuperação
das vendas acontece, a empresa já acumulou um estoque de dívidas cujo
pagamento será impraticável.

e) Alongar o perfil do endividamento

Quando a empresa consegue negociar um prazo maior para o pagamento de


suas dívidas, ela adia as saídas de caixa correspondentes e, portanto, melhora
seu capital de giro. Embora essa melhora seja provisória, ajudará bastante até
que a empresa se ajuste financeiramente.

Também neste caso, é importante uma atenção especial para o custo do


alongamento de prazo. Ele precisa ser suportado pela rentabilidade da
empresa.

f) Reduzir custos

A implantação de um programa de redução de custos tem um efeito positivo


sobre o capital de giro da empresa desde que não traga restrições às suas
vendas ou à execução de suas operações.
14

Uma vez que a empresa com problema de capital de giro também estará com
sua capacidade de investimento comprometida, a redução de custos em
atividades como modernização, automação ou informatização não será
possível.

Diante de uma crise de capital de giro, o programa de redução de custos tem


natureza compulsória e seu grande desafio é identificar aqueles itens de gastos
que possam ser cortados sem grandes prejuízos para as atividades da
empresa. Dificilmente serão encontrados gastos supérfluos ou desperdícios,
pois a crise de capital de giro naturalmente já os deve ter eliminados.

g) Substituição de passivos

A política de substituição de passivos consiste em trocar uma dívida por outra


de menor custo financeiro. Por exemplo, uma empresa de grande porte poderia
adotar esta solução, através do lançamento de títulos no exterior ou mesmo
fazendo um lançamento de ações. Entretanto, as empresas de pequeno e
médio porte não têm essa opção. Um programa tradicional de substituição de
passivos para essas empresas quase sempre significaria trocar seis por meia
dúzia.

Numa situação extrema, as pequenas e médias empresas poderiam trocar


passivo exigível por passivo não exigível (capital), através da admissão de
novos sócios. Sem dúvida, esta seria uma solução a ser adotada em último
caso.
15

1.2 Solução definitiva

É evidente que existe um forte entrelaçamento entre a administração do capital


de giro da empresa e sua administração estratégica.

Por isso, a solução definitiva para o problema do capital de giro consiste na


recuperação da lucratividade da empresa e a conseqüente recomposição de
seu fluxo de caixa.

Esta solução exige a adoção de medidas estratégicas de grande alcance que


vão desde o lançamento de novos produtos ou serviços e a eliminação de
outros, adoção de novos canais de venda ou até mesmo a reconfiguração do
negócio como um todo.

Desse modo, a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa


requer muito mais do que medidas financeiras. Estratégias, operações e
práticas gerenciais, entre outras, precisarão ser repensadas para que o capital
de giro volte ao estado de normalidade.
16

CAPÍTULO II
A DINÂMICA DO CAPITAL DE GIRO

Assaf Neto e Silva (2002) expõem que, para se realizar a análise da


situação financeira de uma empresa, cujo objetivo é verificar o equilíbrio
financeiro, é de fundamental importância o estudo do capital de giro ajustado à
realidade brasileira. Conforme Houston e Brigham (1999, p.561), “a política de
capital de giro se refere às políticas da empresa com respeito a níveis
desejados de cada categoria de ativos correntes e como os ativos circulantes
serão financiados”.

Para Assaf Neto (2002, p.190), a importância do capital de giro assim se


expressa:

O comportamento do capital de giro é extremamente dinâmico, exigindo


modelos eficientes e rápidos de avaliação da situação financeira da empresa.
Uma necessidade de investimento em giro mal dimensionada é certamente
uma fonte de comprometimento da solvência da empresa, com reflexos sobre
sua posição econômica de rentabilidade.

Na concepção de Schrickel (1999, p.164), capital de giro “[...] é o


montante ou conjunto de recursos que não está imobilizado. Estes recursos
estão em constante movimentação no dia-a-dia da empresa”.
Hoji (2001, p.109) acrescenta que:

O estudo do capital de giro é fundamental para a administração


financeira, porque a empresa precisa recuperar todos os custos e despesas
(inclusive financeira) incorridos durante o ciclo operacional e obter o lucro
desejado, por meio da venda do produto ou prestação de serviço.

O capital de giro é responsável pelo ciclo operacional das empresas,


pois sua movimentação reflete no estado patrimonial da empresa. O capital de
17

giro sofre transformação e cada transformação, tem objetivo de fazer o capital


retornar sempre maior que o valor do inicio do ciclo operacional.

Conforme Olinquevitch e Santi Filho (2004, p.111), “nos livros de


administração financeira de origem norte-americana, o conceito de capital de
giro está relacionado ao ativo circulante”. Sob a ótica norte-americana, a
configuração do capital de giro naqueles textos é expressa da seguinte
maneira: Capital de Giro = Ativo Circulante; e Capital de Giro Líquido = Ativo
Circulante – Passivo Circulante. Conforme Olinquevitch e Santi filho (2004), a
visão dos estudiosos brasileiros, a literatura brasileira é mais precisa, pois nela
o conceito de capital de giro pode ser trabalhado gerencialmente de forma mais
adequada e com sentido mais amplo.

A literatura contábil brasileira é mais precisa. Nela, o conceito de Capital


de Giro assume formas mais apropriadas para serem gerencialmente
trabalhadas. O primeiro conceito é o de Capital de Giro em seu sentido mais
amplo:

Capital de Giro = (Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo) – (Ativo


Permanente + Realizável a Longo Prazo).

2.1 Capital de Giro nos negócios

Tradicionalmente, define-se como Capital de Giro o valor dos estoques +


créditos a receber (clientes) de uma empresa. Não se soma ao capital de giro
outros valores existentes (como recursos financeiros de tesouraria), porque
estes não estão relacionados á gestão de vendas em si, mas a outras gestões
(como a financeira, no caso de recursos aplicados no mercado de títulos de
renda fixa). Outras contas, se relevantes e comuns na operação do negócio,
podem ser somadas ao capital de giro total. Como exemplo, nas empresas
fonográficas, o volume de adiantamentos de direitos autorais, necessários para
financiar os autores e compositores.
18

O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está


continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela
empresa.

2.2 Necessidade de Capital de Giro

Os recursos que a empresa necessita financiar para manter seu capital de


giro. Desconta-se o valor de fornecedores porque este é um financiamento (em
tese) natural do negócio e não oneroso em relação a outras fontes de
financiamento (como empréstimos bancários e capitais próprios).

Assim, quanto maior o capital de giro próprio, maior a necessidade de


financiá-los, seja com recursos dos fornecedores, de bancos, de acionistas,
etc. Já o capital fixo não exige atenção constante, uma vez que os fatos
capazes de afetá-lo acontecem com uma freqüência bem menor.

Boa parte dos esforços do administrador financeiro típico é canalizada


para resolução de problemas de capital de giro - formação e financiamento de
estoques, gerenciamento do contas a receber e administração de déficits de
caixa.

Para seu funcionamento, as empresas utilizam recursos materiais de


renovação lenta (imóveis, instalações, máquinas, equipamentos), denominados
capital fixo ou permanente, e recursos de rápida renovação (dinheiro, créditos,
estoques) que formam seu capital circulante ou capital de giro, também
chamado de ativo corrente.

Capital de giro, portanto, é o ativo circulante que sustenta as operações


do dia-a-dia da empresa e representa a parcela do investimento que circula de
uma forma a outra, durante a condução normal dos negócios. Assim,

CAPITAL DE GIRO = Ativo Circulante


19

Uma administração ineficiente do capital de giro poderá afetar de forma


dramática o fluxo de caixa da empresa. O volume de capital de giro utilizado
por uma empresa depende de seu volume de vendas, de sua política de crédito
comercial e do nível de estoques que ela precisa manter. Duas considerações
muito importantes na administração do capital de giro são os ciclos econômicos
e a sazonalidade específica de determinados negócios.

As indústrias normalmente possuem maior proporção de ativos


permanentes em relação aos ativos totais, e tendem a concentrar-se nas
necessidades de caixa a longo prazo; as empresas comerciais trabalham com
maior percentagem de capital de giro e concentram-se principalmente nas
contas a receber e nos estoques, buscando mais os financiamentos a curto
prazo; as empresas de serviço, por sua vez, possuem poucos ativos
permanentes e enfocam basicamente as contas a receber.

O capital de giro necessita de recursos para seu financiamento, como


acontece com o capital permanente. Assim, quanto maior for o capital de giro,
maior será a necessidade de financiamento, seja com recursos próprios, seja
com recursos de terceiros.

2.3 Reserva de Capital de Giro

O capital de giro é fortemente influenciado pelas incertezas inerentes a


todo tipo de atividade empresarial. Por esse motivo, a empresa deve manter
uma reserva financeira para enfrentar os eventuais problemas que podem
surgir. Quanto maior for a reserva financeira alocada à manutenção do capital
de giro, menores serão as possibilidades de crises financeiras, ou seja, menor
será o risco de a empresa deixar de honrar seus compromissos financeiros a
curto prazo, nas datas de seus vencimentos. Mais uma vez, no entanto, deve
ser lembrado que somente os ativos permanentes proporcionam a
rentabilidade satisfatória para a empresa. A rentabilidade obtida pela reserva
de capital de giro aplicada no mercado financeiro não constitui a atividade-fim
das empresas não-financeiras.
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O administrador financeiro deve buscar, portanto, um equilíbrio entre o


volume necessário à manutenção da reserva de capital de giro e o valor a ser
aplicado no ativo permanente da empresa. Deve lembrar, por fim, que a
rentabilidade da empresa pode esperar por uma recuperação de lucros, mas
que o capital de giro não pode esperar. Ele é prioritário. Sem o lucro, a
empresa fica estagnada ou encolhe, porém, sem o capital de giro, ela
desaparece.

2.4 Redução da Necessidade de Capital de Giro

Um ciclo financeiro curto permite maior giro de caixa, que, por sua vez,
implica menor necessidade de capital de giro. O ciclo financeiro de uma
empresa depende de três fatores: prazo de pagamento das compras, prazo de
produção ou estocagem e prazo de recebimento das vendas. Os prazos de
pagamento de compras e de recebimento das vendas são determinados pelas
condições de mercado. Apenas alterações provisórias desses prazos poderiam
ser conseguidas a partir de negociações com fornecedores e clientes. Por esse
motivo, as medidas financeiras para encurtamento do ciclo financeiro são
pouco eficazes. Apenas o encurtamento do prazo de produção ou estocagem
pode fazer mudanças significativas e duradouras sobre o ciclo financeiro da
empresa. Essas medidas, entretanto, estão fora do escopo da área financeira,
exigindo o concurso das áreas técnicas, como de produção, operação ou
logística para sua implementação. Diversas técnicas podem proporcionar o
encurtamento da etapa de produção ou operação da empresa, dentre as quais
se pode destacar Just in Time (JIT), Administração Total da Qualidade (TQM),
Supply Chain Management, Lean Production, etc..
Dos muitos problemas ocorridos com as empresas que as obrigam a recorrer a
bancos e a outras instituições financeiras em busca de recursos para seu
capital de giro, destacam-se:

§ má administração da empresa em diversas áreas elevando demais os


custos fixos;
21

§ sazonalidade das vendas; ciclo operacional e ciclo financeiro muito


longos;
§ excesso de inadimplência por parte de clientes;
§ empréstimos e financiamentos obtidos a custos muito elevados;
22

CAPÍTULO III
A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL DE GIRO E ALGUMAS
SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA DE CAPITAL DE GIRO

Este estudo, apresenta de maneira geral e simplificada, a importância do


capital de giro para as empresas, sua origem, analisa e mostra como
solucionar alguns problemas com o capital de giro dentro das empresas,
através de maneiras simples e medidas que podem ser efetuadas dentro até
mesmo da administração das mesmas, sendo que estás devem ser eficientes e
precisas, investiga de diversos fatores, e opiniões diversificadas as várias
maneiras de se obter problemas relacionados ao capital de giro, por falta
muitas vezes de orientação de seus administradores ou até mesmo de
desconhecer qual a sua real importância, para o então, capital de giro, pois
este poderá solucionar problemas futuros e até salvar as empresas, de uma
futura falência, vendo dessa forma, com certeza os empresários optariam pela
obtenção deste capital de giro. sendo que este não se aplicaria apenas para as
micro e pequenas empresas, mas também para as empresas de um modo
geral, pois todas, apesar de possuírem problemas diversificados com o capital
de giro, todas necessitam de resolve-los, independente de serem ou não micro
ou pequena empresa; a solução porém, esta ao alcance de todos,
necessitando apenas de coragem de alguns, habilidades específicas de outros,
para que se formem uma reserva de capital de giro, e assim previnam de
danos futuros, endividamentos e preocupações desnecessários. Analisando
desta forma, o artigo irá mostrar que além das habilidades administrativas, que
os administradores devem possuir, relacionadas ao capital de giro também
deverão possuir, habilidades além das citadas no decorrer do artigo, só assim
podemos solucionar de vez este problemas. O capital veio para resolver o
problema das empresas, e não para gerar mais.

Como desenvolvimento do capitalismo e o surgimento dos bancos


comerciais e as transações comerciais entre as empresas, fez-se necessário
23

que as mesmas possuíssem algo que lhes proporcionasse a possibilidade de


medir os devedores e cumprir como seus compromissos financeiros, conhecido
como balanço patrimonial da situação financeira, porém este passa a não
satisfazer as necessidades dos credores. Surge então um demonstrativo
auxiliar, o qual ressaltava as mudanças na posição financeira das empresas e
recebe a denominação de demonstração de fontes e aplicação de recursos.
A contabilidade em si, destaca a necessidade de se classificar os ativos de
acordo com sua liquidez, conseqüentemente, os credores costumam ter mais
interesse na liquidez da empresa e na suficiência de seu capital de giro.

Um demonstrativo como o de origens e aplicações de recursos lhes são


mais ou tão importante quanto ao balanço geral e demonstrativo de resultado.
Desta forma, o comportamento do credor de curto prazo, pode se entender
melhor o porquê da distinção dos ativos e passivos em corrente e não corrente.
A partir de então, o capital de giro passa a servir de base para se determinar a
liquidez das empresas e a ser definido com a diferença entre o ativo corrente e
passivo corrente.

Segundo FESS (1966), no mínimo dois tipos de análise podem ser


fornecidos. “A apresentação de um montante do capital de giro, que indica uma
medida da margem ou disponibilidade avaliável para se fazer as obrigações á
vencer no dia a dia (análise estática) e a apresentação do fluxo de capital de
giro para os períodos passados e o fluxo esperado para cobrir períodos futuros
(análise dinâmica)”.

O conceito, a avaliação e a análise de capital de giro ficam prejudicados


por causa desses dois fatores, pois estes necessitam de uma tradução clara do
que é de fato corrente e não-corrente.

A Finalidade do capital de Giro é saciar a empresa de recursos


financeiros necessários para a realização de suas operações, e é formado
pelos valores em Caixa, Estoques, Contas a Receber, é fornecido pelos sócios,
por meio do Capital Próprio e Lucros Acumulados, e por meio de terceiros,
como Bancos e Fornecedores.
24

A importância do Capital dentro das empresas é muito grande, pois este


representa o valor fatal e dos recursos demandados pela empresa, para
financiar o seu ciclo de operações, pelo qual englobam as necessidades de
circulação identificadas de aquisição de matérias-primas até a venda e
recebimento de produtos.

A eficácia do Capital de Giro transmite equilíbrio, lucratividade, e


vitalidade ao Capital de funcionamento, traz também prosperidade a célula
social.

A movimentação de disponibilidade financeira é sempre uma


preocupação Constante para as empresas, assim também para o pessoal
ligado a área financeira.

Muitos empresários desconhecem o que é fundamental na gestão da


sua empresa; e acabam perdendo muitas oportunidades, e até possibilidades
de aumento de mercado, de lucro, de produtividade, etc.

O Capital de giro deve ser acompanhado permanentemente, pois este


sofre os diversos impactos no sistema econômico enfrentado pela empresa de
forma continua.

O estoque de uma empresa é formado e mantido em função das


necessidades do mercado consumidor, este está sempre sofrendo mudanças
de investimentos, quanto maior a necessidade de investimento nos estoques,
mais recursos financeiros a empresa deverá ter.

As contas a receber são resultados das vendas realizadas a prazo. O


cliente leva o seu produto e lhe devolve o recurso financeiro. Portanto, quanto
mais prazo você oferece ao cliente ou quanto maior for a parcela de vendas a
prazo no seu faturamento, mais recursos financeiros a empresa deverá ter.
25

É nas contas correntes bancárias e no caixa que fica concentrada a


parcela dos recursos financeiros da empresa disponíveis, ou seja, que a
empresa pode utilizar a qualquer tempo para honrar os seus compromissos
diversos.

Dependendo do saldo inicial, das entradas e das saídas, pode ocorrer


uma falta ou uma sobra desses recursos em um momento específico, dia ou
semana. Neste sentido as decisões de compras e vendas não podem ser
tomadas sem nenhum critério. É necessário que haja sempre uma análise e
uma avaliação se a empresa dispõe de recursos financeiros para isso.

Se for tomada uma decisão de compra em excesso, a empresa deverá


ter uma quantidade maior de recursos financeiros. Se for tomada uma decisão
de dar mais prazo para os clientes nas vendas a prazo, também a empresa
precisará de mais recursos financeiros.

Se esse recurso não existe a empresa acabará tendo de utilizar recursos


emprestados, de bancos, fornecedores ou outras fontes, o que irá gerar uma
necessidade de pagamentos de juros, diminuindo a margem de lucro do
negócio.

Portanto, administrar o capital de giro da empresa significa avaliar o


momento atual, as faltas e sobras de recursos financeiros, e os reflexos
gerados por decisões tomadas na empresa em relação a compras, vendas e
administração do caixa.

As dificuldades relacionadas ao Capital de Giro ocorrem por causa de


fatores que afetam as empresas como: Redução de vendas, Crescimento de
Inadimplência, Aumento das despesas financeiras, Aumento dos custos, enfim.
Consideram-se algumas soluções para os problemas do Capital de Giro:

§ A formação de uma reserva financeira para enfrentar situações


inesperadas no sistema financeiro da empresa. Esta deveria ser a
prioridade econômica fundamental da empresa, pois os recursos
26

destinados a essas reservas seriam aplicados no mercado financeiro,


onde as taxas de juros seriam maiores que a taxa de rentabilidade de
Capital fixo.

§ Redução do ciclo econômico, este reduz o tempo necessário para a


transformação da matéria-prima adquiridos em produtos ou serviços. A
redução do ciclo econômico depende do apoio de funções como
produção, operação e logística, por não ser uma situação
exclusivamente financeira.

§ Controle da inadimplência, para este problema seria necessário uma


atenção especial a qualidade das vendas do ao número dessas vendas.
Para as vendas a crédito também será necessário uma redução para o
prazo de pagamento estipulado aos clientes.

§ Não se endividar com muita facilidade, porque na tentativa de acabar


com a insuficiência do capital de Giro, as empresas tendem a recorrer a
empréstimos de custos muito elevados.

§ Financiamentos de Capital de Giro poderá resolver o problema em um


primeiro momento, mas gera outro problema que decorre o seu
pagamento.

§ Prorrogar o perfil de endividamento para que a empresa consiga adiar


as saídas do caixa e melhorar o seu Capital de Giro, desta forma
permitindo que a empresa se ajuste financeiramente.
§ Reduzir os custos para este efeito, é recomendado a diminuição de
gastos sem grandes prejuízos para rendimento das atividades da
empresa.

A solução mais ampla para o problema de Capital de Giro encontra-se


na recuperação da lucratividade da empresa e na recomposição de seu fluxo
de caixa. Sendo assim, os problemas de Capital de Giro de uma empresa
necessitam mais do que medidas financeiras, como estratégias, operações e
27

práticas gerenciais, apesar de apresentar-se razoavelmente estável no


decorrer do tempo.

3.1 A importância da administração do capital de giro

Quando uma empresa inicia as suas atividades ela recebe dois tipos de
investimentos, um considerado como investimento fixo que servirá para a
aquisição das máquinas, móveis, prédio, ferramentas, enfim, para investir em
itens do ativo imobilizado.

Outra parte dos investimentos vai compor uma reserva de recursos


financeiros para serem utilizados conforme as necessidades financeiras da
empresa ao longo do tempo. É o chamado capital de giro. Esses recursos
ficam alocados nos estoques, nas contas a receber, no caixa ou na conta
corrente bancária.

O estoque de uma empresa é formado e mantido em função das


necessidades do mercado consumidor, portanto, este está sempre sofrendo
mudanças de investimentos, seja em tipos de itens ou em quantidades. Quanto
maior a necessidade de investimento nos estoques, mais recursos financeiros
a empresa deverá ter.

As contas a receber são resultados das vendas realizadas a prazo, ou


seja, o seu cliente leva o seu produto e lhe devolve o recurso financeiro depois.
Portanto, quanto mais prazo você oferece ao cliente ou quanto maior for a
parcela de vendas a prazo no seu faturamento, mais recursos financeiros a
empresa deverá ter.

É nas contas correntes bancárias e no caixa que fica concentrada a


parcela dos recursos financeiros da empresa disponíveis, ou seja, que a
empresa pode utilizar a qualquer tempo para honrar os seus compromissos
diversos. Dependendo do saldo inicial, das entradas e das saídas, pode ocorrer
uma falta ou uma sobra desses recursos em um momento específico, dia ou
semana.
28

Neste sentido as decisões de compras e vendas não podem ser


tomadas sem nenhum critério. É necessário que sempre que uma decisão de
compra ou de venda for ser tomada, que seja feita uma análise e uma
avaliação se a empresa dispões de recursos financeiros para isso. Se for
tomada uma decisão de compra em excesso, a empresa deverá ter uma
quantidade maior de recursos financeiros. Se for tomada uma decisão de dar
mais prazo para os clientes nas vendas a prazo, também a empresa precisará
de mais recursos financeiros. Se esse recurso não existe a empresa acabará
tendo de utilizar recursos emprestados, de bancos, fornecedores ou outras
fontes, o que irá gerar uma necessidade de pagamentos de juros, diminuindo a
margem de lucro do negócio.

Portanto, administrar o capital de giro da empresa significa avaliar o


momento atual, as faltas e sobras de recursos financeiros, e os reflexos
gerados por decisões tomadas na empresa em relação a compras, vendas e
administração do caixa.

3.2 Como calcular a necessidade do capital de giro

A necessidade de capital de giro da empresa é calculada das seguintes formas:

1. Através do saldo das contas no Balanço Patrimonial:

NCG = "Valor" das Contas a Receber + Valor em Estoque - Valor das Contas a
Pagar.

Exemplo: Contas a Receber: R$ 25.000,00 + Estoques R$ 40.000,00 - Contas


a Pagar R$ 35.000,00 = "Necessidade" Capital de Giro: R$ 30.000,00.

2. Através do Ciclo Financeiro (Prazo Médio de Estoques + Prazo Médio de


Recebimentos ? Prazo Médio de Pagamentos).
29

NCG = "Ciclo" Financeiro x Valor das Vendas por Dia PM Recebimentos 30


dias + PM Estoques 45 dias - PM Pagamentos 35 dias =" Ciclo" Financeiro: 40
dias

Vendas por dia: R$ 750,00 = "Necessidade" Capital de Giro: R$ 30.000,00 (R$


750,00 x 40 dias).

A escolha por um dos métodos depende das necessidades do momento. O


cálculo, através do ciclo financeiro, possibilita mais facilmente prever a
necessidade de capital de giro em função de uma alteração nas políticas de
prazos médios, ou no volume de vendas.

3.3 Qual a finalidade do capital de giro

O capital de giro tem por finalidade suprir a empresa de recursos


financeiros necessários para a realização das suas operações, ou seja,
comprar e vender mercadorias/produtos.

O capital de giro de uma empresa é formado pelos valores em Caixa, em


Estoques e em Contas a Receber. É fornecido pelos Sócios, por meio do
Capital Próprio e Lucros Acumulados e, complementarmente, por Capital de
Terceiros, como Bancos e Fornecedores.
30

CONCLUSÃO

A equalização para o problema do capital de giro consiste na


recuperação da lucratividade da empresa e a conseqüente recomposição de
seu fluxo de caixa.

Esta solução exige a adoção de medidas estratégicas de grande alcance


que vão desde o lançamento de novos produtos ou serviços e a eliminação de
outros, adoção de novos canais de venda ou até mesmo a nova formatação do
negócio como um todo. Desse modo, a solução dos problemas de capital de
giro de uma empresa requer muito mais do que medidas financeiras.
Estratégias, operações e práticas gerenciais, entre outras, precisarão ser
repensadas para que o capital de giro volte ao estado de normalidade.

Concluímos que uma determinada empresa ao iniciar suas atividades


ela recebe dois tipos de investimentos, um considerado investimento fixo que
servirá para a aquisição dos itens componentes do ativo imobilizado.

Outra parte dos investimentos irá para uma reserva de recursos


financeiros que serão utilizados conforme as necessidades financeiras da
empresa ao longo do tempo é o que chamamos de capital de giro. Esses
recursos ficam alocados nos estoques, nas contas a receber, no caixa ou na
conta corrente bancária.

O capital de giro é o fluxo de caixa de direitos e obrigações que se


identifica nas demonstrações contábeis de uma empresa em um determinado
período de tempo, e que o capital de giro tem sua formação nas contas
patrimoniais que se encontram no ativo circulante e no passivo circulante.
Sendo que este é de muitíssima importância dentro das empresas, pois pode
solucionar problemas futuros, que muitas vezes pode levar as empresas à
falência. A falta deste acarretará na insuficiência de recursos destinados a
problemas eventuais futuros para que se obtenha a continuidade da empresa.
31

Compreendemos também que a má administração do capital de giro


afetará o fluxo de caixa da empresa, e que é fundamental a realização de uma
administração direta e precisa dos estoques e dos créditos para que haja o
êxito da administração do capital de giro.

O equilíbrio na gestão do capital de giro deve ser buscado procurando


se controlar as variáveis aumentativas e diminutivas, o que fará com que as
empresas tenham uma prorrogação de vida.

Percebemos que os contadores possuem fundamental importância para


a eficácia de capital de giro, pois são estes profissionais que vão trazer as
orientações necessárias sobre os importantes fenômenos circulatórios.

Analisamos que os conceitos financeiros e contábeis vieram de pontos


clássicos da economia; o capital circulante foi o conceito criado como o oposto
do capital fixo. Adam Smith e principalmente David Ricardo foram os primeiros
a estudar essa matéria de uma forma cientifica própria da ciência econômica.

O capital de giro está diretamente associado às fontes, as quais a


empresa necessita para financiar seu crescimento. Sendo que este também
está sujeito a exposições e riscos oriundos de múltiplas áreas, tais como
recebíveis, contas à pagar, gerenciamento de estoques, gerenciamento de
caixa, etc.

Em cada uma dessas áreas encontramos diferentes desafios no que diz


respeito ao alcance da liquidez necessária, à obtenção do processo com maior
eficiência, à adoção de novas tecnologias e à avaliação da qualidade do capital
de giro no balanço patrimonial.

As empresas procuram e necessitam de vantagens competitivas


especialmente de condições financeiramente desafiantes, o que torna mais
evidente a importância de um gerenciamento eficiente do capital de giro. Cada
montante economizado no capital de giro pode contribuir para uma melhor
32

rentabilidade do investimento. O capital de giro é base de todo negócio


financeiro. É administrado em empresas de pequeno, médio e grande porte.

Capital de giro é o montante estipulado, empregado à aplicação dos


meios de produção, de forma que a empresa complete o ciclo operacional. A
administração do capital de giro significa à administração das contas dos
elementos dos ativos e passivos circulantes, tais como as contas caixa,
estoques, contas a receber e contas a pagar e todo o seu gerenciamento
financeiro, com objetivo de manter e determinar o nível de rentabilidade e
liquidez. O estudo do capital de giro, é fundamental para o administrador
financeiro e para profissionais que atuam na área financeira de um modo geral.

Com o qual à revisão da literatura, o estudo não teve a pretensão de


apresentar uma ampla revisão de literatura, mas abordou os principais
conceitos e características da administração do capital de giro. Este trabalho
monográfico foi uma pesquisa bibliográfica exploratória, tendo sido utilizado o
método comparativo, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre
os conceitos dados pelos autores pesquisados para as expressões de que trata
o trabalho, ou melhor, capital de giro.

Sendo assim, apresenta-se no escopo do trabalho o levantamento dos


vários conceitos introduzidos na literatura para o Capital de Giro e seus
derivados, bem como, o entendimento do profissional contábil a cerca de uma
expressão bastante utilizada por todos, quer sejam professores, contadores,
administradores A necessidade de capital de giro é um dos maiores desafios
do administrador financeiro. Um elevado volume de capital de giro irá desviar
recursos financeiros que poderiam ser investidos nos ativos permanentes da
empresa. Por outro lado, o capital de giro muito reduzido restringirá a
capacidade de operação e de vendas da empresa.

A necessidade de capital de giro pode ser estimada de dois modos:

§ com base no ciclo financeiro ou


§ com utilização dos demonstrativos contábeis (balanço patrimonial)
33

O capital de giro é fortemente influenciado pelas incertezas a todo tipo de


atividade empresarial. Por esse motivo, a empresa deve sempre ter uma
reserva financeira para enfrentar os eventuais problemas que podem surgir.

Quanto maior for a reserva financeira, menores serão as possibilidades de


crises financeiras, ou seja, menor será o risco da empresa deixar de honrar
seus compromissos financeiros a curto prazo, nas datas de seus vencimentos.

Percebemos que somente os ativos permanentes proporcionam a


rentabilidade satisfatória para a empresa. A rentabilidade obtida pela reserva
de capital de giro aplicada no mercado financeiro não constitui a atividade-fim
das empresas não-financeiras.

O administrador financeiro deve buscar, manter um equilíbrio entre o


volume necessário à manutenção da reserva de capital de giro e o valor a ser
aplicado no ativo permanente da empresa. Deve lembrar que a rentabilidade da
empresa pode esperar por uma recuperação de lucros, mas que o capital de
giro não pode esperar.

Sem o lucro, a empresa fica prejudicada, desta forma, sem o capital de


giro, ela desaparece.

Por fim, concluímos que as empresas de um modo geral necessitam de


uma reserva de capital de giro e que este é de fundamental importância para o
sucesso das empresas.
34

BIBLIOGRAFIA

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2003.

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Financeira. 2 tiragem, Rio de Janeiro, Editora Campus: 1999.

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fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Campus: 2002.

OLINQUEVITCH, José Leônidas; SANTI FILHO, Armando de. Análise de


balanços para controle gerencial. 4.ª ed. São Paulo: Atlas, 2004.

SANTOS, Edno Oliveira dos. Administração financeira da pequena e média


empresa. São Paulo: Atlas, 2001.

SCHRICKEL, Kurt Wolfgang. Demonstrações financeiras: abrindo a caixa-


preta: como interpretar balanços para a concessão de empréstimos. São Paulo:
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SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas Empresas. A importância


da administração do capital, de giro. 2009 Disponível em: <
http://www.sebraesp.com.br/faq/financas/procedimentos_controles/necessidade
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SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas Empresas. Como calcular a


necessidade do capital de giro. 2009. Disponível em:
http://www.sebraesp.com.br/faq/financas/procedimentos_controles/finalidade_c
apital_giro, 28/07/2009.

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