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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

Medição da distância focal de uma lente convergente

Gabriel Assis de Azeredo - RA: 21061914


Matheus Pinheiro - RA: 11021314
Thiago Rodrigues Soares - RA: 11093212
Viviane Lima Bezerra - RA: 11081112

Santo André - SP
2017
Técnica 1 – Método Direto

Primeiramente montamos o sistema para realizar o experimento pelo método direto


(Figura 1), o sistema que, resumidamente, é composto por uma fonte de luz e objeto (metade de
uma cruz), uma lente e um espelho, conforme figura a seguir:

Figura 1 -​ Sistema para a medição da distância focal de uma lente pelo método direto.

Os três foram fixados na mesa óptica com o auxílio de uma haste e um porta haste para
cada um deles. A fonte de luz foi fixada bem na ponta da mesa, a lente foi colocada
aproximadamente à distância focal da lente e o espelho à uma distância qualquer, todos em linha
reta.
Ligamos a fonte de luz e alteramos as distâncias da lente e do espelho em relação à fonte
de luz até que a imagem refletida na própria fonte de luz fosse nítida.
Com o auxílio de uma trena medimos a distância da lente e o objeto.
Ao ligar a fonte de luz observamos uma imagem direta, na mesma direção do objeto
formada no espelho. Essa imagem era a mesma do objeto (metade de uma cruz). Como o espelho
refletia os raios de luz, era formada ao mesmo tempo uma imagem invertida abaixo do próprio
objeto. Essa imagem, observada junto ao objeto, formava uma cruz no corpo da fonte de luz.
A posição em que a imagem ficava nítida era sempre a mesma (processo repetido três
vezes) então consideramos essa uma medida repetitiva.
Esses procedimentos foram realizados para as lentes de 100mm e 150mm.
Na tabela 1 podemos ver os dados obtidos:

(f teórico ) mm (f medido ± 1) mm

100 96

150 147
Tabela 1 - ​Valores das medidas focais das lentes utilizadas no experimento.

P1 – Utilizando um laser, como você faria para determinar a curvatura de ambas as faces
das lentes?
Ao direcionarmos um laser para uma lente observamos que o feixe do laser é refletido em
uma determinada direção. Se ele for refletido para baixo significa que temos uma lente convexa e
se for refletido para cima temos uma lente côncava.
No nosso caso as duas lentes eram biconvexas.

P2 – Você espera que a imagem esteja nítida no espelho ou não?


Sim.

P3 – Qual é o sistema de coordenadas e sinais que você vai adotar?


No sistema de coordenadas o objeto está no ponto 0 do eixo x, e assim conta a distância
da lente e do espelho a partir do objeto, sendo sempre positivos, de acordo com a Figura 2. O
mesmo critério será usado para a segunda parte do experimento.
Figura 2​ - Esquema com sistema de coordenadas do experimento.

P4 – Para que a medição esteja correta, que tamanho deverá ter a imagem invertida que
será formada no retângulo? Deve ser maior, menor ou igual que o tamanho da cruz
original?
Igual.

Técnica 2 – Método Indireto

Montamos o sistema para o experimento do método indireto constituído por uma fonte de
luz com o objeto (cruz), lente e uma tela (Figura 3), todos fixados na mesa óptica com o auxílio
de uma haste e um porta haste para cada um deles.

Figura 3 -​ Sistema para a medição da distância focal de uma lente pelo método indireto.
Colocamos a lente a uma distância da tela de modo que a imagem que aparecia na tela
ficasse nítida. Medimos com o auxílio de uma trena as distâncias entre a lente e o objeto e a lente
e a tela.
Além das medidas realizadas no método direto e indireto, medimos também o tamanho
das imagens formadas e do objeto, tanto lateralmente quanto longitudinalmente. Com esses
dados, pudemos calcular o aumento vertical da imagem (Eq. 1) e também o aumento lateral (Eq.
2).

S imagem
M= − S objeto (1)

Larimagem
M lateral = Larobjeto (2)

Afastamos a lente do objeto e depois mudamos a posição da tela para que a imagem
ficasse nítida e então realizamos todas as medidas novamente. Este processo foi realizado para 10
posições diferentes.
Com as medidas da posição da lente e da imagem, podemos calcular o valor do foco (Eq.
3).

X lente * X imagem
f= X lente + X imagem
(3)

Nas tabela de 2 até a 8 temos todos os valores medidos e calculados com seus respectivos
erros.
● Lente de 100 mm

Medida (X lente ± 1) mm (X imag ± 1) mm ( f ± Δf ) mm

1 129 433 99,4 ± 0,6

2 154 278 99,1 ± 0,4

3 173 225 97,8 ± 0,4

4 203 200 100,7 ± 0,4

5 229 180 100,8 ± 0,4

6 254 168 101,1 ± 0,4

7 279 159 101,3 ± 0,4

8 304 152 101,3 ± 0,5

9 329 148 102,1 ± 0,5

10 354 144 102,4 ± 0,5


Tabela 2:​ Valores medidos para determinar a distância focal de uma lente
convergente, onde o sistema adotado considera a origem na posição da lente.

( f ± Δf ) mm
100,6 ± 0,5
Tabela 3:​ Média do foco calculado.
Medida (S obj ± 1) mm (S imag ± 1) mm (M ± ΔM )

1 25 85 -3,4 ± 0,1

2 25 44 -1,76 ± 0,08

3 25 31 -1,24 ± 0,06

4 25 24 -0,96 ± 0,06

5 25 19 -0,76 ± 0,05

6 25 16 -0,64 ± 0,05

7 25 14 -0,56 ± 0,05

8 25 12 -0,48 ± 0,04

9 25 11 -0,44 ± 0,04

10 25 10 -0,40 ± 0,04
Tabela 4:​ Aumento vertical da imagem.

Medida (Larobj ± 1) mm (Larimag ± 1) mm M lateral ± ΔM lateral

1 25 85 3,4 ± 0,1
2 25 45 1,80 ± 0,08
3 25 31 1,24 ± 0,06
4 25 24 0,96 ± 0,06
5 25 19 0,76 ± 0,05
6 25 16 0,64 ± 0,05
7 25 14 0,56 ± 0,05
8 25 12 0,48 ± 0,04
9 25 11 0,44 ± 0,04
10 25 10 0,40 ± 0,04
Tabela 5: ​Aumento lateral da imagem.
● Lente de 150 mm

Medida (X lente ± 1) mm (X imag ± 1) mm ( f ± Δf ) mm

1 182 820 148,9 ± 0,7

2 205 589 152,1 ± 0,6

3 229 455 152,3 ± 0,6

4 254 389 153,7 ± 0, 5

5 278 323 149,4 ± 0,4

6 304 300 151,0 ± 0,3

7 329 280 151,3 ± 0,3

8 354 263 150,9 ± 0,3

9 379 249 150,3 ± 0,2

10 404 240 150,6 ± 0,2


Tabela 6:​ Valores medidos para determinar a distância focal de uma lente
convergente, onde o sistema adotado considera a origem na posição da lente.

( f ± Δf ) mm

151,0 ± 0,4
Tabela 7: ​ Média do foco calculado.
Medida (S obj ± 1) mm (S imag ± 1) mm M ± ΔM
1 25 113 -4,5 ± 0,2
2 25 72 -2,9 ± 0,1
3 25 50 -2,00 ± 0,09
4 25 39 -1,56 ± 0,07
5 25 29 -1,16 ± 0,06
6 25 24 -0,96 ± 0,06
7 25 21 -0,84 ± 0,05
8 25 19 -0,76 ± 0,05
9 25 17 -0,68 ± 0,05
10 25 15 -0,60 ± 0,05
Tabela 8:​ Aumento vertical da imagem.

Medida (Larobj ± 1)mm (Larimag ± 1)mm M lateral ± ΔM lateral

1 25 114 4,6 ± 0,2


2 25 74 3,0 ± 0,1
3 25 51 2,04 ± 0,09
4 25 40 1,60 ± 0,08
5 25 30 1,20 ± 0,06
6 25 25 1,00 ± 0,06
7 25 21 0,84 ± 0,05
8 25 19 0,76 ± 0,05
9 25 17 0,68 ± 0,05
10 25 15 0,60 ± 0,05
Tabela 9:​ Aumento vertical da imagem.
- Qual a distância mínima que deve existir entre o objeto e a lente?
Um pouco acima da distância focal, pois caso seja a distância focal a projeção vai para o
infinito, e se aumentarmos um pouco a distância ela se formará na tela nítida.

P5 – Como você pode utilizar esse conjunto de dados para obter apenas um valor da
distância focal da lente, com sua respectiva incerteza?
Calculando a média de todos os valores calculados para o foco (Eq. 4) e a propagação de
erros da média (Eq. 5).

10
∑ fi
i =1
Mf = 10 (4)


N 2
∑ (X−X )
1
△f = N −1
(5)
√N

P6 – Como determinou o erro de enfoque? Depende da sua visão?


Sim e somado a isso tem o aparelho que utilizamos para realizar as medições, a trena tem
um “conector” na origem dela que dificulta na medida, o erro de paralaxe também conta, ainda
mais porque cada integrante do grupo tem um modo de observar e medir.
De acordo com as informações que captamos no experimento utilizamos a Eq. 5 para
definir o erro.
P7 – O tamanho das lentes e do espelho, é um fator limitante?
Sim, o tamanho da lente e do espelho devem ser proporcionais ao tamanho do objeto.

P8 – O que é um feixe colimado?


Colimar é o ato de tornar paralelas as trajetórias dos feixes. Assim um feixe colimado
possui raios paralelos resultando em um espalhamento mínimo.

P9 – Defina objeto e imagem, real e virtual.


O objeto é o elemento em que possibilitará a formação da imagem. Através de feixes de
luz (raios) formamos as imagens.
Dizemos que a imagem é real quando é formada através do encontro dos próprios raios e
é virtual quando é formada pelo prolongamento dos raios.
Anexos

Δf inal = √ Δestimado 2 + Δinstrumental 2 (6)

√ (( )) (( ) )
2 2 2 2
ΔM = −1
S objeto ) ( * ΔS objeto +
S imagem

(S objeto )
2 (
* ΔS imagem ) ​ ​(7)

√ (( )
2

(( )) )
2 2 2
ΔM lateral = 1
Larobjeto ) ( * ΔLarobjeto +
−Larimagem

(Larobjeto )
2 (
* ΔLarimagem ) ​(8)

√ ( ) ( )
2 2
2 2
X imagem 2 X lente 2
Δf = 2 * (△X lente ) + 2 * (△X lente )
(X lente + X imagem ) (X lente + X imagem )
(9)

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