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120º SEMINÁRIO TÉCNICO DA ABNT / CB-09

Palestra:
REDES DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA
PARA GASES COMBUSTÍVEIS

Eng. Fernando Cörner da Costa, D.Sc.


Krona – Consultoria e Projetos Ltda.
Consultor Senior da Ultragaz / Bahiana

Recife, 22/03/2018
Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

ESCOPO DAS NORMAS

Estabelecer os requisitos mínimos para projeto, execução e


comissionamento da rede de distribuição interna para gases
combustíveis em instalações de uso não residencial (NBR 15358) e
em aplicações residenciais (NBR 15526).

Pressão de operação não exceder 400 kPa (NBR 15358) e 150 kPa
(NBR 15526).

Ser abastecida por rede de GN, central de GNC, central de GNL,


central de GLP ou estação de GNS.

Gás ser conduzido até os pontos de utilização por sistema de


tubulações.
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1. ESCOPO DAS NORMAS

Não se aplicam a instalações existentes ou construção aprovada


antes de 02.02.2017 (NBR 15358) e de 15.04.2016 (NBR 15526).
Exclusão (aplica-se):
-Onde haja claro risco à vida ou à propriedade.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Normas ABNT NBR, referentes a tubos de aço carbono, cobre e


polietileno, suas conexões e acessórios, tubos flexíveis, reguladores
de pressão, soldagem etc.
Normas internacionais (ISO, ASME/ANSI, API, ASTM e DIN).

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3. TERMOS E DEFINIÇÕES

Termos e definições para dirimir dúvidas quanto à interpretação do


texto desta Norma. Exemplos:

- profissional habilitado: pessoa devidamente graduada e com


registro no órgão de classe, com autoridade de elaborar a assumir
responsabilidade técnica sobre projetos, instalações e ensaios.

- profissional qualificado: pessoa devidamente capacitada por meio


de treinamento e credenciamento executado por profissional
habilitado ou entidade pública ou privada reconhecida, para
executar montagens, manutenções e ensaios de instalações de
acordo com os projetos e normas.
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4. REQUISITOS GERAIS
Considerações gerais
- Ref. a pressões: manométricas, salvo nota contrária.
- Ref. a vazões: fase gasosa (GN), fase vapor (GLP, GNS)
20°C, 1 atm absoluta (nível do mar).
Aplicação da NBR 15358
Fornos e estufas industriais, caldeiras, aquecedores de fluidos,
maçaricos, chamuscadeiras, secadores e muitos outros
equipamentos industriais e comerciais.
Aplicação da NBR 15526
Residências, como fogões, aquecedores, chapas, aquecedores de
ambiente, máquinas de lavar e secar roupa etc.
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4. REQUISITOS GERAIS

Informações prévias para realização do projeto:

• Jogo completo das plantas aprovadas pela Prefeitura.

• Localização da central de GLP / GNS e ou do CRM de GN.

• Definição e localização de todos os aparelhos de utilização de gás


sobre as plantas, inclusive perspectivas futuras.

• Indicação das vazões máximas e pressões de utilização de gás em


todos os pontos de consumo.

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4. REQUISITOS GERAIS
Documentação após realização do projeto e execução
Projeto (plantas baixa, elevação, detalhes e isométrico),
memorial de cálculo, dimensões, especificações de materiais e tipo
de gás a que se destina.
“As built”, no caso de modificações na execução.
Laudo do ensaio de estanqueidade
Registro de liberação para alinhamento
ARTs do projeto, execução e ensaio de estanqueidade
ARTs de inspeção e manutenção quando for o caso

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4. REQUISITOS GERAIS

Atribuições e responsabilidades

Projeto: profissional habilitado

Execução e comissionamento: profissional qualificado sob supervisão


de profissional habilitado

Laudo técnico após o ensaio de estanqueidade: profissional habilitado

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4. REQUISITOS GERAIS NORMA ABNT
NBR 15932
Inspeção periódica
Períodos máximos de 5 anos (NBR 15358) e 5 anos (NBR 15526),
podendo variar para menos devido a riscos e condições especiais, de
acordo com a avaliação e registros do responsável pela inspeção.
Indício de vazamento: BLOQUEIO DA REDE OU RAMAL e
INSPEÇÃO I-M-E-D-I-A-T-A
Registro das tarefas a serem executadas, seus responsáveis e seus
resultados.
Registro final das tarefas executadas; ambos os registros devem ser
mantidos junto da documentação técnica da rede.

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5. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS


Exigências gerais
Possuir resistência físico-química à aplicação e compatível com o(s)
gás(es) a ser(em) utilizado(s).
Resistência ou proteção contra agressões do meio.

Tubos e conexões devem ser dimensionados para suportar, no mínimo,


a pressão de projeto e a pressão do ensaio de estanqueidade.

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5. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS


Tubos admitidos para rede de distribuição interna
Tubos de aço carbono, com ou sem costura:
- ABNT NBR 5580 (mín. classe média) – antigo DIN 2440
- ABNT NBR 5580 (classe pesada) – antigo DIN 2441
- ABNT NBR 5590 (mín. classe normal – SCH 40)
- API 5L (mín. gr. A), esp. mín. correspondente ao SCH 40
Tubos de cobre rígido, s/ cost., ABNT NBR 13206
Tubos de cobre flexível, s/ cost., ABNT NBR 14745
Tubos de polietileno PE80 ou PE100, ABNT NBR 14462(*)
(*) apenas trechos enterrados e exteriores às edificações.

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5. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS

Conexões admitidas para rede de distribuição interna

Conexões de aço forjado, ASME/ANSI B.16.9


Conexões de fº fº maleável, ABNT NBR 6943, 6925 ou ANSI B.16.3
Conexões de cobre e suas ligas (solda ou rosca), ABNT NBR 11720
Conexões de cobre (compressão), ABNT NBR 15277
Conexões de polietileno (PE80 ou PE100), ABNT NBR 14463
Conexões para transição entre tubos PE / metálicos (redes
enterradas, conforme ASTM D 2513 e ASTM F 1973
Conexões de fºfº maleável com terminais de compressão para tubos
PE ou transição entre tubos PE / metálicos (redes enterradas),
conforme ISO 10838-1 e DIN 3387.

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5. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS


Elementos para interligação
Ambas as normas permitem a utilização de:
- mangueiras flexíveis, em conformidade com ABNT NBR 13419.
- tubos flexíveis metálicos, conforme ABNT NBR 14177
- tubos de condução de cobre flexível, s/ cost., classes 2 ou 3,
conforme ABNT NBR 14745
- tubo flexível de borracha para GLP/GN, ABNT NBR 14955
No ambiente industrial (NBR 15358):
- adotar, de preferência, ligações rígidas.
- verificar limites de pressão, temperatura, ocorrência de
abrasão, respingos de metais líquidos etc.
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5. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS

Válvulas de bloqueio na rede

Devem ser do tipo esfera, para fechamento rápido


Válvulas metálicas, conforme ABNT NBR 14788.

Válvulas tipo solenóide

Abrem e fecham o fluxo através de comando elétrico


Corpo da válvula projetado para condições máximas de temperatura
e pressão. Vedantes compatíveis com o gás.
Instalação elétrica de acordo com a classificação da área.

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5. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS


Reguladores de pressão
- Atender à pressão da rede ou dos equipamentos de consumo,
conforme o caso, observando as variações máximas
admissíveis.
- Observar a necessidade de regulador em standby com válvulas de
bloqueio para permitir a troca.
- Instalar filtro à montante para retenção de material particulado.
- Estudar necessidade de dispositivo de proteção contra alta ou
baixa pressão.
- Conectar vent para eventual alívio em local seguro.
- Instalar manômetro à jusante.
- Estar em conformidade com ABNT NBR 15590.

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5. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS


Dispositivos de segurança
Proteção contra elementos que possam interferir no funcionamento,
como entrada de água e objetos estranhos.
Identificação permanente e visível de suas características como
pressão de acionamento, fabricante e sentido de fluxo.
Exemplos:
- válvula de alívio (liberação do gás em local ventilado);
- válvula de bloqueio automático;
- limitador de pressão;
- detector de vazamentos.

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5. OUTROS MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS

Considerações que devem ser levadas em conta, com objetivo de não


restringir o desenvolvimento de novas tecnologias:

a) Existência de especificações em norma ou regulamento técnico em


âmbitos nacional ou internacional, incluindo sua utilização.
b) Garantia de atendimento às referências acima citadas.
c) Existência de histórico de mercado.
d) Avaliação do uso no ambiente desta norma, incluindo análise de
ensaios quando pertinente.
e) Recomendação técnica por normalização internacional.
f) Avaliação de validade da aprovação internacional em redes
internas para gases combustíveis em diversos lugares.

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA


Traçado da rede – filosofias
De posse das plantas e informações de vazões:
- minimizar o trajeto para reduzir custos
- projetar linha tronco e ramificações
Nas indústrias, pode-se necessitar ainda:
- projetar anel fechado quando necessária à equalização de
pressões
- levar em conta possíveis expansões futuras, que podem
exigir aumento da vazão, modificação no percurso e/ou
deixar derivações valvuladas (espera).

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA


Traçado da rede
- evitar acúmulo de gás em locais confinados
mistura gás + comburente (ar e/ou oxigênio)
campo de inflamabilidade + fonte de ignição
queima > aquecimento > súbita expansão

acúmulo de pressão >

EXPLOSÃO

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA


Levantamento de consumo de gás em indústrias e comércios
- O objetivo é a determinação das vazões máximas instantâneas em
cada trecho da rede.
-Tratando-se de consumo existente, como na conversão de óleo
combustível para gás, pode apresentar aspectos complexos
devido à inexistência dos consumos instantâneos, estando
disponível apenas os consumos diários ou mensais.

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA

Levantamento de consumo de gás em indústrias e comércios

- Em casos excepcionais podem ser aplicado o conceito de


simultaneidade máxima de utilização, que conduz à redução
das vazões de projeto. Este fator deve ser estudado caso a
caso.
- Por outro lado, deve também ser considerada a hipótese de um
aumento de consumo devido a previsões de expansão,
podendo ser vantajoso aumentar a bitola da tubulação e
deixar saída futuras dotadas de válvulas para possibilitar a
ampliação sem interrupção do consumo.

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA


Levantamento de consumo de gás residências
- O objetivo é a determinação das vazões máximas instantâneas em
cada trecho da rede.
- Tratando-se de consumo existente, as informações podem ser
tomadas a partir dos equipamentos instalados.
- NBR 15526, no Anexo D, apresenta uma tabela com as potências
nominais dos aparelhos a gás.
- Nos projetos das redes residenciais onde existam apenas aparelhos
de consumo domésticos pode ser aplicado o fator de
simultaneidade da utilização (Anexo E da NBR 15526), o que
conduz à redução das vazões de projeto, reduzindo os custos
de instalação.
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6. DIMENSIONAMENTO

Levantamento de consumo de gás em residências

Fator de simultaneidade (F) a ser considerado em cada trecho:

Potência adotada (A) = Potência computada (C) x F / 100

C < 21.000 kcal/h: F = 100


21.000 ≤ C < 576.720: F = 100/[1 + 0,01 (C – 349)0,8712]
576.720 ≤ C < 1.200.000: F = 100/[1 + 0,4705 (C – 1.055)0,19931]
C ≥ 1.200.000: F = 23

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA


Pressões máximas de operação nas redes (NBR 15358)
. GLP: 150 kPa (1,5 bar g) (*)
. Ar-GLP: 250 kPa (2,5 bar g) (*) ERRO !
. GN: 400 kPa (4,0 bar g)
(*) Em locais onde a temperatura ambiente e/ou a elevada densidade
do GLP possa favorecer à sua recondensação, deverão ser adotadas
pressões mais baixas.
Por outro lado, a adoção de pressões superiores com GLP, necessária
em raríssimas situações, exigirá o aquecimento da rede interna através
de fonte externa de calor, além de isolamento térmico.

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA


Pressões máximas de operação nas redes (NBR 15526)
150 kPa (1,5 bar g) (*)
7,50 kPa (765 mm c.a.) (**)
2,8 kPa (280 mm c.a.) – GLP (***)
2,0 kPa (200 mm c.a.) – GN (***)
(*) Em locais onde a temperatura ambiente e/ou a elevada densidade
do GLP possa favorecer à sua recondensação, deverão ser adotadas
pressões mais baixas.
(**) Pressão máxima dentro das unidades habitacionais
(***) Pressão de utilização de equipamentos domésticos.

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA

Parâmetros de cálculo: As normas recomendam a adoção dos


seguintes valores:

GÁS NATURAL: PCI = 8.600 kcal/m³ (20°C, 1 atm abs)


densidade relativa ao ar = 0,6

GLP: PCI = 24.000 kcal/m³ (20°C, 1 atm abs)


densidade relativa ao ar = 1,8

MISTURA GLP-AR: PCI = 13.000 kcal/m³ (20°C, 1 atm abs)


(só NBR 15358) densidade relativa ao ar = 1,43

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA


Metodologia de cálculo
- Condições de cálculo (NBR 15526):
Perda de carga máxima admitida para rede que alimente diretamente
aparelhos a gás: 10% da pressão de operação, respeitando a faixa de
pressão de funcionamento nos pontos de utilização.
Perda de carga máxima admitida para rede que alimenta reguladores de
pressão: 30% da pressão de operação, respeitada a faixa de pressão de
entrada do referido regulador .
Velocidade máxima do gás admitida nas redes: 20 m/s

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NBR 15358 : 2017 (4ª edição)

6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA


Metodologia de cálculo
- Condições de cálculo (NBR 15358): ALTERADAS NESTA EDIÇÃO
As perdas de carga máximas admitidas serão determinadas para cada
caso, de acordo com as exigências dos pontos de consumo, conforme
determinação do profissional habilitado
É recomendável que a velocidade máxima do gás admitida nas redes
não ultrapasse 20 m/s.

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA

Metodologia de cálculo

- Cálculo das perdas de carga nos trechos horizontais e nos trechos


verticais, somando-se os comprimentos equivalentes das
conexões e demais acessórios.

- Nos trechos verticais ocorre uma variação de pressão de acordo com o


tipo de gás e o sentido do fluxo:

. GN: ganho em trecho ascendente e perda em trecho descendente

. GLP: perda em trecho ascendente e ganho no descendente.

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA

Metodologia de cálculo para trechos verticais:


perda ou ganho adicional às perdas por atrito

Essas variações de pressão podem ser calculadas pela fórmula:

ΔP = 1,318 x 10-2 x H x (S – 1)

onde:

ΔP = variação de pressão
H = altura do trecho vertical em metros
S = densidade relativa (GLP = 1,8; GN = 0,6; GNS = 1,43)

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA


Metodologia de cálculo para trechos horizontais e verticais
Fórmula para pressões acima de 7,5 kPa (Renouard)
PA2abs - PB2abs = 4,67 x 105 x S x L x Q1,82 / D4,82
onde:
PA = pressão de entrada em cada trecho (kPa)
PB = pressão de saída em cada trecho (kPa)
S = densidade relativa (GLP = 1,8; GN = 0,6), adimensional
L = comprimento do trecho + comprimento equivalente (m)
Q = vazão do gás em Nm³/h
D = diâmetro interno do tubo (mm)

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA

Metodologia de cálculo

Fórmula para pressões de até 7,5 kPa, trechos horizontais e


verticais, para GN.

Q0,9 = 2,22 x 10-2 x ( ( H x D4,8 ) / ( S0,8 x L ) )0,5

onde:
S = densidade relativa (GN = 0,6), adimensional
L = comprimento do trecho + comprimento equivalente (m)
Q = vazão do gás em Nm³/h
D = diâmetro interno do tubo (mm)
H = perda de carga máxima admitida em kPa
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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA

Metodologia de cálculo

Cálculo para pressões de até 7,5 kPa, trechos horizontais e verticais,


para GLP.
PAabs - PBabs = 2773 x S x L x Q1,82 / D4,82

onde:
PA = pressão de entrada em cada trecho (kPa)
PB = pressão de saída em cada trecho (kPa)
S = densidade relativa (GLP = 1,8), adimensional
L = comprimento do trecho + comprimento equivalente (m)
Q = vazão do gás em Nm³/h
D = diâmetro interno do tubo (mm)
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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE INTERNA

Metodologia de cálculo

Fórmula para cálculo das velocidades nas tubulações

V = 354 x Q / (P + 1,033) x D2

onde:

V = velocidade do gás (m/s)


Q = vazão do gás na pressão de operação em m³/h
P = pressão manométrica de operação (kgf/cm²)
D = diâmetro interno do tubo (mm)

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ALIMENTADOR LINEAR (sem anel)

6. DIMENSIONAMENTO P1 (bar g) 1,5 Fator de conversão: 1 m³ GLP @ 1 atm abs, 20ºC = 2,28 kg

DA REDE INTERNA TRECHO 1-2-3-4 kg/h Dados de entrada


Q (m³/h) 2.429 5.539 Dados calculados
PARA GLP D intº (mm) 202,7 PA PA PA PB dP dP
L tubo (m) 203 bar man atm abs kPa abs kPa abs kPa bar
L equiv (m) 38 1,500 2,481 251,30 246,8 4,48 0,0448
L total (m) 241 Velocidade 8,43 m/s 2,99%
Metodologia de cálculo P4 (bar g) 1,455
com auxílio de planilha TRECHO 4-5-8 kg/h Dados de entrada

em Excel Q (m³/h)
D intº (mm)
2.130
154,1
4.856
PB
Dados calculados
PB PB PC dP dP
L tubo (m) 185,3 bar man atm abs kPa abs kPa abs kPa bar
L equiv (m) 115 1,455 2,436 246,815 229,57 17,24 0,1724
Todos os pontos de L total (m) 300,3 Velocidade 13,02 m/s 11,85%
P8 (bar g) 1,283
consumo terão
TRECHO 8-9 kg/h
reguladores de 2º estágio Q (m³/h) 1.057 2.411
Dados de entrada
Dados calculados
D intº (mm) 154,1 PF PC PC PD dP dP
L tubo (m) 10 bar man atm abs kPa abs kPa abs kPa bar
Perda máx. adm. = 20% L equiv (m)
L total (m)
5,1
15,1
1,283 2,266 229,572 229,32
Velocidade
0,25
6,95 m/s
0,0025
0,20%
Perda máx. calc. = 14,7% P9 (bar g) 1,280

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7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM

Instalação da rede
- aparente, com elementos de fixação adequados
- embutida em paredes e muros (sem vazios)
- enterrada

No ambiente industrial, salvo motivos específicos, deve ser dada


preferência à rede aparente para facilitar a manutenção, as alterações
futuras e a identificação de vazamentos.

Mesmo no ambiente comercial e residencial, sempre que possível


deve-se dar preferência a redes aparentes.
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7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
Traçado da rede
- Passagem por locais onde, em caso de vazamento, não haja
acúmulo de gás.
- Possibilidade de manutenção
É proibida a passagem em:
. dutos de lixo, de ar, águas pluviais
. cisternas, fossas e reservatórios de água
. compartimento de equipamentos elétricos
. qualquer vazio na estrutura ou no solo
. em elementos estruturais como vigas, pilares e colunas, de forma
a não submeter a tubulação a esforços estruturais.

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7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM

Traçado da rede
Em casos excepcionais é aceita a passagem da rede por tubo luva, desde
que atenda os seguintes requisitos:
- Abertura em ambas as extremidades para fora da projeção da
edificação em local seguro e protegido contra a entrada de
água, animais etc.
- Resistência mecânica e suportação adequadas, além da estanqueidade.
- Proteção contra a corrosão.
- Possuir excepcionalmente sistema de exaustão mecânica.

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7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM

Traçado da rede

- Proibida a utilização da tubulação de gás como condutor de


aterramento elétrico.

- Projetar a rede de forma que possam ser utilizadas as conexões com


os ângulos disponíveis, pois é proibido dobrar tubos rígidos.

Recife, 22/03/2018
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
NBR 15358 : 2017
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
Traçado da rede
A travessia de elementos estruturais é permitida desde que não haja
contato entre a tubulação de gás e a estrutura.

Tubo luva
Elemento
15 cm estrutural,
exemplo:
laje de piso

Tubulação
SOLO
de gás

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
Traçado da rede: Tubulações enterradas
Rede metálica: afastamento de pára-raios, entrada de energia, malha
de aterramento, subestações etc. (> 12.000 V) = 5 m
Afastamento de outras utilidades: 0,30 m
Não usar a mesma vala das redes elétrica e de telefonia.
Profundidades mínimas a partir da geratriz superior, em zona:
. sujeita a tráfego de veículos = 0,60 m (NBR 15358)
. sujeita a tráfego de veículos = 0,50 m (NBR 15526)
. sujeita a escavações e jardins = 0,80 m
. sem tráfego ou tráfego de pessoas = 0,30 m
Evitar profundidades > 1,5 m no caso de tubos de PE
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM

Traçado da rede: Tubulações enterradas


Abertura e fechamento de valas.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM

Acoplamentos rosqueados

PADRÃO PADRÃO
INTERNACIONAL AMERICANO

Rosca BSP Rosca NPT


Macho cônico / fêmea paralela Macho e fêmea cônicos
Acoplam. conf. NBR NM ISO 7-1 Acoplamentos conf. NBR 12912
Tubos NBR 5580 Tubos NBR 5590

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
Acoplamentos rosqueados

Ref.: Fundição Tupy

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
Acoplamentos roscados

Roscas NPT e BSP com o


mesmo número de fios

Rosca NPT com menos fios


que a rosca BSP

Ref.: Fundição Tupy

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM

Acoplamentos roscados

Vedantes: fita de PTFE, fio multifilamentos de poliamida com


revestimento não secativo, e outros vedantes líquidos ou pastosos
compatíveis com o uso de GLP e gás natural.

Cuidado para não ficar resíduos no interior da tubulação.

É proibida a utilização de qualquer tipo de tinta ou fibras vegetais


como vedante (zarcão, cânhamo e outros).

Outubro / 2015
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM

Acoplamentos soldados – tubos de aço


Qualificação dos soldadores e a especificação dos procedimentos
de solda:
- código ASME aplicável
- ou norma API STD 1104
Processo de arco manual: “ SMAW – Shielded Metal Arc Welding”
Sistema automático ou semi-automático (MIG, TIG ou SAW).
Solda de topo em tubos: só em D = ou > 1 ½”
Diâmetros inferiores: usar luva.

Outubro / 2015
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
Acoplamentos soldados – tubos de cobre
Acoplamento feito por soldagem capilar (solda branda) ou brasagem
capilar (solda forte), atendendo a:
- conexões conf. NBR 11720 devem acoplar em tubos NBR 13206;
- soldagem capilar: tubulações aparentes, embutidas ou enterradas com
pressão máx. 7,5 kPa e ponto de fusão mín. > 200ºC.
- brasagem capilar: tubulações aparentes, embutidas ou enterradas sem
restrição de pressão e ponto de fusão = ou > 450ºC.
- soldas e fluxos conf. NBR 15489
- processo de soldagem conf. NBR 15345

Outubro / 2015
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
Acoplamentos soldados – tubos de cobre

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM

Acoplamentos soldados – tubos de polietileno (PE)

Acoplamento feito por soldagem, atendendo a:


- solda por eletrofusão, com conexões conf. NBR 14463,
executadas de acordo com a NBR 14465;
- solda de topo, conforme NBR 14464

Recomenda-se a soldagem:
- com acessórios eletro soldáveis até DN 90
- de topo tubo-tubo ou tubo-acessório polivalente só para tubos
com DN > ou = 110

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
Acoplamentos soldados – tubos de polietileno (PE)

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM

Acoplamentos por compressão – tubos de cobre

Acoplamento feito por compressão, atendendo a:

- conexões conf. NBR 15277 devem ser utilizadas em tubos


especificados pela NBR 14745 e NBR 13206, conforme
aplicação;

- processo de execução conf. NBR 15345.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

7. CONSTRUÇÃO E MONTAGEM

Acoplamentos por compressão – tubos de cobre


Acoplamento feito por compressão, atendendo a:

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)

ENSAIO DE ESTANQUEIDADE DAS TUBULAÇÕES

REDES DE DISTRIBUIÇÃO (NBR 15358:2014)

Se aplica a instalações industriais para GLP, GN e misturas GLP-ar até


pressões de 400 kPa (4 bar g).
O item 6.1 recomenda que a pressão máxima com GLP seja 150 kPa e
250 kPa para misturas GLP-ar.
A pressão máxima na rede de distribuição de GLP deve ser de 150
kPa. E, em locais frios, ainda que temporariamente, onde possam
ocorrer baixas pressões e, em condições extremas, a recondensação
do GLP, a pressão considerada no projeto e na operação da rede
deverá ser inferior a 150 kPa.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)

ENSAIO DE ESTANQUEIDADE DAS TUBULAÇÕES

REDES DE DISTRIBUIÇÃO (NBR 15358:2017)


Pressão mínima de ensaio = 1,5 x PMTA (manométrica)
Instrumentos de medição da pressão:
- pressão de ensaio de 25% a 75% fundo de escala
- divisões não superiores a 1% do final da escala
Tempo de ensaio:
tmín = 60 min
acrescentar 15 min (estabilização da temperatura)
O tempo mínimo pode ser alterado desde que sejam
utilizadas metodologias reconhecidas.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)

ENSAIO DE ESTANQUEIDADE DAS TUBULAÇÕES


REDES DE DISTRIBUIÇÃO
Procedimentos para o ensaio:
- Todas as válvulas devem estar na posição aberta.
- As válvulas das extremidades deverão estar tamponadas.
- Elevar a pressão gradualmente (10% pressão do ensaio).
- Norma: sistema estanque se queda de pressão imperceptível
- Corrigir qualquer vazamento perceptível.
- Em caso de correção de vazamento: novo ensaio.
Fluidos usados no ensaio: ar comprimido ou gás inerte.
Após o ensaio:
- Emissão do laudo após o ensaio e antes da purga
- Exaustiva limpeza interior da tubulação
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

ENSAIO DE ESTANQUEIDADE DAS TUBULAÇÕES

REDES DE DISTRIBUIÇÃO (NBR 15526:2016)

Se aplica a instalações residenciais e comerciais para GLP, GN e misturas


GLP-ar até pressões de 150 kPa (1,5 bar g).

Normalmente são tubulações embutidas, portanto os ensaios serão


feitos em duas etapas:

1ª) Após a montagem da rede, ainda exposta, em toda extensão ou em


partes (mínima 1,5 x PMTA, não menor que 20 kPa = 0,2 bar g).

2ª) Com a rede pronta, na pressão de operação.


Recife, 22/03/2018
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

ENSAIO DE ESTANQUEIDADE DAS TUBULAÇÕES

REDES DE DISTRIBUIÇÃO (NBR 15526:2016)


Instrumento de medição de pressão:
Escala da pressão medida entre 20 e 80% do fundo de escala, com
divisões não superiores a 1% do fundo de escala.
Tempo do ensaio da 1ª etapa (tubulação exposta):
tmín = 60 min
adicionar 15 min (estabilização da temperatura)
Tempo do ensaio da 2ª etapa (aparelhos instalados):
tmín = 5 min + 1 min (estabilização)

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
LIMPEZA INTERNA DE TUBULAÇÕES
É o procedimento que se segue normalmente após o ensaio de
estanqueidade.

TUBULAÇÕES NOVAS APÓS ENSAIO PNEUMÁTICO


- Purga com ar comprimido ou gás inerte para arraste de material
particulado, resíduos da montagem ou água de chuva. Velocidades
contínuas acima de 30 m/s.
- Trechos verticais podem exigir purga em ambos os sentidos.
- Tubulações de maior diâmetro podem exigir purga descontínua, onde
as velocidades são variáveis ao longo do percurso, exigindo a purga em
ambos os sentidos.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
TUBULAÇÕES NOVAS: PURGA APÓS ENSAIO PNEUMÁTICO
Geralmente é ineficiente como método de limpeza.
Proteção

ar ou
gás inerte
Gases e
sujeiras
em alta
velocidade

Velocidade

Comprimento da tubulação
Recife, 22/03/2018
TUBULAÇÕES NOVAS ENTERRADAS

Maior possibilidade da contaminação com terra, lama, água e


presença de animais como ratos, baratas, formigas e batráquios.
Projeto deverá prever sifões e drenos em TODOS os pontos baixos
para lavagem com líquidos e acompanhamento da montagem com
topógrafo em linhas longas.

CRM

Recife, 22/03/2018
TUBULAÇÕES NOVAS ENTERRADAS

Detalhe dos sifões e drenos:

Pontos de drenagem em áreas seguras.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
TUBULAÇÕES USADAS

O GN e o GLP não provocam corrosão nas tubulações.

Porém, tubos de aço carbono pretos podem apresentar corrosão


interna quando abertos em contato com a atmosfera ou umidade, em
almoxarifados e linhas desativadas, liberando óxidos caso a tubulação
venha a ser utilizada.

Neste caso recomenda-se a limpeza química com uma solução


decapante, seguida de uma solução apassivadora e posterior purga
do ar e dos vapores antes do alinhamento do gás.

Em caso de corrosão severa, a tubulação deverá ser substituída.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
CONCEITOS SOBRE INFLAMABILIDADE E RISCOS

Ar, oxigênio, ar
GLP, butano, enriquecido com
propano, GN oxigênio

FONTE DE
IGNIÇÃO

centelha, fagulha, chama, superfície


aquecida, ambiente aquecido

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
CONCEITOS SOBRE INFLAMABILIDADE E RISCOS
Importância do significado da densidade:
- Purga para o ambiente: tendências dos gases e suas misturas antes
da dispersão.
- Segundo Dácio Jordão em “Atmosferas Explosivas” (2004):
. gás + leve que o ar: dens. rel. < 0,8
. gás + pesado que o ar: dens. rel. > 1,2
. gás com densidade entre 0,8 e 1,2 se comportam de
forma semelhante ao ar.
- Misturas GLP + nitrogênio tendem a se dissipar no ar mais
facilmente do que GLP + CO2.
- Misturas GLP + ar (dens. rel. = 1,4) se comportam como mais
pesadas que o ar, ao contrário do GN.
Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
CONCEITOS SOBRE INFLAMABILIDADE E RISCOS
Uso de gases inertes para purga de tanques e tubulações
GÁS INERTE: gás não combustível e incapaz de suportar a combustão;
apresenta menos de 2% de oxigênio e frações combustíveis com LEL
abaixo de 50% do combustível que está sendo purgado.
NITROGÊNIO:
- é o gás inerte mais utilizado;
- apresenta o custo mais baixo (78,1% do ar*);
- possui a densidade mais baixa;
- não contribui para o efeito estufa.
CO2:
- pode apresentar mudança de fase na descompressão;
- possui densidade elevada;
- contribui para o efeito estufa (GHG). Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
FENÔMENO TEÓRICO DA PURGA
PURGA DE TUBULAÇÃO POR DESLOCAMENTO PERFEITO
Exemplo 2: tubulação com GLP vapor (fluido 1, cor negra)
fluido 2: gás inerte (branco).

TEMPO

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

FENÔMENOS TEÓRICOS DA PURGA

PURGA POR DESLOCAMENTO PERFEITO

Fatores que favorecem:

- Pequena área de contato (gás – gás);


- Fluidos não miscíveis (gás – líquido) e de baixa solubilidade;
- Curto tempo de contato;
- Inexistência de turbulência;
- Diferenças de densidade.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
FENÔMENOS TEÓRICOS DA PURGA
PURGA DE TUBULAÇÃO COM EFEITO BY PASS
Exemplo 2: tubulação com ramificação
fluido 1: GLP vapor (negro)
fluido 2: gás inerte (branco)

TEMPO

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
PREDOMINÂNCIA DOS FENÔMENOS TEÓRICOS
PURGA REAL DE TUBULAÇÃO COM GLP NA FASE VAPOR

N2 GLP

N2 + GLP
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
PREDOMINÂNCIA DOS FENÔMENOS TEÓRICOS
PURGA REAL DE TUBULAÇÃO COM GLP NA FASE VAPOR

N2 GLP

N2 + GLP

N2 GLP
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
PREDOMINÂNCIA DOS FENÔMENOS TEÓRICOS
PURGA REAL DE TUBULAÇÃO COM GLP NA FASE VAPOR

N2 GLP

N2 + GLP

N2 GLP

N2 N2
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
PREDOMINÂNCIA DOS FENÔMENOS TEÓRICOS
PURGA REAL DE TUBULAÇÃO COM GLP NA FASE VAPOR

N2 GLP

N2 + GLP

N2 GLP

N2 N2

N2 N2

N2
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

PURGA COM FLUIDOS DE ESTADOS FÍSICOS DIFERENTES

Quando o meio de purga é a água, expulsando o gás, todos os pontos


elevados devem estar dotados de pontos de drenagem.

Na situação inversa, purgando a água com gás, todos os pontos


baixos devem possuir pontos de drenagem. A alternativa de arrastar
a água com fluxo de gás em alta velocidade nem sempre cumpre o
objetivo.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

RISCOS NA PURGA DE GÁS COMBUSTÍVEL COM AR COMPRIMIDO


OU NA PURGA DE AR COM GÁS COMBUSTÍVEL

- Formação de mistura inflamável e a presença de uma condição


de ignição no interior de ambientes fechados e na
liberação para a atmosfera.

- Não usar flare, mesmo com dispositivo contra flashback.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

RISCOS NA UTILIZAÇÃO DE GÁS INERTE

- Como o gás inerte não pode suportar a vida aeróbica, deve-se


tomar muito cuidado com o local onde serão lançados os
efluentes da purga, que deverá ser em atmosfera aberta,
evitando que o teor de oxigênio neste local seja diluído em
nível incompatível com a vida humana ou animal.

- Sempre que houver a mínima suspeita ou dúvida quanto à


redução do teor de oxigênio é necessário fazer uma
exaustiva ventilação do ambiente e monitorar o teor de
oxigênio, antes da entrada de pessoas sem equipamento
respiratório autônomo.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
RISCOS NA UTILIZAÇÃO DE GÁS INERTE

- A pressão usada na purga não pode ser superior à pressão do


ensaio de estanqueidade. A fonte do fluido de purga deverá estar
provida de meios para controlar a pressão, a vazão e o bloqueio do
fluxo.

- Quando a purga envolver gases combustíveis, usar flare com


dispositivo contra flashback. Os órgãos ambientais estão limitando,
cada vez mais, a emissão de hidrocarbonetos para a atmosfera.

- A queima ideal seria em flare de chama confinada ou incinerador


de gases porém, devido à portabilidade do equipamento, prefere-se o
flare portátil de chama aberta.

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)
FLARES DE CHAMA ABERTA

FLARES
FLARE FIXO PORTÁTEIS

Fonte: www.krona.srv.br
Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

FLARES FIXOS

DE CHAMA

CONFINADA

Fonte: Biogás

Recife, 22/03/2018
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

COMISSIONAMENTO

-Alinhamento do gás combustível:

. Antes do alinhamento do gás combustível, todas as válvulas


instaladas nas extremidades da rede, que não estiverem
sendo utilizadas na purga deverão estar fechadas e
tamponadas.

. Após o alinhamento, todas as válvulas não conectadas a


equipamentos deverão permanecer tamponadas para evitar
abertura desavisada ou acidental.
DESCOMISSIONAMENTO - TUBULAÇÕES

Citado nas normas NBR 15358:2017 e NBR 15526:2016, com


procedimentos semelhantes:

Trechos com volume hidráulico até 50 L podem ser purgados com ar


comprimido (sem o uso de flare).

Para volumes > 50 L, as purgas devem ser realizadas com gás inerte ou
água, podendo ser utilizado flare.

As observações anteriores, que dizem respeito à liberação para a


atmosfera de gás inerte e gás combustível continuam válidas.
NBR 15358 : 2017 (4ª edição)
NBR 15526 : 2016 (versão corrigida)

RECOMISSIONAMENTO
O recomissionamento pode ser considerado sob três aspectos:
- Trecho considerado foi apenas despressurizado, sem
contaminação. O recomissionamento será apenas a
pressurização da linha com gás. Precauções:
. fechar todas as válvulas de bloqueio das linhas;
. avisar os usuários.
- Trecho foi purgado ou contaminado com ar ou gás inerte: os
procedimentos para a purga e o alinhamento do gás devem
ser repetidos.
- Trecho sofreu modificações: repetir os procedimentos de
ensaio, limpeza, purga do ar e alinhamento do gás.
AGRADEÇO A ATENÇÃO DISPENSADA.
Eng. Fernando Cörner da Costa

fcorner@uol.com.br
krona.fernando@ultragaz.com.br

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