Você está na página 1de 9
(DU: 624:131.37/8 ABNT-Associacao Brasileira de Normas Técnicas Sede oe Jano Ih Troe doa, 12-260 andar ep 208 Cana Postal 1600, Fao de Jairo Pa Tel: PABK(c2H) 210-2122 Tol: 021) 34555 ANT = BR MB-3122 Solo - Ensaios de palheta in situ ouTs1989 Exsaoe Tens NORUATECNCA Método de ensaio Registrada no INMETRO como NBR 10905 NBR 3 - Norma Brasileira Registrada COrigem: Projeto 02:004.18-001/89 CB-02 - Comité Brasileiro de Construcao Civil coer ©1000, CE-02:004.18 - Comissdo de Estudo de Ensaios de Palheta in Situ Aertel Bien MB-3122 - Soil - Field vane shear test - Method of test Prem Tee on Seton revered Palavras-chave: Solo. Ensaio de palheta 9 paginas ‘SUMARIO 1 Objetivo 2 Aparelnagem 3 Execugdo do ensaio 4 Resultados ANEXO - Figuras 1 Objetivo 1.1 Esta Norma prescreve 0 método para a determinagio da resistencia nao drenada (c,) do solo in situ, através de uma palheta de sepdo cruciformenele inserida e submeti- da a.um torque capaz de cisalha-lo por rotagao. 1.2 Esta Norma se apica a solos argilosos moles a rjos, saturados, permitindo determinar-thes a resisténcia em condiedes de drenagem impedida. O conhecimento da natureza do solo ensaiado @ nacessério para avaliar a aplicabilidade do ensaio e interpretar adequadamente os resultados. Nota: Os ensaios de patheta in situ so designados por EP. 2 Aparelhagem Dois tipos basicos de equipamentos sic empregados: a) tipo A: 0s querealizam ensaiossemnecessidade de perfuragao prévia (ver Figura 1, do Anexo); ») tipo B: os que realizam ensaios com perfuragaio prévia (ver Figura 2, do Anexo), 2.1 Caracteristicas comune 20s tipos de equipamento he 2.1.1 Palheta, com quatro pas, preferencialmente de aco de alta resisténcia, com didmetro de 65 mm e altura de 180 mm @ demais cimensdes constantes da Figura 3, do ‘Anexo. Quando 0 ensaio é axecutado em argila rija com resistancia nao crenada superior a 50 kPa, tolera-se 0 U- s0de palheta retangular com alémetro de 50 mm e altura de 100 mm. 2.1.2 Haste fina, com dlametro de (13 + 1) mm, contorme Figura 3, do Anexo, e comprimento capaz de cravar a palheta 0,5 m no solo. E constitulda de ao capaz de suportar os torques aplicados & palheta. 2.1.9 Tubo de protecdo da haste fina, com diametro exter- no de (20 + 1) mm, para eliminar 0 atrito solo-haste fina, endo mantido estacionério durante o ensaio. © espaco entre ahaste fina @a parede do tubo de protepao deve ser reenchide com graxa para evitar o ingresso de solo © atritos mecanicos. 2.1.4 Hastes de extensdo, de ago capaz de transmit sem romper o torque & palheta, compostas de segmentos 2- coplaveis com 1 m de comprimento. Dever ser capazes de suportar 0 peso préprio, durante o ensalo, sem desalinhamento significative, © acoplamento entre seg- mentos de hastes nao deve permit desizamento ou rotagdo entre hastes durante 0 ensaio. 2.1.8 Equipamento de unidade de torque e medicdo, que imprima através de engrenagens uma rotagdo as hastes MB-3122/1989 de (6 + 0,6)"/min @ que permita medica do torque apica- do as hastes. © mecanismo deve ser dotado de coroa ¢ ppinhdo e acionado por manivela. Arelagdo deredugdo de- ve ser tal que permita 0 acionamento manual @ o controle da velocidade de rotagdo da palheta dentro da tolerancia especificada. As partes deslizantes so montadas sobre rolamentos, de forma a reduzir 0 atrito a valores aceité- veis. Durante a execug3o de um ensaio sio desejaveis leituras de rotagdo a cada 2° para construpao da curva torque x rotagd. 2.2 Caracteristicas adicionais do equipamento tipo A 2.2.10 equipamento tipo A permite sua cravacdo estatica ‘am solos moles a partir do nivel do terreno. Durante esta cravagao, a palheta 6 protegida, permanecendo no inte- ‘ior de uma sapata, conforme mostrado na Figura 1, do Anexo. 222 A parte inferior do equipamento deve conter rola- mentos axiais e laterais vedados e lubrificados, ce forma ‘a centralizar as hastes de extensdo @ apoid-las sobre ro- lamentos. © tubo de protegao da haste fina & mantido es- tacionétio durante o ensaio. Tais dispositivos devern evi- tar 0 atrito solo-haste ¢ reduzir os atritos mecdnicos a valores desprezivels 228 Além destas caracteristicas, uma vez atingida a Profundidade desejada, a parte inferior do equipamento permite cravar a palheta 0,5 m no solo. 2.24 Ashastes de extensdo sdo protegidas por um tubo a0 longo de todo o seu comprimento, 225 A haste superior 6 provida de um rolamento con- tralizador, as demais sio centralizadas por espagadores, ue ndo provoquem attitos significativos, instalados em intervalos no superiores a 3 m ao longo das hast 2.26 0 dispositive de medicao @ leituras se apéia dire- tamenteno tubo de protecao dahaste ereage contra este. 227 Com este tipo de equipamento, obtém-se melhor ‘qualidade de resultados. 2.3 Caracteristicas adicionais do equipamento tipo B 2.3.1 Com 0 equipamento tipo B, 0 ensaio 6 realizado no Interior de uma perfuragéo prévia, conforme mostra a Figura 2, do Anexo. 2.9.2 Este equipamento ¢ mais suscetivel a eros, devido a atritos mecénicos e translacdo da paheta, @ todo asforco deve ser feito no sentido de minimizé-los, conforme as recomendagées a seguir: 232:1 Séo utilizados espagadores com rolamentos em intervalos nao superiores a 3 m ao longo das hastes de ‘extenso. O conjunto das hastes se apéia em um disposi- tivo.com rolamentos instalado na extremidade inferior das hastes, que, por sua vez, esté conectado ao tubo de protepao da haste fina. Este dispositive permite que a rotagao das hastes ndo seja transmitida ao tubo de prote- ‘edo da haste fina, que permanece estacionério durante 0 {ensaio. Com isso, tanto o atrito solo-haste, como os atri- tos mecanicos, desalinhamento das hastes ¢ translago da palheta so evitados ou reduzidos a valores despre- 2.32.2 Todos os rolamentos daver ser bem lubrificados @ vedados para evitar 0 ingresso de solo, 282.3 Aunidade de torque emedicéo se apdia ereage no tubo de revestimento ou dispositive auxiliar que, por sua vez, reage contra 0 solo, 3 Execugao do ensaio 3.1 Ensaios com os equipamentos tipos Ae B 3.1.1 0s ensaios com equipamento tipo A sao realizados a saguinte manetr 4} 0 equipamento com a palheta na posigao recolhida dentro da sapata écravado estaticamenteno terre- no com auxilio de macaco ou tripé de sondagem: b) atingida a profundidade desejada, as hastes de extenséo so forgadas cravando-se a palheta no solo 0,5 m a frente da sapata de protepdo, sem rods-la; ‘)aunidade de torque e medio 6 nto posicionada, 08 instrumentos zerados; 4) aplica-se imediatamente o torque, realizando-se leituras contormeexplicado em 2.1.5 ¢registrando- 880 torque maximo ou, preferencialmente, a curva torque-rotagdo aplicada. O tempo decorrido entre © fim da cravagao da palheta e 0 inicio da rotacao aplicada nao deve ser superior a 5 min; ©) imediatamente apés a determinacdo do torque maximo, aplicam-se dez revolugées completas & palheta e refaz-se 0 ensaio para determinagao da resisténcia amolgada (c,,). 0 intervalo de tempo ‘entre os dois ensaios deve ser inferior @ 5 min, 8.1.20s ensaios com o equipamento tipe B edo realizados como segue: 4) 0 conjunto palheta-espacadores-hastes @ introdu- Zido em uma perfuracao previamente executada com diametro 75 mm, preferenciaimente. Sempre ue necessario, a perfuragdo revestidaem toda a sua extenso para evitar desmoronamentos; b) quando este conjunto tocar o undo do furo, crava~ ‘seapalhetarapidamentenosolo, semroda-la,num ‘comprimento maior que 0,5 m @ nao inferior 2 quatro vezes 0 didmetro do furo de sondagem; ©) as demais operagées so reslizadas contorme o procedimento descrito em 3.1.1-c) @3.1.1-¢) 3.2 Calibragdo, inspecdo © ensaio de atrito Qs cuidados com 0 equipamento envolvem calibracao, inspegao e ensaio, conforme descrito a seguir: 3.2.1 Callbragao A calibragao da unidade de torque e medigéo deve ser realzada com freqléncia minima anual e por instituigdo ‘oficial ou credenciada pelo Instituto Nacional de Metrolo- gia, Normalizagao e Qualidade Industrial, Deve ser feitana faixa de torques de 0 a 60 Nm com, pelo menos, tras ci- MB-3122/1989 clos de torque, @ apresentar uma acurdcia melhor ou igual 2.296. Uma calibragéo especial para torques superiores a 60 Nm deve ser realizada para ensalos em solos muito resistentes, mantendo-se 0 critério de acurdcia de 2%. 91.22 inspegao Alinspegdo deve serrealizada antes de toda campanha de ensaios @ a cada 6 meses de uso continuado do e- uipamento. Consistenaveriicagéo do estado dashastes quanto a desalinhamentos, dos rolamentos e espagado- res quanto & lubrficagéo @ atritos e das dimensées da palheta © demais componentes do instrumento. Envolve também uma veriicago na calibragdo da unidade de torque @ medigao, a ser realizada pelo préprio executor dos ensaios, utilizando-se 0 equipamento de calibragéo esquematizado nas Figuras 4 @ 5, do Anexo. 9.23 Ensale de atrto Este ensaio ¢ realizado antes de toda a campanha de ensaios, no mesmo local @ profundidade maxima de ensaio da campanha programada, a cada sels meses de uso continuado do equipamento. Consiste na execu de um ensaio sem a paiheta, medindo-se o torque duran- te uma rotagdo completa aplicada as hastes. Todo 0 ‘ensaio deve ser realizado com a presenca do engenheiro ‘au gedlogo responsdvel pelos ensaios edo engenheiro ou gedlogo representante do cliente, que atestaréo em relatério: le do equipamento empregadoa esta 'b) © torque maximo medido neste ensaio, em Nm. Net: © equparente& cork cathe o torque nas conv ornare 3.3 Interpretagao do ensaio 3.3.1 Aresisténcia ndo drenada c,, em kPa, forecida pelo fensalo de palhsta é obtida pela equacao: T 0868 ” Onde: += torque maximo medio (kNm) D = diametro da palheta (m) 31416 43.1.1 Esta equaco ¢ deduzida para palhetas retangula~ res com altura igual ao dobro do didmetro, considerando Uniforme a distribuig3o de resisténcia ao longo das su- perficies de ruptura circunscrita & palheta. 9.3.2 0 valor da resisténcia nao crenada amolgada, cy. & obtido pela equagdo (1), utllzando-se porém 0 valor do torque referente & condigdo amolgaca, 3.8.3 0 valor da sensibilidade S, da argila 6 dado poe Sina @ Notas: a) A interpretagio realzada através de (1) © @) 26 tem ‘validade em solos argilosce, saturados, om que se pos- ‘sam admitir condig6es nao crenadas de cisanamento ‘Gurante © ensaio. isto implica materials com baixa permeatilidade, ie, inferiora 10” m/s, ecoeiciente de ‘adensarrento c, menor que 100 m/ane, aproximada~ mente, 1) Os ensaios de palheta no devern ser realizadios em rolas, turfas @ em solos contendo pecreguihos e con- hae. 4 Resultados Os resultados devem ser apresentados em relatério no ‘ual dever constar as saguintes informagae 4) descrigao do equipamento utlizado, dimensées da palheta ediémetro das hastes e tubos de protecdo; 'b) dectaragdo de contormidade do equipamento 2 ‘esta Norm: ©) resultados da inspegio ¢ do ensaio do equipa- ‘mento conforme descrigéo de 3.2.2 8 3.2.3; 4) resultados e data da citima calibragao da unidade de torque © medigao (ver 3.2.1); 2} local da obra; f)locagao e didmetro dos furos de sondagem em que foram realizados os ensaios; Nota: A locago deve ser indicada em planta através da si- dla EP-x, onde x 6 o nlmero de ordem de furo dos ensaios; 9) protundidade do ensaio; hy método de avanco do furo de sondagem: 1) data do ens |] curvas torque-rotagéo da palheta nas condigées ‘amolgada @ indeformads; valores de c, © c,, expressos em kPa; 1m) valor da sensibilidade S,; 1) eventuais danos & palheta. /ANEXO

Você também pode gostar