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CONCEITO DE TRIBUTO
Não há um conceito de tributo expresso na Constituição Federal, apenas um conceito implícito. O conceito ex-
presso está no artigo 3º do Código Tributário Nacional – CTN:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa ple-
namente vinculada. (grifo nosso).
A) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória: Quer dizer o comportamento obrigatório de uma presta-
ção em dinheiro, independem da vontade do sujeito passivo, que deve efetivá-la, ainda que contra seu interesse.
O Código Tributário Nacional ao se referir a palavra “toda” prestação, estabelece que qualquer prestação que se
enquadre em todos os requisitos do art. 3º do CTN será tributo, independentemente da denominação, conforme
determina o art. 4º do CTN:
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
irrelevantes para qualificá-la:
É importante frisar nesse momento, que ainda que o art. 4º do CTN no inciso II menciona que seria irrelevante a
destinação legal do produto para ser tributo, temos que a partir da Constituição Federal de 1988, para as contri-
buições e empréstimo compulsório é relevante sim a destinação, pois nessas exações a denominação e a desti-
nação são destacadas pelo próprio legislador constituinte, não tendo relevância para a identificação do fato gera-
dor do tributo, como ocorre com os impostos, taxas e contribuições de melhoria.
B) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: O legislador infraconstitucional incorreu em redundância ao
repetir o caráter pecuniário da prestação, não havia a necessidade de insistir com a locução “em moeda” “ou cujo
valor nela possa se exprimir”, pois ao tratar de obrigação pecuniária, é porque será paga em dinheiro.
Ninguém poderá entregar ao fisco, como forma de pagamento, algo que não seja dinheiro, salvo o caso do
art.156, XI do CTN, que trata sobre a dação de bem imóvel, quando houver expressa previsão em lei. Observa-se
que mesmo nesse caso, por se tratar de uma exceção, há necessariamente a previsão em lei para autorizar o
pagamento do tributo com a entrega de bem imóvel.
C) Que não constitua sanção de ato ilícito: Ninguém paga o tributo por ter desrespeitado uma lei, tributo não é
castigo. Ao contrário paga-se o tributo por incorrer em uma situação prevista em lei como hipótese de incidência
tributária, ou seja, o legislador elegeu uma situação que uma vez praticada pelo sujeito, no mundo concreto, esta-
rá sujeita à incidência da norma tributária e por essa razão irá nascer a obrigação de pagar um tributo.
Por exemplo: A Lei prevê que a hipótese de incidência tributária do Imposto sobre Renda ou proventos de qual-
quer natureza - IR é “auferir renda”, o sujeito terá que pagar IR quando auferir renda, porque praticou o fato pre-
visto em lei.
Assim sendo, pode-se afirmar que uma lei descreve hipoteticamente um estado de fato e dispõe que a realização
concreta, no mundo fenomênico, do que foi descrito, determina o nascimento de uma obrigação de pagar um tri-
buto.1
As hipóteses de incidência da norma tributária são sempre constituídas por fatos lícitos, que uma vez ocorridos
no mundo jurídico nasce a obrigação de pagar o tributo.
Contudo, verifica-se que embora a hipótese de incidência tributária não possa ser algo ilícito, os frutos de uma
atividade ilícita podem ser objeto de tributação.
Como vimos, o legislador não pode eleger uma situação ilícita, mas ao eleger uma situação lícita como hipótese
de incidência, essa hipótese lícita pode ter sido originada de uma atividade ilícita, o que não irá importar para fins
de tributação.
Veja no caso do Imposto sobre rendas ou proventos de qualquer natureza – IR, a hipótese de incidência, também
chamada pelo legislador de “fato gerador” é “auferir renda”, assim o sujeito que auferir renda terá a obrigação de
pagar IR, e não importa para fins de tributação como essa renda foi auferida, o que importa é que o sujeito incor-
reu na previsão da norma tributária, qual seja, auferir renda.
1 ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. 6ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2005, p. 53.
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Assim, se o sujeito auferiu renda de atividades ilícitas, para o direito tributário apenas importa que o sujeito prati-
cou o fato previsto na norma tributária, qual seja, auferiu renda e por essa razão terá que pagar o IR.
O artigo 118, I do Código Tributário Nacional – CTN prevê que a definição do fato gerador será interpretada abs-
traindo-se da validade dos atos praticados pelo sujeito.
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros,
bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
No caso do sujeito que aufere renda pela venda de entorpecentes, a ilicitude é irrelevante para fins tributários, o
que importa é que foi praticado o fato gerador, “auferir renda” e por essa razão o sujeito deverá pagar IR.
O STF tem o entendimento majoritário de que praticado o fato gerador previsto em lei, deve ser pago o imposto,
independentemente da atividade ser lícita ou ilícita, conforme podemos observar da ementa do HC 77.530/RS da
relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence:
Drogas: tráfico de drogas, envolvendo sociedades comerciais organizadas, com lucros vultosos subtraídos à con-
tabilização regular das empresas e subtraídos à declaração de rendimentos: caracterização, em tese, de crime de
sonegação fiscal, a acarretar a competência da Justiça Federal e atrair pela conexão, o tráfico de entorpecentes:
irrelevância da origem ilícita, mesmo quando criminal, da renda subtraída à tributação.
A exoneração tributária dos resultados econômicos de fato criminoso - antes de ser corolário do princípio da mora-
lidade – constituiu violação do princípio da isonomia fiscal, de manifesta inspiração ética.
Os Tribunais Superiores aplicam o Princípio “Pecunia non olet”, segundo o qual o tributo não tem cheiro, não
importa de onde vem, nesse caso, a renda auferida, o que importa é que ocorreu o fato gerador do IR, “auferir
renda”, e por essa razão, aplicando-se o art. 118, I do CTN deve-se haver a tributação.
Pelo princípio da “Pecunia non olet” extrai-se o conteúdo axiológico do valor de justiça, direcionando a exigibili-
dade da exação sobre quem possui capacidade contributiva, ainda que o rendimento provenha de atividade ilícita.
D) Instituída em lei – o tributo só pode ser instituído por meio de lei, de acordo com o art. 150, I da Constituição
Federal e art. 97 do CTN, e por meio de instrumento normativo com força de lei, ou seja, por meio de Medida
Provisória, conforme prevê o art. 62 da CF.
E) cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – O tributo será cobrado pelo Poder Pú-
blico que não terá margens para escolhas discricionárias. O fiscal não poderá cobrar o tributo de acordo com a
conveniência e oportunidade, irá exigir a obrigação tributária do contribuinte exatamente como está disposto na
legislação.
ESPÉCIES DE TRIBUTOS
Muito se discute quantas espécies tributárias subsistem no nosso ordenamento jurídico, devido a possibilidade de
diversas formas para classificá-los.
1) Impostos
2) Taxas
3) Contribuição de Melhoria
1) Impostos
2) Taxas
3) Contribuição de Melhoria
O art. 148 da CF faz menção ao Empréstimo Compulsório e o art. 149 da CF refere-se às Contribuições.
O art. 149 divide as contribuições em três modalidades, que serão estudadas em outro capítulo:
A) Contribuição Social
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B) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE)
c) Contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica
E o art. 149-A da CF traz a Contribuição para custeio do serviço de iluminação pública – COSIP.
Ainda que o Código Tributário Nacional adote a teoria tripartida, por classificar as espécies tributárias em apenas
três, (impostos, taxas, contribuição de melhoria), a maioria dos doutrinadores, dentre eles, Aliomar Balleiro, e o
Supremo Tribunal Federal adotam a teoria pentapartida, que seriam 5 espécies tributárias:
A) Impostos
B) taxas
C) contribuição de melhoria
D) contribuição
E) empréstimo compulsório
Nesse sentido, transcreve-se trecho do voto do Ministro do STF Moreira Alves, em 29-06-1992, no RE nº 146.733-
9/SP:
(…) De fato, a par das três modalidades de tributos (os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria), a
que se refere o art. 145, para declarar que são competentes para instituí-los a União, os Estados, o Distrito Fede-
ral e os Município, os arts. 148 e 149 aludem a duas outras modalidades tributárias, para cuja instituição só a Uni-
ão é competente: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no domí-
nio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas. (grifos nossos)
Visto o conceito de tributo e as espécies tributárias passamos para análise de como os tributos irão ingressar em
nosso ordenamento jurídico.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Competência Tributária é a outorga de poder concedido pela Constituição Federal aos Entes Federativos para
que eles possam criar, instituir e majorar tributos.
Somente os entes federativos apresentam competência tributária, pois os tributos só podem ser instituídos por
meio de lei, e apenas os entes federativos apresentam Poder Legislativo.
Não podemos confundir competência tributária com competência para legislar em direito tributário.
A competência para legislar sobre direito tributário é a outorga de poder concedido pela Constituição Federal
para editar leis que versem sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. É uma competência concedida
aos entes federativos para traçarem regras sobre o exercício do poder de tributar.
Criação, Instituição e Majoração de tributos Leis que versem sobre tributos já instituídos e rela-
ções jurídicas a eles pertinentes.
Todos os Entes Federativos apresentam competência para legislar sobre direito tributário.
O art. 24 da Constituição Federal prevê competência concorrente entre a União, os Estados e Distrito Federal
para legislar sobre direito tributário.
Compete à União a edição de normas gerais e aos Estados e Distrito Federal poderá suplementar a legislação
federal.
Mas se não existir norma federal, Estados e Distrito Federal apresentam competência plena para legislar sobre
direito tributário.
Se sobrevier a norma geral pela União, haverá suspensão da lei estadual no que lhe for contrária. A lei federal não
irá revogar a lei estadual porque não há entre elas uma hierarquia.
Diante da ausência de norma geral da União sobre IPVA, cada Estado exerceu a competência legislativa plena,
com base no art. 24, § 3º da CF.
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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
O art. 30 da CF estabelece a competência dos Municípios para legislarem sobre assuntos de interesse local e
suplementar legislação federal, estadual no que lhe couber.
A competência Tributária como vimos é o poder concedido pela Constituição Federal aos Entes Federativos
para que eles possam instituir, criar e majorar tributos. A competência Tributária Apresenta 5 características
importantes:
A) Indelegabilidade:
A Constituição não só prevê a competência tributária como também reparte, partilha esse poder entre as pessoas
políticas que compõe a Federação, porque essas precisam ter autonomia financeira, não basta terem apenas
autonomia administrativa, autonomia política.
A base do federalismo é a autonomia dos Entes, por essa razão há a repartição do Poder de Tributar entre os
Entes Federativos. Quando a Constituição outorga o poder para os Entes Federativos, ela estabelece exatamente
quais serão os tributos de competência de cada Ente e a competência tributária é indelegável, quer dizer, in-
transferível.
O Ente Federativo não poderá transferir a sua competência tributária para nenhum outro Ente. Assim, se a Consti-
tuição outorgou poder para a União instituir o Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) apenas ela poderá
instituir esse imposto, mais ninguém!
Vejamos quais são os tributos de competência tributária de cada Ente Federativo:
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TAXAS TAXAS TAXAS TAXAS
Obs: O Distrito Federal apresenta competência tributária para instituir o IPTU, ITBI e ISS por força do disposto no
art. 147 da CF que estabelece que os impostos dos Municípios serão do Distrito Federal. (Art. 147. Competem à
União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativa-
mente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais).
Como vimos a competência tributária que consiste na criação, instituição e majoração de tributo é indelegável.
Contudo as funções administrativas de arrecadar, fiscalizar tributos e executar leis que compreendem a capa-
cidade ativa tributária essa sim pode ser delegável.
CTN - Art. 7º - A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscali-
zar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferi-
da por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
Exemplo é o caso do Imposto Territorial Rural (ITR) cuja competência tributária, ou seja, a competência para criá-
lo, institui-lo ou majorá-lo é da União, conforme estabelece o art. 153, VI da CF, que poderá, no entanto, delegar a
função de arrecadar e fiscalizar, ou seja, a capacidade ativa tributária aos Municípios, nos termos do art. 153, §
4º, III da CF.
Pela literalidade do art. 7º do CTN a capacidade ativa tributária só pode ser delegada para uma pessoa jurídica de
direito público.
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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – INDELEGÁVEL! CAPACIDADE ATIVA TRIBUTÁRIA – PODE SER
DELEGÁVEL
Criar, instituir, Majorar Arrecadar, Fiscalizar Tributos e Executar Leis
B) Facultatividade: Os Entes Federativos não estão obrigados a instituir os tributos, cuja competência tributária
lhe foi atribuída pela Constituição Federal.
O art. 145 da CF determina que a União, Estados, Distrito Federal e Municípios “poderão”, e não “deverão” instituir
tributos. A partir dessa regra a doutrina diz que a competência tributária no Brasil é facultativa.
Exemplo: o Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF, que compete à União a sua instituição, até hoje não foi criado
e não há problema algum, porque a competência tributária é facultativa!
Muitos indagam sobre a Lei de responsabilidade Fiscal, LC nº 101/2000 que estabelece em seu art. 11 que so-
mente exerce uma boa gestão fiscal o Ente Federativo que instituir e cobrar todos os tributos.
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e
efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no
caput, no que se refere aos impostos.
Quanto a arrecadação não restam dúvidas dessa obrigatoriedade, mas a obrigatoriedade quanto à Instituição fere
a Constituição Federal que não obriga aos Entes Federativos instituírem os tributos.
Observa-se, ainda, que o parágrafo único do art. 11 da LC nº 101/2000 prevê uma sanção para o Ente Federativo
que não instituir todos os impostos de sua competência. O dispositivo legal proíbe a realização de transferências
voluntárias àquele que não instituir todos os impostos.
O STF em Medida Cautelar ADI nº 2238 entendeu que o parágrafo único do art. 11 da LC nº 101/2000 não viola a
Constituição Federal porque a Lei trata de transferências voluntárias.
As transferências obrigatórias de impostos que estão nos artigos 153, § 5º, 157, 158 e 159 da Constituição Fede-
ral essas sim só poderão deixar de serem repassadas no caso do art. 160 da CF, quando o Ente Federativo não
estiver aplicando o percentual exigido na área da saúde, e também, no caso de débitos de um Ente, e suas Autar-
quias com outro Ente que irá fazer o repasse.
O parágrafo único do art. 11 da LC nº 101/2000 proibiu apenas o repasse das transferências voluntárias e não das
obrigatórias, por isso não seria inconstitucional.
C) Incaducabilidade: O direito do Ente Federativo instituir o tributo pode ser exercido a qualquer tempo. O fato da
União não ter instituído o IGF, em 1988, quando da promulgação da Constituição Federal, não lhe retira o direito
de institui-lo agora, passados mais de 20 anos.
D) Inalterabilidade: a competência tributária não pode ser alterada por lei infraconstitucional. Assim, quando a
Constituição, no art. 156, I prevê que o IPTU irá incidir sobre a propriedade de imóvel urbano, não pode uma lei
modificar tal competência ao ponto de determinar que o IPTU tenha como hipótese de incidência, fato gerador a
mera posse de imóvel urbano.
Observe que o art. 32 do CTN prevê como fato gerador do IPTU a propriedade, a posse e o domínio útil de imóvel
urbano.
O fato é que o Código Tributário Nacional é de 1966 e a nossa Constituição é de 1988, assim esse artigo do CTN
só foi recepcionado pelo nosso ordenamento jurídico, ao considerar que será contribuinte do IPTU o possuidor ou
aquele que detenha o domínio útil se houver o animus domini.
Logo, o mero detentor da posse, como o locatário não é contribuinte do IPTU, porque a lei não pode alterar a
competência tributária e a CF determina que apenas o proprietário é contribuinte desse imposto.
A competência tributária não pode ser alterada por meio de lei, mas Emenda Constitucional poderá alterá-la.
Como exemplo temos a EC nº 19/02 que inseriu na Constituição o art. 149-A e criou a Contribuição para custeio
do serviço de iluminação pública (COSIP).
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E) Irrenunciabilidade: A competência tributária é irrenunciável, o Ente Federativo não pode jamais renunciar sua
competência tributária em favor de outro Ente, ele pode apenas deixar de exercê-la.
Assim, o fato da União não ter criado ainda o IGF não confere o direito dos Estados, por exemplo, instituírem esse
imposto, porque a competência é Irrenunciável.
1) Indelegável
2) facultativa
3) Incaducável
4) Inalterável
5) Irrenunciável
A Constituição Federal prevê algumas hipóteses de transferência obrigatória da arrecadação dos impostos, con-
forme os artigos 153, § 5º, 157, 158 e 159.
No art. 153,§ 5º da CF – A União é obrigada a repassar 30% da arrecadação do IOF incidente sobre o ouro ativo
financeiro para o Estado, conforme a origem e 70% para o Município, conforme a origem.
§ 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à
incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota
mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos:
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II - setenta por cento para o Município de origem.
A) 100% da arrecadação do IR incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos Estados,
suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
B) 20% do produto da arrecadação do imposto residual.
A) 100% da arrecadação do IR incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos Municípios,
suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
B) 50% do ITR, como via de regra, e 100% do ITR quando o Município detiver a capacidade ativa tributária, ou
seja, a função de arrecadar, fiscalizar esse imposto.
C) 50% do IPVA
D) 25% do ICMS
O art. 159 da CF, prevê que a União entregará 49% da arrecadação do Imposto sobre Renda e proventos de
qualquer natureza (IR) e sobre produtos industrializados (IPI) da seguinte forma:
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A) 10% da arrecadação do Imposto sobre produtos industrializados será repassado aos Estados e ao Distrito Fe-
deral, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
B) 29% do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, §
4º aos Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II,
c, do referido parágrafo.
EXERCÍCIOS
A) A competência privativa refere-se, basicamente, ao poder de instituir os tributos discriminados no texto consti-
tucional, sendo privativa justamente porque a Constituição discrimina, em favor de cada entidade tributante, os
principais impostos de sua competência.
B) A competência concorrente é aquela com base na qual determinado ente político pode instituir certo imposto
que, a princípio, seria da incumbência de outra esfera de governo, sendo assim, determinada entidade tributante
acumula, por força da Constituição Federal, uma competência que ordinariamente não seria sua.
C) A competência residual é o poder de a União inovar e instituir imposto novo e contribuição para a seguridade
social nova, desde que por meio de lei complementar.
D) A competência extraordinária consiste no poder de a União e os Estados instituírem empréstimo compulsório
no caso de guerra externa ou sua iminência.
2. Na repartição das receitas tributárias, a União entregará, do produto da arrecadação dos impostos sobre
renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 49% aos Fundos de Participa-
ção dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Desse percentual, caberá ao Fundo de Participação
dos Municípios:
A) 50%.
B) 30%.
C) 25%.
D) 22,5%.
E) 21,5%.
3. A União entregará, do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, 10% aos
Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos indus-
trializados; dos recursos que receberem a esse titulo, os Estados entregarão aos respectivos Municípios o
percentual de:
A) 21,5%.
B) 22,5%.
C) 25%.
D) 27,5%.
E) 50%.
4. Município Deixa pra Lá, não conseguindo, hipoteticamente, exercer sua competência constitucional
tributária para instituir o ITBI no seu território, celebrou acordo com o Estado federado em que se
localiza, para que esse Estado passasse a exercer, em seu lugar, a competência cons titucional para
instituir o referido imposto em seu território municipal e, ainda, para que exercesse as funções de
fiscalizar e arrecadar esse tributo, recebendo, em contrapartida, um pagamento fixo anual, a título de
“retribuição compensatória”. Relativamente a essa situação, o Município Deixa pra Lá:
A) Não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua
competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, mas pode delegar as funções de
arrecadação às instituições bancárias públicas e privadas.
B) Pode delegar sua competência tributária e suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos a outra
pessoa jurídica de direito público.
C) Não pode delegar sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, embora
possa delegar as funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária.
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D) Não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de fiscalizar tributos a q ualquer outra
pessoa jurídica de direito público, embora possa delegar suas funções de arrecadar tributos de sua
competência tributária.
5. De acordo com o Código Tributário Nacional “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada” é denominada de:
A) Imposto.
B) Taxa.
C) Tributo.
D) Contribuição Social.
E) Tarifa.
A) Imposto sobre a propriedade territorial rural, imposto sobre transmissão de bens imóveis e direitos a eles
relativos, imposto sobre a propriedade territorial urbana.
B) Imposto sobre produtos industrializados, imposto sobre a propriedade territorial rural.
C) Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, imposto sobre a propriedade territorial rural e
imposto sobre propriedade de veículos automotores.
D) Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, imposto sobre a propriedade territorial rural,
imposto sobre transmissão de bens imóveis e direitos a eles relativos.
A) Somente se delega através de lei específica do ente federado que é competente para a institui ção do tributo.
B) Pode ser renunciado pelo ente federado, bem assim delegado por lei a outro ente, desde que por meio de lei
complementar.
C) É atribuído constitucionalmente para os entes federados, suas autarquias e fundações.
D) É atribuído constitucionalmente para os entes federados, que podem delegá-la às suas autarquias e
fundações, para os fatos geradores relacionados com suas funções.
E) Se manifesta através da criação de leis instituidoras e modificadoras de tributos, bem assim de leis que
disciplinam as causas de exclusão, suspensão e extinção do crédito tributário.
8. Para custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis e respeitados os ditames
constitucionais, poderão instituir contribuição apenas os:
A) Estados e a União.
B) Estados e o Distrito Federal.
C) Municípios e o Distrito Federal.
D) Estados.
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E) Municípios.
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GABARITO
1. C
2. D
3. C
4. C
5. B
6. E
7. D
8. C
9. E
10. C
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