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FRANCISCO BELTRÃO
2010
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - UTFPR
CAMPUS FRANCISCO BELTRÃO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ALIMENTOS
FRANCISCO BELTRÃO
2
2010
1. Introdução
Neste procedimento, aferiu-se vidrarias volumétricas laboratoriais, com o intuito de
usá-las futuramente em experimentos científicos.
Os instrumentos científicos possuem grande importância em laboratórios, pois são
eles que proporcionam uma correta medição de volume em certos experimentos. Uma
calibração mal feita pode afetar uma analise inteira, causando a perda de todo o trabalho
realizado.
A calibração ou aferição é realizada passando certa quantidade de água pelo
instrumento que se deseja aferir, contendo e depois livrando-o, a uma dada temperatura e
tempo. Após estes procedimentos, usa-se a densidade nestas condições, para calcular o
volume. Para se ter êxito, deve-se levar em conta que o aparelho tem de estar limpo e seco,
e a água usada deve ser destilada.
Nesta aula pratica, aferiu-se os principais utensílios volumétricos usados em um
laboratório de Química Analítica. São eles: Balão volumétrico, bureta e pipeta.
O balão volumétrico possui um traço de aferição no gargalo para volumes definidos e
é utilizado para o preparo de soluções entre 50 mL a 2.000 mL de capacidade.
A bureta consiste em um tubo cilíndrico graduado e apresenta na parte inferior uma
torneira de vidro controladora de vazão. É empregada especificamente nas titulações.
A pipeta é utilizada para transferências precisas de volumes líquidos. Existem dois
tipos: Pipetas graduadas (permitem medir volumes variáveis de líquidos) e as volumétricas
(não são graduadas e só permitem medir um volume único do líquido). A usada em questão
será a graduada.
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2. Objetivos
2.1 Objetivo Geral:
Aferir e manusear materiais volumétricos em laboratório de analises
químicas.
2.2 Objetivos específicos:
• Calibrar pipeta, bureta e balão volumétrico;
• Ler corretamente medidas volumétricas;
• Utilizar balança analítica para pesagem e calibração dos instrumentos.
3. Equipamentos
• Pipeta Graduada;
• Balão volumétrico;
• Bureta;
• Becker;
• Erlenmeyer;
• Balança analítica;
• Conta gota;
• Pêra;
• Termômetro;
• Papel absorvente;
4. Reagentes
• Água destilada;
5. Métodos
5.1 Medição de volume utilizando balão volumétrico
Usar um balão volumétrico limpo e seco. Após pesá-lo vazio, encher de água
destilada até a marca do menisco. Pesar o balão com a água utilizando uma balança
analítica. Calcular a massa da água seguindo a fórmula: balão com água – balão vazio.
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Medir a temperatura da água com um termômetro e juntamente com a densidade, calcular
o volume do balão.
Fórmula da densidade: Densidade = massa / volume.
Calcular o valor médio do volume do balão refazendo o procedimento mais
duas vezes. E após terminado, calcular o desvio padrão.
6. Resultados
6.1 Resultados para o balão volumétrico
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Temperatura da água: 22° C
Densidade para 22° C: 0.997770
• Cálculos:
1) Balão com água – balão vazio = massa da água em g
2) D = m / v
3) Média = V1 + V2 + V3 / 3
4) Desvio Padrão = raiz de: (V1 - média)², V2 e V3 respectivamente / 3 - 1
1° Pesagem:
1) 170.5446 – 70.6892 = 99.8554 g;
2) 0.997770 = 99.8554 / V1 V1 = 100.0785752 mL;
2° Pesagem:
1) 170.4242 – 70.6892 = 99.735 g;
2) 0.997770 = 99.735 / V2 V2 = 99.95790613 mL;
3° Pesagem:
1) 170.4202 – 70.6892 = 99.731 g;
2) 0.997770 = 99.731 / V3 V3 = 99.95389719 mL;
4) Desvio Padrão:
Raiz de (100.0785752 - 99.99679284)² + (99.95790613 - 99.99679284)² +
(99.95389719 - 99.99679284)² / 2 = 0.050101314.
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1° Escoamento (10 mL):
1) 62.7981 - 52.7007 = 10.0974 g;
2) 0.997770 = 10.0974 / V1 V1 = 10.11996753 mL;
2° Escoamento (20 mL):
1) 72.7661 - 52.7007 = 20.0654 g;
2) 0.997770 = 20.0654 / V2 V2 = 20.11024585 mL;
3° Escoamento (30 mL):
1) 82.8481 - 52.7007 = 30.1474 g;
2) 0.997770 = 30.1474 / V3 V3 = 30.21477896 mL;
4° Escoamento (40 mL):
1) 92.9436 - 52.7007 = 40.2429 g;
2) 0.997770 = 40.2429 / V4 V4 = 40.33284224 mL;
5° Escoamento (50 mL):
1) 103.0705- 52.7007 = 50.3698 g;
2) 0.997770 = 50.3698 / V5 V5 = 50.4823757 mL;
1° Escoamento:
1) 149.0614 – 139.1166 = 9.9448 g;
2) 0.997770 = 9.9448 / V1 V1 = 9.967026 mL;
2° Escoamento:
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1) 102.4364 – 92.5445 = 9.8919 g;
2) 0.997770 = 9.8919 / V2 V2 = 9.914008 mL;
7. Discussão
Notou-se uma variação entre os volumes das aferições feitas. Variações
estas, que podem ter ocorrido devido ao fato de não se estar usando luvas (pela gordura das
mãos), não ter feito o menisco corretamente, haver bolhas de ar ou impurezas no interior
da vidraria, pesagem mal feita, por falha mecânica ou humana, entre outros.
Como se sabe a temperatura e a densidade podem variar assim como a
umidade. Então em ambientes com muitas pessoas pode-se ter um aumento significativo da
temperatura, podendo variar o peso dentro da balança na hora da pesagem.
Outro erro comum em laboratórios, que ocasionam diferenciação entre
vidrarias que deveriam ter o mesmo volume, é o fato de não saberem que vidrarias
volumétricas não devem jamais serem colocadas em estufas para secar. A temperatura
elevada faz com que o vidro se dilate, assim não tendo uma exata precisão do volume
querido. Isso acontece pela falta de atenção, ou por não saberem as regras de laboratório.
Exemplos destes argumentos citados aconteceram nesta aula pratica. São
eles: A variação ocorrida entre os volumes da aferição do balão volumétrico; a diferença
entre a massa e o volume, que deveriam ser iguais (10g para 10 mL, por exemplo) na
aferição da bureta, tendo um valor de pesagem maior que o desejado; e uma diferença no
escoamento da pipeta para o erlenmeyer, cada escoamento de água deveria ser de 10 mL.
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8. Conclusão
Pode se concluir que são vários os fatores que interferem em uma análise
volumétrica. Como por exemplo, colocar vidrarias volumétricas na estufa para secar, pegar
com as mãos desprotegidas, calcular mal o menisco, além dos instrumentos não estarem
limpos para utilização laboratorial. Estes fatores que na hora de um experimento, acabam
por danificá-lo tornando-o inútil e incapaz de chegar a uma conclusão desejada. Também
podendo tornar irreversível o erro e arruinando toda uma pesquisa ou medição.
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9. Referência Bibliográfica:
Vogel, Artur Israel. Análise Química Quantitativa. 6ª edição. Rio de Janeiro.
Editora Guanabara, 2008.
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