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Além dessa função, algumas espécies são capazes de provocar infecções, tanto
em plantas quanto em animais e em humanos.
Em humanos, as infecções fúngicas não costumam evoluir para quadros mais sérios de
complicação. Entretanto, quando se trata de alguém com a imunidade comprometida,
como portadores do vírus HIV, diabéticos, transplantados, etc., podem ser
devastadores e, inclusive, provocar a morte em curto espaço de tempo.
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Muitos fungos vivem, de forma harmoniosa, em nosso corpo. Entretanto,
situações que propiciam sua superpopulação podem provocar problemas. A candidíase
e a pitiríase versicolor (pano branco) são alguns exemplos. Ambas são micoses, que é
o resultado da proliferação demasiada destes organismos na pele. Em alguns casos,
os mesmos agentes de infecções cutâneas, ou outras espécies, podem colonizar
regiões diferenciadas, como o aparelho respiratório, sistema nervoso, genital e
gastrointestinal. Para agravar o quadro, algumas liberam toxinas: as chamadas
micotoxinas piorando ainda o quadro.
O tratamento de doenças fúngicas costuma ser mais demorado que o de uma infecção
bacteriana, por exemplo; e as chances de reincidir também são maiores. Assim, evitar
situações que propiciam a proliferação de tais organismos, como calor e umidade
excessivos, e alta ingestão de açúcares, no caso de fungos que se encontram
internamente no organismo; são algumas medidas para evitar tais ocorrências.
Indústria
Bebidas e alimentos
Biodegradação
Ecológicas:
Decomposição de matéria orgânica (decompositores de lignina, celulose,
reciclagem de nutrientes em florestas)
Médica:
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1.2 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS FUNGOS:
1.3 - PATOGÊNESE
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certas doenças fúngicas, tais como Aspergilose e Esporotricose. Fungos não contem
exotoxinas do tipo bacteriano.
A pele intacta é uma defesa efetiva do hospedeiro contra certos fungos (por ex:
Candida, dermatófitos), mas se a pele for danificada, organismos podem se
estabelecer. Os ácidos graxos na pele inibem o crescimento de dermatófitos e
alterações da pele associadas a hormônios na puberdade limitam a micose do couro
cabeludo causada pelo Trichophyton. A flora normal da pele e das membranas
mucosas impede o aparecimento de fungos. Quando a flora normal é inibida, por
exemplo, por antibióticos, um crescimento excessivo de fungos como C. albicans pode
ocorrer.
Como o desenvolvimento de uma infecção fúngica depende de vários fatores, deve ser
levado em consideração, numerosos fatores, como o estado de imune do hospedeiro, a
oportunidade de interação entre o hospedeiro e o fungo, e a dose infecciosa potencial,
na determinação da possibilidade de uma infecção fúngica, a importância dos dados
microbiológicos ,e a necessidade de tratar e com que agente. Outros fatores que
podem ser importantes na determinação da freqüência relativa com que fungos
específicos causam doença (p. ex: idade, comorbidades, imunidade do hospedeiro,
exposições epidemiológicas e fatores de risco)
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2 – SELEÇÃO DE FUNGOS CAUSADORES DE DOENÇAS
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3 - MICOSES
4 - Micoses Cutâneas
4.1 - Pitiríase versicolor (Tinea versicolor)
Dermatose superficial crônica, cosmopolita, muito freqüente em clima tropical,
caracterizada pelo aparecimento de pequenas manchas bem delimitadas, de coloração
variável, localizadas principalmente no tronco e no abdômen. Atinge indistintamente
todas as raças e mais freqüentemente adultos jovens.
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Agente etiológico: Malassezia furfur (Baillon, 1889).
Características clínicas: Lesões superficiais, atingindo principalmente o tronco e
abdômen, mas podendo acometer pescoço, face, braços, e raramente mão e região
inguinocrural. As lesões se apresentam sob a forma de manchas hipocrômicas
descamativas irregulares, de cor variável, dependendo da cor do indivíduo, e condição
do clima. Apresenta fluorescência à luz de Wood.
Diagnóstico micológico: O médico diagnostica a pitiríase versicolor pelo seu aspecto.
Ele pode utilizar uma luz ultravioleta para detectar a infecção de modo mais acurado ou
pode examinar raspados da área infectada ao microscópio. As escamas devem ser
clarificadas pela potassa a 20% ou 30%. Ao exame microscópico observam-se células
birrefringentes arrendondadas, isoladas ou agrupadas com um cacho de uvas ao lado
de hifas curtas, septadas, ramificadas.
4.2 - Dermatomicoses
As dermatomicoses (tinea, tinha) são infecções crônicas favorecidas pelo calor e pela
umidade, por exemplo, pé de atleta e coceira do jóquei (conhecidas também como
tinea pedis e tinea cruris, respectivamente. Elas são caracterizadas por pruridos
provocados por pápulas e vesículas pruriginosas, cabelos quebrados e unhas
espessas e quebradas. Trichophyton tonsurans é a causa mais comum de surtos de
tinea capitis em crianças e a principal causa de infecções do endotrix (dentro do
cabelo). T. rubum é também uma causa muito comum de tinea capitis. T. shoenleinii é
a causa do favo, uma forma de tinea capitis onde crostas são vistas no couro cabeludo.
Em algumas pessoas infectadas, a hipersensibilidade causa reações dermatofítidas,
por exemplo, vesículas nos dedos. Lesões são uma resposta a antígenos fúngicos
circulantes; as lesões não contem hifas. Pacientes com infecções por tinea mostram
testes cutâneos positivos com extratos fúngicos, por exemplo tricofitina.
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Tratamento
5 - Micoses subcutâneas
Estas são causadas por fungos que crescem no solo e sobre a vegetação e são
introduzidos nos tecidos subcutâneos por meio de trauma.
5.1 - Esporotricose
Sintomas e Diagnóstico
Geralmente, uma infecção cutânea e dos vasos linfáticos vizinhos iniciam em um dedo
da mão como um nódulo pequeno e indolor, o qual cresce lentamente e, a seguir, forma
uma ferida. No decorrer dos dias ou semanas seguintes, a infecção dissemina-se
através dos vasos linfáticos do dedo, da mão e do braço até os linfonodos, formando
nódulos e úlceras ao longo do trajeto. Normalmente, o indivíduo não apresenta outros
sintomas. A infecção pulmonar pode causar pneumonia, com uma discreta dor torácica
e tosse.
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Tratamento
5.2 - Micetona
6 - Micoses sistêmicas
6.1 - Coccidioidomicose
A coccidioidomicose (febre de San Joaquin, febre do vale) é uma infecção
causada pelo fungo Coccidioides immitis que geralmente afeta os pulmões. A
coccidioidomicose ocorre tanto como uma infecção pulmonar leve que desaparece sem
tratamento (forma aguda primária) quanto como uma infecção progressiva grave que
se dissemina por todo o corpo e, freqüentemente, fatal (forma progressiva). A forma
progressiva é freqüentemente um sinal de que o indivíduo apresenta um
comprometimento do sistema imunológico, normalmente em decorrência da AIDS. Os
esporos do Coccidioides estão presentes no solo de certas áreas da América do Norte,
da América Central e da América do Sul. Os fazendeiros e outros trabalhadores que
manipulam o solo apresentam maior probabilidade de inalar os esporos e de tornarem-
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se infectados. Os indivíduos que são infectados durante uma viagem podem apresentar
sintomas da doença somente após deixarem a área.
Sintomas
Diagnóstico
Prognóstico e Tratamento
6.2 - Blastomicose
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Sintomas e Diagnóstico
Tratamento
6.3 - Histoplasmose
É uma doença fúngica granulomatosa, cujo agente etiológico é o Histoplasma
capsulatum. Este fungo apresenta especial afinidade pelo sistema reticuloendotelial,
produzindo diversas manifestações clínicas, sendo a forma pulmonar a mais freqüente.
Ecologia e epidemiologia
H. capsulatum cresce em solos com alto teor de nitrogênio, geralmente
associado com excretas de aves e morcegos. Solos de galinheiros, viveiros de aves,
cavernas de morcegos são altamente propícios. As aves fornecem o substrato ideal
para o crescimento do fungo no solo, podendo transportá-lo para outros locais em suas
penas. Os morcegos são infectados, excretando o fungo em suas fezes, podendo
disseminar a doença em suas migrações. O principal agente vetor é o vento, que pode
disseminar os conídios a longas distâncias.
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Patogenia
A inalação de uma quantidade suficiente de partículas infectantes do fungo gera
a infecção primária no pulmão, com o crescimento de leveduras nos alvéolos
pulmonares e interstício. A intensidade da exposição inalatória, além de outros atores,
determinará se a infecção resultante corresponderá a sintomas clínicos. Se a
exposição for leve, a infecção será provavelmente assintomática, e se for maciça, o
resultado será infecção sintomática aguda.
Diagnóstico laboratorial
1. Exame direto: o exame a fresco não representa muito valor no diagnóstico dessa
micose, pela dificuldade de visualização das leveduras no interior das células do SER.
Em material de biópsia corado pelo método da hematoxilina-eosina (HE) ou pelo
Giemsa, observam-se células leveduriformes pequenas, redondas, intra-
citoplasmáticas e que apresentam halo claro ao redor, imitando cápsula.
2. Cultura: o cultivo deve ser feito em ágar Sabouraud dextrose a 25 ºC e em ágar BHI
com sangue ou em meio Fava Netto a 37 ºC. A 25 ºC, a cultura está em fase M (mould-
bolor) e observa-se o desenvolvimento de colônia esbranquiçada, cotonosa, que revela
ao exame microscópico, micélio septado com conídios ornamentados denominados
estalagmósporos.
3. Testes sorológicos: provas sorológicas como reação de fixação do complemento,
imunodifusão e imunofluorescência podem ser úteis no diagnóstico dessa doença.
6.4 - Paracoccidioidomicose
Trata-se de infecção granulomatosa de evolução crônica, com grande
polimorfismo clínico, onde as formas pulmonares e cutâneo-mucosas predominam,
seguindo-se outros órgãos, como gânglios linfáticos, suprarenal, baço fígado,
intestinos, ossos, etc. Na grande maioria dos casos, os pulmões estão comprometidos
e, em geral, tal localização é acompanhada de lesões em outros locais. A
paracoccidioidomicose é de distribuição geográfica restrita aos países latino-
americanos. Atinge freqüentemente
indivíduos do sexo masculino entre 30-40 anos. Quanto ao modo de contágio da
doença, admite-se, atualmente, que é adquirida pela inalação de esporos que vivem na
natureza, no solo, vegetais ou na água, determinando lesões primárias pulmonares.
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Diagnóstico
O exame direto a fresco é de grande valor no diagnóstico dessa micose, pois o
fungo apresenta-se sob a forma de levedura com dupla membrana, sendo a interna
enrugada e a externa lisa. Dependendo do material, apresenta-se com brotamentos
múltiplos. Em material de biópsia, com coloração de Gomory, pode-se observar
facilmente o aspecto característico de “roda de leme”.
O cultivo pode ser feito em ágar Sabouraud a 25 ºC e em ágar BHI com sangue ou
meio de Fava Netto a 37 ºC e incubar de 20 a 30 dias. A 25 ºC, a cultura esta em fase
M (mould-bolor) e observa-se o desenvolvimento de uma colônia cotonosa, branca,
elevada e de crescimento lento, cujo exame microscópico revelará apenas micélio
septado e alguns clamidósporos. A 37 ºC, a cultura está em fase Y (yeast=levedura) e
observa-se o desenvolvimento da colônia leveduriforme. Ao exame microscópico,
observam-se células isoladas com gemulação simples e múltipla.
Cultura: o material deve ser semeado em ágar Sabouraud dextrose e dará crescimento
a uma colônia viscosa, lisa, brilhante. Com o tempo, a colônia escorre para a base do
tubo.
Outros meios de cultura utilizado: Auxanograma, Zimograma,
Microcultivo de leveduras:
Utilizar placas de Petri contendo lâminas dispostas sobre um bastão de vidro. Com
todo cuidado e assepsia, coloque 1 ml de corn meal agar + Tween 80 (fundido), sobre a
lâmina. Com alça de platina, retire um pequeno fragmento da colônia de levedura e
semeie em estria. Coloque uma lamínula estéril sobre o ágar e água destilada estéril na
placa para evitar dessecamento do meio. Feche a placa e deixe à temperatura
ambiente. Quando houver desenvolvimento satisfatório, submeta à ação do formol (0,5
ml durante 1 hora)
7 - Micoses Oportunistas
7.1 - Candidíase
A candidíase (candidose, monilíase) é uma infecção causada por cepas de
Candida, especialmente a Candida albicans. A infecção das membranas mucosas,
como ocorre na boca ou na vagina, é comum em indivíduos com sistema imunológico
normal. No entanto, essas infecções são mais comuns ou persistentes em indivíduos
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com diabetes ou AIDS e em mulheres grávidas. Os indivíduos com comprometimento
do sistema imunológico normalmente apresentam uma candidíase que se dissemina
por todo o corpo. Aqueles que apresentam uma baixa contagem leucocitária, a qual
pode ser causada pela leucemia ou pelo tratamento de outros tipos de câncer, e
aqueles com um cateter instalado em um vaso sangüíneo apresentam um maior risco
de candidemia (infecção da corrente sanguínea pela Candida). Uma infecção das
válvulas cardíacas (endocardite) pode ocorrer como conseqüência de uma cirurgia ou
de outros procedimentos invasivos envolvendo o coração e os vasos sangüíneos.
Sintomas e Diagnóstico
Prognóstico e Tratamento
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7.2 - Criptococose
É uma infecção subaguda ou crônica de comprometimento pulmonar, sistêmico
e, principalmente, do sistema nervoso central, causada pelo Cryptococcus
neoformans. A infecção primária no homem é quase sempre pulmonar, devido à
inalação do fungo da Natureza. A infecção pulmonar é quase sempre subclínica e
transitória, podendo imergir ao lado de outras doenças que debilitam o indivíduo,
tornando-se rapidamente sistêmica e fatal. Portanto, é conhecida como infecção
oportunista. Este fungo tem tropismo pelo SNC, ocasionado meningite criptocócica.
C. neoformans é essencialmente o único agente etiológico da criptococose, doença do
homem e de animais, tais como: gatos, cães e cavalos. A espécie C. neoformans
caracteriza-se também por provocar morte rápida (3 a 4 dias) de camundongos
inoculados através de via cerebral, formando extensas massas tumorais.
C. neoformans é de distribuição cosmopolita e está associado com habitat de aves. O
pombo parece ser o principal vetor para a distribuição e manutenção do fungo. Não
parece que o pombo tenha a infecção, uma vez que ele tem uma temperatura corporal
em torno de 42ºC. O fungo vive nas fezes e pode permanecer viável por 2 anos se
houver umidade suficiente.
A porta de entrada é através da via respiratória levando a uma infecção pulmonar
primária que pode ser inaparente. Então o fungo pode permanecer viável por anos até
haver alguma alteração na resistência do hospedeiro, quando então se manifesta a
doença no pulmão, no SNC ou disseminada.
Diagnóstico micológico
Materiais biológicos: líquor, escarro, pus ganglionar, exsudatos de lesões cutâneas e
mucosas, urina e sangue.
Transmissão
Esta levedura ocorre amplamente na natureza e cresce abundantemente em
solos contendo excrementos de pássaros (especialmente pombos). Os pássaros não
são infectados. A infecção em seres humanos resulta da inalação dos organismos. Não
há transmissão pessoa a pessoa.
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Tratamento
O tratamento combinado com Anfotericina B e Flucitosina é utilizado em
meningite ou outra doença disseminada. Não há maneiras de prevenção. Fluconazol é
usado em pacientes aidéticos para supressão da meningite criptocócica em longo
prazo.
7.3 - Aspergillus
Espécies de Aspergillus, especialmente Aspergillus fumigatus, causam infecções
na pele, nos olhos, nos ouvidos e em outros órgãos, bem como “bola fúngica” nos
pulmões e aspergilose alérgica broncopulmonar .
Espécies de Aspergillus existem somente como fungos filamentosos; eles não são
dimórfos. Possuem hifas septadas que formam ramificações (dicotomizadas) em forma
de v.
Transmissão
Estes fungos filamentosos estão amplamente distribuídos na natureza. Eles
crescem na vegetação em deterioração, produzindo cadeias de conídios. A transmissão
se dá por conídios carregados pelo ar.
Tratamento e prevenção
A aspirgilose invasiva é tratada com anfotericina B, mas os resultados podem ser
insatisfatórios. A caspofungina pode ser eficaz em casos de aspergilose invasiva que
não responde à anfotericina B. Pacientes com ABPA podem ser tratados com
esteróides e agentes antifúngicos. Não há meios específicos de prevenção.
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7.5 - Outros Fungos que também causam doenças infecciosas.
Penicillium Marneffei
É um fungo dimórfico que causa uma doença semelhante à tuberculose em pacientes
aidéticos, particularmente nos países do sudeste asiático.
Pseudasllescheria Boydii
É um fungo filamentoso que causa doença principalmente em pacientes
imunocomprometidos.
Fusarium Solani
É um fungo filamentoso que causa doença principalmente em pacientes
neutropênicos. Febre e lesão de pele são as características mais comuns.
Pneumocystis
Este é classificado como uma levedura com base na análise molecular, mas
clinicamente é ainda considerado como um membro dos protozoários.
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8 - Artigos discutidos
Artigo 01
Avaliação clínica e micológica de onicomicose em pacientes brasileiros
com HIV/AIDS
Clinical and mycological evaluation of onychomycosis among Brazilian HIV/AIDS
patients
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 44(1):40-42, jan-fev, 2011
Artigo 02
Artigo 03
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9 - Conclusão
O meio ambiente está carregado de esporos de diversos fungos e, geralmente,
estes flutuam no ar. Entre a ampla variedade de esporos que pousam na pele ou são
inalados até os pulmões, alguns podem causar pequenas infecções, que raramente
disseminam-se a outras partes do corpo. Alguns poucos tipos de fungo (p.ex., Candida)
conseguem viver normalmente sobre a superfície do corpo ou nos intestinos. Apenas
ocasionalmente esses habitantes normais do organismo causam infecções locais da
pele, da vagina ou da boca. No entanto, em raros casos, eles causam danos maiores.
Algumas vezes, determinadas espécies de fungo podem causar infecções graves dos
pulmões, do fígado e do resto do corpo.
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10 – Referências bibliografias
APOSTILA DE MICOLOGIA CLÍNICA. FACULDADE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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