Apenas um ponto

separa as duas Selecção de

equipas Sub-18 dá cartas
no “Afrobasket”
LIGA AO de Maputo

ENCALCE DA A VEZ DAS

LOCOMOTIVA MENINAS

Directo r: Al mi ro Sant os | E d i ç ão n º : 1623 | S egun d a -feira , 13 de Agost o de 2 0 18 | www. desafio. co. mz | Preç o: 45,00Mt
Compromisso com os factos

Já existe um acordo para a

REBELIÃO NA
indicação dos representantes
moçambicanos

ZAMBÉZIA
mão pesada para
Associação de Futebol
da Zambézia ignora
deliberação da Federação
Moçambicana de Futebol,
que suspende preven-
1º de Maio de tivamente Mariza do
Quelimane Rosário e adia a realiza-
ção da Assembleia-Geral SIMANGO NA
Ordinária para a eleição
três jogos à de novos órgãos sociais. CIMEIRA DAS
porta fechada AFROTAÇAS
E 150 mil MT de Páscoa Themba Buque foi
reeleita por aclamação
multa na Assembleia-Geral da
Associação de Natação da
Cidade de Maputo

A SEREIA
RENOVA
 2 moçambola
TEXTÁFRICA
EMPATE SACRIFICADO NO PLANALTO
Por: Domingos Boaventura
O
Textáfrica em-
patou (1-1) na
tarde de ontem,
no campo da
Soalpo, frente
ao Maxaquene, em jogo da
vigésima primeira jornada do
Moçambola.
O golo da turma da casa
foi apontado por Jongue à
passagem do minuto seis,
numa jogada de contra-
-ataque. O golo de igualdade
surgiu no minuto 61 por in-
termédio do avançado João.
Jogo equilibrado e, de-
pois, um Maxaquene que
podia ter marcado logo aos
dois minutos, o que só não
aconteceu porque o avança-
do Slim não prestou atenção
à posição do guarda-redes
Macarufo. Numa posição
bastante privilegiada, Slim
rematou para as mãos dos
guarda-redes, que sacudiu o
esférico com os punhos.
Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018
1 1 MAXAQUENE
O Maxaquene viria a con-
seguir restabelecer a igual-
dade num contra-ataque
onde surgiu João a colocar a
bola no fundo das malhas de
Macarufo.
Os visitantes fizeram um
bom jogo de futebol. Sou-
beram mostrar o que sabem,
impondo algumas dificul-
dades de finalização à turma
fabril, que tentava fazer mais
três pontos em sua casa.
Os maxaca quase que po-
diam alargar o resultado por
intermédio de Tobias, que
bateu a bola para a baliza de
Macarufo. O Maxaquene foi
dominando o jogo, fazendo
lances de perigo muito perto
da baliza do Textáfrica, pro-
vocando calafrios aos adep-
tos da equipa do planalto.
João saiu do rectângulo de
jogos, no minuto 84, depois de
contrair uma lesão e foi subs-
tituído por Artur. Maxaquene
procurou gerir o resultado até
ao apito final de Filimão Fili-
pe. Com o empate, o Textáfri-
ca soma 35 pontos, enquanto
o Maxaquene tem 30 na tabela
classificativa.
E porque quem não mar- Ficha técnica
ca arisca-se a sofrer, o Tex- TEXTÁFRICA MAXAQUENE
táfrica abriu o marcador por PD324 Macarufo PD298 Zacarias
PD329 Buda PD304 Domingos
intermédio de Jongue, que
PD336 Messa (75’) PD303 Faustino
transportou a bola a partir do PD334 Omar PD552 Danilo
meio-campo. Mesmo com PD327 Marcy PD312 Candinho
a insistência do defesa para PD339 Dário PD307 Manuelito
evitar o pior, na grande área PD337 Henry (59’) PD322 João (84’)
rematou para o fundo das PD343 David PD315 Victor
Luís (45’) PD321 Mutong
malhas do Maxaquene.
PD349 Jongue PD317 Slim (60’)
Apesar da pressão dos do- PD348 Magaba PD310 Talapa (73’)
nos da casa, a equipa tricolor
jogou e acreditou que podia Suplentes Utilizados
fazer um bom futebol que Tico (45’) PD 320 Tobias (60’)
Binó (59’) PD Fernando (73’)
podia se traduzir em golos.
PD332 Thoco (75’) PD 309 Artur (84’)
Atacou de forma persistente
na baliza do Textáfrica. Foi- Suplentes não Utilizados
Agnaldo Young
-se ao intervalo com a equi- Mauro Franque
pa da casa a vencer por uma Veloso Jaime
bola sem resposta. Innocent Tony
TreinadorES
MAXAQUENE EMPATA
Lucas Barrarijo Antoninho Muchanga
Campo da Soalpo
Na segunda parte, no mi- Assistência: cerca de 3 mil espectadores
nuto 53, Dário desferiu um Árbitro: Filimão Filipe, assistido por Ivo
remate que surpreendeu o Muiambo e Inocêncio Pedro
Quarto árbitro: Celestino Gimo
guarda-redes do Maxaque- Acção disciplinar: amarelo para Talapa,
ne. Chutou com o pé direito e Tobias e Fernando (Maxaquene)
Golos de Jongue (6’) e João (61’)
foi para as mãos de Zacarias.
 Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018 moçambola 3

Ferroviário da Beira 3 1 1.º de Maio

DAYO BISOU E MANINHO SENTENCIOU

tos, manda uma bomba, que é Ficha técnica
Por: DEANOF POTOMPUANHA
deanof.adolfo@gmail desviada com dificuldades por Fer.Beira 1.º de Maio

D
Foto A.Gombe Calton. PD 192 Willard PD 489 Calton

ayo marcou o Na tentativa de recuperar o PD 195 Mambucho PD Félix (61’)

PD 199 Hadji PD Marito
primeiro aos dois resultado o técnico dos “operá-
PD 196 Barnabas PD Fred (40’)
minutos e viu rios” tirou Zidane e apostou em
PD 207 Andro PD 493 Asnor
Beto igualar. Mas Dudu, numa clara tentativa de PD 205 Tomás PD Rui
seria o atacante povoar o seu sector ofensivo. PD 204 Fabrice Limão

“locomotiva” a bisar, antes de De resto, o 1.º de Maio con- PD 213 Babo PD 498 Nacito

Maninho encerrar as contas da seguiu sufocar o seu adversário, PD 209 João (89’) PD 501 Zidane (53’)
PD 215 Maninho (81’) PD Beto
partida que encerrou a 21.ª jor- mas sem chegar a fazer um único
PD 214 Dayo (67’) PD 508 Ismael
nada do Moçambola-2018. remate enquadrado com a baliza.
Se na primeira volta regis- Rogério Gonçalves apercebeu- Suplentes Utilizados
tou-se uma igualdade a uma -se que a sua equipa estava em PD 206 OsvaldoSunde(67’) PD 492 Hassan (40’)

bola, ontem viu-se uma partida
com quatro golos, e podia haver
mais, não fosse a displicência
dos atacantes.
vez de Dayo voltar a dar o gosto
ao pé. O avançado de Chiveve
dificuldades e tirou Dayo para o PD 212 Nelito (81’) PD 496 Dudu (53’)
PD Di Maria (89’) PD Watará (61’)
lugar do fresco Sunde. Maninho
cima. passou a fazer dupla com Babo Suplentes não Utilizados
De grande penalidade, Ma- no ataque. Nada que pudesse pa- Soarito Joaquim

Antes que os espectadores
se posicionassem devidamente
nas bancadas já se gritava golo.
Dayo marca aos dois minutos.
O Ferroviário da Beira estava
confiante, e foi à busca do se-
bisa numa jogada em que de-
fensiva ficou mal na fotografia.
Há um cruzamento tenso do
lado esquerdo. Dayo anteci-
pou-se a Fred e Calton, deixan-
do os dois a dividirem as culpas.
ninho fez o terceiro golo, aos rar a ofensiva “operária”. Dércio Picas
Lineker Goby
38 minutos. César Teixeira não Aos 84 minutos, o recém-
Norberto
esperou pelo intervalo e tirou -entrado Nelito inicia uma jo-
gada do lado esquerdo, tirando TreinadorES
Fred, que não se encontrou no
Rogério Gonçalves César Teixeira
centro da sua defensiva. Teixei- dois adversários do caminho,
ra fez entrar Hassan. para depois entregar a bola a Campo do Ferroviário da Beira

gundo, mas seria o 1.º de Maio
de Quelimane a empatar por
Beto, aos 12 minutos, depois
de uma jogada de insistência,
em que Willard desentende-se
com a sua defensiva.
Dez minutos depois seria a
Babo perdeu a oportunidade
de chegar ao terceiro, depois de
ser assistido por Dayo, que foi
buscar a bola na sua ala direita,
puxou-a para o seu pé direito e
colocou o esférico para o centro
da área, onde Babo remata por
MUITO TRABALHO
POUCA PRODUÇÃO
Os “locomotivas” de Chive-
ve entraram a pressionar ao seu
adversário. Babo, aos 46 minu-
Babo, que se deslumbra diante
de Calton, perdendo a oportu-
nidade de fazer o quarto golo
para a sua equipa.
O trabalho da equipa da
arbitragem não sofre nenhum
tipo de contestação.
Assistência: cerca de oito mil especta-
dores, Árbitro: Felisberto Simão, auxili-
ado por Zacarias Valoi e Castro Butana,
Quarto árbitro: Artur Afinar
Acção disciplinar: amarelo para Fred
e Marito (1.º de Maio)
Golos: Dayo (2’, 22’), Maninho (37’),
Beto (12’)

Ferroviário de Nampula 3 0 Incomáti de Xinavane

Ferroviário de Nampula goleia

Incomáti no Estádio 25 de Junho
O
Ferroviário de Nampula recebeu ontem o
Incomáti de Xinavane, no Estádio 25 de
Junho, a quem goleou por três bolas sem
concorrência, agravando, por conseguin-
te, a crise instalada de há algum tempo
para cá no seio dos açucareiros, que por estas alturas
ocupam o 15º e penúltimo lugar da tabela classificativa,
remetidos a uma luta desesperada luta para evitarem a
descida de divisão de parceria com o 1º de Maio de Que-
limane (14º) e Sporting de Nampula (lanterna vermelha).
Por dificuldades ligadas à internet não nos foi pos-
sível receber a crónica do jogo do nosso correspondente
em Nampula, pelo que apresentamos as nossas sinceras
desculpas aos leitores. Porém, ainda fomos a tempo de
receber, por vias alternativas, este instantâneo des-
sa partida, que mostra o momento em que os homens
do canavial de Xinavane sofriam um dos tentos, com o
guarda-redes a esforçar-se em vão para evitar que a bola
beijasse as suas malhas.
 4 Moçambola Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018

clube do CHIBUTO 1 1 ENH

Tchando foi condescendente demais

Por: Ibraimo Assamo A segunda metade da partida Ficha técnica
Foto de Hilário Sitói

O
começa com a turma adversária CHIBUTO ENH
Clube do Chibuto mais acutilante, o que obrigou a PD405 Tchando PD380 Joaquim

não foi para além equipa da casa a baixar demasia- Passe PD384 Vasil
Clemente (11’) PD390 Obed
de uma igualdade damente as linhas.
PD415 Sataca Jr. PD383 Filipe
a uma bola dian- Ainda assim o Chibuto se
PD428 Hammed PD391 Laque
te da ENH de Vi- mostrou mais adulto em cam- Sunday Balaca (35’)
lankulo, em jogo pontuável para a po. A prova disso é que aos 60’ PD414 Nhabanga PD398 Milton
21ª jornada do Moçambola, numa Kadre ensaia um remate à meia PD556 Kadre Belo

partida em que a nódoa vai para distância, tendo o esférico passa- PD561 Mafaite (64’) PD394 Paíto (69’)
Rui PD395 Jorge
Tchando, que “ofereceu” um golo do ligeiramente ao lado do poste
PD425 Yannick (63’) Yoyó
numa bandeja de prata aos “hi- direito da baliza à guarda de Joa-
drocarbonéticos”. quim. Suplentes Utilizados
O Chibuto poderia muito bem Cinco minutos depois foi a vez Rume (11’) PD385 Calima (69’)

ter saído do jogo com um resul-
tado positivo e animador para
aquilo são as suas aspirações, não
fosse a tamanha complacência do
seu guardião, no caso Tchando.
É verdade que há uma série
de erros que a equipa da casa co-
meteu durante os 90’, mas o jogo
ficou mesmo marcado pelo lance
que ditou o golo de empate do
ENH de Vilankulo, em que numa
situação de bola parada, aos 36’,
que se chuta sem intensidade,
Tchando ficado pregado no relva-
do e a ver o esférico a anichar-se
no fundo das malhas.
O jogo começa com um Chi-
buto balanceado ao ataque, situ-
ação que obrigou o seu oponente
a não se aventurar muito em mis-
sões ofensivas. Fruto dessa postura
algo avassaladora, a equipa da casa
viria a abrir o activo aos cinco mi-
nutos da partida.
Do lado direito do ataque Ma-
faite consegue flectir para a linha
de fundo, de onde tira um centro
para a grande área, com Yannick a
concluir com êxito de cabeça. De-
pois do tento, em jeito de reacção
os visitantes tentavam a espaços
chegar ao último terço do adver-
sário, porém sempre esbarravam
com a cortina defensiva formada
por Nhabanga e Passe.
Não obstante essa pressão mo-
mentânea, o Chibuto continuava
a mandar no jogo, muito embora
não conseguisse concluir com êxi-
to as suas jogadas, muito por força
da ineficácia dos seus atacantes.
Aos 29’ Yannick poderia mui-
to bem ter bisado no jogo, só que
mesmo em zona privilegiada per-
mite que Joaquim faça a mancha.
do recém-entrado Flávio tentar a
sorte com um portentoso remate,
só que, uma vez mais, a bola não
toma a direcção certa. Já com o
empate garantido, os visitantes
limitavam-se apenas em defen-
der, postura que até certo ponto
irritou a equipa da casa.
Vendo o tempo a passar, o
Chibuto lançou-se deliberada-
mente ao ataque, tentativa que
não surtiu os efeitos desejados
porque, tal como dissemos, os
treinados de Alcides Chambal de-
fendiam-se com unhas e dentes.
O jogo viria a terminar com
uma igualdade, sendo que a his-
tória da peleja foi marcada pela
fífia de Tchando.
PD417 Gregório (64’) PD404 Jerry (68’)
PD426 Flávio (63’)
Suplentes não Utilizados
Gugu PD381 Okunade
Matlhombe PD396 Manuelito
Escurinho Assante
Beto Dany
TreinadorES
Daúde Razaque Alcides Chambal
Campo do Clube do Chibuto
Assistência: mais de quatro mil es-
pectadores, Árbitro: Sérgio Rumbane,
coadjuvado nas suas funções por
Arsénio Marrengula e Lúcio Namarrói
Quarto árbitro: Eduardo Chissano
Acção disciplinar: cartões amarelos
para Balaca, Milton. Cartão vermelho
para Vasil por acumulação de amarelos
Golos: Yannick (5’) pelo Chibuto e
Laque (81’) pelo ENH

Ferroviário de Nacala 2 0 SPORTING DE NAMPULA

SPORTING TOMBA EM NACALA Fer. de Nacala

Germano
PD222 Cândido
PD223 Nito
Ficha técnica
SPORT. DE NAMPULA
PD467 Ró (45+1’)
PD475 Chalito
PD534 Roldão(48’)
Sporting de Nampula, que cometia O Sporting de Nampula tentou retângulo do jogo, onde o Sporting PD225 Rodjas Jonas
Por: Abubacar Ahamade PD224 Zainal
abubacarahamade02@gmail.com sucessivos erros e tentava sair em reagir ao golo sofrido, mas as tran- notou muitas fragilidades e fraco PD472 Belo

O
PD238 Shelton PD477 Zinho
jogadas trianguladas e em diagonal sacções do meio-campo ao ata- poder no domínio da bola, uma
PD232 Abu PD478 Hipo
Ferroviário de que facilmente eram paradas pelo que, onde Hipo e Gildo não con- equipa apática sem soluções a sair Júnior (70›) Gildo
Nacala recebeu centrais Nito e Cândido, do Ferro- seguiam alimentar os avançados da zona de despromoção. PD229 Ndazione (85›) PD484 Anrane
ontem no seu ni- viário de Nacala. Nick e Marcelo, facilitavam a ta- Todavia, o Ferroviário de Na- PD236 Nando (53›) Nick (76’)
nho o Sporting de Contudo, Ró começa a estar refa do Ferroviário de Nacala, que cala, diga-se de passagem, teve Terrance PD487 Marcelo
Nampula e venceu intranquilo e inseguro na bali- aos 47 minutos, numa jogada rápi- uma vitória tranquila e caminha a
Suplentes Utilizados
por duas bolas a zero, em desafio za, várias vezes saindo em falso a da, onde Ndazione troca os olhos a passos largos rumo à manutenção PD234 Massaua (53’) PD465 Aníbal (45+1’)
a contar para 22ª jornada Moçam- partir do minuto 18. Aí os pupilos Roldão e Belo e ficam nas covas faz no Moçambola versão 2018. PD234 Megas (70’) Rachide (76’)
bola 2018, numa partida em que o de Sérgio Faife acreditam que era um passe a rasgar para Nando, que O jogo fica marcado pelo com- PD243 Marufo (85’) Cadre (48’)
Sporting de Nampula pouco fez de possível desfazer a teia montada galga terreno à entrada da grande portamento inadequado do Mus- Suplentes não Utilizados
modo a evitar a derrota. pelos centrais Jonas e Belo. Co- área, desfere um potente remate sito Júnior, presidente do Sporting Victor Taibo
Num jogo de aflitos, o Ferro- meçam a exercer muita pressão colocado para o poste direito e a de Nampula, que quis impedir a Tawanda Paulino

viário de Nacala soube traduzir em
golos as oportunidades que teve
na partida, nesta verdadeira luta
pela manutenção, em que os le-
ões de Nampula tiveram imensas
dificuldades de impor o seu jogo,
ante a qualidade dos locomotivas
de Nacala, que demostraram von-
tade de chegar ao golo mais cedo,
circulando a bola a todo terreno,
onde Ndazione, Nando e Abu eram
verdadeiros lobos à solta, criando
imensas dificuldades à defesa do
na posse da bola e com boa circu-
lação de pé para pé, baralhando
por completo a formação forastei-
ra. Como corolário dessa pressão,
numa jogada bem delineada na di-
reita, Abu passa por Belo e endos-
sa a bola para Terrance, que galga
o terreno com muita velocidade e
Ró sai em falso. Terrance limita-se
a efectuar um belo chapéu, que fez
com que a bola parasse no fundo
das malhas da baliza, para o delí-
rio nas bancadas, aos 26 minutos.
bola parou no fundo da baliza de
Ró. Estava feito o segundo tento,
para a festa dos adeptos do Ferro-
viário de Nacala.
No reatamento o Sporting de
Nampula entrou mais atrevido,
com outra dinâmica no jogo, mas
pecava no último passe, onde Zi-
nho e Anrane não se entendiam e
o meio-campo pouco produziu de
modo a surpreender a formação do
Ferroviário, que limitou-se a gerir
a posse de bola, circulando a todo
saída do árbitro Arlindo Silvano,
quando este se dirigia ao balneário
no intervalo e quis agredi-lo sem
sucesso, porque houve interven-
ção da Polícia da República de Mo-
çambique para evitar o pior. Isto
criou momentos de muita agitação
e pressão por parte dos agentes da
lei e ordem, mas tudo foi acalma-
do com a intervenção dos dirigen-
tes do Clube Ferroviário de Nacala,
que vieram amainar os ânimos.
Essien Narciso
231 Ruben
TreinadorES
Sérgio Faife Uzaras Mahomed
CAMPO DA BELA VISTA, EM
NACALA-PORTO
Assistência: cerca de 1200
espectadores, Árbitro: Arlindo
Silvano, auxuliado por Gimo Patrício
e Sebastião Carlos, Quarto árbitro:
Alberto Atumane, Acção disciplinar:
cartão amarelo para Abu e Shellton,
do Ferroviário de Nacala, Golos: Ter-
rance 16› e Nando 47›
Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018 rescaldo 5

MELHORES MARCADORES CLASSIFICAÇÃO ACTUAL GUARDA-REDES MENOS BATIDO

Dayo sobe ao topo
O avançado Dayo (Ferroviário da Beira)
voltou aos golos, marcando dois na vitória
da sua equipa frente ao 1º de Maio por 3-1.
O internacional moçambicano da equipa
do Chiveve tem agora oito golos, mais um
que Mário (Ferroviário de Maputo) e Sibale
(Costa do Sol), que jogam na quarta-feira).
OITO GOLOS: Dayo (Fer. Beira);
SETE GOLOS: Mário (Fer. Maputo) e Si-
bale (Costa do Sol);
SEIS GOLOS: Telinho (Liga Desporti-
va), Kuwaly (Fer. Nampula) e Bruno (Ma-
xaquene);
CINCO GOLOS: Djongue (Textáfrica),
Neymar (Liga Desportiva), Mutong (Maxa-
quene), Mário Sinamunda, Lau King (UD
Songo), Mussa (UP Manica), Magaba (Tex-
táfrica) e Hammed (Chibuto);
QUATRO GOLOS: Terrance (Fer. Naca-
la), Luckman (Fer. Nampula), Hélder Pe-
lembe (UD Songo), Beto Maravilha (1º de
Maio);
TRÊS GOLOS: Kabine (Liga Despor-
tiva), João (Maxaquene), Kambala (UD
Songo), Zinho, Toure (Desp. Nacala), Jer-
ry (ENH), Chawa (Costa do Sol), Félix
(UP Manica), Ifren, Daínho, Sonito (Liga
Desportiva), Sankhane (Sporting), Euri-
co (ENH), Belito, Maurício (Ferroviário de
Nampula), Ndazione, Marufo (Fer. Nacala),
Edjaita, Gregório, Sunday (Chibuto) e Is-
mael (1º de Maio);
DOIS GOLOS: Manga (UD Songo), Qua-
resma (Desportivo de Nacala), Isac (Costa
J V E D B P
Guirrugo só
1º Fer. Maputo 20 12 2 6 22-14 38
2º Liga Desportiva
3º UD Songo
21
18
11
11
4
3
6
4
27-19
25-12
37
36
joga quarta-feira
4º Fer. Nampula 21 10 5 6 29-19 35
5º Textáfrica 21 9 8 4 18-21 35
6º Chibuto 20 9 6 5 25-12 33
7º Maxaquene 20 8 7 5 23-16 31
8º Fer. Beira 21 6 8 7 23-18 26
9º Costa do Sol 20 6 6 8 15-11 25
10º Fer. Nacala 21 6 7 8 15-22 25
11º ENH 21 6 6 9 13-21 24
12º UP Manica 21 5 8 7 14-17 23
13º Desp. Nacala 20 6 4 10 16-17 22
14º 1º de Maio 21 6 4 11 15-25 22
15º Incomáti 21 4 8 9 9-16 20
16º Sp. Nampula 21 2 7 12 9-32 13
RESULTADOS PRÓXIMA JORNADA (21ª)
DA 20ª JORNADA 1º de Maio-ENH (0-1)*
Maxaquene-Fer. Beira (1-1)*
Liga Desportiva, 1-Desp. Nacala, 0 Sp. Nampula-Textáfrica (0-1)*
Textáfrica, 1-Maxaquene, 1 Incomáti-Fer. Nacala (1-1)*
Fer. Nampula, 3-Incomáti, 0 Desp. Nacala-Fer. Nampula (1-2)*
Chibuto, 1-ENH, 1 UP. Manica-Liga Desportiva (2-1)*
Fer. Beira, 3-1º de Maio, 1 UD Songo-Fer. Maputo (0-1)*
Fer. Nacala, 2-Sp. Nampula, 0 Costa do Sol-Chibuto (0-0)*
(Quarta-feira)
Fer. Maputo-UP de Manica JOGO EM ATRASO 19ª
UD Songo-Costa do Sol UD Songo-UP Manica (3-2)
*Resultados da primeira volta
O guarda-redes José Guirrugo (Costa
do Sol) só volta a jogar na quarta-feira,
onde a sua equipa vai enfrentar a UD
Songo em jogo da 21ª jornada. Guirrugo
é titularíssimo pelos canarinhos e tem 11
sofridos em 20 jogos.

LOCOMOTIVAS DA CAPITAL
DOIS GOLOS: Freedom (Desp. Na-
do Sol), Edson (Desp. Nacala), Mexer, Vic-
cala);
tor, Cândido (Maxaquene), Kamo-Kamo
(Fer. Maputo), Fabrice, Andro, Nelito, Ma- TRÊS GOLOS: Marcelo (1º de Maio),

CONSERVAM A LIDERANÇA
ninho (Fer. Beira), Camuliwa (UP de Ma- Gugu (Chibuto), Jojó (Sporting de Nam-
nica), Obed (ENH), Rodrigues (Chibuto), pula)
Adebayor, Zabula, Lanito (Fer. Nampula), QUATRO GOLOS: Renad (UP Mani-
Kelo, Liberty, Elias (Fer. Maputo), Dário, ca), Jonas (Fer. Nacala) e Simplex (Fer.
trica de Cahora Bassa.
Henry, Joseph (Textáfrica), Nacito (1º de Por: Joca Estêvão Maputo);
jocaestevao@gmail.com Enquanto isso o Textáfrica do Chi-
Maio), Chana (Desportivo de Nacala) Dudu SEIS GOLOS: Elton (UP Manica);

e Mastayle (Incomáti);
UM GOLO: Rui, Agenor (1º de Maio),),
Edson (Fer. Beira), Gildo, Chelito, Butana,
Mucuapel (UD Songo), Sassi, Neldinho,
Santos, Deco, Jafete (Incomáti), Mundi-
nho, Nuno, Comissário (Desportivo de
Nacala), Terrence, Nélson (Costa do Sol),
David, Manecas (Textáfrica), Jair, Danilo,
Manuelito (Maxaquene), Laque, Estêvão,
Jorge, Calima, Sande (ENH), Mamadu,
Asten, Marito (1º de Maio), Paíto, Celso,
Martinho, Julay (UP Manica), Banda, Daú-
do, Edgar (Fer. Nampula), Gerson, Yude,
Haji (Liga Desportiva), Rachide, Eládio,
Zinho, Nick (Sporting), Elias, Parkim, Us-
sama, Kito (Fer. Maputo), Evaristus, Cadri,
Rummy, Yannick (Chibuto) e Paulino (Fer.
Nacala).
AUTO-GOLOS: Chico (Ferroviário de
Maputo), Kadu (Fer. Nampula), Bernar-
do, Campira (Maxaquene), Obed (ENH),
Roldão (Sporting), Hassane (1º de Maio),
Mundinho (Desp. Nacala) e Zabula (Fer.
Nampula).
O
Foto de Arquivo
Ferroviário de Maputo
conservou a primeira
posição no Moçambo-
la-2018, mesmo sem
jogar, com 38 pontos.
Os locomotivas da capital só jogam a
21ª jornada na quarta-feira, no Estádio
do Zimpeto, com a formação da Uni-
versidade Pedagógica, com 37 pontos.
Em segundo lugar está a Liga Despor-
tiva de Maputo que derrotou o Des-
portivo de Nacala por 1-0.
Por seu turno, a União Desportiva
do Songo venceu, em casa, a Univer-
sidade Pedagógica de Manica por 3-2,
numa partida em atraso da décima
oitava jornada. Os hidroeléctricos,
com 18 pontos, somam 36 pontos e
vão voltar a entrar em campo na tarde
quarta-feira (15 de Agosto) frente ao
Costa do Sol, no campo da Hidroeléc-
moio e Maxaquene empataram a um
golo, repetindo o resultado da primei-
ra volta, no Zimpeto. Os fabris somam
agora 35 pontos e vão na quinta posi-
ção e os tricolores no sétimo, com 31
pontos, com menos um jogo.
O Ferroviário de Nampula, que re-
cebeu e venceu o Incomáti por 3-0, é
o quarto classificado com os mesmos
pontos que o Textáfrica (35 pontos).
Por seu turno, o Incomáti vai compli-
cando de jornada a jornada a sua situ-
ação, mantendo os 20 pontos, em 21
jogos, classificando-se na penúltima
posição.
No Chibuto, a equipa da casa mar-
cou primeiro por Yannick, mas permi-
tiu que o ENH de Vilankulo chegasse
ao empate, atrasando na luta pelo tí-
tulo, caindo para o sexto lugar. Os hi-
drocarbonetos têm 24 pontos e estão
na 11ª posição.
SETE GOLOS: Willard (Fer. Beira),
César Machava (Incomáti) e Okunade
(ENH);
OITO GOLOS: Leonel (UD Songo);
NOVE GOLOS: Tchando (Chibuto),
Macarrufo (Textáfrica), Daniel (Incomá-
ti), Franque (Fer. Maputo) e Acácio (Fer.
Nampula);
DEZ GOLOS: Swini (UD Songo),
Tony (UP Manica) e Soarito (Fer. Beira);
ONZE GOLOS: Joaquim (ENH),
Guirrugo (Costa do Sol), Agnaldo (Tex-
táfrica), Gervásio (Fer. Nampula);
CATORZE GOLOS: Ró (Sporting);
DEZASSEIS GOLOS: Nando (Desp.
Nacala);
DEZASSETE GOLOS: Victor (Fer.
Nacala)
DEZOITO GOLOS: Mahite (1º de
Maio) e Zacarias (Maxaquene);
DEZANOVE GOLOS: Pinto (Liga
Desportiva) e Aníbal Carvalho (Sporting
de Nampula).
 6 afrotaças
união desportiva do songo
A UDS é o obrigada a vencer no domingo
SONHO DE SEGUIR EM FRENTE
PASSA POR VENCER AL-MASRY
Por: Joca Estêvão
jocaestevao@gmail.com
Fotos de Arquivo
A
União Desporti-
va do Songo de-
fronta no próxi-
mo domingo, no
“caldeirão” do
Chiveve, o Al-Masry do Egipto,
líder do Grupo “B” da fase de
grupos da Taça CAF da presente
edição. O sonho de continuar a
pensar na passagem à fase se-
guinte da prova passa por ven-
cer os egípcios e esperar que o
Al-Masry do Sudão vença os
marroquinos do RSB Berkane.
Os dois jogos são referentes à
quinta jornada da competição
e poderão definir o destino dos
quatro candidatos do grupo na
competição.
Presentemente o Al-Masry,
que ainda não perdeu nesta
fase de disputa, segue em fren-
te com oito pontos, à frente do
RSB Berkane, com menos um
ponto (7). O Al-Hilal do Sudão,
com quem o Songo empatou
por duas vezes, uma na terceira
jornada (2-2) e na quarta ron-
da (1-1), está em terceiro lugar
com três pontos. Os campeões
nacionais em título estão em
último lugar, com apenas dois
pontos, mantendo, mesmo as-
sim, o sonho de passar à fase
seguinte, uma vez que mate-
maticamente ainda é possível.
Em caso de vitória nos dois
últimos jogos os hidroeléctri-
cos vão passar oito pontos, os
mesmos do Al-Masry antes da
disputa da quinta jornada. Os
egípcios caso vençam as duas
partidas que faltam por dispu-
tar vão somar 14 pontos, mas
precisam de garantir apenas
um empate, caso o Al-Hilal não
vença.
As hipóteses matemáticas
do Songo morrem se empatar
ou perder no próximo domin-
go com os egípcios, mesmo
vencendo na última jornada,
a 29 de Agosto, frente ao RSB
Berkane, só perdeu uma vez
nesta fase (exactamente contra
o Al-Masry).
Recorde-se que a União
Desportiva do Songo perdeu
nas primeiras duas jornadas
diante do Al-Masry, no Egipto,
e RSB Berkane, que teve lugar
no Chiveve, ambas por 2-0. As
duas equipas do Magreb de-
monstraram até ao momento
serem as mais esclarecidas do
Grupo “B” e com mais possi-
bilidades de transitar à fase se-
guinte, dado o nível de futebol
praticado por qualquer uma das
equipas.
ENTRAR NO JOGO
SEM COMPLEXOS
O técnico dos hidroeléc-
tricos, Nacir Armando, ainda
acredita que é possível chegar
mais longe na competição e
espera vencer o jogo do próxi-
mo domingo diante do líder do
Grupo “B”, prometendo que a
sua equipa não vai entrar com
espírito derrotista face à cate-
goria do adversário.
– Nós estamos a trabalhar
com afinco para ir até ao limi-
te das nossas possibilidades.
A nossa pretensão é sair deste
jogo com glória, embora reco-
nheçamos que o adversário é
de gabarito. No Chiveve senti-
mo-nos em casa, e mesmo que
seja um terreno emprestado o
apoio que temos tido nos jogos
que realizamos lá, aquele ca-
lor dá-nos mais alento, disse
o comandante hidroeléctrico.
O Al-Masry, além de estar
em primeiro lugar no grupo,
milita num dos melhores cam-
peonatos africanos (também
é preciso ter em conta que a
selecção do Egipto participou
no Mundial-2018 da Rússia), e
com jogadores de grande capa-
cidade técnica, sobretudo.
CLASSIFICAÇÃO DO GRUPO B
J V E D B P
Al-Masry 4 2 2 0 4-1 8
RSB Berkane 4 2 1 1 3-1 7
Al-Hilal 4 0 3 1 4-5 3
UD Songo 4 0 2 2 3-7 2
Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018
Explorar
os pontos
fracos dos
adversários
- Nacir Armando,
treinador da UD Songo
Quando a União Desportiva
do Songo enfrentou o Al-Masry
na primeira jornada da fase de
grupos Nacir Armando ainda
não era o treinador da equipa
hidroeléctrica. Mas, segundo
ele, as informações recebidas
sobre o adversário são sufi-
cientes para ter em conta as
potencialidades e lacunas dos
egípcios.
– Das informações que re-
cebi ficou claro que vamos de-
frontar um adversário pode-
roso. Os egípcios jogam bem a
bola e dominam com eficiência
os momentos do jogo. Todavia,
esses factos não nos amedron-
tam. Eles têm pontos fracos e
faremos de tudo para explorá-
– Vamos entrar em campo -los. Acreditamos que eles
sem nenhum complexo. Não também vão estar preocupados
podemos olhar para o valor dos connosco, declarou o técnico.
jogadores que representam o
nosso adversário, nem do que
a equipa egípcia representa
no seu todo. Esses aspectos,
mesmo sendo importantes
para encarar o jogo, não vão
diminuir-nos. A única coisa
que almejamos para este jogo é
uma vitória que possa acalen-
tar esperanças de mais um bom
resultado na última jornada,
afirmou o técnico.
Devido à sua participação
nas Afrotaças a União Despor-
tiva do Songo tem sido subme-
tida a jogos à quarta-feira e ao
domingo, mas Nacir Armando
não considera esse factor um
handicap para a prestação da
sua equipa.
– Estamos a preparar psico-
logicamente a equipa no senti-
do de não interiorizar que esse
é um facto negativo. Aliado a
isso, estamos a fazer um traba-
lho de recuperação física para
que possam enfrentar os jogos
num bom nível, frisou.
A nossa pretensão é sair deste
jogo com glória
 Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018 reportagem 7

sporting clube de nampula

Salários
em dia

Mussito sem estofo

para domar o leão
Por: RAIMUNDO ZANDAMELA colocar o mesmo no lugar don- “vivo”. Hoje o presidente leo- - “Se eu não for a conseguir
raizandamela@gmail.com de não deveria ter saído. nino vive dias difíceis de mane- o apoio financeiro necessário
Fotos de Arquivo Mussito encontrou um jar e já não suporta os encargos para fazer face ao défice orça-

D
Sporting sem pernas para an- financeiros que pesam sobre as mental que o clube tem confes-
epois de renhidas Em meio a esta crise, Mus-
dar, cofres vazios, mas graças à suas costas. so que não terei mais condições
e dramáticas lu- sito Júnior é obrigado a fazer
ajuda dos membros da Direcção O anúncio sobre uma pos- de poder continuar a conduzir
tas travadas pela gincanas financeira recorren-
e de alguns parceiros, incluindo sível desistência do cargo de os destinos do clube. Repare
gestão do Spor- do, por vezes, a meios próprios
o Governo, através da Direcção presidente do clube foi torna- que o nosso rendimento men-
ting de Nampu- para garantir que a cada final do
Provincial da Juventude e Des- da pública ao longo da semana sal é de 280 mil meticais, mas
la, ex-Namutequelíua, o clube mês os jogadores possam ter os
portos de Nampula, os repre- finda através das redes sociais. a nossa folha salarial é de 800
leonino volta a entrar em ebu- seus honorários em dia. Uma
sentantes da capital do Norte Contactado pelo desafio, Mus- mil meticais. É sempre uma dor
lição após o actual presidente ginástica que o deixa sem mais
conseguiram sobreviver a al- sito Júnior não desmentiu e de cabeça toda a vez que chega
deste emblema, Mussito Júnior, fôlego e energias para mais.
guns vendavais. nem confirmou tais rumores, o final do mês! O clube precisa
ter vindo a terreiro manifestar - “Felizmente temos feito
Essas entidades assumiram limitando-se apenas a dizer que urgentemente de um apoio fi-
a incapacidade de continuar na de tudo para garantir que os sa-
um papel importante para que só deixaria o cargo à disposição nanceiro”, explicou Mussito.
presidência devido a problemas lários sejam pagos a tempo aos
o clube conseguisse se manter caso o actual cenário não mude!
financeiros que caracterizam a jogadores. Não tem sido uma
actual situação em que o mes- tarefa fácil. Sou obrigado em
muitas ocasiões a entrar com

Contas vazias e património à venda

mo se encontra.
Mesmo sobre o manto de fundos próprios, colocando em
problemas que encobriam a causa a minha família! Falta-
agremiação leonina, a ascensão -nos um pouco de tudo para
Em 2015 a Vice-Ministra da Juventude e osa que este clube enfrenta com os seus associa- nos aguentarmos. Somos mo-
para o Moçambola, doze anos
Desportos, Ana Flávia de Azinheira, efectuo um dos no que diz respeito ao património do clube. vidos pelo amor ao clube e pelo
depois, foi motivo para a massa
périplo pelo país juntamente com o ministro do Há registo de casos perdidos de vendas líci- compromisso firmado de pro-
associativa, adeptos e simpati-
pelouro, no âmbito da monitoria e verificação do tas do património e algumas obras embargadas, teger os supremos interesses
zantes festejarem e acreditarem
cumprimento do programa do Governo na área a verdade, porém, é que o emblemático Sporting do emblema leonino”, conta a
que o regresso ao escalão pri-
da juventude e desportos. A vice-ministra te- de Nampula perdeu substancialmente boa parte nossa fonte.
mário do futebol moçambicano
ria escalado a província de Nampula, onde para do seu património por conta da gestão danosa de A falta de sustentabilidade
não seria mais uma passeata.
além de ter mantido encontros com os actores alguns dirigentes que por lá passaram, perante o dos clubes moçambicanos tem
A Direcção do clube, en-
desportivos daquela parcela do país visitou algu- olhar sereno dos seus associados e não só. sido o principal factor de ori-
cabeçada por Mussito Júnior,
mas infra-estruturas desportivas, tendo falado O caso concreto foi a venda do campo de gem de crises financeiras que
cumpria deste modo a pro-
sobre a importância das mesmas para o desen- mini-golfe, situado na Avenida Eduardo Mon- colocam alguns emblemas em
messa que fizera após assumir a
volvimento do desporto. dlane, numa zona privilegiada e cobiçada por situação de insolvência para
presidência: qualificar a equipa
Uma das mensagens deixadas pela vice-mi- muitos, por se tratar de uma área estratégica com os seus parceiros e não só.
ao Moçambola.
nistra no que diz respeito ao capítulo das infra- para se desenvolverem negócios. Aliás, é lá ode Para que o clube consiga garan-
Entretanto, o que não es-
-estruturas é que estas constituem um vector de encontram-se perfiladas várias instituições ban- tir a manutenção e terminar a
perava o jovem presidente en-
desenvolvimento do desporto, dai que o Governo cárias do país. época sem sobressaltos a nossa
contrar era o mar de problemas
não aplaude a sua vandalização assim como ven- O campo de mini-golfe, com certa de 160 fonte disse serem necessários
crónicos e sem soluções à vis-
da pelos clubes. metros quadrados, foi vendido sem conheci- 500 mil meticais/mês para co-
ta. Uma batalha titânica que o
Entretanto, sucede que em relação a este mento nem consentimento da massa associativa brir o défice existente, um va-
obrigou a realizar mudanças
capítulo o Sporting de Nampula não tem sido o por quatro milhões de meticais pelo elenco de lor que só pode ser conseguido
profundas na tentativa de res-
exemplo a seguir, a avaliar pela situação conflitu- António Uqueio. com o apoio do empresariado
gatar a mística do Sporting e
local e não só.
 8 reportagem Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018

grupo desportivo da incomÁti

CANAVIAL SALOBRE
Por: Joca Estêvão Recorde-se que Caló iniciou a
jocaestevao@gmail.com temporada com Jossias Mazive
Fotos de Arquivo (trabalhou com Danito Nham-

N
os últimos jogos o
comando técnico
do Incomáti vem
sofrendo reveza-
mento. A situação
ocorreu a partir do momento
que a Direcção convidou Caló a
afastar-se do banco técnico, de-
pois dos tumultos após a derrota
diante do Costa do Sol, particu-
larmente nos jogos realizados
no “canavial”, em protecção
à sua integridade física. Pas-
saram-se alguns jogos e Caló,
fora de portas, voltou ao banco.
A situação no “canavial” não é
saudável devido aos resultados
negativos apresentados pela
equipa no Moçambola, numa
alusão clara de que “numa casa
onde não há pão todos ralham e
ninguém tem razão”.
O Grupo Desportivo da In-
comáti traçou uma perspecti-
va de regressar ao Moçambola
para cimentar a sua posição
entre os grandes. Com o dis-
curso de luta pela manutenção
foi buscar Caló, um treinador
que já conquistou um Moçam-
bola (em 2015) pelo Ferroviário
de Maputo. O técnico que esti-
vera na condução dos locomo-
tivas na época anterior levou
consigo alguns dos jogadores
do Ferroviário que mesmo ten-
do contrato não teriam espaço
no plantel actual. São os casos
de Neldinho, César Machava,
Fase do jogo entre o Incomáti e a UD Songo, que se saldou numa derrota para os açucareiros
Dudu e Tununo, jovens com boa
margem de progressão, além
dos dispensados dos locomo-
tivas Sassi e Elísio, aos quais
juntaram-se os reforços Uga,
Wemba, Henriques e Ernesto
Júnior.
Depois da realização da vi-
gésima jornada o Incomáti po-
sicionava-se em décima quinto
lugar, com 20 pontos, uma mé-
dia de um ponto por jogo. Dos
vinte jogos realizados ganhara
quatro, empatou por oito vezes,
somando o mesmo número de
derrotas.
Fase a esse cenário, o “cana-
vial” parece longe de produzir
cana-de-açúcar, uma vez que
os maus resultados no campe-
onato fogem dos anseios dos
seus afeiçoados, provocando
revolta em alguns dos adeptos,
optando por desestabilizar o
curso normal dos trabalhos da
equipa, que até iniciou o cam-
peonato da melhor maneira,
com resultados fora das expec-
tativas de muitos, mormente
na vitória fora de portas frente
ao Costa do Sol, empate diante
dos campeões nacionais, União
Desportiva do Songo, e vitória
frente ao Maxaquene perante o
seu público.
ENTRADAS
E SAÍDAS NÃO
ACRESCENTARAM
VALOR
No percurso sinuoso que
possa na época anterior), Hélio
Djedje e mais tarde Venâncio
Ngulele, que antes trabalha-
va nas camadas de formação.
A dado momento Jossias teve
de sair da equipa técnica por
desacertos com os restantes
membros do quadro técnico em
termos de filosofia de trabalho e
Hélio Djedje também deixou a
equipa e o clube por problemas
disciplinares. Com estas saídas,
foi contratado o técnico Antó-
nio Uamba para reforçar o co-
mando técnico.
A segunda volta começou
sem resultados muito encora-
jadores para as pretensões da
equipa e um grupo de adeptos
entrou em acção, pedindo a ca-
beça do treinador (Caló), preci-
samente na derrota da equipa na
partida diante do Costa do Sol,
em casa.
A equipa voltou aos treinos
no dia seguinte ao jogo contra
os canarinhos, uma vez que dois
dias depois ia receber o Desporti-
vo de Nacala. Um dia antes desse
despique, mesmo com os treinos
a decorrer sem sobressaltos, Caló
foi solicitado pela Direcção, que
pediu-lhe para que não se sen-
tasse no banco, numa tentativa
de impedir que os adeptos furio-
sos atentassem contra a sua inte-
gridade física caso um resultado
negativo se verificasse. O técnico
regressou a Maputo, mas regres-
sou a Xinavane no dia seguinte
ao jogo com os nacalenses, que
terminou com uma igualdade
sem golos.

Nosso técnico chama-se Caló

Para certa imprensa, entre outras fon-
tes, a continuidade de Caló no Incomáti não
é consensual. A Direcção dos açucareiros
prefere não entrar nos contornos de que se
falam, num acto de prudência, até porque
depois da realização da vigésima primeira
jornada ficarão apenas nove jogos por rea-
lizar. O vice-presidente da colectividade de
Xinavane, João Figueiredo, sublinhou em
poucas palavras que Caló está assegurado
até ao fim do campeonato.
– O nosso técnico principal chama-se
Caló. A equipa sempre esteve a trabalhar da
mesma maneira e sob o mesmo comando.
veio a desenhar-se foram ope- Na ausência de Caló nos
radas algumas alterações na jogos e nos treinos a equipa fi-
equipa na reabertura do merca- cou sob comando de Fernando
do. Elísio, que andou lesionado, Fumo, que tem a função de ges-
foi afastado da equipa. Também tor desportivo no Incomáti, e
tiveram o mesmo destino os Venâncio Ngulele, que orientou
Por isso não vamos reagir a comentários que
jogadores Henriques e Ernes- os jogos.
são feitos sobre o nosso clube, disse Figuei-
to Júnior, que defraudaram as A equipa deslocou-se a Ma-
redo.
expectativas. Em rota inversa puto, onde viria a perder com
Para nós as interpretações podem ser as
Arnaldo (ex-Liga Desportiva), o Ferroviário por 1-0, jogo que
mais variadas, mas prevalecem as palavras
Mastyle (ex-Desportivo Mapu- Caló viu pela tribuna de hon-
de Figueiredo, mas somos livres de dizer que
to) e Jafete (ex-Chibuto) refor- ra do Estádio da Machava. Em
o Incomáti, considerando que não é altura
çaram a equipa de Caló nessa seguida os açucareiros volta-
propícia para rupturas, tenha equacionado
fase de transferências, mas ain- ram a jogar em casa e venceram
que caso demite-se Caló seria obrigado a
da assim os resultados teimaram por 2-0, com Caló na bancada,
contratar um novo treinador com qualifica-
em não aparecer. mas no jogo seguinte, diante da
ções para treinar o Moçambola (no Incomáti
Mas não foi apenas ao nível União Desportiva do Songo, na
é o único técnico com o nível para treinar
de jogadores que o Incomáti casa deste, o técnico principal
no Moçambola) e ainda ter de indemnizar o
conheceu mudanças. O qua- voltou a sentar-se no banco,
técnico.
dro técnico não fugiu à regra. onde a equipa perdeu por 2-0.
 Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018
TÊXTIL VENCE CHINGALE E ZONA
NORTE ENCERRA FIM-DE-SEMANA
Por: GILBERTO GUIBUNDA
gilguibunda@gmail.com
N
Foto de Arquivo
uma semana que ficou
marcada negativamente
pela perda dum senhor do
futebol na cidade da Bei-
ra, Dino Ibrahimo, onde o
jornal Desafio endereça as mais sentidas
condolências à família do malogrado, os
representantes da província de Sofala,
em particular o Têxtil de Púnguè, con-
tinua a acalentar esperanças de um re-
gresso ao convívio dos grandes no futebol
nacional. Na luta por esse objectivo, os
fabris da Manga continuam a dar conta
do recado e na conclusão da jornada 13,
que encerrou este fim-de-semana, rece-
beram e venceram o Chingale de Tete por
duas bolas a uma. Uma preciosa vitória
diante dum adversário difícil que man-
tém o Púnguè à frente da tabela classifi-
cativa com 29 pontos.
MATCHEDJE AMEAÇA
No entanto, uma ameaça que se cha-
ma Matchedje de Mocuba continua na
perseguição ao líder da Zona Centro. Os
militares viajaram para Beira e venceram
os alaranjados pelo mesmo resultado do
parceiro do pódio. Matchedje está a ape-
nas três pontos da liderança e na próxima
jornada recebe o aflito Benfica do Dondo.
Se o Matchedje está a fazer uma belíssi-
ma segunda volta o mesmo se pode dizer
do Pipeline da Maforga, que também vai
complicando as contas desta região. Nes-
ta jornada os gasosos da Maforga foram a
Quelimane vencer o Ferroviário por uma
bola a zero, resultado que deixa os loco-
motivas mais longe do objectivo. Por seu
turno, o Pipeline ocupa a terceira posição
Eis os resultados e classificação:
Zona Centro
Resultados da 13ª jornada
Desportivo de Manica-Sporting da Beira (1-1)
Ferroviário de Quelimane-Pipeline da Ma-
forga (0-1)
Benfica do Dondo-Desportivo de Tete (1-0)
Têxtil de Púnguè-Chingale de Tete (2-1)
Estrela Vermelha da Beira-Matchedje de
Mocuba (1-2)
Classificação actual
J V E D GM GS P
Têxtil de Púnguè 13 9 2 2 27 09 29
Match. de Mocuba 13 8 2 3 22 17 26
Pipeline da Maforga 12 7 2 3 13 09 23
Fer. Quelimane 12 5 5 2 14 02 20
Chingale 12 5 4 3 15 06 19
Sporting da Beira 13 5 3 4 13 08 18
Est. Verm. da Beira 12 2 4 6 06 07 10
Benfica do Dondo 10 2 3 6 06 10 09
Desp. Manica 10 2 2 5 09 22 08
Desport. Tete 12 1 2 6 02 13 05
Com a forte concorrência do Matchedje de Mocuba, Púnguè vai galopando rumo ao Moçambola
e a nove pontos do líder Têxtil.
No entanto, a FMF voltou atrás no seu
primeiro pronunciamento de que não ia
marcar jogos para este fim-de-semana.
Disputa-se a 14ª jornada com o derby en-
tre o Sporting da Beira e Têxtil a merecer
destaque.
MACUÁCUA E
DESPORTIVO VENCEM
Na Zona Sul rodou a 14ª jornada, com
os principais candidatos a vencerem os
Próxima jornada (14ª)
Matchedje de Mocuba-Benfica do Dondo
Sporting da Beira-Têxtil de Púnguè
Chingale de Tete-Ferroviário de Quelimane
Pipeline da Maforga-Estrela Vermelha da
Beira
Desportivo de Tete-Desportivo de Manica
divisão de honra 9
seus jogos e mantendo tudo em aber-
to para a AD Macuácua e Desportivo
de Maputo. Com jogos aparentemente
fácies, os dois conjuntos venceram por
dois a zero o Ntumbuluco e três a zero
à UP da Maxixe, respectivamente. Na
próxima jornada os manjacazianos têm
uma deslocação difícil ao terreno do
Ferroviário de Inhambane. Enquanto
isso, os alvi-negros visitam o Ferroviá-
rio de Gaza.
ÚLTIMA JORNADA
Depois da paragem semana finda
para trabalhos de inquérito pelo Con-
selho de Disciplina da FMF, que entre-
tanto ainda não divulgou o relatório, a
competição volta este fim-de-semana
na região Norte com a realização da úl-
tima jornada do certame. Com o vence-
dor praticamente encontrado, joga-se
pela honra e melhoria de posições na
tabela classificativa. Assim, o líder Baía
de Pemba deverá deslocar-se a Lichinga
para defrontar o Ferroviário e, em Pem-
ba, o Ferroviário deverá medir forças
com o Monapo Benfica.
Zona Norte Desportivo Pemba-UD Ilha de Moç.
Última jornada (14ª) Angoche-Liga Desportivo Cuamba
Fer. Pemba-Benfica Monapo Fer. Lichinga-Baía de Pemba
Classificação actual
J V E D GM GS P
Baía de Pemba 11 9 1 1 20 02 28
Monapo e Benfica 13 7 2 3 16 06 23
Fer. Lichinga 13 7 2 4 13 08 23
Fer. Pemba 12 6 3 2 18 07 21
UD Ilha de Moç. 12 2 6 3 05 11 12
Angoche 13 2 3 7 06 19 09
Liga Desp. Cuamba 13 2 2 7 06 17 08
Desp. Pemba 12 2 1 8 09 21 07
Zona Sul Próxima jornada (15ª)
Próxima jornada (14ª jornada) Academica-ESFA
Clube de Gaza-Académica (0-2) Fer. Gaza-Desportivo
AD Macuácua-Ntumbuluco (2-0) Ntumbuluco-Clube da Manhiça
Desportivo-UP Maxixe (3-0) Fer. Inhambane-AD Macuácua
ESFA-Fer. Gaza (0-0) UP Maxixe-Águias Especiais
Águias Especiais-Fer. Inhambane (0-0) Estrela Vermelha-Clube de Gaza
Clube da Manhiça-Estrela Vermelha (0-3)
Classificação actual
J
AD Macuácua 14
V
10
E
3
D
1
GM
20
GS
03
P
33
Desportivo 14 9 4 1 29 01 31
Fer. Gaza 14 6 5 3 13 07 23
Fer. I’bane 14 6 4 4 19 13 22
Estrela Vermelha 14 6 4 3 13 07 22
Clube Gaza 14 5 7 3 09 08 22
Académica 14 6 3 4 18 07 21
Águias Especiais 14 4 5 7 07 15 17
ESFA FC 14 3 4 6 13 15 14
UP Maxixe 14 2 4 8 10 23 10
Ntumbuluco 14 1 4 9 02 23 07
Clube da Manhiça 14 1 3 9 06 27 06
 10
BAÍA DE PEMBA NO MOÇAMBOLA
Por: GILBERTO GUIBUNDA
gilguibunda@gmail.com
Fotos de Arquivo
C
hama-se Satar Ab-
dulgani, de 32 anos,
empresário, mes-
trado em Audito-
ria Internacional e
Gestão de Empresas, funcioná-
rio público e docente universi-
tário. Lidera a jovem formação
da Baía de Pemba, fundada em
2014, que pelo que tudo indica
será o novo inquilino do Mo-
çambola/2019 representando a
província de Cabo Delgado. É
a terceira tentativa de entrada
na prova máxima do futebol
nacional e pelas contas este ano
tem livre-trânsito.
Entre linhas o interlocu-
tor aborda sobre o clube numa
entrevista em que também
não faltou a sua opinião sobre
a violência nos campos de fu-
tebol.
– De Liga Desportiva Mu-
çulmana a Baía de Pemba.
Qual a génese do clube?
– É um clube que nasceu
na cidade de Pemba. Há sensi-
velmente quatro anos, quando
o clube iniciou com o cam-
peonato recreativo, ostenta-
va o nome de Liga Desportiva
Muçulmana de Paquite. Ven-
cemos o recreativo do bairro
e decidimos engrenar, como
uma estrutura organizada,
no Campeonato Provincial de
Futebol. Desafiamo-nos a nós
como dirigentes e aos nossos
atletas e conseguimos marcar
a nossa presença em grande
cabendo-nos o papel de re-
presentar a província de Cabo
Delgado no mesmo ano na
Poule de Apuramento ao Mo-
çambola, na prova que decor-
reu no Niassa. Tivemos aquela
situação de sermos goleados
e… prontos, na altura quem
ganhou foi o Desportivo do
Niassa.
– Prossiga…
ENTREVISTA
– Voltámos com uma lição
bem estudada e no ano seguin-
te fomos mais uma vez bravos
e ganhámos a II Divisão. Ga-
nhámos e festejamos mas fo-
mos surpreendidos ao sermos
retirados os pontos de forma
injusta. Não se fez valer a ver-
dade desportiva e perdemos
na secretaria. No ano passado,
mais uma vez, como Liga Des-
portiva de Pemba, disputámos
a II Divisão de igual forma e in-
compreensivelmente voltámos
a sentir a mesma injustiça pois
na tabela classificativa termi-
námos no segundo lugar, mas
sentimos que não foram obser-
vados os regulamentos. Mais
uma vez voltámos a perder
pontos na secretaria. Este ano
entrámos para a competi-
ção com ambição reforçada.
Quando a UP de Lichinga, que
era o nosso adversário, desistiu
na prova mantivemos a nossa
posição e decidimos avançar,
conquistando pontos de forma
categórica, lutando pelos nos-
sos objectivos jogo após jogo.
– Entraram na prova com
o intuito naturalmente de in-
gressar no Moçambola. O pri-
meiro objectivo foi alcançado?
– Ascender ao Moçambola
sempre foi o objectivo de to-
dos que fazem parte da nossa
estrutura. Isso efectivamente
aconteceu e nós não gostarí-
amos de festejar agora sem a
homologação da própria Fe-
deração Moçambicana de Fu-
tebol, razão pela qual não nos
vangloriamos até então por
esta conquista. O segundo pla-
no do nosso objectivo princi-
pal era dar uma voz também
no que concerne à Taça de
Moçambique. Ademais, come-
çámos com os nossos trabalhos
tarde e de forma muito precoce
vimos este objectivo ruir. Que-
ríamos mostrar a Moçambique
inteiro que na verdade a nossa
equipa estava ou sempre es-
teve estruturada para a prova
rainha do futebol nacional.
– Mérito da Baía de Pemba
ou facilitismos dos adversá-
rios?
– Apesar de sermos um clu-
be muito novo, tenho orgulho
Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018
de dizer que somos um clube
jovem mas bem estruturado
porque a nossa máquina de
trabalho é composta por pes-
soas com objectivos alinhados
ao clube. Quer o presidente do
clube assim como o da Mesa
e a equipa técnica ninguém
está acima daquilo que são
os objectivo do clube. Aqui
respeitam-se os princípios do
clube e todo aquele que ex-
trapolar estes mesmos prin-
cípios será castigado no seu
devido fórum. Quer a partir do
presidente até ao mais baixo
membro do clube. Não houve
nenhum facilitismo de ne-
nhuma equipa, tanto que pode
reparar que as equipas locais
até preferiam que a Baía caís-
se em detrimento dos clubes
de fora. Batemo-nos de igual
para igual, respeitando todas
as equipas que estão inseridas
na competição. O nosso se-
gredo real é a nossa organiza-
ção como também montámos
uma equipa técnica séria e
atletas comprometidos com a
causa do clube e com o objec-
tivo pelo qual lutamos.
– Por via disso considera-
-se justo vencedor?
– Até ao momento eu con-
sidero-me justo na posição
classificativa de estar a liderar
o campeonato da Zona Norte
que me dá o acesso limpo ao
Moçambola. Justo vencedor.
– O mais expectante para a
Baía de Pemba é que a FMF ho-
mologue os resultados a vosso
favor. Se assim se verificar há
condições para o clube arcar
com o Moçambola? Há exem-
plos de equipas que subiram e
no meio do percurso clama-
ram por apoio.
– Tanto o empresariado,
o Governo Provincial assim
como a massa associativa es-
tão todos interessados em
trabalhar com o clube e isso
passa necessariamente pela
nossa organização também.
Ninguém abraça um projec-
to onde essa organização não
tem estrutura e uma esfera de
trabalho sério. Temos uma es-
trutura coesa com objectivos
bem traçados. Estamos todos
em sintonia e não estamos
descansados. Estou ciente e
convicto no trabalho que es-
tamos a desenvolver. Somos
gestores e aqui reina a gestão
desportiva. Temos orgulho de
dizer que estamos a trabalhar
bem. Este será um desafio.
Não estamos a entrar para o
Moçambola para manter mas
sim para desafiarmos os três
primeiros lugares da prova.
EPISÓDIOS DE VIOLÊNCIA
Todos
queriam
nos ver cair
É o tema de actualidade e
não deixaria de merecer uma
abordagem por parte do nosso
entrevistado. A violência
nos campos, que por sinal foi
numa partida em que Baía de
Pemba jogava.
– Eu como presidente da
Baía falo pelo meu clube e
não gosto de falar da gestão
ou comportamento dos de-
mais clubes. Fico feliz em sa-
ber que somos adversários mas
adversários respeitáveis. So-
bre os confrontos, conforme
disse, nós temos regulamen-
tos e princípios de que qual-
quer atleta que se envolver
em qualquer escândalo den-
tro do seu trabalho, e mesmo
fora, afectando o nosso clube
é automaticamente penaliza-
do pelos nossos regulamentos
internos. Nós pautamos pelo
profissionalismo na boa edu-
cação. Futebol é uma festa. As
confusões todas aconteceram
porque as equipas queriam
sempre deixar cair a Baía e não
conseguiram porque o clu-
be sempre trabalhou fazendo
uma leitura.
– Sim…
– Lamentamos bastante
este cenário, não é do nosso
agrado e nós repudiamos ca-
tegoricamente a todo o atleta
e clube que faz cenários como
estes. São clubes com nomes
muito grandes que se deixaram
levar pelas emoções de querer
se esconder pelo fracasso que
eles fazem em termos de tra-
balho. É algo dos fracos e nós
não somos fracos.
 Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018
Interesses dos candidatos da FIDE
por Moçambique são convergentes
Moçambique tem participado regularmente em eventos internacionais e merecido atenção mundial
Por: SALVADOR NHANTUMBO
Fotos de Arquivo
A
Direcção da Fe-
deração Moçam-
bicana de Xadrez
(FMX) recebeu
há dias convi-
tes de duas das listas candida-
tas à presidência da Federação
Internacional da modalidade
(FIDE), cujas eleições se reali-
zam em Setembro. O primeiro
convite veio do russo Arkady
Dvorkovich, que convidou re-
centemente o presidente da
FMX, Domingos Langa, para
um encontro na vizinha África
do Sul, tendo como propósi-
to a formalização do interesse
pelo apoio de Moçambique. A
lista de Arkady Dvorkovitch é
curiosamente suportada pelo
actual presidente da FIDE, o
também russo Kirshan Ilju-
monov, que cumpre o segundo
(último) mandato.
Antes, a FMX recebeu o
convite da lista liderada pelo
inglês Nigel Short, por sinal ex-
-campeão mundial de xadrez,
e que escalou Moçambique
em princípios desde ano com o
propósito de namorar o voto da
FMX. A propósito da campanha
de Nigel Short, Domingos Langa
devia seguir para a Zâmbia nos
próximos dias, mas descartou
essa possibilidade. Na corrida
para as eleições da FIDE está
igualmente o grego Georgios
Makropoulos.
Na entrevista que se segue,
o secretário-geral da FMX, Ma-
teus Viageiro, fala da conver-
gência de interesses dos candi-
datos por Moçambique.
MATEUS VIAJEIRO FALA
DA CONVERGÊNCIA DE
INTERESSES
– A que propósito surge este
convite e que assuntos foram
abordados na África do Sul?
– Estamos num ano eleitoral
na FIDE e recebemos o convi-
te de Arkady Dvorkovich, que
manifestou o interesse em inte-
grar Moçambique na sua lista. A
FMX aceitou fazer parte do gru-
po da sua campanha devendo
focar-se nalguns dos países dos
PALOPS, nomeadamente Ango-
la, Cabo Verde e São Tomé, e não
só. O presidente da FMX deverá
deslocar-se esta segunda-feira
a Cabo Verde e depois segui-
rá para São Tomé. Domingos
Langa escalará ainda este mês
Marrocos, antes de viajar para a
Suazilândia.
– Estamos a falar de Mo-
çambique e o que pensa que po-
derá ter motivado o candidato
russo a apostar na FMX?
– É pelo reconhecimento
do trabalho desenvolvido pela
FMX e reconhecido pela Con-
federação Africana de Xadrez
a quando da visita do respecti-
vo presidente, Lewis Ncube, à
Academia de Xadrez da Mato-
la, cujo patrono era Domingos
Langa. Ele viu o trabalho em
curso e acredita que Moçambi-
que, sendo um exemplo a seguir
ao nível da África Austral e con-
tinental, pode ajudar a mobili-
zar mais países a apostarem na
sua candidatura.
– Nigel Short esteve este ano
em Maputo. O que pode estar
detrás da convergência de inte-
resse por Moçambique de gente
bem posicionado no xadrez in-
ternacional?
– Em um ano e meio que
xadrez
estamos na direcção da FMX,
Moçambique tem participado
em quase todos eventos inter-
nacionais. Isto revela algum
desenvolvimento do xadrez
nacional e torna a imagem de
Moçambique mais visível além-
-fronteiras. Temos recebido
muitos convites para participar
em eventos internacionais, não
só a nível de competições. Por
exemplo, recebemos o convi-
te da federação da Zâmbia para
atender a campanha de Nigel
Short, mas devido à agenda
apertada o presidente não irá à
Zâmbia. Aliás, nós declaramos
o nosso total apoio ao candidato
da Rússia.
– O sucesso de Moçambique
parece revelar-se mais no cam-
po diplomático do que ao nível
competitivo. Qual é o actual es-
tágio do xadrez nacional e como
estamos ao nível do “ranking”
internacional como pais?
– Dizer que o nosso cam-
peão nacional participou, em
Julho, no Open da África do Sul
e, em Maio, no Campeonato da
Commonwealth na Índia, tendo
obtido bons resultados. Venceu
o Open da África do Sul, ficou
em quinto lugar no Campeo-
nato Africano, na Zâmbia, isto
significa que Moçambique está
a desenvolver ao nível competi-
tivo e de resultados, razão pela
qual estamos a receber cada
vez mais convites a participar
em eventos internacionais. Em
termos de “ranking”, dizer que
geralmente é feito ao nível indi-
vidual e não de países. Mas te-
mos uma selecção relativamen-
te mais forte do que as selecções
anteriores.
Domingos Langa faz campanha nos PALOP’s para o candidato
russo à presidência da FIDE
11
ESPERAMOS VALIDAÇÃO
DOS NOSSOS PROJECTOS
– Que dividendos a FMX terá
em caso de Arkady Dvorkovi-
ch ganhar as eleições na FIDE…
Qual é nossa expectativa no que
tange aos projectos da federa-
rão?
– Esperamos que os nossos
projectos sejam viabilizados
pela FIDE, sobretudo em termos
de financiamento e de materiais
para sua implementação. Temos
a Academia de Xadrez da Ma-
tola, que precisa de ser poten-
ciada em recursos materiais. A
Academia tem apoiado muito
a FMX em termos de logísti-
ca e material, porque tem mais
meios que a federação. Daí que
nos interessa que ela esteja mais
apetrechada para continuar a
trabalhar na formação e apoiar
igualmente aos nossos projectos
de formação.
PREPARAÇÃO PARA
OLIMPÍADAS NA GEÓRGIA
– O que temos em vista ao
nível da competições interna-
cionais e qual é a aposta de Mo-
çambique nos próximos even-
tos.
– Estamos a preparar a se-
lecção de seniores para a par-
ticipação nas Olimpíadas da
Geórgia (Batumi), em Setembro
próximo, e vamos organizar no
mesmo mês um Open interna-
cional com apoio da Academia
de Xadrez da Matola. Acredito
que estes eventos que vamos
organizar e nos quais vamos
participar vão colocar o nome
de Moçambique mais visível.
 12 REPORTAGEM Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018 REPORTAGEM 13

Indicação para as Afrotaças nas
mãos dos primeiros quatro de 2017
Por: Atanásio Zandamela
atazanda@gmail.com
Fotos de António Muianga
Mas na quarta-feira destes qua-
tro clubes praticamente só a União
pos. Já cumprimos de alguma forma o
nosso papel, mas vamos analisar e ha-
demos falar melhor”, afirmou Boa-
ventura Mahave.
O Ferroviário de Nacala, que
também é patrocinado pelos CFM,
já havia indicado na reunião que
esta seria uma oportunidade ím-
par. “Recebemos a notícia que é boa
porque seria histórica, mas ainda te-
mos de consultar outros responsáveis
pelo clube e sobretudo os patrocina-
dores, por isso não podemos respon-
der agora”, disse.
DOS PRIMEIROS
QUATRO DE 2017
SÓ DOIS ESTÃO
LICENCIADOS…  
Entretanto, deste grupo de qua-
tro primeiros classificados de 2017
dois têm a particularidade de esta-
rem melhor preparados para África,
nomeadamente União Desportiva
FERROVIÁRIOS ESPERAM
do Songo (campeão) e Ferroviário
DECISÃO DOS CFM
da Beira (quarto classificado), uma
vez que são os únicos com licencia-
mento concluído e com certificados
em mãos.   dicarem quatro equipas. Isso é resultado do nosso trabalho, empenho e
O Costa do Sol, que foi vice-
-campeão, neste momento não tem
o licenciamento renovado, tal como
o terceiro classificado de 2017, Fer-
roviário de Nacala, que não possui
a certificação que a CAF exige para
provas sob sua égide.  
Mas o licenciamento ainda que
seja uma condição ‘sine qua non”
pode não significar impedimento,
uma vez que Rui Tadeu, presidente da
Comissão de Licenciamento de Clu-
bes, assegurou que “estamos prontos
para dar todo apoio a qualquer clube
que pretende ter o licenciamento”.
Para além da disponibilidade de
participar e o licenciamento é preci-
so, segundo Simango, que “a equipa
tenha capacidade financeira, porque
antes de entrar na fase de grupos a
CAF não paga nada. A isso acresce-se
Representante do Ferroviário da Beira
o facto de por ser época de transição
a prova decorrer entre Novembro e
Maio. Iremos abrir todas excepções
necessárias para que possam inscre-
ver os seus atletas e reforçarem as
suas equipas. O trabalho está agora
com os clubes, que têm um prazo de
10 dias para darem resposta se esta-
rão ou não em condições. Caso não
iremos seguir o critério de hierarquia
gar em Maputo, tendo vantagem de
serem cerca de 200km de distância,
contudo o seu presidente, Betuel Sa-
veca, por enquanto não pensa nisso.  
O pensamento da federação, de
acordo com Alberto Simango Jr.,
é em função das respostas a obter,
descer até apanhar os representantes
do país, até porque uma eventual au-
sência poderia custar caro ao país. “O
Não participação
pode significar recuo
no “ranking”
Em 43 anos de independência esta é a primeira vez que Moçambique
tem direito de indicar quatro equipas nas Afrotaças, o que acontece em
resultado da subida no “ranking” – está na 12.ª posição, com 15 pontos
percentuais – a nível de clubes, juntando-se à Tunísia, Marrocos, Ar-
gélia, Zâmbia, Líbia, Costa do Marfim, África do Sul, Sudão, Egipto, RD
Congo, e Camarões.
Esse é um privilégio que se pretende manter, por isso Alberto Siman-
go Jr. clarificou que a não participação nas Afrotaças pode significar um
retrocesso. “Hoje estamos num grupo de 12 dos 53 países africanos a in-
dedicação de cada um de vós, clubes, por isso não podemos desperdiçar
esta oportunidade de estar lá. Sabemos que é um grande desafio num
momento difícil mas vamos trabalhar para tal. Deixo um apelo para que
façam um exercício ou sacrifício para que possam nos representar com
muita ambição porque só isso pode nos fará continuar a sermos conhe-
cido como país de sucesso”, disse.
Representantes nas
Afrotaças não terão
férias este ano
A entrada em cena nas Afrotaças vai ter algum impacto nas equipas.
É que os quatro representantes praticamente não terão férias que nor-
malmente são gozadas entre Novembro e Dezembro, altura que se con-
sidera como sendo de defeso e inscrições, pois nesse período estarão a

O
Desportiva do Songo disse “sim”,
s clubes que ocu- enquanto o presidente da Comis-
param as primeiras são de Gestão do Costa do Sol, Bruno
quatro (União Des- Morgado, dizia que o clube está numa
portiva do Songo, fase transitória de Direcção eleita
Costa do Sol e Fer- para uma comissão que dará lugar à
roviários de Nacala e Beira) posições Direcção eleita, não tendo sido claro
da classificação final do Moçambola naquele momento. “Iremos em breve
-2017 têm um prazo de 10 dias, a mandar a nossa resposta à FMF, onde
contar desde quarta-feira (8), para, vamos colocar a posição do Costa do
querendo, preencher as exigências Sol em função dos seus objetivos e de
da Confederação Africana de Fu- uma série de decisões que temos que
tebol  (CAF) com vista a tomarem tomar do ponto de vista de participa-
parte da fase transitória das Afro- ção ou não nas competições africanas,
taças 2018/19, que decorrerá en- sabendo que o Costa do Sol já partici-
tre Novembro deste ano e Maio de pou neste ano e a nosso ver de forma
2019.   honrosa, caindo perto da fase de gru-
 A não indicação, por enquan-
vendo essa possibilidade e disponibi-
lidade vamos participar com certeza”,
disse Bruno Morgado
Os representantes dos Ferroviá-
rio da Beira e de Nacala praticamente
alinharam pelo mesmo diapasão mas
apontando que a decisão só podia ser
tomada depois de reunir com outros
elementos da Direcção ou patroci-
nadores.   patrocinador principal (Caminhos de
O certo é que o prazo de 10 dias
já conta e os quatro melhores posi-
cionados terão de se manifestar por
escrito para que haja espaço para a
FMF procurar alternativas em caso
de um “não”.
 
 
da classificação do ano passado”, que significaria descer no ranking decorrer as eliminatórias.
A nossa Reportagem contactou
disse Alberto Simango Jr. enquanto nós queremos pensar que E se transitarem às fases seguintes praticamente não terão nenhum
telefonicamente o presidente do Fer-
  estas quatro equipas podem terem mês vago. Isso implicaria outras engenharias financeiras para provavel-
roviário da Beira, Boaventura Maha-
CANDIDATOS um bom desempenho para o nosso mente ter uma segunda equipa que alternaria o Moçambola e as Afrota-
ve, que sobre o assunto afirmou que
ALTERNATIVOS  crescimento. Não participar pode ças, sob pena de os representantes não terem sucesso em nenhuma das
a decisão seria tomada dentro de dias
  devolver o país à posição habitual de provas.
e comunicada à FMF. “Como sabe, a
Ainda que não tenha conseguido duas equipas”, apontou.   Essa situação fez com que Bruno Morgado, presidente da Comissão
nossa forma de funcionar exige pri-
lugares cimeiros na temporada tran- Ainda que tenha dois meses para de Gestão do Costa do Sol, levantasse o velho debate sobre a mudança da
meiro que reunamo-nos com o nosso
sacta, dois clubes têm uma das con- a indicação dos representantes (até época no país, ao que Alberto Simango comentou. 
dições requeridas, o licenciamento 15 de Outubro) a FMF quer fechar o - “As mudanças nunca acontecem em tempo justo ou adequado, mas
Ferro de Moçambique) e só depois
em dia. Trata-se da Liga Desportiva dossier o mais rápido possível para em função das condições de cada país. Alguns países com condições cli-
disso é que podemos nos pronunciar
de Maputo, que foi sexta classificada que as equipas comecem a trabalhar máticas determinadas param por exemplo no Inverno devido à neve. Em
se aceitamos ou não entrar nesta fase
em 2017, e Ferroviário de Maputo, para esta realidade. Moçambique a época de calor tem sido prejudicial e o país só tem dois
transitória. Como sabe não era algo
que ocupou a oitava posição.   campos em condições de se jogar à noite. Estas são algumas condições
que estava orçamentado e a prova é
Pelo que se percebeu na quarta- NO PAÍS SÓ TRÊS que temos de ter em conta para qualquer decisão”, justificou Simango Jr. 
bastante onerosa por causa das via-
gens aéreas. Nos próximos dias po- Representante de LDM -feira, estes dois clubes podem ser CAMPOS   TÊM
solicitados caso a FMF receba um APROVAÇÃO DA CAF
“não” sobretudo das equipas de Naca-  

Eliminatórias a partir
to, dos representantes deveu-se ao
facto de estranhamente as equipas la,  Ferroviário  (terceiro) e Desporti- A FMF revelou durante o encon-
que se fizeram à reunião promovi- vo  (quinto) porque teoricamente estas tro que apenas três campos moçam-
estão mais preocupadas em assegurar a bicanos estão aprovados a acolherem

da pela Federação Moçambicana de
Futebol (FMF) e Liga Moçambicana
de Futebol (LMF) não terem feito o
trabalho de casa, ou seja, “foram só
para ouvir”. E ouviram que a ideia
inicial da FMF é que Moçambique se
faça representar pelos primeiros dois
classificados do último Moçambo-
la (UD Songo e Costa do Sol), coin-
cidentemente finalistas da Taça de
Moçambique-2017, nas eliminatórias
de acesso à fase de grupos à Liga dos
Campeões, enquanto o terceiro (Fer-
roviário de Nacala) e quarto (Ferro-
viário da Beira) iriam disputar a Taça
CAF no cumprimento do que a FMF
chama de “critério desportivo”.
de finais de Novembro 
O secretário-geral da FMF, Filipe Johane, escla-
receu que na época transitória das Afrotaças 2018/19
far-se-á o mesmo número de jogos que normalmente
são feitos em ano em apenas seis meses.
Assim, a pré-eliminatória será em finais de No-
vembro (27/28), seguindo as restantes eliminatórias
em Dezembro e Janeiro, estando os meses de Fevereiro
e Março reservados para a disputada da fase de grupos.
Em Abril começa a disputa dos quartos-de-final e de-
pois as “meias”, sendo que a final está prevista para
Maio. “O que normalmente faz-se em um ano, como
se vê, será feito em apenas seis meses”, explicou Joha-
Representante da UD Songo
manutenção do que propriamente em provas sob égide da CAF, nomeada-
pensar na organização da logística para mente os estádios Nacional do Zim-
África. A aderirem seria histórico para peto e o da Machava, em Maputo, e o
aquele ponto do país. “caldeirão” do Chiveve, na Beira. Ou
ne, que sublinhou ainda que isso será nesta fase tran-
Já a Liga Desportiva de Maputo seja, se for uma das equipas de Nacala
sitória porque para a época 2019/20 o calendário das
também não esboça, por enquanto, a ir às Afrotaças terá de escolher um
Afrotaças será Agosto de 2019 a Maio de 2020 e com
interesse em tomar parte desta pro- destes três campos para acolher os
representantes a saírem das provas deste ano.
va, como disse seu presidente, Rafik jogos ou no mínimo trabalhar para
Já o presidente da FMF assegurou que haverá uma
Sidat. em três meses ter, por exemplo, o
abertura para que as equipas que representarão o país
- “Ainda não equacionámos isso. Estádio 25 de Junho aprovado antes
possam fazer as inscrições dos seus reforços até 15 de
Estou fora do país. Podemos falar à de Novembro, altura do arranque das
Novembro. 
volta”, disse. eliminatórias.  
- “Os clubes que forem às Afrotaças terão da nos-
À espreita, mas sem licencia- Mas essa não é uma missão fácil
sa parte uma abertura para que façam as respectivas
mento, ainda estão clubes como dada às exigências da CAF no con-
inscrições. Poderão inscrever jogadores desde que te-
Chibuto (terceiro na hierarquia), que cernente ao campo a apresentar. Que
nham sido negociados até essa altura”.
ficou em sétimo, e que poderia jo- o diga o Ferroviário da Beira.   Simango Jr , presidente da FMF
 14
Moçambique
faz o pleno
Por: Atanásio Zandamela
atazanda@gmail.com
Fotos de Jaime Machel
A
Selecção Nacio-
nal de Moçam-
bique soma por
vitórias os dois
jogos realiza-
dos no Campeonato Africano
de Sub-18 em femininos, que
acolhe desde sexta-feira. De-
pois de na estreia ter derrota-
do tranquilamente Cabo Verde
por 61-32, ontem à noite teve
de buscar forças onde pare-
ciam não existir mais para levar
a melhor frente a Ruanda, por
53-46, numa partida em que
esteve bem no primeiro e últi-
mo período.
É certo que ainda não ga-
nharam nada mas as miúdas da
tripla técnica Leonel “Mabê”
Manhique, Ernesto “Coach Do-
ggy” Nhalungo e Lucília “Ma-
musca” Caetano merecem ras-
gados elogios pela atitude que
estão a demonstrar, sobretudo
ontem, porque perante uma
Ruanda animada pelo triun-
AFROBASKET
fo ante a poderosa selecção do
Egipto e o público determinan-
te no apoio incondicional não
defraudaram as expectativas.
Hoje Moçambique não joga,
voltando à quadra amanhã para
enfrentar o Egipto e em caso
de vitória assegura a primeira
posição e nos quartos-de-final
jogará com o último do Grupo
“B”, que integra as selecções
nacionais da RD Congo, Mali,
Angola e Uganda.
Num Africano com apenas
oito participantes, mais do que
lutar pela qualificação para os
quartos-de-final as selecções
estão à busca duma classifica-
ção para defrontar na sexta-
-feira a selecção menos difícil.   Ruanda, 46: Faustine
Em disputa está o acesso
ao Mundial, evento para o qual
irão os primeiros dois classifi-
cados.
Tremer mas não cair
Num jogo atípico e impró-
prio para cardíacos, Moçambi-
que fez-nos sofrer a bom sofrer,
porque depois de um primeiro
quarto bem conseguido, em que
anulou por completo o Ruanda,
mercê de uma defesa bastante
concentrada que não permitiu
brincadeiras, chegou ao final dos
primeiros 10 minutos com vanta-
gem de 12 pontos (13-1). E os 12
pontos  (13-1) de diferença com
que se saiu do primeiro período
Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018
é demonstrativo e se não fosse
o persistente problema de baixo
aproveitamento dos lances livres
poderia ter sido ainda melhor.
A Ruanda, que na estreia
havia derrotado a poderosa se-
lecção egípcia, reinventou-se,
depois daquele primeiro perío-
do com um ponto, mas no se-
gundo já fez 18, saindo a vencer
Ficha técnica
Pavilhão do
Maxaquene
Moçambique, 53:
Jennifer Sigaúque (9),
Ester Gomes (16),
Filipa Calisto (6), Carla
Budane (8), Suraya Rijal
(6), Hulga Joaquim (6),
Sandra Magoliço (0),
Suze Cipriano (2), Pás-
coa Matola (0) e Raida
Luísa (0).
(4), Ineza (12), Hope
Butera (11), Deborah (5),
Bella (14), Patience (0),
Benigne (0), Chance 0),
Stella 0), Noella (0).
13-1
17-19
27-37
53-46
 Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018 AFROBASKET 15

por 19-17, uma vantagem faci-
litada pela desconcentração que
permitiu que se multiplicassem
Jogo a
último quarto foi de muita an-
Quadro de resultado Ontem
siedade no início, mas a equipa
Grupo “A” Egipto-Cabo Verde (56-31)
nacional, com Jennifer Sigaú-
Moçambique-Ruanda (53-46)

jogo até o
erros defensivos, aliados ao fac- que e Ester Gomes a assumir o
Sexta-feira
to de ofensivamente ter estado controlo do jogo, foram recu-
Ruanda-Egipto (46-37) Amanhã
abaixo do nível exibido nos pri- perando e já a dois minutos do
Cabo Verde-Moçambique 15.45h: Cabo Verde-Ruanda

objectivo
meiros 10 minutos. final já perdia por apenas um
(32-61) 18.00h: Moçambique-Egipto
Mas no terceiro período, um ponto (42-43). Um grande tiro
pouco pela determinação da jo- permitiu que Moçambique pas-
vem Ester Gomes, Moçambique sasse para a frente (45-43) a 1.41 CLASSIFICAÇÃO
ainda tentou dar um pouco de
ar da sua graça mas não evitou
10 (27-37) pontos de diferença
no final do terceiro período.  O
minutos do final. Essa vanta-
gem foi sendo aumentada para
50-45, que depois se transfor-
mou em 53-46 finais.  

Moçambique
J V D CM-CS P
2 2 0 114-78
Egipto 2 1 1 93-77
6
4
final
Ruanda 2 1 1 92-90 4
Cabo Verde 2 0 2 63-117 2
- Mabê,
Grupo “B” Grupo “A” seleccionador
Sábado
Uganda-Angola (29-63)
Quartos (sexta-feira)
4º B-1º A
nacional
RD Congo-Mali (33-99) 4ª A-1º B
3º B-2º A - “Estivemos menos con-
Hoje 3º A-2º B centrados sobretudo em ter-
15.45h: Mali-Uganda mos ofensivos e mesmo a de-
18.00h: Angola-RD Congo Meias (sábado) fender no segundo e terceiro
Quarta-feira (15) 4º B-1º A VS 3º A-2º B períodos mas fomos a tempo
15.45h: RD Congo-Uganda 4ª A-1º B VS 3º B-2º A de melhorar no último porque
18.00h: Mali-Angola fomos ao encontro do que sa-
Classificação Final (domingo) bemos fazer melhor: defender
a zona. Depois fomos buscar
os 10 pontos que tínhamos em

CLASSIFICAÇÃO desvantagem. Agora vamos

pensar no jogo contra o Egip-
J V D CM-CS P to, porque queremos continu-
Mali 1 1 0 99-33 3 ar a trabalhar jogo após jogo
Angola 1 1 0 63-29 3 para vermos se conseguimos
RD Congo 1 0 1 33-99 1
os nossos objectivos. A equipa
Uganda 1 0 1 29-63 1
está crescendo e vai-se encon-
trando”.

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 16
MAXAQUENE DESPROMOVIDO
PELA SEGUNDA VEZ EM TRÊS ANOS
Por: DEANOF POTOMPUANHA
deanof.adolfo@gmail.com
J
Foto A. Gombe
á é a segunda despromoção do Ma-
xaquene da Liga Moçambicana de
Basquetebol (LMB) em três anos. Os
“tricolores”, comandados por Rui
Rafael, colocaram em jogo qualquer
possibilidade de avançar para a segunda
fase da prova e/ou garantir a permanência
quando se deixaram derrotar pelo Ferrovi-
ário de Nacala, na terceira jornada (62-70).
Era a terceira derrota consecutiva. Ade-
mais, tinham pela frente adversários mui-
to fortes, senão candidatos ao título (Fer-
roviário de Maputo, Ferroviário da Beira,
Costa do Sol e o combativo Vaz Team), o
que colocava o primeiro clube nacional a
conquistar uma prova continental (1985)
na rota da despromoção.
O clube com maior número de títu-
los nacionais (19), seguido apenas pelo
Desportivo (sete) é arredado da principal
competição nacional, depois de ter sentido
a mesma realidade em 2016, ano em que foi
despromovido pela primeira vez.
Garantiram a manutenção na LMB os
Ferroviários de Maputo e da Beira, Costa do
Sol, A Politécnica e Desportivo, em virtude
de se terem colocado nos primeiros cinco
lugares que garantem a manutenção no
principal palco do basquetebol nacional.
Para que a equipa “tricolor” regresse
ao convívio dos grandes deverá, primeiro,
ocupar, no Campeonato da Cidade de Ma-
puto, o primeiro lugar ou uma posição que
esteja imediatamente a seguir ao Ferroviá-
rio, Costa do Sol, A Politécnica e Desporti-
vo, equipas com a manutenção garantida.
Em segundo enfrentará a “poule” de
apuramento à LMB pela Zona Sul, junta-
mente com os representantes das provín-
cias de Gaza e Inhambane, que no entanto
não têm participado nas últimas edições.
Os “tricolores” trocam de posição com o
Desportivo, que seguiu o mesmo caminho
no ano passado. Os “alvi-negros” recorde-
BASQUETEBOL
Sol, em quarto lugar, disputam
a primeira meia-final da com-
petição. Por seu turno, o Ferro-
viário da Beira e A Politécnica,
segundo e terceiro classifica-
dos, respectivamente, digla-
diam-se na outra meia-final.
O Costa do Sol tenta chegar
à final e conquistar o seu segun-
do título nacional, depois de o
ter conseguido em 2001. Por
seu turno, A Politécnica nunca
chegou a esse estatuto.
JOGO PARA 3º LUGAR
DEPENDENTE DA
MARCHA
DAS MEIAS-FINAIS
A marcação do jogo para o
apuramento do terceiro e quar-
to classificados está dependen-
te da marcha do “play-off” das
-se, já têm a manutenção garantida. meias-finais. Ou seja, caso os
finalistas da prova sejam encon-
LOCOMOTIVAS PODEM REEDITAR trados nos dois primeiros jogos
FINAL DOS ÚLTIMOS DOIS ANOS a partida para o apuramento do
terceiro posto realizar-se-á no
À excepção de 2015, em que Desportivo dia 16, na cidade da Beira.
venceu o Ferroviário de Maputo, desde 2012 Pelo contrário, o encon-
o título é discutido entre os “locomotivas” de tro ficaria agendado para o lo-
Maputo e Beira, sendo que os últimos são os cal onde se realizariam os dois
actuais campeões nacionais. primeiros jogos da final, sendo
A partir do dia 21 os homónimos podem muito provável que seja na capi-
voltar a se digladiar, bastando para o efei- tal moçambicana.
to ultrapassar o Costa do Sol e A Politécnica, Lembre-se que os dois pri-
respectivamente. Para tal, devem, nas meias- meiros jogos da final disputam-
-finais, vencer duas das três partidas a serem -se hoje e amanhã. A quarta-
disputadas a partir de hoje, à melhor de três -feira é reservada ao repouso.
jogos. Caso haja necessidade de reali-
O Ferroviário de Maputo, primeiro classi- zar os terceiros encontros estes
ficado da fase regular do Campeonato Nacional serão disputados na quinta-
de Basquetebol Sénior Masculino, e Costa do -feira.
Responsabilidade
- Miguel Guambe, treinador do Costa do Sol
- “Temos de encarar as meias-finais de uma maneira diferente da que
estivemos no último encontro da última jornada, em que perdemos contra o
Maxaquene, onde estivemos mal. Vamos encarar o jogo contra o Ferroviário
de Maputo com responsabilidade, estarmos prontos e iguais a nós mesmos
para podermos fazer da melhor maneira os três jogos. A expectativa é boa”.
Vencer o campeonato
- Orlando Novela, capitão do Fer. Maputo
- “A expectativa é enorme, tendo em conta que é um adversá-
rioforte (Costa do Sol) que venceu ao Ferroviário de Maputo na pri-
meira fase. Temos de estar concentrados, o nosso objectivo é chegar
à próxima fase. Os jogadores estão motivados e queremos vencer o
campeonato, mas primeiro devemos pensar em transitar para a final.
Todos jogadores estão aptos”.
Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018
Queremos
disputar a final
- José Macuácua,
treinador d’A Politécnica
- “Estamos a preparar os jogos de peito aberto. O
nosso primeiro objectivo passava por passar da pri-
meira fase e conseguimos, e o segundo é disputar a fi-
nal. Não nos assusta o facto de jogarmos contra o Fer-
roviário da Beira, embora joguem em casa. Parto do
princípio que eles são humanos e as condições clima-
téricas são similares. Vamos lutar para vermos se con-
seguimos ultrapassá-los. O facto de termos perdido
com eles na fase regular é uma vantagem, entraremos
com os níveis de confiança mais altos e mais concen-
trados. Devo agradecer a este público da Beira, que
tem sabido corresponder positivamente ao espectá-
culo proporcionado por estes jogadores e chamar aos
amantes do basquetebol e não só para que a partir da
segunda-feira (hoje) acompanhem estes jogos”.
RESULTADOS DA ÚLTIMA JORNADA
Fer. Nacala-Fer. Maputo (50-127)
A Politécnica-Vaz Team (52-63)
Maxaquene-Costa do Sol (68-61)
Fer. Beira-Desportivo (92-66)
CLASSIFICAÇÃO DA FASE REGULAR
J V D CM-CS P
Fer. Maputo 7 6 1  600-417 13
Fer. Beira. 7 6 1 687-420 13
A Politécnica 7 4 3  425-446 11
Costa do Sol 7 4 3  468-489 11
Desportivo 7 3 4  413-447 10
Fer. Nacala 7 2 5  408-580 09
Maxaquene 7 2 5  423-481 09
Vaz Team 7 1 6  380-524 08
MEIAS-FINAIS
Jogo-1 (hoje)
Fer. Maputo-Costa do Sol
A Politécnica-Fer. Beira
Jogo-2 (amanhã)
Fer. Beira-A Politécnica
Costa do Sol-Fer. Maputo
Jogo-3 (quinta-feira)
Fer. Maputo-Costa do Sol
A Politécnica-Fer. Beira
Convicção e crença
- Nasir Salé, treinador do
Fer. Beira
- “Este é um modelo competitivo. Na pri-
meira fase tínhamos sete jogos. Acho que atirar
a toalha muito cedo não faz parte de nós. In-
dependentemente das dificuldades que temos
tido e não ter a competição desejada continua-
mos a trabalhar e a pensar jogo a jogo. Portanto,
tivemos a dimensão e a convicção do que seria e
hoje conseguimos tirar partido do foi a primeira
fase. O que queremos é continuarmos com os
pés bem assentes no chão e pensar no adver-
sário, que será o tipo de competição diferente
porque será a eliminar. E sendo a eliminar é
preciso que a gente consiga ter maior convic-
ção, maior crença e acreditarmos no nosso mo-
mento. O nosso objectivo foi sempre chegar à
final, mas todos sabemos que não é fácil”.
 Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018
Parte da equipa com a qual Páscoa sonha melhorar a qualidade da natação na capital do país
TRABALHAR PARA AS NOSSAS MARCAS
VALEREM LUGARES DE PÓDIO FORA DE PORTAS
Por: Atanásio Zandamela
atazanda@gmail.com
Fotos de Jaime Machel
P
áscoa Themba Bu-
que assegurou que o
próximo quadriénio
(2018/22) será de
intensa actividade
com vista a manter a hegemo-
nia que Maputo tem na nata-
ção moçambicana assim como
promete trabalhar para que os
resultados, diga-se marcas, dos
nossos atletas comecem a valer
pódios fora de portas. Para tal
promete aumentar o número
de praticantes, aproveitando o
máximo as piscinas subapro-
veitadas existentes na capital
do país.
Encabeçando a única lista
submetida, Páscoa Themba Bu-
que foi reeleita por aclamação
dos seis clubes que estiveram
presentes numa Assembleia-
-Geral da Associação de Na-
tação da Cidade de Maputo
(ACNM) bastante pacífica, na
qual tudo – relatórios e planos
de actividades e contas – foi
aprovado sem questionamen-
tos.
Falando após a reeleição, a
presidente prometeu continuar
a trabalhar com maior transpa-
rência na gestão dos fundos que
têm sido cada vez escassos para
o projecto ambicioso que o seu
executivo tem em manga para
elevar os níveis dos atletas. Ali-
ás, o relatório de contas apre-
sentado revela que para muitas
das acções previstas os parcei-
ros nem sempre conseguiram
cumprir com o negociado.
Ciente de que tudo acontece
devido à crise que tem abalado o
país, o executivo de Themba de-
cidiu-se pela introdução de um
novo pelouro virado para pro-
jectos que será presidido pelo
jovem político Basílio Muhate.
A presidente acredita que este
pelouro vai estar à altura de ir
buscar auto-sustento para a as-
sociação, porque “é preciso que
se vá buscar meios com vista a
tornar exequível este projec-
to ambicioso que nos propo-
mos desenvolver nos próximos
anos”, explicou, para depois
sublinhar que “a dinâmica ac-
tual exige que sejamos cautelo-
so na projecção das actividades
que queremos ter. Quantos mais
projectos estruturados tivermos
a associação será mais robusta
do que já é e terá maior visibili-
dade”, espera Themba.
OFICIALIZAR A PRÁTICA
DA NATAÇÃO
EM PISCINAS DAS
INSTITUIÇÕES DE ENSINO
Em Maputo existem 29 pis-
cinas, entre desportivas e de
lazer. Deste número 22 estão
operacionais, cinco paralisadas
e duas em obras de melhora-
mentos, nomeadamente a da
Escola Secundária Estrela Ver-
melha, que está sendo ampliada
pelos Tubarões de Maputo com
vista a ter dimensões olímpicas
(50 metros) e a do Desportivo de
Maputo.
Das 22 operacionais só uma
(Raimundo Franisse) é utilizada
para competições com regu-
laridade, visto que, por exem-
plo, a do Complexo Desportivo
do Zimpeto – única olímpica
operacional – funciona quando
funciona, desde o fatídico inci-
dente que ceifou a vida do trei-
nador Frederico dos Santos.
Ciente de que para a massi-
ficação desejada é necessário ter
piscinas, a intenção de Páscoa
Themba – pediu intermediação
do Governo da Cidade de Mapu-
to, representado pelo director
da Juventude e Desportos, Elias
Wiliamo – é de trabalhar com
parte considerável dos proprie-
tários das piscinas operacionais
com vista a conseguir-se trans-
formá-la em pólos de desenvol-
vimento da modalidade.
- “Queremos massificar e
para tal precisamos de piscinas
e pretendemos aproximarmos
com vista a saber que aprovei-
tamento pode-se fazer destas
existentes e que não estão liga-
das ao desporto. As que perten-
cem às instituições de ensino
serão as primeiras a serem con-
vidadas a abraçar a massifica-
ção”, explicou.
O aumento do número de
piscinas de lazer assim como os
casos de afogamentos preocupa
o grupo de Páscoa Themba, que
introduziu neste mandato a co-
missão de salva-vidas.
- “Nestes últimos anos fize-
mos com que mais gente se in-
teresse pela natação, sobretudo
as escolas, que estão a incluir
construção de piscinas nos seus
estabelecimentos, mas fica-
mos de certa forma apreensivos
natação
quando acompanhamos que
existem incidentes que não são
desejáveis. Ao introduzirmos o
salva-vidas é porque sabemos
que esta missão não é do treina-
dor, que olha para o nadador em
termos de performance, caben-
do aos salva-vidas cuidar desta
componente”, aclarou.
Páscoa Themba Buque pro-
meteu continuar a dirigir uma
direcção que “ouve os clubes
para que caminhemos juntos
rumo à melhoria da qualida-
de dos nossos torneios e con-
sequentemente das marcas e
assim continuar a dominar as
selecções nacionais e apoiar
o surgimento de mais clubes
cumprindo a ideia da massifi-
cação”.
HISTÓRICOS
HOMENAGEADOS
Durante a Assembleia-Ge-
ral, que iniciou com um minuto
de silêncio em homenagem aos
que pereceram durante o man-
dato, houve espaço para o reco-
nhecimento de algumas figuras,
entre dirigentes, treinadores e
atletas que ao longo dos últimos
anos têm emprestado o seu sa-
ber para a melhoria da qualida-
de da natação.
De entre estes destaca-se
Joel Libombo, Manuel Tomé,
Manuel de Araújo (primeiro
presidente da ANCM), Lázaro
Macamo, Leandro Jorge, Mariza
Gregório, Janete Antunes, os fa-
lecidos Tânia Anacleto, Fátima
Langa e Malangatana Nguenha
(foi presidente da ANCM).
17
Maputo passa a
ter Três “águas
abertas”
Páscoa Themba quer melhores
resultados
A grande novidade em ter-
mos de competição trazida
para o próximo quadriénio, de
acordo com Caetano Ruben,
que apresentou o programa do
executivo, será a introdução
de mais duas provas de “águas
abertas”, que se juntam à já
tradicional Travessia Maputo-
-Catembe. As duas provas se-
rão feitas ao longo da marginal.
Destacou o facto de o Des-
portivo estar a melhorar a sua
piscina e os Tubarões estarem a
trabalhar para ter uma pista de
50 metros na Escola Secundá-
ria Estrela Vermelha e com dez
pistas, o que tornará esta numa
alternativa à do Zimpeto, onde
o uso continua a ser condicio-
nado pelas entidades respon-
sáveis.  
Por outro lado, Caetano Ru-
ben prometeu que neste man-
dato pensa-se na utilização das
outras piscinas que não têm
dimensões oficiais para provas
de iniciação e para torneios de
menor expressão, estando a do
Ferroviário na “pole position”
para acolher as primeiras pro-
vas da época.
Entretanto, a época 2018/19
começa dia 25 de Agosto com o
Torneio de Abertura. Durante o
ano a ANCM pretende voltar a
ter “meetings” com as cidades
próximas, com destaque para
Mpumalanga, na África do Sul,
e Manzini, na Suazilândia, para
além de acolher o Torneio Joa-
quim Chissano.
- “Queremos promover
maior participação de nadado-
res de clubes filiados na ANCM
em competições e interacção
com países da região”, lê-se no
manifesto do elenco reeleito.
 18 Noticiário Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018

Zambézia ignora
deliberação Da FMF e
elege Eduardo Salamo…
A
Associação de Futebol da Província
da Zambézia (APFZ) não respeitou a
deliberação da Federação Moçambi-
cana de Futebol (FMF), que suspende
preventivamente a presidente Mari-
za do Rosário e adia a realização da Assembleia-Ge-
ral Ordinária para a eleição de novos órgãos sociais.
No sábado houve sim assembleia-geral na qual foi
eleito o candidato Eduardo Salamo, proposto pelo
elenco de Mariza do Rosário, que passa a presiden-
te da Mesa da Assembleia-Geral. A confusão que
levou à suspensão de Mariza começou na sequên-
cia dos actos de agressão ocorridos antes do jogo
entre o 1.ᵒ de Maio e Textáfrica, para a 20.ᵃ jorna-
da do Moçambola, atitude praticamente elogiada
nas redes sociais pela presidente da associação da
Zambézia, Mariza do Rosário, que escreveu: “digam
o que disserem, contas saladas, quem com ferro mata
com ferro morre, portanto, 1.º de Maio de Quelimane,
1-Textáfrica de Chimoio, 0… fui”. A Direcção da FMF
não gostou do que leu, por acreditar que esta men-
sagem podia incitar à violência, pelo que deliberou
suspendê-la preventivamente, decisão ignorada
pela Mesa da Assembleia-Geral, presidida por Tu-
aire Saíde, que continuou com o programa alegan-
do que o adiamento traria “constrangimentos e
embaraços” e sábado apreciou-se e aprovou-se os
relatórios de actividades e contas e por fim elegeu-
-se os novos corpos sociais, com Mariza a assumir
agora a presidência da Mesa da Assembleia-Geral.
Resta saber o que a FMF vai fazer depois que viu sua
deliberação ignorada. Mariza do Rosário

… e três jogos à porta fechada para o 1º de Maio Iquebal volta às vitórias

O Conselho de Disciplina (CD) da Liga Mo-
çambicana de Futebol (LMF) aplicou uma pena de
três jogos à porta fechada e multa de 150 mil me-
ticais ao 1.º de Maio de Quelimane, na sequência
das agressões ocorridas antes do jogo com o Tex-
táfrica, inserido na 20.ª jornada do Moçambola.
Assim, concluiu-se a penalização dos “trabalha-
dores”, depois de antes o CD da LMF ter delibera-
do, em primeira instância, interditar o campo do
Ferroviário de Quelimane – casa emprestada do
1.º de Maio – por dois jogos, tendo ontem anun-
ciado o castigo final
Depois de semana passada ter visto a Gespetro interromper o
seu ciclo de vitórias, o campeão da cidade em título, Grupo Des-
portivo Iquebal (GDI), voltou aos triunfos. Na sexta-feira, para a
quinta jornada do Campeonato da Cidade de Maputo em futsal, o
Iquebal derrotou a ADK por 5-3. Quem também venceu foi a Liga
Desportiva de Maputo, que recebeu e derrotou a Papelaria Rex por
2-0, resultado que permite que continue no topo da prova, agora
com 12 pontos, tal como o GDI, que tem um jogo a mais. Estes dois

Bulls assegura lugar

conjuntos beneficiaram do empate a quatro golos entre a Petromoc
e Gespetro, que passam a somar 10 pontos, sendo que os petrolífe-
ros têm um jogo a menos. Nesta quinta ronda ficou de fora a ADDE-

na Divisão de Honra EC devido ao número ímpar de intervenientes. A Politécnica voltou

Mesmo depois de ter empa-
tado a um golo com o Matchedje
para a 14ª jornada do Campeo-
nato de Futebol da Cidade de
tchedje e Mahafil, ambos com
22 pontos, podendo no máxi-
mo somar 12 pontos nas quatro
jornadas em falta. Melhor que
a perder, desta feita diante do Clube Atlético de Moçambique, por
2-3, e mantém-se na cauda sem nenhum ponto. Eis a classificação:
1º lugar, Liga, 12 pontos; 2º, GDI, 12; 3º Petromoc, 10; 4º, Gespetro,
que dá acesso ao Moçambo-
10; 5º, ADDEEC, seis; 6º, Atlético, seis; 7º, Rex, três; 8º e 9º, A Poli-
la-2020. Todos resultados da
técnica e ADK, sem nenhum ponto.
14ª jornada: Mahafil-Liga “B”
(2-2), Vulcano-Racing (2-1), 1º

Maputo palco sábado

Maputo, a formação da Asso-
ciação Black Bulls assegurou
a única vaga disponível para a
ascensão ao Campeonato Na-
cional da Divisão de Honra pela
Zona Sul do país, a quatro jor-
nadas do final da prova. O Bulls
festeja antecipadamente por-
que lidera a competição com 35
pontos, mais 13 que as equipas
que podem ascender à Divisão
de Honra, nomeadamente Ma-
CLASSIFICAÇÃO
esta dupla está o Ferroviário
“B”, que está a somente três
pontos do líder Bulls, mas que
não pode ascender em virtude
de o regulamento não permitir
que equipas “B” joguem pela
ascensão a um campeonato da
divisão maior àquele que dis-
putam. Assim, no primeiro ano
de existência o Black Bulls ga-
rante ascensão e em 2019 vai
disputar a Divisão de Honra
de Maio-Ferroviário “B” (2-2),
Black Bulls-Matchedje (1-1) e
Nacional-Zixaxa.
… Ascensão também
nos juniores
da Corrida Azul de 15km
A capital do país será palco na manhã deste sábado (18) duma
A festa do Black Bulls es- prova de estrada denominada Corrida Azul, tendo como partida e
tendeu-se ao nível de junio- meta a Avenida 10 de Novembro. A ser disputada em três classes, a
res. Ao vencer a Universida- prova terá uma distância de 15 quilómetros para federados, 10km
de Pedagógica por 3-1 o Bulls para trabalhadores do Standard Bank, instituição que promove o
passou a somar 24 pontos, 13 certame, e 8km para os cadeirantes, sendo dirigida tecnicamente
de avanço sobre os pedagogos, pela Associação de Atletismo da Cidade de Maputo.
que ocupam a segunda posição.
Esse resultado permite que esta

J         V        E        D        B P

equipa ascenda ao primeiro es-
calão de juniores. A contar com
Black Bulls             13        11        2          0          49-8     35 cinco equipas, o Campeonato
Ferroviário “B”    13        10        4          0          30-7     32 da Cidade do segundo escalão
Matchedje              14        6 4         4          25-13    22 é disputado no sistema de to-
Mahafil                    14        7          1         6          27-22   22 dos contra todos em três voltas
Nacional                 13        5          4          4          15-12   19 e neste momento o Bulls soma
Vulcano                  14        4          6          4          11-23   18 24 pontos, mais 13 que a UP, a
Liga “B”                  14        4          5          5          17-14   17 quatro jornadas do seu térmi-
Racing                     14        3          2          9          16-44   11 no, daí que matematicamente
1º de Maio               14        2          3          9          15-38     09 já pode festejar o título e con-
Zixaxa                      12        1          1          10        08-23   04 sequentemente a ascensão.
Acácio Jaime foi a enterrar
Os restos mortais de Acácio Jaime, que em vida era ins-
pector da Direcção da Juventude e Desportos da Cidade
de Maputo, foram quarta-feira a enterrar no Cemitério de
Lhanguene. Acácio Jaime, que teve um percurso ligado ao
atletismo, tendo sido secretário-geral da federação e pre-
sidente da Associação de Atletismo da cidade de Maputo,
morreu na madrugada de segunda-feira (6), vítima de do-
ença.
Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018 Opinião 19

Deanof Potompuanha
deanof.adolfo@gmail.com
FMF IGNORADA RETUMBANTE
E ESMAGADORAMENTE PELA APFZ
A
FederaçãoMoçambicana de Futebol (FMF) emitiu,
em seu comunicado número 161/FMF/D/2018, da-
tado de 9 de Agosto corrente, um ofício dirigido ao
presidente da Mesa da Assembleia-Geral (Tuaire Ma-
nana Saíde) da Associação de Futebol da Província da
Zambézia (APFZ), com conhecimento da Direcção Provincial da Ju-
ventude e Desportos, dando conta da suspensão temporária da pre-
sidente de Direcção da APFZ, Mariza do Rosário Mariano, pelo pro-
nunciamento feito nas redes sociais. “Digam o que disserem, contas
saladas. Com quem ferro mata com ferro morre. Portanto, 1º de Maio
de Quelimane, 1-Textáfrica do Chimoio, 0… fui”. Esta é a mensagem
largamente partilhada que terá forçado a FMF a posicionar-se.
O mesmo comunicado refere que enquanto decorrer a tramita-
ção do processo que lhe é movida nenhum acto solene poderá se re-
alizar até à conclusão desse processo, sendo que a Assembleia-Geral
agendada para o dia 11 (sexta-feira) teria de ser agendada para uma
data a anunciar, uma vez que a presidente, ora em situação de sus-
pensa preventivamente, é responsável pela prestação de contas pe-
rante a mesma na data marcada e não estará habilitada para o efeito,
pelo que se devia cumprir com aquela decisão.
E como o ofício tinha carácter de urgência, Tuaire Saíde reagiu
no mesmo dia 9 de Agosto, igualmente com conhecimento da Di-
recção Provincial da Juventude e Desportos da Província da Zam-
BOLA PRESA
nos seus impedimentos e ausências.
O documento que temos vindo a citar considera
que a ser que a suspensão preventiva tem a força de
lei, que possa paralisar o funcionamento da APFZ,
a Mesa da Assembleia-Geral devia ser notificada,
com suporte de um dispositivo legal, para se sus-
pender toda actividade desportiva sob a égide da
APFZ até que se ache resolvida a questão.
O presidente da Mesa da Assembleia-Geral re-
força que o adiamento peremptório “in extremis”,
última hora, da Assembleia-Geral acarreta custos,
constrangimentos, embaraços que nem a FMF e
nem APFZ conseguirão suportar ou gerir. É que,
segundo ele, os sócios ordinários, clubes e filiados
nem todos residem na cidade de Quelimane e já ti-
nham sido convocados nos termos do artigo 24 dos
estatutos, sendo que alguns já estavam na capital
provincial da Zambézia, com as suas despesas de
transporte, alojamento e alimentação, para efeitos
da Assembleia-Geral.
A Mesa da Assembleia-Geral da APFZ diz que a
FMF não indica e nem propõe para quando deve ser
reagendada a magna reunião, a qual foi ordenada a
adiar, avolumando-se assim, consideram, ambi-
guidades e indução aos atropelos da lei, das normas
e dos estatutos. E depois remata: do acima claro e
sobejamente exposto; destas circunstâncias e para
o bem do desporto da Zambézia para o qual nós ju-
ramos servir não encontramos e nem vemos moti-
vos reais da existência desta vossa “ordem”, pelo
que entendemos levar avante a Assembleia-Geral
já marcada, até que os filiados tomem decisão so-
berana.
Mais do que promessa, a Assembleia-Geral foi
realizada e a suspensa Mariza Mariano foi eleita pre-
sidente da Mesa do novo elenco.
Como diria a Frelimo, a FMF foi esmagadora e
retumbantemente ignorada. Aguardemos pelos
próximos dias para acompanharmos os próximos
capítulos desta intrigante novela.

solta
bézia.
No documento, que contém oito pontos, Saíde começou por
acusar a recepção tardia, quanto a si, uma vez que estavam a dois dias
da realização da Assembleia-Geral. Contra o que considera de ex-
temporânea ordem referiu que a APFZ não foi notificada/informada
validamente, isto é, oficialmente, sobre a tal suspensão preventiva
da presidente de Direcção da APFZ, Mariza Mariano, estando, por-
tanto, por vias informais e sem suporte legal nenhum. Isso impossi-
bilita, lê-se na missiva, sobremaneira, a Mesa da Assembleia-Geral
de tomar posição, nos termos da lei e dos estatutos da APFZ.
Continuando, diz que a convocação da Assembleia-Geral da
APFZ é e foi feita pela Mesa da Assembleia-Geral, obedecendo ao
artigo 24 dos seus estatutos e não pela presidente de Direcção.
E diz mais: havendo a necessidade da suspensão preventiva, só
para a presidente de Direcção, e revisitado o artigo 32 dos estatutos
da APFZ, não encontram motivos suficientes que levem ao adia-
mento da Assembleia-Geral pois, referem, a Direcção é composta
por nove membros, sendo um presidente, três vices e cinco vogais.
Ademais, afirmam, no número 3 do artigo dos estatutos, de for-
ma clara, sólida e sobejante que “compete ao vice-presidente subs-
tituir o presidente nas suas ausências e impedimentos”. Outrossim,
a alínea b) do número 2 do artigo 35 dos estatutos estabelece que
“compete ao vice-presidente administrativo substituir o presidente

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 20
A agradável vida
depois da glória
A
vida depois da glória
costuma ser dura e pe-
nosa. E também cruel.
Como foi para a Ale-
manha no último Mun-
dial, por exemplo. Porém, depois das
conquistas, a vida sorri ao FC Porto, a
julgar pelas primeiras duas amostras
da versão 18/19. Por mérito próprio,
sublinhe-se.
Os campeões nacionais parecem
permanecer insaciáveis e mostra-
ram-no esta noite frente ao Despor-
tivo de Chaves. Um triunfo por 5-0,
expressivo e incontestável, diga-se.
De resto, Conceição repetiu o
onze que iniciou a partida da Super-
taça e colheu dividendos bem cedo.
A pressa foi amiga da perfeição, por
assim dizer. Logo aos 14 minutos
Aboubakar apontou o primeiro da
noite. Reacção fortíssima à perda e
pressão alta de Otávio que roubou
a bola a Ghazaryan. O cruzamento
tinha André Pereira como destino,
mas o avançado abriu as pernas e
deixou o camaronês solto para a pri-
meira explosão de alegria no Estádio
do Dragão.   É quem oferece rasgo à equipa. Após
A pressão asfixiante do FC Porto
continuou e as ocasiões junto da ba-
liza de Ricardo – novidade na equipa
de Daniel Ramos a par de William e
Gallo – sucederam-se. O guarda-
portugal
-redes dos flavienses viu o disparo
de André Pereira passar a centíme-
tros da baliza.
André Pereira desperdiçou, ao
contrário de Aboubakar. Cinco mi-
nutos depois da oportunidade do
avançado português, o camaronês
chegou ao bis. Jogada deliciosa do
FC Porto: André Pereira passou para
Sérgio Oliveira. O médio fez um pas-
se sensacional a rasgar a defesa con-
trária para Otávio que assistiu Vin-
cent para o 2-0.
Estavam decorridos apenas vin-
te minutos. Um pesadelo em tons
de azul e branco para o conjunto de
Trás-Os-Montes, que pareceu sem-
pre demasiado preso. Não teve capa-
cidade para segurar a bola ou sair em
transição. E, sobretudo, mostrou-se
muito frágil. Tudo somado, transfor-
mou-se numa presa fácil para o ad-
versário.
Caro leitor, permita-me abrir um
parêntesis para Brahimi. O argelino
esteve na génese dos melhores lan-
ces do jogo. Driblou, simulou, pas-
sou, enfim, fez de tudo um pouco.
ter desperdiçado duas oportunida-
des quase consecutivas (23’ e 27’), o
desconcertante magrebino fez o 3-0
em cima do intervalo. Quem diria
que esteve em risco de falhar a par-
Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018
Foi a
entrada que
queríamos
- Sérgio Conceição,
treinador do FC Porto
- Foi a entrada que queríamos, à
imagem do que foi a época passada. Uma
equipa muito pressionante, a reagir rá-
pido à perda da bola, a deixar pouco es-
paço, com uma dinâmica interessante
em termos ofensivos. Se tivéssemos sido
mais agressivos na zona de finalização,
isto ainda podia ter sido mais volumoso.
Um grupo muito comprometido, envol-
vido nas tarefas individuais e colectivas.
É dar continuidade e esperar ainda mais
dificuldades. Temos de fazer mais e me-
lhor para ganhar.
Sobre oito golos sem Marega… “O
grupo é forte. Temos gente que quer tra-
balhar, que dá uma resposta adequada
ao que é a minha exigência e rigor, mas
eles já sabem. Há um conhecimento de
como sou e do que é o clube, com uma
exigência muito grande. Quando assim
é, os jogadores estão comprometidos.
Há uma ambição, determinação e pai-
xão enormes. Havendo um respeito en-
tre todos estamos mais perto de ganhar
e é isso que acontece”.
tida.
Entre o segundo e terceiro golos,
a equipa de Daniel Ramos libertou-
-se. Ainda assim, terminou os pri-
meiros quarenta e cinco minutos
sem qualquer remate à baliza.
Se a primeira parte foi sufocan-
te, a segunda não ficou atrás. Foi
uma autêntica avalanche de futebol
ofensivo. Aboubakar ficou a dever a
si próprio o hat-trick por três vezes
(46’, 54’ e 69’). O marcador assumir
contornos de goleada parecia uma
questão de tempo. E assim foi.
Corona, que tinha entrado há
quatro minutos, aproveitou um pas-
se errado de Maras para correr com
a bola em direcção à área contrária.
Após ultrapassar Marcão, o mexica-
no disparou um míssil que só parou
no fundo da baliza de Ricardo.
O Desportivo de Chaves estava
entregue há muito tempo e quase
que exasperava pelo apito final de
Nuno Almeida, desespero esse que
cresceu com a expulsão de João Tei-
xeira. No entanto, antes do final da
partida, ainda houve tempo para o
estreante Marius juntar o seu nome
à lista de marcadores.
O FC Porto inicia de forma firme
e convicta a defesa pelo título. Os
dragões querem tornar a vida depois
da glória agradável.
 Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018 portugal 21

O leão está bem vivo!!!

T
ome-se a liberdade
como vitória. Um
dia, na autobiografia
“O longo caminho
para a liberdade”, o
sócio 31 118 do Sporting, Nelson
Mandela, escreveu que “depois
de escalar uma grande monta-
nha”, descobrem-se “muitas
outras para escalar”. O triunfo
dos leões, em Moreira de Cóne-
gos, ilustra esse caminho. Por
vezes sinuoso, difícil, com obs-
táculos e superação. E final feliz
para os leões, pelo menos no ar-
ranque da Liga.
Depois do final atribulado da
época passada, o Sporting teve
de escalar uma espécie de con-
tra-relógio para edificar uma
equipa. Uma ideia de jogo. Uma
nova equipa técnica. Recuperar
jogadores.
E foram dois dos que os le-
ões resgataram após as rescisões
a materializar o problema que
Heriberto criou aos seis minu-
defensiva contrária e o avançado solvido, mas longe de estar livre tunidades. Bruno Fernandes de Bilel assustou Salin, que pre-
tos, com a vantagem do Morei-
cedido pelo Benfica, Heriberto, de sustos. O Moreirense, com teve-a no pé direito e Battaglia cisou de cuidados a um remate
rense. Bruno Fernandes deixou
atirou de primeira a contar. Ba- mérito, entregou-se de corpo e na cabeça, mas havia Jhonatan a forte de Loum e a um cruzamen-
que a vantagem cónega durasse
teu Salin, solução de última hora alma a um jogo que teve suces- opor-se. Na resposta, um lance to perigoso de Heriberto.
dez minutos. Depois, Bas-Dost
após Viviano ter saído fora do siva parada e resposta das duas
bisou e deu a sentença num jogo
onze, dando vantagem aos mi- partes. Antes do intervalo, Bru-
de emoção e corações aflitos até
nhotos. no Fernandes testou Jhonatan de
final.
Tudo isso resultou num ar-
Era mais uma escalada para o livre, Bas-Dost quase beneficiou RESULTADOS PRÓXIMA
ranque vitorioso da equipa de
leão, cuja reacção foi activa e dez
minutos bastaram para galgar o
de uma bola pelo ar para marcar
– e até se gritou golo – e, do ou-
DA 1ª JORNADA JORNADA (2ª)
Peseiro, que faz melhor que o SEXTA-FEIRA 17 de Agostode 2018
cume de mais uma montanha. tro lado, só uma saída eficaz de Desportivo Aves-Tondela
1-1 no Comendador Joaquim de Benfica-Vitória de Guimarães (3-2)
Obra iniciada num passe mili- Salin evitou que Chiquinho re- SÁBADO 18 de Agosto 2018
Almeida Freitas, na época pas- Desp. Chaves-Portimonense
métrico de Coates a servir o cru- colocasse os cónegos na frente. V. Setúbal-D. Aves (2-0)
sada (1-1). Tondela-Belenenses (0-1) Boavista-Benfica
zamento rasteiro de Ristovski A segunda parte e a incer- Sporting-Vitória Setúbal
Não começaram bem no FC Porto-D. Chaves (5-0)
para a área. Ali apareceu Bruno teza no marcador aumentaram ONTEM 19 de Agosto de 2018
marcador os desígnios de um Rio Ave-Marítimo
Fernandes a receber, rodar e a expectativa, acentuada pela Feirense-Rio Ave (2-0)
Sporting que, a entrar ao ata- Marítimo-Santa Clara (1-0) Nacional-Moreirense
rematar cruzado para o empate enorme entrega de Moreirense e Belenenses-FC Porto
que, provou da eficácia contrá- Moreirense-Sporting (1-3)
(16m). Sporting ao jogo. Sp. Braga-Nacional (1-1) Santa Clara-Sp. Braga
ria. Um cruzamento à meia al- 20 de Agosto de 2018
O primeiro dos problemas Não foi, por isso, de estra- HOJE
tura de João Aurélio atravessou a Portimonense-Boavista Vitória Guimarães-Feirense
de Peseiro e dos seus estava re- nhar a criação de jogo e opor-

Matheus reclamou por ter ficado de CLASSIFICAÇÃO

fora e Peseiro respondeu: «Quando

J V E D B P

FC Porto 1 1 0 0 5-0 3

não se cumpre...»
Sporting 1 1 0 0 3-1 3
Benfica 1 1 0 0 3-2 3
V. Setúbal 1 1 0 0 2-0 3
Feirense 1 1 0 0 2-0 3
Belenenses 1 1 0 0 1-0 3

José Peseiro respondeu às lamentações de Ma- determinação. Quando eles não cumprem e não Marítimo 1 1 0 0 1-0 3

theus Pereira, que em plena segunda parte do Mo- dão essa resposta, podem ficar de fora. Ele e outro Nacional 1 0 1 0 1-1 1

reirense-Sporting foi para as redes sociais recla- qualquer. O Sporting tem um plantel com poten- Sp. Braga 1 0 1 0 1-1 1

mar do facto de ter ficado fora dos 18 em Moreira cial, o Matheus tem potencial e é uma aposta. Es- V. Guimarães
1 0 0 1 2-3 0
de Cónegos. O treinador leonino disse compreen- tar no Sporting representa compromisso a par do Santa Clara 1 0 0 1 0-1 0
der a insatisfação mas sublinhou que o extremo talento e não é fácil os jogadores aperceberem-se Tondela 1 0 0 1 0-1 0
não tem cumprido com determinados parâmetros. disso. Por vezes ate somos chatos de mais para eles. Moreirense 1 0 0 1 1-3 0
«Se está chateado é bom, expressá-lo nas redes Quando se está no banco tem de se entrar como D. Aves 1 0 0 1 0-2 0
sociais é que não concordo tanto. Temos jogadores o Raphinha ou o Jovane Cabral fizeram hoje (ontem Rio Ave 1 0 0 1 0-2 0
com talento e a tarefa do treinador é ensinar a co- domingo)», analisou Peseiro na conferência que D. Chaves 1 0 0 1 0-5 0
locar o talento em campo, com compromisso e se seguiu ao triunfo sobre os cónegos (1-3). Portimonenses
0 0 0 0 0-0 0
Boavista 0 0 0 0 0-0 0
 22 INTERNACIONAL Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018

Liverpool estreia-se a golear

Com Salah e Mané em grande
para a baliza deserta, assistido
por Milner.
No segundo tempo Firmino
tocou para Mané à entrada da
área e o senegalês bisou para
o 3-0. Decorria o minuto 53.
Sturridge fixou a goleada aos 88
minutos.
No outro jogo do início da
tarde de ontem, relativo à pri-
meira jornada, o Southampton,
com o português Cédric Soares
FIFA
suspende
a titular, empatou em casa ante
o Burnley (0-0).
Outros resultados da ron-

Kalusha
da inaugural: 10 de Agosto -
Manchester United-Leicester
(2-1). 11 de Agosto - Newcas-

Bwalya
tle-Tottenham (1-2), Watford-

O
-Brighton & Hove Albion (2-
Liverpool, vice- vencer em Anfield Road o West construíram a vitória dos reds, 0), AFC Bournemouth-Cardiff
-campeão euro- Ham  por 4-0, com o senegalês iniciada com um golo de Mo- City (2-0), Huddersfield Town-
peu, entrou com Sadio Mané em destaque, ao bi- hamed Salah aos 19 minutos, a -Chelsea (0-3), Fulham-Crys-
goleada na Pre- sar na partida. passe de Robertson. Em cima do tal Palace (0-2), Wolverhamp-
mier League, ao Dois golos em cada parte descanso Sadio Mané desviou ton-Everton (2-2). O Comité de Ética da FIFA
anunciou semana finda que o
zambiano Kalusha Bwalya, ex-

DA PRIMEIRA DIVISÃO AUSTRALIANA -presidente de federação de

futebol de seu país, foi suspen-

Usain Bolt pronto para jogar so por dois anos de qualquer

actividade relacionada com
futebol e multado em 100 mil

pelos Central Coast Mariners francos suíços por envolvimen-

to em actos de corrupção.
Uma investigação concluiu

ITÁLIA que o dirigente aceitou subor-

nos do catariano Mohammed

CR7 estreia-se a marcar e

O sonho de Usain Bolt de jogar futebol vai finalmente realizar- bin Hammam, ex-presidente
-se. O jamaicano, oito vezes campeão olímpico e recordista mun- da Confederação Asiática de
dial nos 100 metros em atletismo, vai trabalhar nos Central Coast Futebol, que adoptou essa prá-
Mariners, da I Divisão australiana.
“Usain Bolt comprometeu-se para um período indeterminado
de treino no clube, com o objectivo de tornar-se do ‘homem mais
Juventus goleia por 5-0 tica ilegal para contar com voto
de Bwalya nas eleições à presi-
dência da FIFA na qual chegou a
12 de Agosto de 2018. Foi nesta data, um domingo - dia do futebol,
rápido do mundo’ num jogador profissional”, anunciou o clube. se apresentar como candidato,
curiosamente -, que Cristiano Ronaldo se estreou a marcar com a cami-
Os Central Coast Mariners disseram ainda que “o acordo não ga- assim como também para ter
sola da Juventus. O internacional português fez o primeiro golo na vitória
rante que Bolt assine depois um contrato profissional, mas dá uma voto nos pleitos que elegeram
ontem por 5-0 sobre a equipa B.
oportunidade ao oito vezes campeão olímpico para conseguir o seu as sedes das Copas do Mun-
Ronaldo marcou aos 7 minutos do jogo, na sequência de uma jogada
grande desejo de jogar futebol profissionalmente”. do de 2018 e 2022, esta última
em que recebeu um passe longo, isolou-se na cara do guarda-redes e
Num vídeo partilhado nas redes sociais do clube, Bolt agradeceu marcada para ocorrer justa-
rematou facilmente para o fundo das redes. O golo não trouxe, porém,
a oportunidade. “Estou ansioso por provar que com trabalho duro mente no Catar.
o festejo habitual.
tudo se consegue. Vou dar o meu melhor. Tenham cuidado, estou De acordo com a investi-
O jogo aconteceu em Villar Perosa, propriedade da família Agnelli,
a caminho”, frisou, acrescentando: “Lembrem-se, eu não tenho gação, o ex-cartola zambiano
que comanda os destinos do clube, e marca um dia de festa habitual na
limites”. recebeu US$ 50 mil, em 2009,
pré-época da Juventus, que todos os verões viaja até esta localidade para
Bolt, de 31 anos, já esteve recentemente a treinar no Borussia e depois US$ 30 mil, em 2011,
defrontar a equipa “B”.
Dortmund, da Alemanha, e no Stromsgodset, da Noruega. mesmo ano em que Bin Ham-
Ronaldo jogou apenas a primeira parte e para além do golo rematou
mais três vezes com perigo: a primeira num cabeceamento, a segunda mam desistiu de concorrer à
num remate acrobático, ambos saíram ligeiramente ao lado, e a terceira presidência da máxima enti-
num remate que obrigou o guarda-redes da equipa “B” a fazer uma boa dade do futebol mundial após
defesa. ser acusado de compra de votos
Ainda antes da Juventus fazer o segundo golo Ronaldo assistiu Dou- antes da eleição.
glas Costa para um remate ao poste. Aos 18 minutos surgiu então o se- Em Março de 2017, Bwalya
gundo da Juventus, num autogolo de Capellini, quando estava a ser pres- foi reeleito para seguir ocupan-
sionado por Cristiano. do um posto no Comité Execu-
Aos 32 minutos surgiu então o terceiro golo, marcado por Dybala, tivo da Confederação Africana
após assistência de Douglas Costa. Aos 40 minutos Dybala fez o 4-0, na de Futebol, mas o seu envolvi-
recarga a um remate de Ronaldo. O intervalo chegou com 4-0, portanto. mento nestes casos de corrup-
No regresso dos balneários já não houve Ronaldo, que foi substituído. ção o impediu de participar de
Sem o português em campo, a Juventus ainda chegou ao 5-0, num golo uma votação para fazer parte do
de Marchisio. Conselho da FIFA.
 Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018
OUTROS CAMPOS
TENHO SENTIMENTO DE DEVER NÃO CUMPRIDO
Por: DEANOF POTOMPUANHA
deanof.adolfo@gmail.com
Fotos de Luís Muianga e Arquivo
A
proposta nesta edi-
ção para a presente
rubrica é Valerdina
Daniel Manhonga
Nhantumbo, para
muitos Valerdina Manhonga, até
porque durante os seus 24 anos de
carreira sempre foi assim tratada,
tendo recentemente adoptado o
apelido Nhantumbo após casar-
-se com o nosso colega de pro-
fissão, Gilberto Nhantumbo, hoje
director de Informação na Televi-
são de Moçambique.
Nas quase duas décadas e
meia de bola-ao-cesto atingiu o
ponto mais alto ao qualificar-se e
disputar o Campeonato do Mun-
do, o primeiro em que Moçam-
bique participou, depois de ser
vice-campeão do “Afrobasket”
que teve lugar em 2013 em Mapu-
to. Mas num zás desapareceu dos
campos sem nem sequer despedir
a família do basquetebol. Razão,
preparar o seu matrimónio, que
coincidiu com os dois meses de
gestação.
Além da vertente familiar, a
Autoridade Tributária de Moçam-
bique (AT) descobriu na “meni-
na”, licenciada em Planificação,
Administração e Gestão Escolar
(PAGE) pela Universidade Peda-
gógica, e com o segundo ano de
Publicidade e Marketing (Escola
de Jornalismo) uma profissio-
nal que se encaixa no seu perfil,
e hoje está afecta ao Gabinete de
Comunicação e Imagem da AT.
– Mesmo jogando nunca dei-
xei de procurar oportunidades de
emprego. Vim (à AT) através de
um concurso público, em 2010.
Passei por todos procedimentos
e fui admitida em 2011. Foi uma
dádiva, glorificou, reconhecendo
que no Gabinete de Comunicação
e Imagem é um grande desafio
porque não é estático. Afinal é
necessário zelar pela imagem da
instituição e desenvolver várias
acções com o objectivo de salva-
guardar os interesses da institui-
ção.
A “tributária” elogia a cola-
boração dos colegas e conta como
foi a sua integração.
– Entre colegas um puxa pelo
outro. Em primeiro momento
entrei na Divisão de Educação
Fiscal, onde não tratava apenas
de campanhas de educação fiscal
mas também era coordenadora
No auge da sua carreira, no Mundial da Turquia
nacional-adjunta para Actividades
Desportivas. Foram anos espec-
taculares, principalmente com a
nossa equipa de voleibol (AT), em
que atingimos patamares elevados
ao nível africano, revelou, acres-
cendo que a crise de 2015 retraiu o
apoio que se alocava ao desporto.
Como coordenadora nacio-
nal do desporto na AT tinha como
objectivo difundir a importância
social do pagamento do imposto,
através de palestras nos clubes,
associações, federações, com vista
ao alargamento da base tributária.
Para que tivesse maior impacto
trabalhava com as referidas enti-
dades nos torneios por elas pro-
movidos e pela AT.
Entretanto, no ano passado,
conta a nossa entrevistada, teve o
desafio de passar para a Divisão de
Comunicação e Imagem na Repar-
tição de Relações Públicas, onde
lida directamente com os órgãos
de comunicação social.
– Do jeito que gosto de desa-
fios estou aberta a outros grandes
desafios da instituição, não só ao
nível do Gabinete de Comunicação
e Imagem, mas em qualquer área
que me for incumbida, pois estou
apta. Anseio que os gabinetes de
Comunicação e Imagem, que já
são uma realidade ao nível da Fun-
ção Pública, superem muito mais.
Valerdina é de uma família de
desportistas. O seus irmãos Danilo
“Mbinho” Manhonga, que esteve
na UDS como adjunto de Chiqui-
nho Conde; Guiltony “Tony” Ma-
nhonga que jogou e está na Ad-
ministração do Estrela Vermelha;
Aduília Manhonga, que jogou na
fase de Deolinda Gimo, mas de-
sistiu; Ana Manhonga Tembe, Gu-
teres Budane e Noel Manhonga. O
seu pai foi dirigente no Matched-
je do Niassa e a sua mãe praticou
voleibol. Carla Budane, a sua irmã
mais nova, que disputa o “Afro-
basket” Sub-18, vai transferir-se
para Sport Lisboa e Benfica. A sua
sobrinha joga no Costa do Sol.
Valerdina Manhonga Nhan-
tumbo gerou duas meninas: Mir-
za Nhantumbo (17 anos) e Alissa
Nhantumbo (1 ano e 6 meses), mas
é mãe de quatro filhos, Gilberto
Alfredo Jr (14 anos) e Allen Nhan-
tumbo (11 anos).
VALERDINA PODE
REGRESSAR
PELO COSTA DO SOL
Sem se despedir dos campos,
numa altura em que representava
o Costa do Sol (não concluiu a ul-
tima época), a atleta diz que pode
estar de regresso aos campos em
breve, mesmo sem avançar datas
e nem clube.
– Quando tens uma carrei-
ra de 24 anos e não dás um ponto
final certamente que gostarias de
ter uma despedida em que todos
pudessem estar contigo, onde pu-
desses agradecer a todos que te
acompanharam, aos colegas, téc-
nicos, dirigentes e o público que
sempre te acompanhou, anotou,
reconhecendo que gostaria de vol-
tar a alinhar pelo Costa do Sol.
– Seria uma boa proposta, não
só porque a Deolinda conhece a
OUTROS CAMPOS
VALERDINA MANHONGA
minha forma de ser e estar dentro
do campo, mas por achar que ain-
da tenho um sentimento de dever
não cumprido. Tinha o objectivo
de ganhar o “Nacional” pelo Costa
do Sol, não o fiz, também não ter-
minei o meu contrato, fiz apenas
uma época, mas o contrato era de
dois anos.
ACHEI PERTINENTE
ORGANIZAR
O MEU CASAMENTO
O sumiço da quadra, conta
Valerdina, deveu-se a questões fa-
miliares.
– Estava a preparar o meu ca-
samento, fiquei grávida da nossa
segunda filha. Há momentos em
que temos de unir o lado desporti-
vo ao familiar. Se não o fizesse na-
quele momento se calhar não faria
mais nenhum filho. Sou muito ab-
negada naquilo que faço.
Com a presença no Mundial
garantida, tudo o que mais queria
era olhar para a sua família, que
muito sofria com as suas ausên-
cias.
– Nós somos mães, somos donas
de casa, esposas… e acredito que fal-
tava em mim. Foram 24 anos a correr
e em algum momento deixava o meu
marido e a minha filha por conta dos
meus familiares, e pesou um pouco
pois a minha filha já estava na fase
de adolescência e precisava de uma
mãe presente. Nestes dois anos foi
importante estar e conversar mais
tempo com ela, disse, afirmando
que depois do Mundial organizar o
seu casamento era pertinente.
23
Fora dos campos, Valerdina
diz ter mais tempo para estar e
cuidar da família. O facto de ter
um marido que é jornalista des-
portivo foi preponderante para a
sua carreira, conta.
– Tenho colegas que sem-
pre enfrentaram problemas. Mas
claro, tinha as minhas respon-
sabilidades como qualquer outra
mulher. Claro que se luta pela
igualdade de género, mas uma
mulher é sempre uma mulher.
Portanto, fazia todas as minhas
actividades como mulher, escla-
receu, reforçando que a família é
a base.
São 24 anos
de uma
carreira de…
êxitos
Valerdina iniciou a sua car-
reira no Clube de Desportos da
Conseng, onde esteve de 1991 a
‘96, depois teve passagens pelo
Costa do Sol (1998-2002), Aca-
démica (2003, tendo sido cam-
peã nacional), Desportivo de
2004 a 2010, onde conquistou
a medalha de bronze em 2005,
para depois ser tetracampeã
(2007-2010); Liga Desportiva
de Maputo, de 2011 a 2014, foi
bicampeã nacional (2011/2012);
e Costa do Sol, onde foi vice-
-campeã nacional (2015). Indi-
vidualmente, foi a melhor base
nacional em 2010 e melhor de-
fensora de 2006-2011.
Ao nível africano foi, pelo
Desportivo, bicampeã afri-
cana (2007 e 2008), medalha
de bronze (2009); e campeã
africana pela Liga Desportiva
de Maputo (2012). Ao nível de
selecções participou em cin-
co “Afrobaskets”, ocupando o
terceiro lugar em 2005, quinto
em 2007, sexto em 2009, quin-
to em 2011 e prata em 2013, fac-
to que levou Moçambique a es-
tar num campeonato do mundo
pela primeira vez em basquete-
bol (2014). Participou ainda nos
Jogos da Commonwealth Mel-
bourne (Austrália-2006), Jogos
da Lusofonia (Portugal-2009),
Jogos Africanos (Argélia-2009)
e (Maputo-2011).
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Segunda-feira, 13 de Agosto de 2018 www.jornaldesafio.co.mz
TELINHO é quem manda 
M
agaba enfraqueceu e Bruno saiu.
Quem não está para brincadeiras é
Telinho, que vai assumindo-se como
grande candidato à final do “Prémio
Desafio Melhor Jogador do Moçambo-
la-2018”. O jogador, que lidera a premiação, tornou-
-se igualmente pela quarta vez vencedor da jornada, o
fazendo pela segunda vez consecutiva e novamente à
frente de Chico, em segundo.
O avançado da Liga Desportiva de Maputo é o pri-
meiro a ganhar em quatro ocasiões o prémio semanal,
superando Magaba, que o fez por três vezes. Chico e
Magaba venceram três vezes e por duas vezes o prémio
semanal foi ganho por Kamo-Kamo e Bruno.
Por uma vez venceram Liberty, Diogo, Ruben,
Eládio, Dayo e Kambala.
Assim, à espera de Telinho está mais um troféu e
um “kit” de material desportivo da Lacatoni.
Viagens para
votantes do mês
Os votantes do mês de Maio (Egídio Pascoal) e de Ju-
nho (Dino Dulá) poderão viajar a qualquer altura com as
equipas para as quais votaram nos próximos dias. Pasco-
al deverá ser o primeiro a acompanhar o Textáfrica, em
princípio a Nampula.
Entretanto, a votante de Julho (Esperança Nhaban-
ga), que é do Ferroviário de Maputo, vai receber o seu
prémio esta quarta-feira no Estádio da Machava. No sá-
bado falhou a entrega a Telinho jogador do mês.
Os vencedores dos prémios mensais (jogador e vo-
tante) vão receber um “kit” da Zap Moçambique com di-
reito a instalação e seis meses grátis no pacote Premium.
Para o caso da votante terá ainda direito de acompanhar
o Ferroviário de Maputo numa das deslocações para fora
35 33 31 26
da capital com transporte, alojamento e alimentação
assegurados.
Já foram vencedores mensais os adeptos António
Cumbana, Cremildo Gove, Egídio Pascoal, Dino Dulá e
agora Esperança Nhabanga.
Na categoria de jogador do mês já desfilaram Ka-
mo-Kamo, Magaba, Ruben – desaparecido em com-
bate –, Bruno e agora Telinho.
Lembre-se que a grande atracção do concurso é a
uma viatura Nissan Hardbody zero quilómetros, com
assistência gratuita até três anos ou até 100.000km e
600 litros de combustível.   grou o momento em que estes bichos san-
O grande vencedor será apurado por um júri cons-
tituído por 16 treinadores e igual número de capitães
das equipas que disputam o Moçambola e cinco jorna-
listas da Sociedade do Notícias, com um peso de 30 por
cento. O maior peso (70 por cento) na decisão final é
do voto popular, através de SMS.
Esta é uma iniciativa da Sociedade do Notícias, SA,
que tem como parceiros a Liga Moçambicana de Fute-
bol, MotorCare Nissan, Zap Moçambique, Petromoc e
Lacatoni. 
Para votar basta entrar no campo de mensagens de
qualquer operadora, escrever PD (espaço), seguido do
número do código do atleta – disponíveis nas crónicas
dos jornais notícias e desafio – e enviar para o número
99200.  
TOP-5 DOS CANDIDATOS
AO NISSAN HARDBODY   ção pelas canelas dos árbitros dos
Nome Clube %
1.º Telinho             Liga Desportiva   18.9 %
2.º Bruno               Maxaquene           16.95%
3.º Magaba            Textáfrica             15.01%
4.º Eládio              Spor. Nampula    11.01 %
5.º Chico    Fer. Maputo        10.51%
25 25 24 23 22 22 20 13
Almiro Santos
REPORTAGEM EXCLUSIVA
DO REINO DOS VÂNDALOS
Do nosso correspondente de guerra,
José Matraca Ensanguentado
Esta semana no “Xingufo” publicamos um exclusivo do nosso corre-
spondente de guerra José Matraca Ensanguentado. O relato é feito di-
rectamente de um dos campos de batalha onde, por vezes, também se
realizam jogos de futebol. Chamamos a atenção para a brutalidade dos
factos narrados e das imagens fortes que nos foram enviadas pelo nosso
intrépido colega que, de algum modo, podem ferir sensibilidades menos
afoitas.
Afinal para que serve
esta bodega?
José Matraca Ensanguen-
tado foi ao encontro dos pri-
matas que nos últimos tem-
pos têm usado e abusado dos
campos de futebol para exte-
riorizar os seus bufos encole-
rizados e os seus ininteligíveis
grunhidos de impaciência. À
ser uma das primeiras bolas de fute-
entrada de uma assustadora
bol. Dos rosnidos selvagens o nosso
e sinistra caverna, encontrou
correspondente conseguiu decifrar
este exemplar carrancudo
a inquietação da fera: afinal para que
mas ao mesmo tempo atóni-
serve esta bodega?
to diante daquilo que parecia
Mulher, volto já vou ao
futebol buscar a janta
Noutro ponto desta reportagem, o nosso
destemido correspondente de guerra fla-
guinários se preparam para ir ao futebol.
Ao invés de garridos cachecóis e camisolas
a condizer com os clubes da sua simpatia,
cobrem o corpo com a pele das suas presas
e ao ombro carregam rústicas matracas em
vez de vuvuzelas. Esta é, pois, a imagem de
marca do adepto que frequenta os campos
de que temos estado a falar.
Canela de árbitro com vegetais
As cenas que recorrentemente
nos têm chegado através das redes
sociais corroboram as constatações
do nosso determinado colega José
Matraca Ensanguentado no que diz
respeito às preferências gastronó-
micas desta espécie de adeptos de
futebol. É inegável a sua predilec-
jogos, mas também não enjeitam
a uma boa cabeça de treinador,
como aconteceu recentemente em um desses adeptos transportando
Nacala com José Augusto, tendo o alegremente a tíbia de um árbitro
couro cabeludo do aludido sido ob- algures e os respectivos vegetais
jecto da cobiça desta espécie cani- para condimentar a sua nutrida
bal. A imagem mostra o regresso de refeição.