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Introdução - Geomecânica

Estuda o comportamento de todos os materiais presentes


na crosta terrestre.
Mecânica das Rochas: estuda o comportamento dos
maciços rochosos em relação a forças externas; na
mineração escavações.
Mecânica dos Solos, Geologia de Engenharia,...
Introdução
Trabalhos em minas subterrâneas – grandes aspectos de
segurança:
Segurança estrutural (técnica) das aberturas, envolvendo
tetos, pisos, paredes e pilares;
Segurança ambiental, que se refere à criação e manutenção
de um ambiente de trabalho confortável e adequado à
execução das tarefaspertinentes ao empreendimento.
A preocupação ambiental, em sentido amplo, inclui a
preocupação com a segurança.
Princípios Éticos Fundamentais
Segurança;
Economia;
Bom Aproveitamento das Jazidas.
Mecânica das Rochas
A Mecânica de Rochas está relacionada com as
propriedades mecânicas e o comportamento das rochas,
isto é, como a rocha responde quando sujeita a um campo
de forças.
Este campo pode ser induzido pela escavação de uma
abertura produzida por meios mecânicos.
Isto é de fundamental importância em mineração porque a
rocha é o principal material de construção e também o
principal produto do processo de escavação.
Engenharia de Minas: interessada no comportamento
mecânico do maciço rochoso quando se realizam
escavações no mesmo, isto é, parte deste é aliviado.
Mecânica das Rochas
Estabilidade das escavações subterrâneas:
Se os maciços rochosos têm determinadas características de
resistência;
Se as aberturas possuem certas formas geométricas e não
excedem determinadas dimensões.
Mesmo em tais casos, deve ser considerado:
a) A expansão da rocha no sentido dos vazios;
b) Devido às respectivas características reológicas, as
deformações correspondentes processam-se, em grande
parte, ao longo do tempo.
Mecânica das Rochas
Ações de suportes artificiais e de revestimentos das
cavidades podem ser muito variadas, dependendo dos tipos
de solicitações que sobre eles exercem os terrenos.
Solicitações:
a) Que resultam de simples ações de peso do material
descomprimido, correspondente às zonas aliviadas de
tensões da vizinhança dos vazios – em geral, susceptíveis
de serem controladas;
b) Que provêm diretamente dos campos de tensões
instalados - controladas, em regra, quando os campos de
tensões, instalados nos terrenos antes da abertura das
cavidades, têm intensidades reduzidas.
Mecânica das Rochas
Indispensável o conhecimento do intervalo de tempo
durante o qual se pretende que escoramentos ou
revestimentos exerçam convenientemente suas funções.
Desse tempo depende, geralmente, a importância da
deformação dos terrenos a que se aplicam e, portanto, a
intensidade máxima das reações que têm de suportar.
Tensões em Maciços Rochosos
Maciço rochoso: rocha + descontinuidades + água.
Tensão:
a) relacionada à tendência de deslocamento relativo das
partículas de um corpo, em função de solicitações externas;
b) grandeza que depende do plano considerado;
c) dimensionalmente, é igual a pressão.

Maciços rochosos: comportam-se como descontínuos;


meios anelásticos.
Estado de Tensões
O estado de tensões no interior de um maciço rochoso
varia, geralmente, de ponto a ponto: valor e direção das
componentes principais que o definem.
Maciço virgem: não está submetido somente a esforços
verticais, mas a um sistema triaxial de tensões.
Antes de ser escavado: tensões naturais ou tensões “in situ”.
Tensões Induzidas
Escavação: ocorre modificação no estado natural de
tensões, com redistribuição de tensões no maciço
circunvizinho (tensões induzidas).
Ruptura: no caso geral, devida a esforços de flexão ou de
cisalhamento, porque a resistência da rocha a estes tipos de
solicitação é muito menor do que à compressão.
Principais tipos de Caimentos
Em terrenos estratificados
a) Ruptura do teto por flexão e/ou flambagem;
b) Escorregamento;
c) Ruptura das paredes;
d) Ruptura das paredes por tração;
e) Ruptura das paredes por flambagem;
f) Caimento em gaveta.
Terrenos não-estratificados
a) Ruptura em forma de domo;
b) Fechamento da abertura;
c) Caimento de blocos individuais.
a.1) Este tipo de ruptura ocorre em
minas onde a relação de espessura das
camadas e largura da galeria é inferior
a 1/10.
As pressões (σh) sendo importantes
teremos a ruptura por flambagem.
Neste caso teremos a ocorrência
também da situação a.3.

a.2

a.1

a.2) Escorregamento do Bloco


por cisalhamento de diaclases
Caso onde um banco
intermediário, muito deformável é
extrudado para dentro da galeria,
levando as outras camadas por
tração.

a.4

a.3

Ruptura por excesso de


compressão sobre as
paredes
Ruptura das paredes por flambagem

As juntas de estratificação são pouco


rugosas ou com a presença de material
de preenchimento pouco resistente.

a.5

a.6
Estas rupturas se devem a cisalhamentos, distensões, compressões que fazem
trabalhar as descontinuidades.

b.2

b.1

Ruptura generalizada. As pressões são


muito fortes em relação à resistência da
matriz rochosa. Teremos ao mesmo
tempo, criação de novas fraturas e
cisalhamento.
Caso típico das galerias abertas em maciços graníticos a profundidade não muito
importante.
b.3
Rock Bursts
À medida que as escavações subterrâneas atingem determinadas
dimensões críticas, as intensidades dos novos campos de tensões
que se instalam nos seus contornos podem exceder os limites de
resistência da rocha, levando o maciço à cedência ou ruptura, do
que resultarão deformações locais e a correspondente dissipação
das mesmas.
Quando a dissipação (liberação) de energia armazenada num
maciço rochoso se processa de maneira relativamente rápida e
violenta, o fenômeno é designado, genericamente, por “explosão
de rocha”.
Este fenômeno se caracteriza pela influência acentuada de ações
de corte e ocorre, quando da abertura de escavações subterrâneas.
Geologia Escoramento

Mapeamento Execução
“Geotécnico” Classificação Recomendação e avaliação
Sistema Q
(*) Geomecânica de suporte (**)

(**) Nâo existe registro


(*) Mapeamento esporádico do suporte efetivamente
utilizado.

Recomendação
Escoramento
de suporte
Sistemático
Sem mapeamento (***)

(***) Definido pelo


supervisor de escoramento.
Geologia Escoramento

Mapeamento Execução
Classificação Sistema Q Crítica do
“Geotécnico” Recomendação
Geomecânica de suporte escoramento e avaliação
(*)

(*) Mapeamento
Sistemático

Registro do
Banco suporte
Reavaliação
de dados efetivamente
das diretrizes
utilizado
de seleção
e desempenho
do suporte

Informações de ensaios
de laboratório e instrumentação
Pilares
Suportes Artificiais
Sistemas de reforço e suporte de escavações subterrâneas, utilizado para
melhorar a estabilidade do maciço e manter a capacidade de suporte das
superfícies próximas às escavações subterrâneas, ajudando o mecanismo de
auto sustentação e resistência mecânica da rocha de forma temporária ou
permanente.

Funções:
a) Penduração: os tirantes são utilizados para fixar partes da rocha frouxa em
outras firmes.
b) Efeito arco: reforço da abóbada ou parte de um escavação mediante
atirantamento sistemático formando um arco estabilizador.
c) Efeito viga: em rochas estratificadas com camadas de rochas sobrejacentes às
escavações, o atirantamento forma uma unidade resistente com os estratos do
maciço.
d) Reforço de paredes e teto: proteção generalizada de tetos e paredes da
escavação danificadas por quebra excessiva por desmonte ou cargas
concentradas de compressão e cisalhamento.
Suportes Artificiais
Fases:
a) Fixação do tirante no fundo do furo;
b) Protenção do tirante para promover a interação tirante-
rocha;
c) Injeção e proteção para garantir a durabilidade.

Tipos:
a) Ativos: meios de esforços que exercem e mantêm
esforços sobre a rocha, após a sua instalação. Ex.:
macacos hidráulicos e tirantes.
b) Passivos: são suportes que não empurram a rocha no
momento da sua instalação. Ex.: suportes de madeira e
cavilhas.
Suportes Artificiais
Dimensionamento:
a) propriedades da rocha;
b) tensões de campo “in situ”;
c) propriedades do material do tirante;
d) padrões de tirantes;
e) tensão no tirante;
f) tempo de instalação;
g) modos de falhamento do tirante;
h) métodos e operações de extração da mina.
Projeto do Suporte
Fatores fundamentais na escolha do suporte:
Custo;
Comportamento do subsolo;
Método de lavra a ser empregado.

O principal objetivo no projeto de um suporte subterrâneo


é ajudar o maciço a se autosuportar.
Suportes Artificiais
Um projeto de atirantamento com “cable
bolt” é importante considerar os seguintes
fatores:
a) estrutura geológica do maciço rochoso;
b) regime de tensões “in situ”;
c) interação carga deformação do maciço
rochoso e do sistema de reforço;
d) técnicas de escavação;
e) uso e tempo de vida da escavação.
Cable Bolt
Características: ancoragem interna, química, coluna total,
passiva ou ativa;
Vantagens: custo baixo, alta capacidade de ancoragem,
elevada resistência à corrosão, variedade de comprimento,
de altura da escavação, do tipo de escavação – temporária
ou permanente;
Desvantagens: tempo de cura 24h, tensionamento não é
simples;
Dados técnicos: capacidade de ancoragem – acima de 17tf;
diâmetro do cabo – ¾” a 5/8”; diâmetro do furo – 40 a
45mm; comprimento - variável.
Cable Bolt
Cable Bolt
Cable Bolt

Aplicação de cable bolt prévio à lavra - a colocação em


alargamentos de corte e enchimento na Mina Campbell
(Borchier e outros, 1992 apud Hoek e outros, 1995).
Grouted cable bolt
Used to bind and secure large rock masses
Used both before and after excavation:
a) Sublevel stoping: To prevent cave-in from hanging wall
& to support pillars
b) Cut and fill stoping: To reinforce the roof (mostly
overhand cut and fill)
c) Room and Pillar: To reinforce the roof and the pillars
d) Block caving: To reinforce the drawbell- and production
area for safer operation and extended drawpoint lifetime
e) Drifting (long bolts within limited space)
Cable used:
- 15.2 mm steel strand, or
- 15.2 mm bulb anchor
- Breaking strength 25 tonnes
- Often 2 strands / hole
Cabolt ou Cabletec
Totalmente mecanizado para perfuração profunda e
aplicação de cabos em aplicações de mineração
subterrânea;
Pode instalar cabos de até 25 metros;
Braço duplo proporciona maior produtividade, graças à
perfuração e à instalação simultânea do cabo;
O sistema de manipulação de cimento automático
incorporado fornece um exclusivo controle de qualidade de
cimentação.
Cabolt ou Cabletec
Totalmente mecanizado para perfuração profunda e
aplicação de cabos em aplicações de mineração
subterrânea;
Pode instalar cabos de até 25 metros;
Braço duplo proporciona maior produtividade, graças à
perfuração e à instalação simultânea do cabo;
O sistema de manipulação de cimento automático
incorporado fornece um exclusivo controle de qualidade de
cimentação.
Cabolt ou Cabletec
Cabolt ou Cabletec

Vídeo 1
Vídeo 2
Tirantes
ANCHOR-POINT BOLTS
Commonly known as
«expansion shell» bolts or
wedge type.

FULLY-EMBEDDED BOLTS
Either resin or cement
grouted

FRICTION BOLTS
Split Set® or Swellex®
Swellex
Desenvolvido pela Atlas Copco entre 1977 e 1980, e
disponível no mercado em 1986;
O chumbador é ancorado por expansão no furo por uma
bomba hidráulica a uma pressão de 20 a 30 Mpa;
Consiste de um tubo de aço, de seção circular, de 41 mm de
diâmetro, 2 mm de espessura e laminado a frio.
O tubo é dobrado mecanicamente a um diâmetro externo
de 25,5 a 28 mm. Duas buchas são comprimidas nas
extremidade e soldadas. Um pequeno orifício é aberto
axialmente em uma das extremidades, cuja bucha possui
um flange para sustentação da placa.
Swellex
Características: ancoragem interna, mecânica, coluna total,
ativa;
Vantagens: alta capacidade de ancoragem, rapidez e
simplicidade de instalação, dá suporte imediatamente após
a instalação, provê alguma protensão;
Desvantagens: requer dispositivos para instalação, a
corrosão é crítica, custo relativo elevado;
Dados técnicos: capacidade de ancoragem –13tf; diâmetro
do tubo- 26mm; diâmetro do furo– 33 a 39 mm;
comprimento- 1,5 a 8m, pressão da água – 300 bar (~ 306
kgf/cm2).
Swelex

Filme
Cavilha Split - set
Características: ancoragem interna, mecânica, coluna total,
passiva;
Vantagens: simplicidade e facilidade de instalação, dá
suporte imediatamente após a instalação;
Desvantagens: baixa capacidade de ancoragem, não provê
protensão, diâmetro do furo é crítico, a corrosão é crítica,
custo relativo elevado;
Dados técnicos: capacidade de ancoragem –3,8 a 5,5tf;
diâmetro do tubo – 32 a 41mm; diâmetro do furo – 33 a
39mm; comprimento-0,4 a 3,6m.
Cavilha Split - set
Cavilha Split - set
Cavilha Split – set Autoperfurante
Tirante com Cimento
Características: ancoragem interna, química, coluna total,
passiva;
Vantagens: custo moderado (equivale ao splitset), alta
capacidade de ancoragem, simplicidade de instalação, não
há perda de protensão com vibrações de detonações, alta
resistência à corrosão, facilidade de preparação da barra,
não exige rigor no diâmetro do furo;
Desvantagens: tempo de cura maior que 2h, necessidade de
armazenagem adequada, tempo de estocagem limitado;
Dados técnicos: capacidade de ancoragem –acima de 14tf;
diâmetro da haste – a partir de 13mm; diâmetro do furo – 32
a 38mm;comprimento- variável.
Tirante com Resina
Características: ancoragem interna, química, coluna total,
ativa ou passiva;
Vantagens: flexibilidade, alta capacidade de ancoragem,
não há perda de protensão com vibrações de detonações,
alta resistência à corrosão, suporte imediato (PUR/PR);
Desvantagens: custo relativo alto, requer treinamento
prévio de mão-de-obra, necessita de armazenagem
adequada, tempo de estocagem limitado;
Dados técnicos: capacidade de ancoragem –acima de 17tf;
diâmetro da haste – 17 a 25mm; diâmetro do furo – 26 a
34mm, comprimento –variável.
Resina
Resina
Outros Tirantes
Outros Tirantes
Point Anchor
Mechanical bolts.
bolt
Immediate support.

Can be cement-
grouted:

Wedge type cement


grouted = Kiruna
Bolt
expansion shellwedge type
Outros Tirantes
Outros Tirantes
Rock Bolter
Equipamento hidráulico;
A diesel;
Totalmente mecanizado para comprimentos de tirantes de
1,5 a 6 m;
Rock Bolter

Vídeo 1
Rock Bolter
Properties of different bolt types
Bolt type Lifespan Relative General comments
cost
Cement grouted rebar Permanent 1 Low cost, good availability,
No immediate support
Resin grouted rebar Permanent 2 Reasonable cost, Availability
(when fully grouted) of resin may be problem,
Immediate support
Expansion shell Temporary / 1.5 Immediate support
Permanent when grouted
Cement grouted Temporary / 1.25 Fast installation, immediate
wedge-type Permanent when grouted support, fairly low cost
Swellex Temporary 3 Fast installation, immediate
(longer than split-set) support
Split-set (or copy of) Temporary 1 Fast installation, immediate
support
CT-bolt Permanent 4 Good properties, expensive
Macacos Hidráulicos Longwall
Roof Bolter
Roof Bolter
Telas
Sua função é manter os blocos desprendidos.
Se torna indispensável em maciços extremamente
fissurados onde as descontinuidades geram blocos cujo
volume é inferior a 10000 cm3;
Fazendo variar parâmetros como a área de placa de parafuso
e a direção da trama mostram que:
a) É recomendável utilizar placas de maior dimensão
possível o que aumenta o número de fios ativos;
b) A trama diagonal minimiza a deformação da tela.
Telas
Influência da orientação da trama da tela
Telas
Telas
Telas
Telas
Telas
Placas
Estes acessórios tem por papel:
Assegurar a tensão dos parafusos à ancoragem pontual;
Em todos os tipos de parafusos, confinar o maciço e evitar a
queda de pequenos blocos ao redor do parafuso;
Em maciços submetidos a grandes deformações, aumentar
a deformabilidade dos parafusos.
Placas
Placas Alongadas
As placas alongadas tem o mesmo papel que as telas, ou
seja:
a) Reter os blocos desprendidos entre dois parafusos
b) Exercer uma pressão de confinamento permitindo evitar a
propagação de um caimento.
Sua deformabilidade é bem menor que a das telas.
Quando estão sob tensão é necessário se assegurar que eles
não possam cisalhar as extremidades dos parafusos.
Placas Alongadas
Placas Alongadas
Placas Alongadas
Concreto Projetado
Objetivo:
O concreto projetado é aplicado a alta pressão sobre a superfície do
maciço, imediatamente após a escavação, com a finalidade de
formar uma casca de espessura variável que, associada ou não a
outras contenções, promove a estabilização do terreno.
A aplicação do concreto projetado permite que se desenvolvam,
pela sua interação com o maciço, resistência intrínsecas deste e, com
isto, se obtenha redução dos esforços atuantes sobre o vão aberto.
Protege os terrenos da umidade ambiente e impede a oxidação.
Em terrenos calcáreos que tem a propriedade de "inchar" e
desplacar, o concreto será uma ótima solução.
Em terrenos com grande circulação de água o problema de
aderência do concreto nas paredes se manifesta;
Tem maior resistência a compressão e menor a tração.
Concreto Projetado
Projeção Via Úmida
Vantagens:
a) Redução de perdas ( máximo 20 % )
b) Menos poeira
c) O produto é muito mais regular pois o teor em água é constante
e a mistura é homogênea.
d) A velocidade de impacto pode ser regulada facilmente
modificando a vazão de ar comprimido.
e) A introdução das fibras é fácil.
Desvantagens:
a) O equipamento é maior e mais caro;
b) O consumo em cimento é maior que no método a seco.
Concreto Projetado
Materiais:
O cimento normalmente utilizado é o Portland comum.
A areia e a brita deverão estar isentas de contaminações e
apresentar graduação compatível com os limites estabelecidos
nas curvas granulométricas e todos os outros requisitos
previstos nas normas específicas;
Deverão ser feitos ensaios granulométricos prévios e durante a
execução dos serviços;
A água deverá estar limpa de substâncias nocivas ao concreto e
ao aço, tais como matéria orgânica, graxa, ácidos, argila, etc;
Concreto Projetado
Dosagem da Mistura:
O fator água-cimento deverá variar de 0,35 a 0,40 em peso e o
teor de cimento deverá variar entre 350 a 400 kg para 1.500 kg
de agregados;
Respeitando-se os limites das curvas granulométricas,
recomendam-se traços iniciais com relação 1:3,5 a 1:4,5
(cimento-agregado), tendo a mistura de 50% a 60%, em peso,
de agregado graúdo.
O aditivo deve ser usado na proporção de 2 a 5% do peso de
cimento.
Deve-se considerar, para boa operação, o início de pega de 1 a
2 minutos e o fim, entre 10 e 12 minutos.
Concreto Projetado
Lançamento:
Deve-se observar a distância de cerca de 1,00 m do bico
projetor a superfície e procurar manter a incidência do jato
normal à mesma. Em função na natureza do maciço e da
presença de água no mesmo, poderá ser reduzida até 0,60 m
ou aumentada até 1,20 m;
As pressões do ar comprimido e da água devem ser mantidas
constantes em cerca de 70 PSI.
O concreto projetado deverá ser lançado de maneira uniforme
e contínua em camadas delgadas superpostas até atingir a
indicada no projeto;
É admitida uma reflexão de 60% .
Concreto Projetado
Resistências Admissíveis:
Funcionando como elemento estrutural no seu trabalho de
interação com o maciço, o concreto projetado deverá
apresentar as seguintes resistências à compressão simples:
a) 10 horas após a aplicação: 5 MPa
b) 24 horas após a aplicação: 12 MPa
c) 28 horas após a aplicação: 25 MPa
Concreto Projetado
Recomendações Complementares:

O controle de qualidade do concreto projetado será realizado através de ensaios sobre corpos de
prova cúbicos.
A superfície sobre a qual será aplicado o concreto projetado deverá ser tratado adequadamente
antes da operação de projeção para garantir a sua limpeza. Este tratamento consistirá na aplicação,
sobre a superfície do maciço, de jatos de ar comprimido, associado ou não à água. Em terrenos
facilmente desagregáveis deve ser usado apenas ar comprimido, enquanto em rocha, com pequeno
volume de infiltrações, deve ser usado jato de ar e água.

Telas Metálicas: Antes de sua utilização, as telas deverão ser vistoriadas. Deverão estar em bom
estado de conservação, isentos de óleos, graxas ou outras impurezas que venham comprometer as
suas características e a aderência ao concreto projetado. Deverão ser fixadas de maneira a ficarem
bem aderidas à superfície de aplicação, amarradas aos chumbadores e/ou a grampos metálicos de
fixação. Quando da aplicação do concreto projetado sobre a tela metálica deverá ser garantido o
recobrimento de 3 cm, e evitando que existam vazios entre o concreto projetado e a superfície do
maciço.

Fibras de aço trefilado para reforço do concreto: O concreto com fibras de aço é mais durável do que
o concreto simples, feito com o mesmo tipo de mistura. As fibras, dentro do ambiente alcalino do
concreto, ficam protegidas da corrosão. Com uma mistura correta e processos de acabamento
normais, serão pouquíssimas as fibras expostas na superfície da placa.
Concreto Projetado
Transporte de Concreto Projetado
Robô para Concreto Projetado
Cambotas
Resina de Poliuretano
Outros Equipamentos
Suportes de Madeira
Técnica de escoramento bastante antiga;
Hoje é utilizada em pequenas minas de países do terceiro
mundo, onde o custo de mão de obra é baixo.
O elemento essencial do escoramento em madeira de uma
galeria é o pórtico. Dois troncos verticais (prumos) Um tronco
horizontal (travessão);
Os elementos secundários são:
a) Tirantes no sentido longitudinal,
b) Bases (aumentam a superfície de contato),
c) O enchimento (constituído de troncos de diâmetro menor)
que retém o teto entre dois pórticos.
d) As madeiras mais utilizadas são as de eucalipto;
Suportes de Madeira
Suportes de Madeira
Características Gerais:
a) A densidade estando entre 0,51 e 0,75
b) Diâmetro = 15 a 20cm
c) A madeira apresenta a particularidade de "avisar" antes
da ruptura.
d) Em contrapartida, se altera (fungos) e é inflamável.
Suportes de Madeira
Características mecânicas da madeira
a) É um material fortemente anisótropo (com três direções
principais)
b) (A resistência à compressão varia de 20 a 65 Mpa.)
c) A resistência média se situa entre 35 e 45 Mpa.
d) Devido a heterogeneidade da madeira é preferível
determinar sua resistência através de ensaios de flambagem
e flexão.
Curvas de carga da madeira
a) A madeira é submetida in-situ a dois tipos de esforço:
b) - um esforço de compressão axial para os prumos,
c) - um esforço de flexão para o travessão.
Suportes de Madeira
Suportes de Madeira
Suportes de Madeira
Suportes de Madeira
Suportes de Madeira
Suportes de Madeira
Suportes de Madeira
Suportes de Madeira
Inspeção, Instrumentação e
Monitoramento
O que pode ser monitorado numa mina subterrânea:
a) Ruptura da rocha no contorno da escavação;
b) Movimento ao longo de uma descontinuidade;
c) Deslocamento relativo entre dois pontos no contorno da escavação;
d) Deslocamentos no interior do maciço, fora do contorno da escavação;
e) Deslocamentos da superfície (subsidência);
f) Mudança da inclinação de um furo (desvio);
g) Nível de água, pressões neutras;
h) Mudanças (variações) de tensões (num pilar, por exemplo);
i) Pressões normais e de água no enchimento;
j) Deformação do material de enchimento;
k) Eventos sísmicos.
Inspeção, Instrumentação e
Monitoramento
Extensômetro: medição do deslocamento relativo entre um
ponto no interior do maciço e um ponto no perímetro
escavado.
Inspeção, Instrumentação e
Monitoramento
Teste de arrancamento (pull test): medição da resistência da
ancoragem, através de teste no qual o deslocamento do
dispositivo de ancoragem é medido como função da carga
aplicada ao tirante, o que resulta na obtenção de uma curva
carga –deslocamento;
Inspeção, Instrumentação e
Monitoramento
Softwares: Unwedge, Phase2, RocLab, outros
Scaler
Abatimento de chocos;
De martelo ou unha;
Segurança da mina;
Fabricantes: Normet, Atlas, adaptados.
Scaler
Scaler
Scaler
Scaler
Scaler

Filme

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