ESCOLA DE FARMÁCIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS MÉDICAS
ATENÇÃO SECUNDÁRIA À SAÚDE
ORTOPEDIA
Princípios de
Ortopedia e
Traumatologia
• Endósteocél. Osteogênicas
• Funções:
-nutrição
-fornecimento de novos osteoblastos
Classificação
• Macroscópica:
-osso compacto
-osso esponjoso
• Histológica:
-tecido primário(s/lamelas e – mineralizado)
-tecido secundário ou lamelar
Ossificação
• Ossificação intramembranosa
• Ossificação endocondral
• áreas de tecido primário
X
áreas de reabsorção
X
áreas de tecido secundário
Ossificação intramembranosa
• Surge no interior de membranas de tecido
conjuntivo;
• Tipos :
– Cortical : denso, altamente calcificado, resistente a cargas.
• cavidade central oca = canal medular.
– Esponjoso ou trabecular : extremidade dos ossos longos e locais de
inserção tendínea e ligamentar (mais poroso, trabéculas na direção das
cargas transmitidas
• inervação origina a dor (desconforto artrítico por sobrecarga mecânica
secundária a deformidade articular ou a erosão da cartilagem articular).
Regiões dos Ossos
• Diáfise
• Metáfise
• Epífise
• Apófise
Lesões dos Ossos
• Fraturas
• Osteonecrose
– Osteomielite
– Necrose avascular
Cartilagem
• Tecido conjuntivo (condroblastos e condrócitos) :
– Produz matriz extracelular de proteoglicanos e de fibras
colágenas
• Tipos de cartilagem :
– Articular ou hialina;
• Reveste articulações sinoviais.
• Ligada ao osso subjacente por interdigitação
• Regeneração lenta e inconsistente => fibrocartilagem
• Avascular (nutrida pelo líquido sinovial : superfície porosa)
– Fibrocartilagem : ligamentos, tendões, ossos
– Cartilagem fibroelástica: meniscos e discos intervertebrais;
• Absorção de choques, conteúdo de elastina, capaz de retornar ao seu
formato após deformação
– Cartilagem da placa de crescimento: fise
Composição da Cartilagem
Lesões da Cartilagem
• Epifisiólises
• Epicondilites
• Lesão Condral
– Traumática
– Degenerativa
• Osteocondrite Dissecante
• Doenças Reumáticas
• Osteoartrose
Lesões da Cartilagem
• Genéticas
• Traumáticas
• Inflamatórias
Ligamentos
• Estabilizadores estáticos das articulações
• Formados de tecido conjuntivo denso e
organizado.
• Contêm colágeno e elastina.
• Fibras de colágeno estão arranjadas paralelas
às forças contra as quais o ligamento deve
resistir.
Lesões dos Ligamentos
• Pouca vascularização; cicatrizam precariamente.
• Resistem mais a carga lenta do que a rápida.
– Carga rápida = lesão intraligamentar,
– Carga lenta = lesões na interface osso-ligamento
• Inervação:
– Padrão doloroso paradoxal
• Entorses
– Grau I : Lesão Leve: Estiramento sem ruptura de fibras
– Grau II : Lesão Moderada : Estiramento com ruptura de
poucas fibras
– Grau III : Lesão Grave/Completa = Ruptura de todas as
fibras
• Luxação / Subluxação / Instabilidade
Lesão dos Ligamentos
Articulação
• Cápsula
– Estrutura ligamentar fraca.
– Ruptura
• Instabilidade articular grave
• Aumento do atrito nas superfícies articulares
• Osteoartrose prematura.
– Rigidez
• Fibrose após trauma
• Restrição grave no movimento articular
– Ex: capsulite adesiva pós-traumática do ombro
Sinóvia e bolsas
• Tecido sinovial
– Localização:
• Interior de articulações sinoviais e bolsas.
– Funções:
• Produzir fluidos lubrificantes e
• Fagocitar (remover) fragmentos estranhos.
– Altamente vascularizado e inervada.
– Traumas ou inflamações
• Aumento e dor significativa.
Sinovites e Bursites
Músculos
• Fascículos e fibras
• Tecido muscular estriado esquelético
• Tecido conjuntivo frouxo
– Endomísio
– Perimísio
– Epimísio
• Contração
– Concêntrica
– Excêntrica
– Isométrica
– Isocinética
• Origens e inserções (arbitrárias)
Tipos de Fibras Musculares
Lesões Musculares
• Estiramentos
• Tipos:
– Grau 0 = lesão de tecidos perimusculares
– Grau I = lesão mínima, sem perda funcional
– Grau II = intermediária, déficit parcial
– Grau III = ruptura completa, déficit total
• Rabdomiólise
– Mioglobina, Creatinofosfoquinase,
– Uréia, Creatinina (IRA : NTA)
Tratamento
• R epouso
• I ce
• C compressão
• E levação
• Analgésico
• AINE
• Anti fibrose: Suramin (anti-TGFß)
• Fisioterapia
• Cirurgia
Fáscia
• Composição:
– Tecido conjuntivo frouxo
• Três tipos:
– Superficial
• envolve a cabeça, o tronco e os membros.
• contém gordura, vasos sangüíneos e nervos.
• inserida na superfície inferior da pele.
– Profunda
• densa e resistente , apresenta duas camadas.
• Envolve regiões do corpo
• Divide-se para cobrir músculos superficiais, como o sartório e o tensor da fáscia lata.
• O periósteo, o perimísio e o pericôndrio são todos elementos da camada mais profunda
• interconectar diferentes grupos musculares.
• músculos originam-se da fáscia profunda.
• separa grupos de músculos com função similar
– grupos flexores e extensores da perna.
– Subserosa
• Envolve os órgãos do tórax, do abdome e da pelve.
Lesões da Fáscia
• Reação inflamatória = fasciite.
– Desconforto moderado ou grave
– Tecido cicatricial(fibrose).
– Rigidez e restrição de movimentos
• Inelasticidade relativa
– + pressão anormalmente alta dentro do compartimento fascial
– lesão ou inflamação pode comprometer nervos e vasos sangüíneos
– Síndrome do Comaprtimento = Emergência Ortopédica
Tendões
• Função
– conectam os músculos a outras estruturas.
– transmitir a força dos tecidos contráteis musculares ao osso e a outros tecidos conjuntivos, como
pele e ligamentos, em que eles estejam inseridos.
• são feitos de colágeno, substância basal e células.
• O colágeno dos tendões está alinhado na linha de movimento do músculo.
• capazes de suportar pelo menos duas vezes a força máxima que os músculos podem
exercer sobre eles.
• junção musculotendínea = zona na qual o músculo se mistura aos tecidos tendíneos
• Alguns tendões são envoltos por uma cobertura tubular de paredes duplas, referida
como bainha do tendão ou peritendão (p. ex., tendão do calcâneo ou tendões
flexores da mão).
• Essa estrutura é coberta pela membrana sinovial.
• A bainha é usada tanto para lubrificar o tendão como para guiá-lo em direção à
inserção óssea. As bainhas tendíneas podem fornecer via para o movimento
deslizante do tendão dentro da bainha, causando bloqueios ou movimento restrito,
como no dedo em gatilho.
Lesões dos Tendões
Locais
– Substância
– Junção miotendínea
– Êntese
Rupturas
• Parciais
• Totais
• Tscherne (1984)
– com : 4,3 % infecção
– sem : 19,2 % infecção
Amputações Traumáticas
• Perda de continuidade de membro
Amputações Traumáticas
• Limpeza o mais rapidamente possível.
• Proteção : compressa estéril umedecida com SF.
• Enfaixamento compressivo
e/ou garrote
• Acondicionar
saco plástico estéril,
recipiente contendo gelo
Transporte rápido para local de atendimento
especializado
Atendimento Inicial
• Devem ser documentados:
– Alterações neurovasculares
– Aplicação de curativos e talas
– Procedimentos de liberação ferragens
• Proteger a lesão
• Controle de Dano
• Transporte para a unidade de trauma
Atendimento Inicial
• Traumas Fechados
Membro Imobilizado de
forma adequada (incluir
sempre uma articulação
proximal e distal a lesão).
Transportar em posição
confortável
Atendimento Inicial
• Traumas Abertos
Controlar a hemorragia e
tratar o choque.
Ferimentos devem ser
cobertos com curativos
estéreis compressíveis para
controle do sangramento.
Imobilização do membro
de maneira adequada.
Transporte rápido
Atendimento pré-hospitalar
Tratamento / Controle da Dor
• O seu controle frequentemente não é conseguido no
APH, mas pode ser aliviada com analgésicos.
• Os analgésicos não devem se administrados:
– Paciente que apresentam sinais o sintomas de choque.
– Pacientes que pareçam estar sob a influencia de drogas e/ou
álcool.
Objetivos da Imobilização
• Alívio da dor,
• Redução da lesão tecidual,
• Evitar a exposição óssea
• Redução da contaminação de uma ferida aberta
Objetivos da Imobilização
• Prevenir ou minimizar:
– Lesões futuras de músculos, nervos e vasos pelos
fragmentos ósseos.
– Diminuição do fluxo sangüíneo pela pressão dos
fragmentos ósseos sobre os vasos sangüíneos.
– Sangramento para os tecidos pelas extremidades
ósseas instáveis.
– Paralisia das extremidades por lesões nervosas
Tipos de Imobilização
• Talas rígidas
• Talas moldáveis
• Tala Pneumática
– A vácuo / insuflável
• Prancha longa
• Bandagens e enfaixamentos
• KED - Kendrick Extrication Device:
– aplicado invertido em caso de trauma no quadril.
Talas rígidas
• Dispositivos não flexíveis
adaptadas a extremidade fraturada
para manter sua estabilidade e
imobilização.
• Madeira, papelão, arame ou
alumínio recoberto de material
plástico.
• Mãos, pés, punhos, tornozelos,
antebraços e pernas
• Evitar em lesões proximais ao
joelho e cotovelo
Talas Moldáveis (Aramadas)
• Confeccionados em
alumínio recoberto por
material plástico
• Necessitam ser
preparadas pelo
socorrista para o uso.
• Tem uso muito
semelhante as talas
rígidas
Talas infláveis
• Fáceis de transportar e de
armazenar,
• Controle de hemorragias (boa
hemostasia)
• Indicadas em antebraço e perna
• Desvantagem: podem vazar ou
serem insufladas em excesso e
causar isquemia na região
imobilizada.
Talas De Tração
• Fraturas diafisárias isoladas
de fêmur em pacientes
estáveis
• Aliviar dor e diminuir
possíveis hemorragias
• Desvantagem: Tempo e
complexidade (treinamento)
• São contra indicadas em
fraturas de fêmur associadas a
lesões no joelho, luxações
coxo-femural e fraturas de
pelve.
Auto-Imobilização
• Fixar a extremidade lesada a
outra sadia,
– Exemplo:
– Membro superior fraturado preso
ao tórax
– Extremidade inferior fraturada
fixada a outra não lesada.
– Bem aceita em situações de
improvisação.
– Muito utilizada em fraturas nos
dedos da mão.
Imobilizações
• Enfaixamentos
• Tipóias
• Bandagens
Princípios de Imobilização
• Exposição
• Avaliação
• Manejo do ferimento
• Alinhamento
• Imobilização
Princípios de Imobilização
• Exposição
– Expor o local da lesão.
– Remover adornos como relógio, pulseiras e anéis
das extremidades
Princípios de Imobilização
• Avaliação
– Avaliar e registrar o pulso distal, perfusão capilar,
cor, temperatura, sensibilidade, mobilidade e
motricidade da extremidade afetada antes e após a
imobilização.
Princípios de Imobilização
• Tratamento de Feridas
– Priorizar o atendimento das lesões que ameacem a
vida, detectadas na análise primária.
– Controlar hemorragias
– NUNCA tentar reintroduzir um osso exposto, nem
tentar removê-lo.
– Cobrir as lesões e fraturas expostas com curativo
estéril (gaze) fixando com atadura de crepe ou
bandagem triangular.
– Prevenir ou tratar o choque.
Princípios de Imobilização
• Alinhamento
– Alinhar a estrutura lesionada e imobilizá-la usando
uma tensão suave
– Movimentar o mínimo possível.
– Caso não seja possível o alinhamento, apoiar com
coxins, travesseiros
– Nunca tentar reduzir o osso fraturado.
Princípios de Imobilização
• Imobilização
– Imobilizar fraturas antes de movimentar o acidentado,
exceto, nos casos de risco iminente de vida para a vítima ou
socorrista, a posição da vítima estiver obstruindo suas vias
aéreas, sua posição impede a realização da análise primária
ou para garantir acesso a uma vítima mais grave.
• Ex. explosão, local gaseado, risco de novos acidentes,
etc.
– Não perder tempo com imobilizações muito elaboradas nas
situações em que houver risco de vida imediato para o
acidentado;
– Imobilizar antes do transporte
– Imobilizar o membro com o mínimo de movimentação
possível, em posição mais próxima da anatômica,.
Princípios de Imobilização
• Imobilização
– Refazer exame da extremidade após imobilização; caso haja
alterações vasculares ou neurológicas, refaça a
imobilização.
– Na dúvida, se há ou não fratura, sempre imobilizar.
– Não se distrair das prioridades por causa de uma fratura que
cause uma deformidade impressionante.
– A imobilização de fraturas deve impedir a movimentação de
uma articulação acima e uma abaixo do local da fratura
– No caso de lesões em articulações, imobilizar um osso
acima e um abaixo da articulação lesada.
– Membros superiores = uma tala / manter elevado (tipóia)
– Membros inferiores = três talas / manter elevado
Sugestão de Temas para Trabalhos Científicos
(SEMINÁRIO DE ORTOPEDIA)