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1.

Introdução
2. Objetivo

Determinar, através de duas maneiras, a variação de calor e energia num processo


isocórico. Comparar os resultados obtidos.

3. Materiais e Métodos
-Seringa ± 0,5ml
-Aquecedor

-Madeira

-Termopar ± 0,5ºC

Enchemos o aquecedor de água, fixamos a madeira na seringa de modo que o volume


se mantivesse constante. Medimos o volume da seringa. Medimos a temperatura inicial
do ar no interior da seringa. Colocamos a seringa dentro do aquecedor com água, que já
estava aquecida a 65ºC. Esperamos a temperatura do ar no interior da seringa e da água
se equilibrarem. Registramos os resultados.

4. Resultados e Discussão

Tabela-1 Dados Colhidos Na Prática

Ar Água

T0 (ºC) 24 65

Tf (ºC) 63 63

V (m3) 3,35x10-5 X

P0(N/m2) 101,3x10³ X

Da 1º lei da termodinâmica temos:


ΔQ = ΔU + ΔW

Sabemos que em uma transformação isocórica a variação do trabalho exercido por


um gás é zero. Então temos:

ΔQ = ΔU

Para calcularmos o ΔQ, utilizamos a seguinte equação:

ΔQ=mc ΔT

Onde m é a massa do gás, c é o calor específico do ar(1005,6J/kgK) e ΔT é a


variação da temperatura.

Utilizando os dados da tabela-1 calculamos a variação de calor.

Para calcularmos o ΔT utilizamos o seguinte método.

ΔT= Tf – T0

ΔT= 63-24

ΔT=39K

Como a relação entre as temperaturas em graus celcius e kelvin são lineares, o ΔT


calculado em graus celcius e kelvin são os mesmos.

A massa do gás é calculada através de sua densidade e volume. Onde


m(maasa)=d(densidade)xV(volume).

m=3,35x10-5x1,2

m=4,02x10-5kg

Então, calculamos ΔQ:

ΔQ=4,02x10-5x1005,6x39

ΔQ =1,58J
Podemos também calcular a variação de calor e energia interna através de uma forma
alternativa. Já sabemos que no processo isocórico ΔQ = ΔU, isto é: A variação de calor
é igual a variação da energia interna do gás. A partir do teorema da equiparação da
energia, considerando que o ar é composto por uma molécula diatômica rígida, tem-se 5
graus de liberdade. A volume constante, sabemos que:

ΔU=ncv ΔT

Onde:

cv=(5/2)R

(5 corresponde ao grau de liberdade da molécula do gás.)

Substituindo cv temos:

ΔU=5nRΔT/2

Onde 5 é a quantidade de graus de liberdade que a molécula de um gás diatômico


rígido possui. O n é a quantidade de mols do gás no processo. O R é a constante
universal dos gases (8,31J/molK). ΔT é a variação da temperatura do processo.

Sabemos que ΔQ = ΔU. Assim podemos reescrever a equação:

ΔQ=5nRΔT/2

Para obtermos o valor de n utilizamos o seguinte método:

n=P0V/T0R

(Nota-se que V é constante)

Para calcularmos o ΔQ utilizando o método descrito anteriormente, devemos calcular


antes de tudo o valor de n e ΔT já sabemos o valor.
n=101x10³x3,35x105/297,15x8,31

(Onde TK=TºC + 273,15, logo TK=24+273,15)

n=1,37x10-3mol

ΔT=39K

Calculando ΔQ:

ΔQ=5x1,37x10-3x8,31x39/2

ΔQ=1,11J

Para calcular o erro percentual entre os resultados obtidos, calculamos primeiramente


quantos por cento o primeiro resultado é do segundo e depois subtraímos esse valor de
100.

Tabela-2 Resultados e Erros

ΔQ1(J) ΔQ2(J)

1,58 1,11

Erro(%)

29,75

Observamos de acordo com a tabela-2, um erro de 29,75%. Pode-se considerar


que esse erro foi proveniente das incertezas das medidas aferidas nos instrumentos.

5. Conclusão

A prática teve como objetivo calcular a variação de calor do processo utilizando


dois métodos e comparar os resultados obtidos.

Observamos uma diferença entre os dois valores obtidos através dos cálculos.
Calculamos o erro entre os dois valores e atribuímos esse erro às incertezas de
medidas dos instrumentos.
6. Referência
[] Fundamentos de Física,Vol.2, D.Halliday, R.Resnick, J.Walker, 6a Edição,
Editora.LTC,2002.

[] Os Fundamentos da Física, Vol.2, Francisco Ramalho Jr. , Nicolau Gilberto


Ferraro, Paulo Antônio de Toledo Soares, 8a Edição, Editora Moderna, 2003

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