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Medidas Cautelares de Natureza Pessoal

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Questão 2 de 169
Matéria: Direito Processual Penal
Assunto: Da Prisão, das Medidas Cautelares e da Liberdade Provisória (arts. 282 a 350 do CPP) 

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Rodrigo Silva Classifique :


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professor/rodrigo-silva)
do- Data : 07/10/2013
professor/rodrigo-
silva)

Prezados,

Sem medo de ser feliz vamos para cima!!!

a) É autônoma a regulamentação da prisão temporária, e sua decretação depende da complexidade da investigação e da gravidade
intrínseca de algumas infrações elencadas na lei de regência, não se vinculando aos requisitos de admissibilidade da prisão
preventiva e do exame do cabimento de eventuais medidas cautelares diversas da prisão, tampouco ao teto de pena privativa de
liberdade máxima superior a quatro anos nos crimes dolosos.

ITEM CORRETO.

A lei 7.960 dispõe sobre a prisão temporária. Lá encontramos:

Art. 1° Caberá prisão temporária:


I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao
esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal,
de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
[...]

Essas são as únicas exigências para decretação da prisão temporária. No mais, ela é decretada pelo juiz por representação da
autoridade policial ou por requerimento do membro do MP. O prazo é de 5 dias, prorrogável por igual período.

b) Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima inferior a quatro anos, é vedada a decretação da prisão
preventiva, embora presentes os requisitos legais para a custódia excepcional, podendo ser imposta medida cautelar diversa, mesmo
no caso de concurso de crimes para os quais não seja prevista, isoladamente, sanção penal privativa de liberdade superior ao
mencionado limite legal.

ITEM ERRADO.
Há situações em que a prisão preventiva pode ser decretada sendo o crime doloso com pena inferior a quatro anos, do CPP:

Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro)
anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado,
ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente,
idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas
de urgência;
Parágrafo único.  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la,
devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra
hipótese recomendar a manutenção da medida.

Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da
lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
Parágrafo único.  A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas
cautelares (art. 282, § 4o).

c) Admite-se a decretação da prisão preventiva, de ofício, desde que exista ação penal regularmente instaurada, consoante preconiza
a atual sistemática da custódia cautelar, ainda que resultante da conversão da prisão em flagrante.

ITEM ERRADO.

Não é necessária ação penal regularmente instaurada uma vez que a decretação pode ocorrer ainda na fase pré-processual. Do CPP:

Art. 311.  Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do
Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

d) A duração e a validade da prisão preventiva estão condicionadas à existência de fundamentação concreta. Expirados os motivos
que deram ensejo à sua decretação, fica vedada a imposição de outra medida cautelar pelos mesmos fundamentos e em substituição
àquela.

ITEM ERRADO.

Imaginemos que uma prisão preventiva tenha sido decretada porque foi descumprida uma medida cautelar e que ela foi revogada
sobre a obrigação de cumprimento da mesma medida cautelar. E mais uma vez essa ordem é desrespeitada. Ora, nada impede uma
nova prisão preventiva com os mesmos fundamentos, se eles se repetem, daquela revogada. É o que se depreende do CPP:

Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de
motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.

e) As prisões decorrentes da decisão de pronúncia e da prolação de sentença penal condenatória recorrível não se submetem ao
limite de pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos, tampouco se impõe ao magistrado o exame da possibilidade de
imposição de medidas cautelares diversas, em face da função específica dessas custódias.

ITEM ERRADO.

Não é isso que diz o CPP:

Art. 373.  A aplicação provisória de interdições de direitos poderá ser determinada pelo juiz,
de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante, do assistente, do
ofendido, ou de seu representante legal, ainda que este não se tenha constituído como
assistente:
I - durante a instrução criminal após a apresentação da defesa ou do prazo concedido para esse
fim;
II - na sentença de pronúncia;
III - na decisão confirmatória da pronúncia ou na que, em grau de recurso, pronunciar o réu;
IV - na sentença condenatória recorrível.
§ 1o  No caso do no I, havendo requerimento de aplicação da medida, o réu ou seu defensor será
ouvido no prazo de 2 (dois) dias.
§ 2o  Decretada a medida, serão feitas as comunicações necessárias para a sua execução, na
forma do disposto no Capítulo III do Título II do Livro IV.

Logo, tais decisões também se sujeitam às regras previstas ao longo do Título XI do CPP.

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#99384 (https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/99384)   CESPE - Defensor Público do Estado do Tocantins/2013


(https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/concursos/1195)

Em relação às prisões, às medidas cautelares e à liberdade provisória, assinale a opção correta, segundo entendimento do STJ.

a) É autônoma a regulamentação da prisão temporária, e sua decretação depende da complexidade da investigação e da


gravidade intrínseca de algumas infrações elencadas na lei de regência, não se vinculando aos requisitos de admissibilidade da
prisão preventiva e do exame do cabimento de eventuais medidas cautelares diversas da prisão, tampouco ao teto de pena
privativa de liberdade máxima superior a quatro anos nos crimes dolosos.

b) Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima inferior a quatro anos, é vedada a decretação da prisão
preventiva, embora presentes os requisitos legais para a custódia excepcional, podendo ser imposta medida cautelar diversa,
mesmo no caso de concurso de crimes para os quais não seja prevista, isoladamente, sanção penal privativa de liberdade
superior ao mencionado limite legal.

c) Admite-se a decretação da prisão preventiva, de ofício, desde que exista ação penal regularmente instaurada, consoante
preconiza a atual sistemática da custódia cautelar, ainda que resultante da conversão da prisão em flagrante.

d) A duração e a validade da prisão preventiva estão condicionadas à existência de fundamentação concreta. Expirados os
motivos que deram ensejo à sua decretação, fica vedada a imposição de outra medida cautelar pelos mesmos fundamentos e em
substituição àquela.

e) As prisões decorrentes da decisão de pronúncia e da prolação de sentença penal condenatória recorrível não se submetem ao
limite de pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos, tampouco se impõe ao magistrado o exame da
possibilidade de imposição de medidas cautelares diversas, em face da função específica dessas custódias.

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