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FARMÁCIA HOSPITALAR

Programação e Aquisição de
medicamentos

Profa. Dra. Gabriela Modenesi Sirtoli

gabrielamodenesi@yahoo.com.br
PROGRAMAÇÃO
Tem um Eu preciso de Volta no mês que
analgésico aí? anticoncepcional! vem, gente... Não tá
tendo remédio
Cadê o meu nenhum...
antiinflamatório? E meu remédio
pra pressão?!

Então a gente
precisa é de um
remédio pra
gestão!
PROGRAMAÇÃO
REQUISITOS NECESSÁRIOS
➢ Dispor de dados de consumo e de demanda (atendida e não atendida)
de cada produto padronizado, incluindo sazonalidades e estoques
existentes, considerando períodos de descontinuidade.
➢ Sistema de informação e de gestão de estoques eficientes.
➢ Perfil epidemiológico local (morbimortalidade) – para que se possa
conhecer as doenças prevalentes e avaliar as necessidades de
medicamentos para intervenção.
➢ Dados populacionais.
➢ Conhecimento da rede de saúde local (níveis de atenção à saúde, oferta
e demanda dos serviços, cobertura assistencial, infraestrutura, capacidade
instalada e recursos humanos).
➢ Recursos financeiros para definir prioridades e executar a programação.
➢ Mecanismos de controle e acompanhamento.
PROCEDIMENTOS
Definir critérios e métodos a serem utilizados
para elaboração da programação e o período
de cobertura.

Elaborar formulários apropriados para o


registro das informações.

Efetuar levantamentos de dados de consumo, de


demanda, de estoques existentes de cada
produto, considerando os respectivos prazos de
validade.

Analisar a programação dos anos anteriores e


efetuar análise comparativa.
PROCEDIMENTOS
Estimar as necessidades reais de medicamentos.

Elaborar planilha contendo: relação dos


medicamentos com as especificações técnicas,
quantidades necessárias e custo estimado para
cobertura do período pretendido.

Identificar fontes de recursos para assegurar a


aquisição dos medicamentos.

Acompanhar e avaliar.
PERFIS DE CONSUMO
MÉTODOS DE PROGRAMAÇÃO

I. Perfil epidemiológico.
• Escolha depende da
disponibilidade de
recursos, dados e da
II. Consumo histórico. estrutura
organizacional.

• Podem ser empregadas


III. Consumo Médio Mensal (CMM). de maneira simultânea
ou complementares.

IV. Oferta de serviços.


I. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
Método que se baseia, fundamentalmente, nos dados de
morbimortalidade, considerando-se: dados populacionais,
esquemas terapêuticos, frequência de apresentação das
enfermidades em uma determinada população, capacidade de
cobertura, dados consistentes de consumo de medicamentos,
oferta e demanda de serviços na área de saúde.

Inicia-se com um diagnóstico situacional de saúde da população,


com análise das enfermidades prevalentes, para as quais devem
incidir as ações de intervenção sanitária, para gerar impacto
positivo na situação de morbimortalidade.
I. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
Procedimentos
1. Relacionar os principais problemas de saúde por grupo de pacientes e faixa
etária.
2. Determinar taxa de morbidade e mortalidade para grupos específicos por idade
e sexo.
3. Analisar a ocorrência das enfermidades em função do período de tempo, incluindo
a sazonalidade.
4. Relacionar os medicamentos segundo a abordagem prevista no protocolo
previamente definido.
5. Estimar a quantidade de medicamentos necessária para tratar a população-alvo
prevista para adoecer por patologia.
6. Calcular a quantidade a adquirir, considerando o estoque existente.
7. Calcular o custo estimado a partir da relação dos valores médios de mercado
para compras semelhantes.
I. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
Vantagens e desvantagens da programação por perfil
epidemiológico

Não requer dados de consumo

Confiabilidade duvidosa em razão da incerteza dos


registros epidemiológicos

Aplicável quando?
➢Não se dispõe de informações de utilização de medicamentos.
➢Quando se deseja implantar novos serviços na rede de saúde.
II.CONSUMO HISTÓRICO
Método que consiste na análise do comportamento do consumo de
medicamentos, em uma série histórica no tempo, possibilitando
estimar as necessidades.
a) Requisitos necessários
➢Registros de movimentação de estoques (entradas, saídas,
estoque).
➢Dados de demanda (atendida e não atendida).
➢Inventários com informações de, pelo menos, 12 meses, incluídas as
variações sazonais. Com esses dados, dispõe-se de informações
aproximadas das necessidades, desde que não ocorram faltas
prolongadas de medicamentos e que os registros sejam confiáveis.
II.CONSUMO HISTÓRICO
b) Procedimentos
1. Levantar uma série histórica de consumo de medicamentos representativa
no tempo. Quanto maior for esse tempo, maior será a precisão e
segurança dos dados utilizados na determinação das quantidades
necessárias.
2. Calcular o consumo médio mensal (CMM), com base na operação anterior,
ajustado pela demanda não atendida e pelo comportamento dos valores
relativos ao consumo de cada item – a magnitude da variação de um mês
para o outro, se há tendência de queda ou elevação de consumo, se o
perfil reflete padrão (sazonal ou não) ou se é errático.
3. Calcular a necessidade para o período da programação.
4. Estimar as quantidades a adquirir.
5. Calcular o custo estimado.
II. CONSUMO HISTÓRICO
Vantagens e desvantagens
Não requer dados de morbidade e de esquemas.
Requer cálculos simplificados.

Dificuldade na obtenção de dados de consumo fidedignos e/ ou


que terapêuticos retratem a real necessidade.
Não é confiável quando ocorrem períodos prolongados de
desabastecimento.
III.CONSUMO MÉDIO MENSAL
(CMM)
Também chamado MÉDIA ARITMÉTICA MÓVEL.
Método que consiste na soma dos consumos de medicamentos
utilizados por determinado período de tempo, dividido pelo número
de meses em que cada produto foi utilizado. Devem-se excluir perdas,
empréstimos e outras saídas de produtos não regulares.

a) Cálculo do Consumo Médio Mensal

Quantidade consumida do produto em determinado período = Q


Número de meses correspondente ao período em análise = N

CMM = Q/N
MÉDIA PONDERADA EXPONENCIAL
Considera o erro da previsão anterior.

α( - )
Previsão Previsão Consumo Previsão
atual = anterior + anterior anterior
IV.MÉTODO POR OFERTA DE SERVIÇOS
Método utilizado quando se trabalha por serviços ofertados.
Estima-se as necessidades de medicamentos em função da
disponibilidade de serviços ofertados à determinada população-
alvo. São estabelecidas pelo porcentual de cobertura, não sendo
consideradas as reais necessidades existentes.
IV.MÉTODO POR OFERTA DE SERVIÇOS
a ) Procedimentos:
1. Levantar informações sobre os registros dos atendimentos realizados nas várias
unidades da rede de saúde (centros e postos de saúde, ambulatórios, hospitais
etc.).
2. Sistematizar as informações, relacionando os diagnósticos mais comuns e a
freqüência de ocorrência de doenças por determinado período de tempo.
3. Verificar esquemas terapêuticos.
4. Estimar necessidades para cada caso.
5. Estimar as necessidades totais por meio do produto do número de casos de
enfermidades atendidos por ano pelas quantidades estimadas para cada
tratamento, de acordo com os esquemas terapêuticos preconizados.
6. Estimar as quantidades a adquirir.
7. Calcular o custo estimado.
IV.MÉTODO POR OFERTA DE SERVIÇOS
INDICADORES DE PROGRAMAÇÃO
AQUISIÇÃO
AQUISIÇÃO
Consiste num conjunto de procedimentos pelos
quais se efetiva o processo de compra dos
medicamentos, de acordo com uma
programação estabelecida, com o objetivo de
suprir necessidades de medicamentos em
quantidade, qualidade e menor custo-efetividade
e manter a regularidade do sistema de
abastecimento.

Selecionar o licitante com a proposta mais


vantajosa para satisfazer uma determinada
necessidade e, assim, legitimar a administração a
contratar o particular.
SETOR PÚBLICO – LICITAÇÕES – LEI Nº
8.666/93
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição


Federal, institui normas para licitações e contratos
da Administração Pública e dá outras
providências.

Atualizada pelas leis no 8.883, de 8 de junho de


1994 e no 10.520/2002.
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA UMA
BOA AQUISIÇÃO
a) Existência de uma política de aquisição;
b) Programação das compras;
c) Existência de relação de medicamentos essenciais;
d) Pessoal qualificado;
e) Normas e procedimentos operacionais com definição explícita das
responsabilidades e fluxo operacional do processo de compras;
f) Sistema de informação e gestão de material eficiente, que permita
identificar em tempo oportuno o histórico da movimentação dos
estoques (entradas e saídas); os níveis de estoques: mínimo, máximo,
ponto de reposição, rastreabilidade dos lotes, dados de consumo e
demanda atendida e não atendida de cada produto utilizado,
entre outras informações;
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA UMA
BOA AQUISIÇÃO
g) Articulação permanente com os setores envolvidos no
processo de aquisição para troca de informações,
atualizações e discussões pertinentes: Comissão de
Licitação, Pregoeiros, Orçamento e Finanças, Material e
Patrimônio, Planejamento, Fornecedores, Vigilâncias
Sanitárias;
h) Cadastro de fornecedores;
i) Catálogo de compras ou manual de especificação
técnica
LICITAÇÃO
Conjunto de procedimentos administrativos estabelecido
em Lei Federal, n° 8.666/93, no qual a Administração
Pública impõe concorrência sobre aquisições ou vendas e
prepara o processo administrativo para a contratação,
cuja finalidade é proporcionar à administração propostas
vantajosas em relação a preço, prazos e qualidade,
garantindo aos participantes igualdade de condições.
LICITAÇÃO
PRINCÍPIOS - LEI DE LICITAÇÃO (8.666/93)
a) Procedimento formal - autorização expressa do gestor para abertura da
licitação, alocação de recursos orçamentários, aprovação da compra e fontes de
pagamento.
b) Publicidade do ato - toda licitação deve ser divulgada, para que permita o
conhecimento e participação dos interessados, desde que devidamente
habilitados.
c) Igualdade de condições entre os licitantes - não poderá haver
privilégios ou condições especiais a nenhum dos participantes.
d) Reserva na apresentação das propostas - os fornecedores e a
administração não podem conhecer previamente as propostas dos concorrentes.
e) Cumprimento do edital - não se pode exigir o que não foi definido em
edital, mesmo que com vantagem superior.
f) Adjudicação - validação do processo de aquisição.
ETAPAS DO PROCESSO LICITATÓRIO
ETAPAS DO PROCESSO LICITATÓRIO
ETAPAS DO PROCESSO LICITATÓRIO
ETAPAS DO PROCESSO LICITATÓRIO
ETAPAS DO PROCESSO LICITATÓRIO

Parecer técnico
ETAPAS DO PROCESSO LICITATÓRIO
5
ETAPAS DO PROCESSO LICITATÓRIO
6

Emissão da ordem de compra


ETAPAS DO PROCESSO LICITATÓRIO
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
CONCORRÊNCIA
É a modalidade de compra usualmente utilizada para licitações de grande valor, cujo
prazo previsto para execução é em torno de 45 dias.
Os interessados têm que atender aos requisitos previstos de "habilitação ou
qualificação";
Cada empresa participante deverá entregar à Comissão de Licitação, dois envelopes
(documentos para avaliação da habilitação e proposta comercial).
Prazo de divulgação: no mínimo 30 (trinta) dias.
Meios de divulgação: Diário Oficial da União (DOU) e jornal de grande circulação.
Valores: acima de R$650.000
CONCORRÊNCIA - REGISTRO DE PREÇOS
É uma licitação na modalidade de Concorrência, na qual os
participantes apresentam seus preços para registro. O
participante que atender as condições do edital e apresentar
menor preço, será o vencedor.

O registro de preço tem por finalidade agilizar a aquisição e


evitar novos processos de compra. Tem validade de 12 meses,
contados a partir da data da publicação no Diário Oficial. A
matéria encontra-se regulamentada no artigo 15 da Lei de
Licitação n° 8.666/93 e em suas alterações.

Para sua execução, o Registro de Preços deve ser


regulamentado por decreto estadual e municipal.
TOMADA DE PREÇOS
Modalidade de Licitação entre interessados cadastrados ou que atendem às
condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Prazo de divulgação: no mínimo 15 (quinze) dias.
Meios de divulgação: Diário Oficial da União (DOU) e jornal de grande
circulação.
Valores: de R$80.000 a R$650.000
CONVITE
Modalidade de licitação entre interessados cadastrados ou não, em número
mínimo de 03 (três).
Prazo de divulgação: no mínimo 5 (cinco) dias úteis.
Meios de divulgação: convocação escrita afixada no quadro de avisos da
Instituição.
Caso não haja três propostas válidas, repete-se o Convite. Se não aparecer o
número mínimo de licitantes envolvidos, a situação deverá ser devidamente
justificada e procede-se a continuidade do Convite com os participantes que se
apresentarem.
Valores: abaixo de R$80.000
PREGÃO
Instituído pela Lei no 10.520/2002.
Pregão Presencial x Pregão Eletrônico;
O Pregão, ao contrário do Convite, Tomada de Preços e Concorrência, não é
feito pelo valor estimado da contratação. Destina-se a aquisições de qualquer
valor.
Prazo de divulgação:
8 (oito) dias úteis.
Meios de divulgação:
DOU, internet, jornal de grande circulação local.
PREGÃO - FASES
Todas as fases das demais modalidades estão presentes no Pregão, acrescidas
das fases:
 credenciamento,
 seleção,
 Lances
 negociação.

Destaque-se que, enquanto no Convite, na Tomada de Preços e na


Concorrência a habilitação precede o julgamento das propostas, no Pregão
ocorre a inversão das fases: após conhecer o autor da melhor oferta é que se
analisa a sua documentação.
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Para aquisição de materiais e equipamentos ou gêneros que só possam
ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivo, vedada a preferência de marca, a comprovação de
exclusividade deve ser feita através de atestado fornecido pelo órgão
de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a
obra ou o serviço, e/ou Sindicato, Federação ou Confederação Patronal,
ou, ainda, pelas entidades equivalentes (BRASIL, 1993, art. 25).

Como a lei veda a preferência por marca, o atestado de exclusividade


deve citar que aquele medicamento (nomenclatura genérica) somente é
fabricado e comercializado por aquela empresa. Não devem ser aceitos
atestados de exclusividade de marca, muito menos atestados que
referem exclusividade de venda apenas ao órgão público que solicitou.
DISPENSA DE LICITAÇÃO
Circunstâncias especiais em a que a lei permite a aquisição sem
licitação:
-Compras com valor inferior ao estabelecido pelo poder
público ( R$ 8.000,00)

-Emergência: situações de risco de vida ou comprometimento do


tratamento de pacientes. Suprimento apenas emergencial.

-Licitação deserta (sem interessados na licitação anterior).

-É necessário pelo menos 3 orçamentos.


Resumindo...
COMPRAS FRACIONADAS
A Lei no 8.666, de 1993, em seu art. 23, § 5o, veda o fracionamento
da compra.
AQUISIÇÃO EM ÓRGÃOS PRIVADOS
Pode ser feita por meio de pesquisas
de preços, contrato de fornecimento
com fornecedores previamente
selecionados ou adotando normas
particulares estabelecidas pela
instituição para assegurar
competitividade e transparência nas
negociações.
AQUISIÇÃO EM ÓRGÃOS PRIVADOS
Observar:
➢Número mínimo de cotações (3)
➢Preço objetivo (conhecimento do preço justo)
➢Aprovação da compra (parecer técnico)
➢Registro da compra
O farmacêutico geralmente não executa as compras, mas deve
participar ativamente do processo de compras elaborando
especificações, informando fornecedores, emitindo parecer e fazendo
o recebimento dos produtos.
SETOR PÚBLICO
SETOR PRIVADO
QUALIDADE DOS MEDICAMENTOS
É o grau com que os medicamentos cumprem as características para
eles estabelecidas, desde a pesquisa, desenvolvimento, produção,
distribuição e utilização.
A responsabilidade legal e ética pela qualidade dos medicamentos
nos hospitais é do farmacêutico.
ESTRATÉGIAS PARA ASSEGURAR AQUISIÇÃO DE
MEDICAMENTOS DE QUALIDADE

➢Solicitar aos laboratórios/fornecedores a cópia de


autorização de funcionamento expedida pelo MS;
➢Exigir das distribuidoras a cópia de autorização de
funcionamento expedida pela ANVISA, e o
credenciamento pelos fabricantes dos produtos que
vendem;
➢Os fornecedores deverão apresentar cópia do registro
do medicamento no MS;
➢Certificar-se se as importadoras de medicamentos
seguem as determinações do MS;
ESTRATÉGIAS PARA ASSEGURAR AQUISIÇÃO DE
MEDICAMENTOS DE QUALIDADE

➢Exigir das importadoras e fornecedores o manual de


boas práticas de fabricação e controle;
➢Adquirir medicamentos sujeitos a controle legal apenas
de fabricantes e distribuidoras que apresentarem
autorização especial (Portaria 344/98)
➢Exigir dos distribuidores o alvará de licença sanitária e
o certificado de responsabilidade do CRF;
➢É aconselhável realizar visitas de inspeção aos
laboratórios e distribuidoras.
ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO NO
PROCESSO DE AQUISIÇÃO
✓Estabelecer requisitos técnicos e participar da elaboração de normal
administrativas que irão compor o Edital, e de procedimentos que orientem o
processo de compra.
✓Solicitar pedido de compras, definindo as especificações técnicas (nome pela
denominação genérica, forma farmacêutica, apresentação, quantidades e
preços estimados).
✓Encaminhar pedido de compra ao gestor com estimativa de custos, para dar
agilidade ao processo. A previsão de custos possibilita a definição de
prioridades, caso necessário, em função da limitação de recursos.
✓Emitir parecer técnico dos processos de compras relacionados a medicamentos
e/ou outros materiais sob sua responsabilidade.
✓Acompanhar e avaliar o processo de compra e desempenho dos
fornecedores.
CONTROLE DE ESTOQUE
CONTROLE DE ESTOQUE
É um dos componentes da gestão de materiais caracterizado por um
subsistema incumbido de determinar QUANDO e QUANTO comprar
para uma aquisição adequada.
QUANTO COMPRAR

Obtida a partir da média aritmética móvel (ou


CMM)

Junto com a estoque de segurança

Analisando a curva ABC


PRIORIZAÇÃO: ANÁLISES ABC E XYZ
CURVA ABC
% itens % custo

Classe A 20 50

Classe B 20 a 30 20 a 30

Classe C 50 20
CURVA ABC

Os itens Classe A são aqueles que, mesmo representando um menor


número, correspondem à maior parte do investimento e devem ser
priorizados administrativamente. Daí a importância dessa
classificação para determinação do estoque de segurança.
DADOS NECESSÁRIO PARA CONSTRUIR A
CURVA ABC
➢relação dos itens

➢custo unitário médio de cada item, fornecido por uma mesma tabela
ou de uma mesma época

➢consumo anual de cada item

➢custo anual
COLETA DE DADOS

➢relacionar todos os itens, seu custo unitário e, preferencialmente, o


consumo anual. Por meio do produto destes valores obtém-se o custo
total ou custo anual.
➢ordenar os dados a partir do custo anual. Os itens são relacionados
segundo o valor decrescente do custo anual.
➢a partir da relação acumulada dos custos, as porcentagens são
determinadas.
ESTOQUE DE SEGURANÇA

Quantidade de cada item que deve ser mantida como


reserva para garantir a continuidade do atendimento.

O estoque de segurança depende do consumo, do tempo


de abastecimento e da classificação ABC do produto. O
consumo é representado pela média móvel.

ES= CMM x TA
TEMPO DE ABASTECIMENTO (TA)

É o intervalo de tempo que vai desde o início do processamento


interno da compra, incluindo a emissão do pedido, até a chegada do
material no local de armazenamento.
TEMPO DE ABASTECIMENTO (TA)
O tempo de processamento interno (TPI) compreende o período do
planejamento, elaboração do pedido, emissão e processamento da
compra.
O tempo de processamento externo (TPE) abrange o espaço entre a
emissão da ordem de fornecimento e a entrega do produto no
hospital.
TEMPO DE ABASTECIMENTO (TA)

TA= TPI + TPE

A unidade de cálculo de TA é o mês:


Se determinado medicamento demora 15 dias entre o
pedido da compra e a entrega pelo fornecedor, o TA
será igual a ½.
Se demorar 1 semana, TA será ¼.
Se demorar um mês, TA será igual a 1.
Se demorar dois meses, TA será igual a 2.
ESTOQUE DE SEGURANÇA X CURVA ABC

ES item A: CMM x 1/3 TA (Estoque para 10 dias)

ES item B: CMM x ½ TA (Estoque para 15 dias)

ES item C: CMM x TA (Estoque para 30 dias)


PONTO DE RESSUPRIMENTO (PR)

É um nível de estoque que ao ser atingido


sinaliza o momento de se fazer uma nova
compra, evitando posterior ruptura do estoque.
PONTO DE RESSUPRIMENTO (PR)
PR= CMM x TA + ES
CMM = Consumo médio mensal
TA = tempo de abastecimento em meses
ES = estoque de segurança ( de acordo com a curva
ABC)
PONTO DE RESSUPRIMENTO (PR)

Instituições com rapidez e facilidade de ressuprimento o


PR é igual ao ES

Processo de aquisição mais demorado, PR é igual ao


estoque máximo (Emax)
ESTOQUE MÁXIMO (EMAX)
Quantidade máxima que deverá ser mantida em estoque,
considerando os recursos financeiros existentes.

Emax = ES + LR
Emax = estoque máximo
ES = estoque de segurança
LR = lote de reposição
LOTE DE REPOSIÇÃO (LR)
É a quantidade de itens a ser adquirida para que o estoque atinja
seu valor máximo.

LR= Emax - ES

LR = CMM
FC

FC – frequência de compra
ANÁLISE XYZ
Vital Essencial Necessário
INVENTÁRIO
É um método de controle físico de estoque. É a contagem de
todos os produtos em estoque para verificar se a quantidade
encontrada nas prateleiras coincide com a quantidade estipulada
nas fichas de controle.

Deve ser realizado periodicamente (pelo menos uma vez ao ano)


ou ainda, em situações específicas:
✓por ocasião de início de uma nova atividade ou função
✓sempre que o responsável ausentar-se das funções
✓ao deixar ou assumir um novo cargo ou função

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