Montes Claros-MG
2015
SUMÁRIO
Apresentação 9
Introdução 11
Conceitos Básicos De Informática 11
Noções Básicas de Internet 12
Microsoft Word 2010 13
Menu Arquivo 14
Menu Página Inicial 15
Menu Inserir 16
Menu Layout da Página 16
Menu Referências 17
Menu Correspondências 18
Menu Revisão 18
Menu Exibição 19
Menu Formatar 19
Microsoft Excel 2010 20
Menu Arquivo 21
Menu Página Inicial 21
Menu Inserir 22
Menu Layout Da Página 22
Menu Fórmulas 23
Menu Dados 23
Menu Revisão 24
Menu Exibição 24
Registros Contábeis 33
Demonstrações Financeiras 36
Relatório Financeiro 39
Contabilidade Gerencial 39
Sistema de Controle Gerencial 40
Contabilidade de Custos 41
Sistemas de Custeio 42
Fluxo de Caixa 45
Analisando um Fluxo de Caixa 45
Tipos de Fluxo de Caixa 46
Métodos de Elaboração de Fluxo de Caixa 47
Planejamento em Longo Prazo 48
Planejamento Financeiro em Curto Prazo 48
Ferramentas utilizadas na elaboração
do planejamento financeiro em curto prazo 49
Processo de Compras 52
Processo de Vendas 53
Conceituando 59
Formas Jurídicas de Empresas 60
Decisões da Administração Financeira 62
Importância e Atividades da Administração Financeira na Organização 62
Conceitos Financeiros Fundamentais 64
Taxa De Juros 64
Juros Simples e Composto 65
Valor do Dinheiro no Tempo 67
Conclusão 72
Referências Bibliográficas 73
Apresentação
Unidade 1
Informática Básica
Introdução
Com os avanços tecnológicos, é muito importante que tenhamos certo conhecimen-
to acerca da informática e de suas inúmeras utilidades, uma vez que ela está presente
em atividades comuns do dia a dia, sendo vista como o diferencial para conquistar um
lugar de destaque no ambiente de trabalho. Da mesma maneira, a internet tornou-se
o meio mais comum de comunicação entre as pessoas, por isso operações rotineiras
como pagar uma conta, comprar roupas ou contratar uma viagem são, nos dias de
hoje, realizadas facilmente por meio da internet, de forma rápida e segura.
Pronatec
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Auxiliar Administrativo
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• Pesquisar: função que abre uma barra e permite utilizar o método de pesquisa
disponível.
• Favoritos: apresentam uma lista de sites definidos como favoritos pelo usuário.
O Histórico pode ser organizado por data, site, mais visitados, ordem de visita, etc.
Pronatec
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• Barra de menus: são os menus de comandos. Em cada menu, o usuário encontra uma
série de ferramentas que possibilitam a formatação do documento, tais como: in-
serir figuras, alterar a fonte do texto, revisar, inserir comentários, entre outras.
Cada menu do Word é dividido em grupos que, por sua vez, podem conter mais
opções, além das que estão disponíveis na página principal. Na Figura 3 são mos-
tradas algumas funções básicas, mais comumente utilizadas, que podem ser en-
contradas em cada um dos menus presentes na Barra de Menus do Word:
Menu Arquivo
Auxiliar Administrativo
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• Imprimir: permite que o arquivo atual seja impresso. Ao clicar nesse comando,
uma caixa de diálogo é aberta, possibilitando personalizar informações como
impressora, tipo de impressão, número de cópias, etc.
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Menu Inserir
• Links: apresentam opções como hiperlink, que insere links para páginas web;
referência cruzada, que cria referências no próprio texto, relacionando itens
como títulos e tabelas; indicador, que atribui um nome a um ponto específico
do documento.
• Texto: neste grupo estão opções como inserir caixa de texto; inserir texto
decorativo; destacar uma letra do texto; inserir data e hora no arquivo atual;
inserir objetos ou outros arquivos do computador no texto.
Auxiliar Administrativo
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• Organizar: permite que sejam feitas alterações, tais como: mudança de posi-
ção de um objeto no documento; quebra de texto automática; alinhamento de
objetos no texto, etc.
Menu Referências
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Menu Correspondências
• Iniciar Mala direta: ferramentas que permitem a criação de mala direta, bem
como a seleção e edição dos destinatários. Mala direta é uma ferramenta de
marketing que possibilita a divulgação de produtos e/ou serviços de empresas
ou outras instituições.
Menu Revisão
Auxiliar Administrativo
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Menu Exibição
Menu Formatar
Esse menu aparece apenas quando um objeto (figura, gráfico ou imagem) do do-
cumento é selecionado.
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Auxiliar Administrativo
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Menu Arquivo
Na Figura 13 são mostradas as funcionalidades do Menu Arquivo do Microsoft Ex-
cel. Esse menu apresenta as mesmas opções para o Microsoft Word, apresentadas
anteriormente.
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Menu Inserir
• Links: apresentam a opção de inserir hiperlink, que são links para páginas web.
Auxiliar Administrativo
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• Organizar: essa ferramenta permite que sejam feitas alterações como: mu-
dança de posição de um objeto na planilha; quebra de texto automática; ali-
nhamento de objetos, etc.
Menu Fórmulas
Menu Dados
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• Obter dados externos: importa dados, tais como: tabelas e textos de outros
lugares como, por exemplo, a internet.
Menu Revisão
Menu Exibição
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• Janela: permite visualizar a planilha em uma nova janela, para ser gerenciada
juntamente com a planilha atual. É possível organizar as janelas abertas, alte-
rando o modo de exibição, a posição, etc.
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a) Menu Arquivo.
b) Menu Exibição.
3. Quais são os modos pelos quais o documento pode ser visualizado no Microsoft
Word 2010?
b) Leitura em tela cheia, layout da web, texto em tópicos, rascunho, leitura normal.
4. Com base nas ferramentas do Microsoft Excel 2010, assinale a alternativa errada.
b) As planilhas do Excel possuem tamanho padrão, e este não pode ser alterado;
Auxiliar Administrativo
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Unidade 2
Comportamento Interpessoal e Postura
no Local de Trabalho
Redes Sociais
As redes sociais constantemente são motivos de demissões ou situações constran-
gedoras no meio organizacional. Nesta seção, identificaremos algumas atitudes
“perigosas” que podem comprometer sua imagem pessoal e profissional. É comum
entre as organizações de pequeno ou grande porte pesquisar, em redes sociais, o
Pronatec
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Atitudes:
• Como diz o ditado, “roupa suja se lava em casa”. Entrar em discussões, brigas
e fazer uso de indiretas, principalmente em perfis públicos, pode causar uma
má impressão em terceiros. Você pode acabar levando a fama de encrenqueiro
ou provocador.
• Evite publicar fotos com roupas minúsculas ou frases do tipo “O que fiz noite
passada?”, principalmente quando seus colegas e superiores no trabalho têm
acesso ao seu perfil. Situações como essa podem dar espaço para comentários
indesejados.
Imagem Pessoal
A apresentação pessoal é outro ponto importante. A forma como você se veste ou
seus cuidados com higiene pessoal podem ser associados à sua forma de trabalhar.
Em um primeiro momento, a imagem externa realmente conta para uma avaliação
profissional, e é de se esperar que uma pessoa preocupada com sua imagem tenha
o mesmo zelo pelo trabalho quanto tem pela aparência.
Auxiliar Administrativo
29
Higiene Pessoal
Pequenos hábitos com o cuidado pessoal são necessários para transmitir e manter
uma boa impressão. Em comum para homens e mulheres, manter as unhas sempre
limpas e feitas, evitar perfumes e desodorantes com cheiro forte, cuidar para que
os cabelos estejam alinhados e limpos, tomar banhos diários, escovar os dentes de-
pois de cada refeição e lavar sempre as mãos, consideram-se essas como atitudes
básicas de higiene do dia a dia.
Vestuário
Algumas organizações, para evitar situações constrangedoras relacionadas à forma
de se vestir dos seus funcionários, optam pelo uso do uniforme. Quando o unifor-
me não é uma opção, cabe ao funcionário observar o que é mais adequado para
o ambiente. Não existe um padrão acerca do que vestir, afinal, cada um tem sua
personalidade e formato de corpo diferente; o que fica bom para um, não neces-
sariamente ficará bom em outro. É importante respeitar a diversidade de cada
indivíduo.
Atitudes no Trabalho
Um ambiente agradável para exercer seu trabalho vai além de uma cadeira confor-
tável, da temperatura adequada ou de equipamentos sofisticados – a relação entre
os colaboradores de uma organização afeta de forma direta o rendimento de cada
um deles. As atitudes e o comprometimento com a organização e colaboradores
definem o tipo de profissional que você é e o seu grau de envolvimento com seu
trabalho.
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30
Alguns hábitos, atitudes e gestos podem fazer toda a diferença na sua relação
interpessoal:
• Com superiores: ouça com atenção as instruções passadas por seus superiores.
Esteja pronto para mudanças na rotina de trabalho ou horários, seja flexível
quanto às mudanças. O profissional responsável por supervisionar seu trabalho
também pode estar sob a pressão de seus superiores, portanto, tente sempre
entender a posição do outro e dialogue de forma clara sobre pendências no
trabalho.
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Unidade 3
Introdução e Conceitos da Contabilidade
Sendo assim, pode-se entender a Contabilidade como uma Ciência Social aplicada.
Isso quer dizer que ela utiliza uma metodologia capaz de captar, registrar, acu-
mular e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais de uma
empresa, ou seja, fenômenos que aumentam a quantidade de bens, direitos e
obrigações de uma organização.
Essa ciência surgiu para auxiliar as pessoas na tomada de decisão, seja dentro ou
fora de uma organização, fornecendo o máximo de informações relacionadas aos
patrimônios. Os órgãos do Governo, por exemplo, utilizam a Contabilidade para
auxiliar no arrecadamento de impostos ou para tornar obrigatória a publicação das
demonstrações e relatórios financeiros das organizações.
A Contabilidade de uma organização não deve ser feita visando basicamente aten-
der às exigências do governo, mas também para auxiliar os gestores no processo
de tomada de decisão. Todas as movimentações passíveis de avaliação monetária
são registradas pela Contabilidade, que, em seguida, resume os dados registrados
em forma de relatórios contábeis.
Auxiliar Administrativo
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• Bens: posses da empresa que estão em seu controle. Ex: Dinheiro no caixa,
Estoques, Veículos, Máquinas, Imóveis, etc.
Registros Contábeis
Os registros contábeis são compostos por documentos que não podem ser rasurados
ou danificados. Alguns desses documentos, tais como notas fiscais, recibos, cópias
de cheques, caso sejam danificados, precisam ser reconstituídos e, em caso de
prejuízo permanente, substituídos.
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mentos será útil para a contabilização nos livros contábeis. Segundo as Normas
Brasileiras de Contabilidade, os registros ou demonstrações contábeis têm como
objetivo expor informações úteis à tomada de decisão, o que favorece os usuários.
Tais registros são vitais para a análise da empresa e podem ser feitos de forma
manual, mecânica ou eletrônica.
A Lei exige que as empresas façam uso do Livro Diário, no qual são registradas as
operações da organização, no seu dia a dia. Os lançamentos nesse livro ocorrem
segundo a cronologia: dia, mês e ano. A escrituração do Livro Diário deve obedecer
às Normas Brasileiras e, portanto, as páginas devem ser numeradas e o livro pre-
cisa ser registrado na Junta Comercial. Em um Livro Diário, um erro não deve ser
apagado, mas corrigido por meio de lançamentos complementares.
Os lançamentos no Livro Diário devem ser feitos de forma clara e conter cinco
partes importantes:
b) A conta devedora;
c) A conta credora;
d) O histórico;
e) O valor.
Ressaltamos que não se pode escriturar nada nos livros contábeis sem que docu-
mentos idôneos comprovem a veracidade daquilo que está sendo registrado. No
Quadro 2, apresentamos um exemplo de um modelo de Livro Diário.
Auxiliar Administrativo
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Livro Razão
<Nome da entidade>
<CNPJ>
CONTA CAIXA
Débito Crédito
Data Histórico Saldo
(ENTRADAS) (SAÍDA)
Ref. à integralização
25/08/2012 do Capital 200.000,00 200.000,00
disponibilizado
Ref. à aquisição
de Máquinas e
26/08/2012 80.000,00 120.000,00
Equipamentos para
linha de produção
Ref. à aquisição de
Móveis e Utensílios
27/08/2012 30.000,00 90.000,00
para os escritórios da
entidade
Fonte: Elaborado pelo autor.
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LIVRO CAIXA
Data Histórico Entradas Saídas Saldo
01.05.2012 Saldo Anterior 1.000,00
02.05.2012 Recebimento de Fatura 2.500,00 3.500,00
05.05.2012 Pagamento de Salários 1.750,00 1.750,00
Fonte: Elaborado pelo autor.
Demonstrações Financeiras
Com base nos registros e livros contábeis, as empresas elaboram demonstrações
financeiras estabelecidas pela Lei 6.404, de 1976, a qual estabelece disposições
acerca das sociedades por ações. As demonstrações financeiras mais importantes são:
• Balanço Patrimonial;
PL + PASSIVO = ATIVO
(Origem) (Aplicação)
Auxiliar Administrativo
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PASSIVO +
ATIVO 31/12/11 31/12/12 PATRIMÔNIO 31/12/11 31/12/12
LÍQUIDO
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Bancos Empréstimos
Aplicações
Fornecedores
Financeiras
Clientes Salários a pagar
Adiantamentos Contas a Pagar
Obrigações
Outros Créditos
Fiscais
Estoques
Passivo Não
Circulante
Ativo Não
Fornecedores
Circulante
Realizável a LP Empréstimos
Investimentos
Imobilizado Patrimônio
Líquido Líquido
Imobilizado Patrimônio
Bruto Social
Reserva de
Depreciações
Capital
Resultado
Intangível
Acumulado
TOTAL TOTAL
Fonte: Elaborado pelo autor.
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NOME DA EMPRESA R$
Receita Operacional Bruta
( - ) Deduções (abatimentos, devoluções, impostos, etc.).
( = ) Receita Operacional Líquida
( - ) Custo Produtos Vendidos (matéria-prima, mão de obra)
( = ) Resultado Bruto
( - ) Despesas Operacionais
(+/-) Encargos Financeiros Líquidos (receita financeira - despesa financeira)
( = ) Resultado Operacional
( + ) Receitas não Operacionais
( - ) Despesas não Operacionais
( = ) Resultado Líquido
Fonte: Elaborado pelo autor.
• Deduções: as deduções ocorrem por três motivos principais. São eles: Vendas
canceladas, abatimentos de vendas (descontos concedidos a clientes) e impos-
tos incidentes sobre a venda.
• Custo dos Produtos Vendidos (CPV): envolve o gasto com matéria-prima, mão
de obra, energia elétrica, etc.
Auxiliar Administrativo
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Relatório Financeiro
É um texto no qual a diretoria informa aos acionistas ou a qualquer usuário da
informação contábil o desempenho e as expectativas futuras da organização em
relação às estratégias adotadas. Por meio desse relatório, os acionistas podem se
inteirar do que ocorre na organização, como os recursos estão sendo geridos, os
planos sociais que estão sendo realizados e a política de distribuição de dividen-
dos. É preciso explicitar que o Relatório Financeiro não faz parte das demonstra-
ções financeiras, mas as normas contábeis exigem que ele seja apresentado.
Contabilidade Gerencial
A contabilidade pode ser dividida em dois grupos: (i) contabilidade financeira e (ii)
contabilidade gerencial. A primeira é voltada aos usuários externos às informações
contábeis, como credores e órgãos do Governo. Já a segunda é voltada aos usuários
internos, como gestores e sócios.
Pronatec
40
O foco dessa seção são os conceitos básicos da contabilidade gerencial, seus ob-
jetivos e aplicabilidade. Para uma melhor compreensão do tema, é importante
entender o que é a informação contábil e quais suas características. A informação
pode ser conceituada como um conjunto de dados que contribui para modificar o
conhecimento do receptor. São dados que, reunidos, fazem sentido e agregam co-
nhecimento. Sendo assim, a informação contábil pode ser definida como um con-
junto de dados que, quando reunidos em formato de demonstrações, de registros
contábeis, relatórios financeiros e notas explicativas, por exemplo, acrescentam
conhecimento ao usuário.
Para que uma informação contábil seja útil, algumas características são a ela ne-
cessárias, quais sejam:
Cada organização constrói seu SCG embasada no tipo de informação que é de-
mandado pelos gestores. A Figura 22 auxilia no entendimento dos elementos que
formam um SCG.
Auxiliar Administrativo
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Contabilidade de Custos
Podemos entender a contabilidade de custos como uma ferramenta da contabili-
dade gerencial. Muitas das informações necessárias à contabilidade gerencial são
originadas da contabilidade de custos. Antes de definir o conceito da contabilidade
de custos, precisamos entender melhor a diferença entre gasto, custo e despesa.
Pronatec
42
Os custos de uma organização podem ser divididos em custos diretos e custos in-
diretos:
• Custos Diretos: são os custos que podem ser apropriados, de forma direta, para
a produção de um bem ou serviço. Exemplo: horas de mão de obra.
• Custos Indiretos: são os custos que não podem ser atribuídos, de forma objeti-
va, à produção de um bem ou serviço. Exemplo: aluguel de um galpão ou loja.
Sistemas de Custeio
A Contabilidade de Custos é formada, em parte, pelos sistemas de custeio, res-
ponsáveis por gerar informações para atender às demandas tanto da Contabilidade
Financeira quanto da Contabilidade Gerencial. Em complemento às definições já
apresentadas para a Financeira (usuários externos), essas informações devem se-
guir os princípios e normas contábeis e a legislação fiscal e tributária vigente. Na
Gerencial (usuários internos), essas informações têm foco no futuro e são geradas
de acordo com a demanda dos gestores e para subsidiar a tomada de decisão.
• Custeio por Absorção: atribui aos produtos ou serviços todos os custos fixos e
variáveis, diretos e indiretos.
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Unidade 4
Planejamento Financeiro
Nesta unidade iremos abordar a importância do Fluxo de Caixa e do Planejamento
Financeiro para a gestão de uma empresa. Os fluxos de caixa são as principais
ferramentas utilizadas por um administrador financeiro, o qual pode utilizá-los
tanto de forma interna, para auxiliá-lo na rotina financeira, ou de forma externa
à empresa, para ajudá-lo na elaboração de um plano financeiro e na tomada de
decisões.
Auxiliar Administrativo
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Fluxo de Caixa
Nesse tipo de demonstrativo, são apresentadas todas as movimentações finan-
ceiras empresariais que afetam diretamente o caixa da empresa, considerando
todas as origens dessas movimentações, suas aplicações e o resultado financeiro
do período referente às transações descritas. Por meio desse instrumento, o gestor
financeiro pode: obter informações sobre qual o valor que a empresa possui para
pagar as suas dívidas em curto e em longo prazo; elaborar planos para a contra-
tação de financiamentos e empréstimos; aumentar o retorno com as aplicações
financeiras e avaliar o impacto e o resultado de acordo com as variações dos custos
e das vendas da empresa.
Essa ferramenta é muito utilizada pelas empresas, que, conforme o ramo de ati-
vidade e rotina financeira, escolhem qual a melhor forma e método de sua elabo-
ração. Essa liberdade de escolha é dada pela inexistência de uma lei que exija a
sua publicação.
Como regra básica para analisar um demonstrativo de fluxo de caixa, devemos ter
fixado o conhecimento da natureza das operações, ou seja, no caso uma transa-
ção, é uma origem ou uma aplicação. Sendo assim, o Quadro 8 disponibiliza algu-
mas regras para identificarmos a natureza da movimentação financeira.
Origens Aplicações
Diminuição em qualquer ativo Aumento em qualquer ativo
Aumento em qualquer passivo Diminuição em qualquer passivo
Lucro líquido após imposto de renda Prejuízo líquido
Depreciação e outros itens não
Dividendos pagos
desembolsáveis
Venda de ações Recompra ou regate de ações
Empréstimos recebidos Empréstimos concedidos
Aportes de capital de acionistas Aportes em empresas ligadas
Fonte: Adaptado de GITMAN, 2010, p. 99.
Pronatec
46
Identificada a natureza das operações, partimos para um próximo passo que será
a identificação das diversas operações que afetam o caixa de uma empresa. No
Quadro 9, a seguir, estão descritas as principais operações que afetam o fluxo de
caixa de uma empresa.
Nos tópicos a seguir, veremos quais os tipos de fluxo de caixa e a sua aplicação
para o planejamento financeiro, tanto em longo quanto em curto prazo.
Auxiliar Administrativo
47
Dessa forma, a utilização combinada desses três tipos de fluxos de caixa transfor-
ma-se em uma rica base de informações que fará com que o saldo do caixa e os
títulos negociáveis da empresa diminuam, cresçam ou fiquem estagnados. Para
que cada um desses fluxos seja elaborado, a empresa precisa determinar qual o
método a ser utilizado e que lhe trará as melhores informações. Depois de enten-
dermos como funciona o fluxo de caixa, vamos entender o funcionamento do pla-
nejamento financeiro, por meio do qual você poderá perceber a aplicação direta
do Fluxo de caixa para a elaboração do planejamento.
Pronatec
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Sendo assim, vimos como é importante esse instrumento financeiro, tanto para a
empresa quanto para quem irá geri-la, pois fornece informações da rotina finan-
ceira da empresa e permite ao gestor planejar o futuro financeiro e comparar os
resultados obtidos nos planejados.
E, por fim, citamos a Geração de Recursos Financeiros como uma informação per-
tinente para a elaboração do planejamento em longo prazo, tendo em vista o
fato de ser importante para a empresa saber a sua capacidade de gerar recursos
financeiros ao longo do tempo, e isso servirá de base para tomadas de decisão em
relação aos investimentos e aos financiamentos.
Auxiliar Administrativo
49
Uma das formais mais usadas para esse planejamento é a previsão de vendas da
empresa, que tem por objetivo fornecer informações importantes sobre o pro-
cesso produtivo da empresa, além de auxiliar na elaboração do fluxo de caixa.
Percebemos que, ao fornecer informações precisas para o processo produtivo, a
empresa também conseguirá estimar seus custos de produção, custos do processo
produtivo, bem como as despesas operacionais. Para esse planejamento financeiro
em curto prazo, além da previsão de vendas, podemos utilizar outras duas ferra-
mentas importantes: o orçamento de caixa e as demonstrações pró-forma.
Podemos perceber que, por meio da previsão de vendas, a área financeira obtém
informações necessárias para a elaboração dos fluxos de caixa, ou seja, consegue
planejar as saídas necessárias, ligadas à produção, e as entradas, que são referen-
tes aos recebimentos das vendas.
Essa previsão de vendas pode ser elaborada por meio de informações externas,
internas ou ainda como uma junção das duas. A previsão com dados externos diz
respeito às informações fundamentais do mercado de atuação da empresa e aos
dados da economia. Podemos citar como exemplo de informações desse tipo: da-
dos sobre mercado consumidor, crescimento do poder de compra da sociedade e
sobre o próprio crescimento da economia.
Orçamento de Caixa
Janeiro Fevereiro Março Abril
Recebimentos R$ 200,00 R$ 250,00 R$ 350,00 R$ 390,00
Desembolso R$ 137,00 R$ 230,00 R$ 275,00 R$ 300,00
Fluxo de Caixa Líquido R$ 63,00 R$ 20,00 R$ 75,00 R$ 90,00
Saldo de Caixa Inicial R$ 100,00 R$ 163,00 -R$ 143,00 R$ 218,00
Saldo de Caixa Final R$ 163,00 -R$ 143,00 R$ 218,00 -R$ 128,00
Saldo de Caixa Mínimo R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 80,00
Financiamento Total Necessário R$ - -R$ 223,00 R$ - -R$ 208,00
Saldo Excedente de Caixa R$ 83,00 R$ - R$ 298,00 R$ -
Fonte: Elaborado pelo autor.
Pronatec
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Logo em seguida, temos o Fluxo de caixa líquido, que é a diferença entre os Re-
cebimentos e o Desembolso. Esse resultado é somado ao Fluxo de Caixa Inicial,
que é o valor final do período anterior. Você perceberá isso claramente no segundo
período da figura. O resultado da soma entre o Fluxo de Caixa Líquido e o Fluxo de
Caixa Inicial é o Fluxo de Caixa Final.
Logo, temos o item Saldo Mínimo Desejad, que é fundamental para uma análise
de financiamento. Se a diferença entre os itens Saldo Mínimo Desejado e Financia-
mento Necessário resultar em número negativo, significa que a empresa necessita
de financiamento para cobrir suas despesas, resultando em Saldo Excedente de
Caixa negativo. Esse financiamento é considerado de curto prazo, uma vez que
estamos considerando as despesas operacionais e o planejamento financeiro em
curto prazo. Se o resultado encontrado for positivo, quer dizer que há excedente
de caixa. Esse orçamento de caixa possibilita uma visão da situação financeira da
empresa em curto prazo, pois irá informar se haverá saldo excedente ou um déficit
de caixa.
Por fim, a terceira ferramenta que usamos para elaborar o planejamento finan-
ceiro em curto prazo é a demonstração pró-forma, que tem por objetivo projetar
lucros e a posição financeira geral da empresa, em curto prazo. Para esse controle,
utilizamos as Demonstrações Financeiras do ano anterior e a projeção de vendas.
O Quadro 11 demonstra um exemplo de uma Demonstração pró-forma.
Podemos perceber que o item Receita de Vendas é o valor das vendas realizadas;
o Custo da Mercadoria Vendida é propriamente o custo que a mercadoria vendida
gerou. A diferença entre esses dois itens é o resultado do Lucro Bruto. Como foi
Auxiliar Administrativo
51
demonstrado no quadro, todos os resultados são interligados uns aos outros, até
chegarmos ao valor final do Lucro retido.
Assim, percebemos que essa ferramenta oferece à área financeira uma visão mais
ampla e geral da situação financeira da empresa, em um determinado período. É
importante lembrar que todos os dados que utilizarmos para a elaboração de uma
das ferramentas que citamos devem considerar os mesmo períodos, para que as
informações sejam verídicas e sirvam de base para futuras tomadas de decisões.
3. Quais são as operações financeiras que afetam o fluxo de caixa, ou seja, que
provocam o aumento ou a diminuição do caixa de uma organização?
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Unidade 5
Processo de Compra e Vendas
Vamos tratar, nesta unidade, de duas importantes informações que compõem o
planejamento financeiro: o processo de compra e o processo de venda. O primeiro
processo diz respeito à compra de insumos e materiais que compõem a produção
e processos operacionais. Já o processo de venda se refere às etapas de vendas,
as quais começam desde a captação de clientes até a entrega do produto. Como
vimos na seção anterior, o planejamento da produção e o controle das vendas são
fundamentais para o planejamento financeiro de curto prazo.
Processo de Compras
O processo de compras é a forma de manutenção do fluxo de chegada de matérias
-primas utilizadas no processo produtivo. É por meio desse processo que se tem o
controle da compra dos materiais necessários para a fabricação do produto final.
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Observamos que, para o alcance dos objetivos, é necessário atentar para o tipo
de fornecedor a ser escolhido, a fim de se construir uma boa relação. Esta gera
confiabilidade que, por sua vez, resulta em uma maior chance de negócios futuros,
podendo ser o início de uma parceria sólida e duradoura, que beneficia a organização.
Processo de Vendas
O processo de vendas é a forma como o produto final da organização será lançado
no mercado, ou seja, diz respeito ao modo como o produto será inserido no mer-
cado, após sua fabricação. O setor de vendas é o responsável pela organização e
execução do processo de vendas, sendo formado pela equipe de vendas, incluindo
desde os vendedores, nas lojas, até os atendentes de telemarketing, passando
também pelo atendimento da assistência técnica, que envolve, por exemplo, o
atendimento ao cliente, em casos de manutenção.
O processo de vendas é uma sequência de etapas que os vendedores seguem para realizar
as vendas. Para melhor entender esse processo, destacam-se seis tópicos, sendo eles:
pesquisa de campo; planejamento de vendas; apresentação do produto; abordagem do
vendedor; técnicas de vendas; atendimento pós-vendas, como veremos abaixo:
Pesquisa de campo
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qual lugar resultaria maiores vendas?; Qual o melhor lugar para a instalação de um
ponto de venda ou uma loja?; Qual a melhor forma de se vender o produto para o
consumidor?; Qual a forma de transporte (em casos de vendas pela Internet)?; Que
tipo de propaganda melhor atenderia o público? Enfim, é a etapa na qual se obtém
o maior número de informações que possam contribuir para um maior número de
vendas.
Planejamento de vendas
Apresentação do produto
Abordagem do vendedor
Técnicas de vendas
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Atendimento pós-vendas
Estão enganados aqueles que acham que a relação entre o vendedor e o consumi-
dor termina no ato da compra. Após o atendimento e dependendo do produto ofer-
tado, existem prestações de serviços a serem cumpridas, quais sejam: assegurar a
entrega dentro do prazo, instalação, acompanhamento ou manutenção, além de
lidar com possíveis reclamações e questões futuras.
Uma organização é, então, uma estrutura em que todos os seus setores devem
trabalhar em conjunto e harmonia para alcançar o objetivo final, o lucro. E, para
alcançá-lo, é preciso estabelecer planos, metas e estipular condições para os inte-
grantes da organização. Estabelecendo a ordem, a gerência mantém o funcionamento
e determina a distribuição dos recursos a todos os setores aos quais demanda.
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Por fim, pode-se afirmar que uma organização, por mais simples que seja, precisa
de um mínimo de ordem e estruturas básicas para o funcionamento, devendo as
áreas se inter-relacionar para o bom desempenho.
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Listamos, abaixo, algumas ferramentas simples, de controle, que servem para au-
xiliar a área financeira no seu dia a dia:
Livro Caixa
Fluxo de Caixa
Lucro Líquido
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Unidade 6
Noções Básicas de Administração Financeira
O termo finanças diz respeito à ciência de administrar o dinheiro, ao processo de
gerenciar os recursos financeiros, às instituições financeiras, aos mercados e à tro-
ca de dinheiro entre as pessoas e organizações. Estudar finanças envolve conhecer
sobre, entre outras, três áreas básicas inter-relacionadas, que são:
Conceituando
Administrar é o processo de tomar decisões importantes que visam à utilização dos
recursos de forma otimizada. Desse modo, administrar uma empresa envolve cin-
co principais etapas: planejamento, organização, comando, execução e controle.
Todas essas etapas devem ser realizadas em todas as áreas da empresa, para que
a organização seja vista como um sistema integrado. As principais áreas funcionais
da administração são: finanças, produção, marketing e recursos humanos. Nesse
estudo, daremos ênfase na Administração Financeira de uma empresa.
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Por fim, temos a Sociedade por Cotas, ou Sociedades por Ações, cujo capital não
é destinado a somente uma pessoa específica. Os proprietários de uma Sociedade
por Cotas são conhecidos como acionistas, e seus direitos são conhecidos como
ações. O regimente jurídico dessa sociedade é denominado Estatuto Social e sua
administração é exercida por meio de Conselho de Administração, formado por
profissionais externos e/ou internos, os quais são eleitos por meio de votação dos
acionistas. A Figura 24 demonstra um organograma simples de uma Sociedade por
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Assim, percebemos que, em cada uma dessas naturezas jurídicas citadas, o admi-
nistrador financeiro deve se posicionar de forma específica. Por exemplo, no pri-
meiro caso, o da Empresa Individual, o proprietário é o responsável pelas decisões
de suas empresas e, geralmente, é ele quem controla o financeiro da empresa. No
segundo tipo, por se tratar de uma empresa um pouco maior, pode-se contratar
profissionais para cada área da empresa, inclusive a financeira. Já na Sociedade
por Cotas, a administração é realizada por meio de um Conselho de Administra-
ção, ligado diretamente ao Vice-presidente de Finanças, que possui colaboradores
diferenciados: Tesoureiro e Controle, e cada um deles desempenha atividades es-
pecíficas.
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E, por fim, temos a Administração do Capital de Giro, que diz respeito aos ativos
da empresa em curto prazo. Essa administração torna-se uma ferramenta diária
de controle e monitoramento dos seus recursos, assegurando que a organização
possua recursos suficientes para cumprir suas obrigações, evitando desembolsos
desnecessários.
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A ausência de uma boa gestão financeira pode tornar-se fatal para a organiza-
ção, causando sérios prejuízos que podem levar a organização à falência. Essa
má gestão pode ocasionar um falso cenário econômico e financeiro da empresa,
em que as informações presentes dentro da organização podem estar incorretas e
não compatíveis com a realidade vivida. Dessa forma, ao acreditar em um cenário
ilusório, a empresa poderá se comprometer financeiramente com investimentos e
não conseguir cumprir com suas obrigações.
Outro fator que pode ser consequência da má gestão financeira é o cálculo errôneo
do preço de vendas de seus produtos e/ou serviços, por não se conhecer devida-
mente as despesas e os custos da organização. Concomitantemente, tem-se como
falta de informações sobre a lucratividade da empresa: desconhecer se a empresa
está obtendo lucro em suas atividades, impactando diretamente a sua situação
financeira e disponibilidade de caixa, o que impossibilita o seu crescimento.
Por fim, podemos citar a função de Coordenação e Controle, que tem por obje-
tivo garantir que a empresa esteja executando suas funções de forma eficiente
e eficaz. Considera-se importante que a área financeira esteja em sintonia com
as demais áreas da empresa, uma vez que todas as decisões podem ter impacto
financeiro sobre a organização.
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Essas práticas são típicas da área financeira e nos influenciam no dia a dia. Vamos
trabalhar alguns desses conceitos, tais como: taxa de juros; tipos de juros (juros
simples e compostos). E, ainda, entender a variação do valor do dinheiro, ao longo
do tempo.
Taxa de Juros
O termo taxa de juros, ou retorno requerido, representa o custo do dinheiro em
um determinado tempo. Esse retorno esperado refere-se ao valor adicional de um
empréstimo que um ofertante realiza para um requerente, em um determinado
período. Em outras palavras, dizemos que o custo do capital emprestado é a taxa
de juros.
Outro fator que influencia a taxa de juros é a Política Monetária, que é a atuação
de autoridades do sistema financeiro sobre a quantidade de moeda em circulação.
A política monetária utilizada pelo Banco Central permite o controle de suas taxas
de referências (por exemplo, a Taxa Selic), o que impacta a taxa de juros. Da mes-
ma forma, a quantidade de moeda em circulação é um dos fatores que determinam
o preço, ou seja, quanto maior a procura pelo recurso financeiro, maior será a taxa
de juros imposta.
Assim, vimos que as taxas de juros são influenciadas por alguns fatores muito im-
portantes, e que elas se modificam de acordo com o mercado, com o risco que o
empréstimo oferece e, ainda, pela oferta e demanda de recursos financeiros. En-
tretanto, é necessário entender algumas nomenclaturas de taxas de juros que são
utilizadas em situações distintas. Podemos citar a taxa Selic, já mencionada; taxa
de juros ativa e passiva; taxa de juros nominal e real. A Taxa Selic é a taxa básica
de referência utilizada pelos bancos, criada pelo Banco Central. É por meio dessa
taxa que os bancos definem a remuneração de algumas aplicações. Além disso,
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Agora que já entendemos alguns fatores que influenciam a taxa de juros, vamos
compreender algumas terminologias importantes, tais como: taxa de juros ativa
e passiva; taxa de juros real e nominal. A taxa de juros ativa é o valor pago pelo
indivíduo que solicita recursos financeiros às Instituições Financeiras, ou seja, o
valor cobrado pelas Instituições Financeiras das quais se solicita crédito. Já a taxa
de juros passiva é o valor pago pelas Instituições Financeiras aos seus clientes, ao
utilizar o recurso financeiro disponível em conta.
Outro termo é a taxa de juros real, que se refere ao valor cobrado, independen-
temente do período de utilização dos recursos requeridos, não sendo influenciado
pela inflação. O termo taxa de juros nominal é a taxa propriamente dita, que é
cobrada pelo ofertante do empréstimo. Para a cobrança dessa taxa de juros, é
considerada a inflação, o risco e o período de utilização do recurso financeiro.
Para entendemos como acontece a incidência de juros, vamos utilizar uma ferra-
menta simples, mas muito útil para essa análise: Linha do Tempo. Vamos utilizar
esse recurso também durante a próxima seção, onde explicaremos mais claramen-
te sobre os valores positivos e negativos. Para entendermos os juros, precisamos
somente compreender como se realiza o seu cálculo e em qual tempo. Vejamos a
Linha do Tempo representada na Figura 25, na qual os números superiores se refe-
rem aos períodos (tempos), sendo o valor no tempo Zero o desembolso.
Podemos perceber que o valor dos juros durante o período demonstrado foi calcu-
lado sobre o valor inicial, e que esse valor dos juros sempre será fixo, ou seja, o
valor dos juros será o mesmo para todos os períodos.
Por outro lado, temos os Juros Compostos, que são valores adicionais calculados
sobre cada uma das parcelas, tornando-se acumulativos. A cada parcela, irá incidir
o valor dos juros calculados sobre a parcela anterior. Vejamos a Linha do Tempo
da Figura 26.
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Percebemos que, no tempo Um, o valor dos juros foi calculado sobre o valor inicial,
de $100. Para o período seguinte, considerou-se como valor base para o cálculo
o valor da parcela anterior, ou seja, o valor da parcela do tempo Um e, assim,
sucessivamente.
Em todos os exemplos de Linha do Tempo que utilizamos até aqui, observe que a
taxa era correspondente ao período que se pretendia calcular. Isso quer dizer que a
taxa dos exemplos foi dada de acordo com o período em que estávamos estudando,
ou seja, se estávamos falando em meses, as taxas que usamos também estavam
escritas em meses como, por exemplo: 5% ao mês; 10% ao mês.
É imprescindível que essa taxa esteja vinculada ao período que se quer calcular.
Não podemos calcular a incidência de juros durante 3 meses, se a taxa estabeleci-
da está em anos. Para isso, utilizamos a equivalência de taxa, que é o processo de
transformar a taxa que é estabelecida em taxa do período que você deseja.
Você tem uma taxa de 24% ao ano e precisa saber qual é o valor da taxa em meses.
Vejamos:
Assim, o valor obtido quer dizer que a taxa é de 2% o mês. Essa facilidade é resul-
tado do modo como as taxas de juros simples são calculadas, ou seja, o seu valor
de cálculo é sempre o valor inicial.
Assim, para o (1 + i) será usado o valor da taxa que lhe foi estabelecida. Por exem-
plo, suponhamos que você necessite transformar uma taxa que está em ano para
uma taxa em meses, e o valor que lhe foi estabelecido é de 5% ao ano.
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Isso quer dizer que eu quero transformar uma taxa que está em 12 meses (ou um
ano) em uma taxa para um mês.
Como observado na figura, a reta é marcada por números que indicam o tempo, ou
seja, o período. E o primeiro marco é o período Zero, que determina o dia de hoje;
o número Um indica um período após o tempo Zero; o período Dois indica dois
períodos após o período Zero e, assim, sucessivamente. Como falamos, o dinheiro
muda o seu valor ao longo do tempo, por meio da prática dos juros. Observe agora
a figura abaixo.
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Observamos que, no tempo Zero, houve uma saída de $100 e que há incidência de
taxa entre cada um dos períodos e, no final do período Três, esse valor terá uma
variação de acordo com a taxa indicada. Observe que o exemplo utilizou a meto-
dologia de juros compostos, a qual vimos anteriormente.
Hoje, se você tivesse em mãos $1000,00, ele valeria mais, se comparado com o
seu valor no futuro. Isso acontece porque esse valor de $1000,00, hoje, poderia
ser investido e você poderia ganhar valores adicionais (juros) com esse capital.
A mudança de tempo, de hoje (Valor Presente) para um período seguinte (Valor
Futuro) recebe o nome de capitalização. Para calcular o valor futuro, utilizamos a
seguinte fórmula:
Imagine que hoje você tenha $100 e irá depositá-los em uma conta bancária que
lhe pagará 5% ao ano. Lembre-se de que esse juro é referente ao custo do capital,
visto anteriormente, ou seja, a Instituição Bancária lhe pagará um valor adicional
por utilizar o recurso financeiro que você depositou. Ao depositá-lo você preten-
de, agora, saber quanto ele valerá daqui a 5 anos, na conta bancária.
onde,
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Por meio desse exemplo, podemos perceber como o dinheiro tem o seu valor alte-
rado ao longo do tempo. Essas análises são muito importantes para a área finan-
ceira de uma empresa, uma vez que, por meio desses cálculos, os gestores obtêm
informação acerca do custo de capital de um investimento, ou até mesmo levam a
empresa a obter financiamentos.
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4. Ao comprar uma mercadoria, o cliente de uma loja divide o valor a ser pago
em 5 prestações iguais de $500, já incluídos os juros. Entretanto, ao pagar a
quarta parcela, o cliente decide quitar também a quinta parcela. Sabendo
que os juros praticados pela loja são de 5% ao mês, calcule o valor total que o
cliente pagará pela mercadoria.
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Conclusão
Caro aluno, chegamos ao fim de nosso curso. Esperamos que as informações e os
conhecimentos transmitidos e adquiridos ao longo dessas aulas tenham influencia-
do de forma positiva a sua formação como Auxiliar Financeiro. Ressaltamos que é
importante serem buscadas sempre outras fontes de informação como forma de
ampliar seus conhecimentos e a sua capacidade de argumentação, mantendo-se
sempre atualizado em relação aos assuntos tratados ao longo do curso. Por fim,
desejamos a você muito sucesso em sua trajetória profissional. Um forte abraço!
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FEA/USP, Equipe de Professores da. Contabilidade Introdutória. 10. ed. São Paulo:
Atlas, 2006.
LEMES JÚNIOR, Antônio B.; RIGO, Cláudio M.; CHEROBIM, Ana Paula M.S. Adminis-
tração Financeira: princípios, fundamentos e práticas trabalhistas. 2. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
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