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insegurança?
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o entendeu no passado) que não é digno de amor, que vai ser rejeitado
e isto causa tremenda ansiedade nos relacionamentos. Por outro lado,
você pode ter sito tantas vezes ignorado quando criança e rejeitado
quando adolescente, pelos primeiros amores, que cria um mecanismo
de defesa que ele chama de evasão, não se apegando de verdade,
como forma de autoproteção.
Vale dizer que ninguém é uma única coisa e embora um estilo de apego se
sobressaia ao outro, pode haver gotas dos outros três em você. Para
começar uma breve (e superficial) avaliação leve em conta os quatro tipos
de apego, segundo a teoria de John Bowlby:
Ansiedade
relacionada ao apego
Ter uma total proximidade emocional com meu parceiro é tudo para mim,
mas as outras pessoas não querem estar tão próximas como gostaria e
meu desejo de tanta proximidade muitas vezes as assusta. Quando tenho
um parceiro, eu me questiono e me preocupo se não sou tão bom quanto
ele ou as outras pessoas. Estou sempre preocupado se ele não se importa
comigo tanto quanto eu me preocupo com ele. E também me preocupo o
tempo todo se meu parceiro me ama de verdade, se vai parar de me amar
ou se vai decidir me deixar. Preocupo-me especialmente se vai encontrar
alguém quando não estivermos juntos.
Avaliação:
5
Evasão
relacionada ao apego
Sou uma pessoa independente e autossuficiente, então não preciso de um
relacionamento íntimo e comprometido. Quando estou em um
relacionamento assim, prefiro não depender de meu parceiro ou compartilhar
pensamentos e sentimentos profundamente pessoais. E isto me deixa pouco
à vontade quando meu parceiro quer depender de mim ou falar muito sobre
seus pensamentos e sentimentos. Quando tenho problemas, tendo a guardá-
los para mim mesmo e descobrir como resolvê-los por conta própria, e
preferiria que meu parceiro fizesse o mesmo.
Avaliação:
Este comportamento pode levar a uma anulação do seu eu. Não é incomum
pessoas nesta categoria nunca dizerem a verdade sobre o que sentem com
medo de desagradar, de fazer sexo, por exemplo, como moeda de troca e não
por prazer e viver eternamente se sentindo em falta com o parceiro. O medo
da rejeição é um fantasma constante e a opinião dos outros (ainda que não
tenham de fato importância na sua vida) tem mais importância que sua
própria autoavaliação. Estas são características do Apego Preocupado.
“aperfeiçoamento
é você quem tem que fazer,
sem ficar eternamente
culpando os outros
Por exemplo: você soube ou se lembra que seus pais
não eram muito carinhosos, que caçula numa família
de 4 irmãos você ficava um tempão chorando no berço
até alguém aparecer para te pegar e consolar. Que
seus irmãos brincavam com seus medos e seus pais
nem notavam sua aflição. Você então se sentia
rejeitada, indigna de amor e cuidado e ao crescer foi se
tornando mais introspectiva e carente. talvez, somado
a isso, você ainda é tímida e não fez muitos amigos na
escola e na adolescência, enquanto todas as amigas
namoravam, sentia que ninguém te olhava ou se interessava por você. Seu
primeiro namorado, ainda moleque, não era o mais romântico do mundo,
como o da garota mais popular da escola e você foi reforçando a “verdade”
de que não era suficiente, que precisaria entregar tudo de si para alguém te
querer e mesmo ele dizendo que te amava, no fundo sentia que não era
verdade. Talvez ele tenha se cansado da sua insegurança e o namoro não
tenha ido pra frente, logo, reforçou mais uma vez que você não tinha muitos
méritos para ser amada. No próximo relacionamento, você já começa se
sentindo menor. Se ele se atrasava para um compromisso, na sua cabeça era
certa a ideia de que não se importava com o relacionamento de vocês, e nem
pensava na possibilidade de o trânsito estar mesmo ruim, do trabalho ter
segurado ele além da conta ou outra variável. Talvez esteja casada hoje e
sente que seu marido não a entende, não a valoriza e que você não é mesmo
a pessoa mais digna de amor. Para manter este relacionamento, se frustra,
não fala tanto dos seus sonhos para não ser rechaçada ou renegada, engole
seus medos e talvez o sufoque cobrando sempre por carinho e atenção que
nunca serão suficientes.
Este é só um quadro e, tal qual somos tão variados, os efeitos da nossa figura
de apego podem se modificar, mas só podemos nos “resolver” ao entender
quem somos, o que nos fizeram e o que podemos fazer com o que fizeram de
nós. Mas para isto, vamos conversar mais para a frente mostrando as
soluções possíveis para cada estilo de apego ser mais seguro no amor.
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