Você está na página 1de 85

MANEJO DO SOLO EM COMPONENTES

INTEGRADOS
Componente Biológico

Robélio Leandro Marchão – Pesquisador Embrapa Cerrados


ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
 1 - Introdução/Contextualização

 2 - O funcionamento biológico do solo

 3 - Sistemas integrados e atributos biológicos

 4 - Uso de bioindicadores

 5 - Considerações finais
FALHAS NA COBERTURA DO SOLO E EROSÃO LAMINAR EM
PLANTIO DIRETO NÚCLEO RURAL LAMARÃO, DF JULHO 2006

Foto: Sá (2006)
PREPARO EXCESSIVO COM GRADE AINDA É REALIDADE
NO CERRADO...
ÁREA DE PASTAGENS NO CERRADO

Mais de 55 M ha de pastagens cultivadas


(Sano et al., 2008)
MANEJO DO SOLO: LAVOURA X PASTAGEM

Foto de Luciano Shozo Shiratsuchi


MANEJO DO SOLO: LAVOURA X PASTAGEM

Foto de Luciano Shozo Shiratsuchi

Sistemas pH P K Al Ca+Mg M.O Argila


mg/dm3 .....cmolc/dm3..... (%)
Pastagem 5.1 0.9 0.07 0.5 0.5 2.7 57
Lavoura 6.2 34 0.12 0.0 4.9 3.4 55
Pastagem 5.3 1.1 0.13 0.6 0.4 0.7 17
Lavoura 6.3 26 0.25 0.0 2.4 0.9 13
COERÊNCIA ECOLÓGICA?

Intensidade da exploração compatível com a capacidade de suporte do meio


ambiente. Essa coerência requer que a intensidade do uso do solo, ditada
pela pressão de demanda, não ultrapasse sua capacidade de suporte (Cunha
et al. 1994).
MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

Conhecimento técnico-científico

Adaptado de Sá et. al., (2009)


MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

Conhecimento técnico-científico

 Correção da
acidez superficial
e subsuperficial

Adaptado de Sá et. al., (2009)


MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

Conhecimento técnico-científico

 Correção da  Qualidade do
acidez superficial solo
e subsuperficial

Adaptado de Sá et. al., (2009)


MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

Conhecimento técnico-científico

 Correção da  Qualidade do  Rotação de


acidez superficial solo culturas e práticas
e subsuperficial conservacionistas

Adaptado de Sá et. al., (2009)


MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

Conhecimento técnico-científico

 Correção da  Qualidade do  Rotação de  Adubação


acidez superficial solo culturas e práticas corretiva e
e subsuperficial conservacionistas de
manutenção
Adaptado de Sá et. al., (2009)
MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

Agricultura
produtiva e estável

Conhecimento técnico-científico

 Correção da  Qualidade do  Rotação de  Adubação


acidez superficial solo culturas e práticas corretiva e
e subsuperficial conservacionistas de
manutenção
Adaptado de Sá et. al., (2009)
MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

 Supercalagem
acidez subsuperficial

Adaptado de Sá et. al., (2009)


MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

 Supercalagem  Preparo/manejo
acidez subsuperficial inadequado

Adaptado de Sá et. al., (2009)


MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

 Supercalagem  Preparo/manejo  Monocultura sem


acidez subsuperficial inadequado práticas
conservacionistas

Adaptado de Sá et. al., (2009)


MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

 Supercalagem  Preparo/manejo  Monocultura sem  Adubações


acidez subsuperficial inadequado práticas desequilibradas
conservacionistas

Adaptado de Sá et. al., (2009)


MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

 Supercalagem  Preparo/manejo  Monocultura sem  Adubações


acidez subsuperficial inadequado práticas desequilibradas
conservacionistas

Adaptado de Sá et. al., (2009)


MANEJO DO SOLO: OS ELEMENTOS DE MANEJO
APLICAÇÃO HARMÔNICA DOS ELEMENTOS DE MANEJO DO SOLO

 Supercalagem  Preparo/manejo  Monocultura sem  Adubações


acidez subsuperficial inadequado práticas desequilibradas
conservacionistas

Adaptado de Sá et. al., (2009)


INTER-RELAÇÕES ENTRE ATRIBUTOS DO SOLO
Indicador selecionado Outros indicadores influenciados pelo indicador selecionado
Agregação Matéria orgânica, atividade microbiana, textura
Infiltração Matéria orgânica, agregação, condutividade elétrica, saturação por
bases
Densidade do solo Matéria orgânica, agregação, profundidade do perfil, atividade
biológica
Biomassa Matéria orgânica, agregação, densidade do solo, pH, textura,
microbiana/respiração

Disponibilidade de Matéria orgânica, pH, textura, atividade biológica (taxas de


nutrientes mineralização/imobilização)
Adaptado de Arshad & Martin (2002)
INTER-RELAÇÕES ENTRE ATRIBUTOS DO SOLO
Ciclagem de nutrientes Estrutura do solo

Microflora Cataboliza a matéria orgânica. Produz compostos orgânicos que ligam os


agregados do solo.
Mineralizam e imobilizam nutrientes. As hifas emaranham as partículas em agregados.

Microfauna Regulam as populações de bactérias e Podem afetar a estrutura dos agregados através
fungos. das interações com a microflora.
Alteram a ciclagem de nutrientes.
Mesofauna Regulam as populações de fungos e de Produzem “pelets” fecais.
microfauna. Criam bioporos.

Alteram a ciclagem de nutrientes. Promovem a humificação


Fragmentam resíduos de plantas.
Macrofauna Fragmentam resíduos de plantas. Misturam partículas orgânicas e minerais.
Estimulam a atividade microbiológica. Redistribuem a matéria orgânica e os
microorganismos.
Criam bioporos.
Promovem a humificação.
Produzem “pelets” fecais.
Fonte: Hendrix et al. (1990)
“A VIDA DO SOLO”

 Os “engenheiros do
ecossistema” são os
componentes mais visíveis
da vida do solo. Trabalham
em conjunto com outros
microorganismos e fungos
do solo contribuindo para a
aeração e reciclagem de
nutrientes, como parte de
um esforço de equipe para
construir o solo (Jones et al., Clique para adicionar legenda
1994)
“A VIDA DO SOLO”

 Os “engenheiros do
ecossistema” são os
componentes mais visíveis
da vida do solo. Trabalham
em conjunto com outros
microorganismos e fungos
do solo contribuindo para a
aeração e reciclagem de
nutrientes, como parte de
um esforço de equipe para
construir o solo (Jones et al., Clique para adicionar legenda
1994)
FUNCIONAMENTO FÍSICO DOS SOLOS DO CERRADO É REFLEXO DA SUA
ESTRUTURA QUE ESTÁ INTIMAMENTE RELACIONADA AO PAPEL DA
FAUNA EDÁFICA (MICRO, MESO E MACROFAUNA)
EFEITO DO PREPARO DO SOLO SOBRE A FAUNA

Antes do preparo Após o preparo Após o preparo


primário primário secundário
Para proteger o solo, devemos garantir a manutenção da sua
funcionalidade ou restaurá-lo (Conama 420/ 2009)

SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS
DO SOLO:
Produção vegetal
Ciclagem de nutrientes
Regulação do clima
Sequestro de gases
Desintoxicação
Controle de fluxo de água
Proteção de plantas contra pragas
Outros (Lavelle et al. 2006)

Métodos para prever o impacto, avaliar e monitorar


Para proteger o solo, devemos garantir a manutenção da sua
funcionalidade ou restaurá-lo (Conama 420/ 2009)

SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS
DO SOLO:
Produção vegetal
Ciclagem de nutrientes
Regulação do clima
Sequestro de gases
Desintoxicação
Controle de fluxo de água
Proteção de plantas contra pragas Fauna de solo
Outros (Lavelle et al. 2006) 23%
da diversidade total
Decaens et al. 2006

Métodos para prever o impacto, avaliar e monitorar


O PARADOXO DA « BELA ADORMECIDA »
Alta densidade e biomassa de
micro-organismos no solo

Grande potencial para crescimento instantaneo


Geralmente, mais de 90% do fluxo de energia no solo
passa através de decompositores microbianos

Mas,
Tempo de reciclagem de 6-18 meses Fonte: Lavelle, 1997
O PARADOXO DA « BELA ADORMECIDA »
 Alta densidade e biomassa de micro-organismos no solo

 Grande potencial para crescimento instantâneo


 Geralmente, mais de 90% do fluxo de energia no solo passa através
de decompositores microbianos

 Mais tempo de reciclagem de 6-18 meses.

Fonte: Lavelle, 1997


 A microflora pode ficar
inativa a maior parte do
tempo esperando por
condições favoráveis

 Raízes e Invertebrados
podem atuar como o
« Príncipe charmoso » SPD
+ ILP
Clique para adicionar legenda
A SUSTENTABILIDADE DO SPD E O PAPEL DAS GRAMÍNEAS TROPICAIS
A SUSTENTABILIDADE DO SPD E O PAPEL DAS GRAMÍNEAS TROPICAIS
A SUSTENTABILIDADE DO SPD E O PAPEL DAS GRAMÍNEAS TROPICAIS
A SUSTENTABILIDADE DO SPD E O PAPEL DAS GRAMÍNEAS TROPICAIS
A SUSTENTABILIDADE DO SPD E O PAPEL DAS GRAMÍNEAS TROPICAIS
A SUSTENTABILIDADE DO SPD E O PAPEL DAS GRAMÍNEAS TROPICAIS
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS ORGANISMOS DO SOLO

Interações com a Microflora


(digestão)

Formaçao de estruturas
Biogênicas (bioturbação)
Lavelle, 1997
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS ORGANISMOS DO SOLO

Interações com a Microflora


ENGENHEIROS DO ECOSISTEMA

(digestão) TRANSFORMADORES DE RESIDUOS

MICROPREDADORES

MICROFLORA

Formaçao de estruturas
Biogênicas (bioturbação)
Lavelle, 1997
PAPEL FUNCIONAL DA MACROFAUNA DO SOLO

(Bottinelli et al., 2014 http://dx.doi.org/10.1016/j.still.2014.01.007)


MICROMORFOLOGIA – EX. SISTEMAS AGRÍCOLAS

Fonte: Marchão et al. FERTBIO 2006


 Modelo conceitual
exemplificando as
correlações entre os
diferentes serviços
ecossistêmicos/compar
timentos relacionados
ao funcionamento do
solo.

Clique para adicionar legenda


INTENSIFICAÇÃO DO USO DA TERRA X SUSTENTABILIDADE

Análise canônica de atributos químicos,


(Bottinelli et al., 2014)
http://dx.doi.org/10.1016/j.still.2014.01.007 físicos e biológicos de sistemas agrícolas.
Neossolo Quartzarênico órtico, Mineiros-GO.
ILP: integração lavoura-pecuária; PD: plantio
Carneiro et al. RBCS. 33:147-157, 2009 direto; PC: preparo convencional
MACROFAUNA COMO INDICADORA - METODOLOGIA
Método TSBF (Tropical Soil Biology and Fertility Program)

LAVELLE, P. et al., Relationship between soil macrofauna and tropical soil


fertility. In: Woomer & Swift. N. York: The Biological Management of
Tropical Soil Fertility. John Wiley & Sons. 1994.

LAVELLE, P. Assessing the abundance and role of invertebrate


communities in tropical soils: aims and methods. Journal of
EXTRAÇÃO DA
MONOLITO African Zoology, v.102, p.275-283, 1988
FAUNA
MACROFAUNA DO SOLO EM SISTEMAS ILP
Figure 2. Soil fauna
density

Soil fauna density (indiv./m 2) 1200

1000
Other invert.
Co leo pters
800
A nts
Termites
600 Earthwo rms

400

200

0
CER S1 S3L-T1 S3L-T2 S3P-T1 S3P-T2 S4-T1 S4-T2

Biodiversity 13 15 15 21 15 15 14 16
(n# of morphospecies)
Marchão et al., 2009
MACROFAUNA DO SOLO EM SISTEMAS ILP
Figure 2. Soil fauna
density

Soil fauna density (indiv./m 2) 1200

1000
Other invert.
Co leo pters
800
A nts
Termites
600 Earthwo rms

400

200

0
CER S1 S3L-T1 S3L-T2 S3P-T1 S3P-T2 S4-T1 S4-T2

Biodiversity 13 15 15 21 15 15 14 16
(n# of morphospecies)
Marchão et al., 2009
FAUNA EDÁFICA EM SISTEMAS INTEGRADOS

Parâmetros da fauna epígea, em Sistema de Plantio Direto (SPD), sistema convencional (SC), silvicultura com eucalipto (EUC),
pastagem continua (PC), sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP-a e ILP-b), sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
(ILPF-a e ILPF-b) e floresta semidecídua (FS). Ponta Porã, MS. Valores médios de 10 repetições. Letras diferentes nas barras e sobre
as linhas indicam diferenças estatísticas (Tukey, p<0,05). Portilho et al., 2013. CBCS
COMUNIDADES DE NEMATÓDEOS EM SISTEMAS ILP
2.6
-3.2 4.2
-3.3
1
E2 = 16,38% -1 1 PAST
-1
CE

Tyl
Cri LP-C

Paraty
Heli
Outros
Paratr
L-C
A LP-D
E1 = 28,17% Aph
PL-D

L-D

Ovos

Mel Dit

PL-C

Praty p < 0,001

Goulart et al, 2008.


COMUNIDADES DE ENQUITREÍDEOS EM SISTEMAS
INTEGRADOS NOS CAMPOS GERAIS - PR

Niva et al, 2014 FERTBIO (submetido)


SIST. INTEGRADOS LAVOURA-PECUÁRIA
Local: Fazenda Xanxerê (Correntina-BA)
Solo: NQ arenoso PC- Soja ( 2 anos)
PD- Soja (10 anos)
0,90
PD- Algodão (10 anos)
PD- Milho + Braqui. (10 anos)
0,75

0,60

0,45
%

0,30

0,15

0,00
MOS

02/2011 (Vilela et al.)


SIST. INTEGRADOS LAVOURA-PECUÁRIA
Local: Fazenda Xanxerê (Correntina-BA)
Solo: NQ arenoso PC- Soja ( 2 anos)
PD- Soja (10 anos)
80 PD- Algodão (10 anos)
PD- Milho + Braqui. (10 anos)
60

40

20

0
Glicosidase Sulfatase
02/2011 (Vilela et al.)
IMPORTÂNCIA DO MANEJO ADEQUADO DA PASTAGEM
 A diversidade metabólica ou funcional é
definida pelo número, tipo e taxa de utilização
de um conjunto de substratos pela
comunidade microbiana. Medida com uso do
sistema Biolog Ecoplate (Biolog Inc., Hayward,
CA, EUA)

 A hidrólise do diacetato de fluoresceína (FDA)


mede a atividade específica de proteases,
lipases, esterases e outras enzimas capazes de
hidrolizar o FDA

 Utilizado como IQS


Clique para adicionar legenda
 Quociente metabólico:
razão entre a taxa de
respiração basal e o
carbono da biomassa
consumido.

 Utilizado para detectar


condições de estresse
microbiano, razões mais
elevadas refletem uma
alta demanda por C
orgânico. Clique para adicionar legenda
Riqueza (nº grupos) da comunidade de macrofauna invertebrada do solo sob plantio convencional (PC),
plantio direto (PD), integração lavoura/pecuária (I), pastagem (P), eucalipto (E) e vegetação nativa (VN),
Maracaju, MS. Médias de 5 repetições.

Lourente et al. Acta Sci. Agron. v. 29, n. 1, p. 17-22, 2007


POR QUE USAR BIOINDICADORES?
Sensibilidade
Tratamento MOS C da Biomassa Glicosidase Fosfatase
Microbiana Ácida
g kg-1 mg C kg-1 --------- µg pnf g soil-1 h-1 ---------

Plantio Direto 37,0 a 277 a 230 a 1009 a


Convencional 27,0 a 152 a 71 b 488 b
% aumento no PD +37% +82% +224% +107%

Ex: Latossolo argiloso de cerrado após 11 anos do estabelecimento de sistemas de plantio direto e
convencional ( 0-5 cm profundidade).

Peixoto et al. 2010


TABELAS DE INTERPRETAÇÃO DE INDICADORES QUÍMICOS

(Sousa et al. 2002)


TABELA DE INTERPRETAÇÃO DE INDICADORES MICROBIANOS

Indicador Classe de Interpretação


Baixo Moderado Adequado
Biomassa Microb.
Resp. Basal
B-Glucosidase
Celulase
Fosfatase Acida
Arilsulfatase
Estratégia para interpretação de
bioindicadores baseada no rendimento de
grãos e na matéria orgânica do solo,
utilizando os mesmos princípios dos ensaios
de calibração de nutrientes.
ESTRATÉGIA PARA INTERPRETAÇÃO DE BIOINDICADORES
UTILIZANDO REND. DE GRÃOS DE EXP. DE LONGA DURAÇÃO

17 anos
12 anos
ESTRATÉGIA PARA INTERPRETAÇÃO DE BIOINDICADORES
UTILIZANDO REND. DE GRÃOS DE EXP. DE LONGA DURAÇÃO
Alta QS

Baixa QS
RENDIMENTO RELATIVO ACUMULADO (RRA) DE
GRÃOS X MAT. ORGÂNICA SOLO (MOS)
120
y= -160.5 +7.64x

Rendimento Relativo Acumulado (RRA) %


R2 = 0.85***
100

80

60

40

20

0
18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
MOS (g kg-1)
ESTRATÉGIA PARA INTERPRETAÇÃO DE BIOINDICADORES
UTILIZANDO REND. DE GRÃOS DE EXP. DE LONGA DURAÇÃO
Rendimento acumulado de grãos x P Com P
120
y=99.38 - 110.8 e(-0.2629x) Sem P
Rendimento Relativo Acumulado (RRA) %

R2=0.94***
100

80

60

40

20

0
0 10 20 30 40
P-Mehlich (mg kg-1)

Nivel crítico de P para atingir 80 % do rendimento


acumulado= 8 ppm
RELAÇÕES ENTRE INDICADORES MICROBIANOS E O RENDIMENTO
ACUMULADO DE GRÃOS EM EXPERIMENTOS DE LONGA DURAÇÃO
120 120
y= -38.97 + 0.43x -0.0003x2 (a) y= -9.18 + 1.43x -0.005x2 (b)
100 R2= 0.62*** 100 R2 = 0.79***

80 80

RRA (%)
RRA (%)

60 60

40 40

20 20
Baixo
0
0 100 200 300 400 500 600 700
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
0 a 40% RRA
CBM (mg C kg-1 de solo) Respiração Basal (mg C-CO2 kg-1 de solo)
120 120
y= -108.58 + 2.83x -0.01x2 (c) y= -31.69 + 1.31x -0.003x2 (d)
2
100 R = 0.66*** 100 R2= 0.79***

80 80
Moderado
RRA (%)
RRA (%)

60 60

40 40
41 a 80% RRA
20 20

0 0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 0 50 100 150 200 250
Celulase (µg glicose g-124h-1) ß-Glicosidase (µg p-nitrophenol g-1 h-1)
120
y= -88.84 + 0.25x -0.00009x2 (e)
120
y= -4.37 + 1.31x -0.004x2 (f)
Adequado
R2 = 0.65*** R2= 0.84***
100 100
<80% RRA
80 80
RRA (%)

RRA (%)

60 60

40 40

20 20

0 0
0 300 600 900 1200 1500 1800 0 50 100 150 200 250
-1
Fosfatase ácida (µg p-nitrophenol g-1 h ) Arilsulfatase (µg p-nitrophenol g-1h-1)
1ª TABELA DE INTERPRETAÇÃO DE VALORES INDIVIDUAIS DE INDICADORES
MICROBIANOS COM BASE NO RRA – SOLOS ARGILOSOS (40 MILHÕES HA)
Específica para cada local e baseada nos princípios de calibração de nutrientes do solo.

Indicador Classe de Interpretação


Baixo Moderado Adequado
0 a 40% RRA
Biomassa Microb.
41 a 80% RRA
Resp. Basal <80% RRA
Valores referência B-Glucosidase
que podem fornecer
informações sobre Celulase
diferentes sistemas
de manejo e seus Fosfatase Acida
impactos na
qualidade do solo. Arilsulfatase
1ª TABELA DE INTERPRETAÇÃO DE VALORES INDIVIDUAIS DE INDICADORES
MICROBIANOS COM BASE NO RRA – SOLOS ARGILOSOS (40 MILHÕES HA)
Específica para cada local e baseada nos princípios de calibração de nutrientes do solo.

Indicador Classe de Interpretação


Baixo Moderado Adequado
0 a 40% RRA
Biomassa Microb.
41 a 80% RRA
Resp. Basal <80% RRA
Valores referência B-Glucosidase
que podem fornecer
informações sobre Celulase
diferentes sistemas
de manejo e seus Fosfatase Acida
impactos na
qualidade do solo. Arilsulfatase
RENDIMENTO RELATIVO ACUMULADO (RRA) DE GRÃOS X
MAT. ORGÂNICA SOLO (MOS)

120
y= -160.5 +7.64x
Rendimento Relativo Acumulado (RRA) %

R2 = 0.85***
100

80

60

40

20

0
18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
-1
MOS (g kg )
RENDIMENTO RELATIVO ACUMULADO (RRA) DE GRÃOS X
MAT. ORGÂNICA SOLO (MOS)

120
y= -160.5 +7.64x
Rendimento Relativo Acumulado (RRA) %

R2 = 0.85*** Níveis críticos de MOS para atingir:


100

80

60

40

20

0
18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
-1
MOS (g kg )
RENDIMENTO RELATIVO ACUMULADO (RRA) DE GRÃOS X
MAT. ORGÂNICA SOLO (MOS)

120
y= -160.5 +7.64x
Rendimento Relativo Acumulado (RRA) %

R2 = 0.85*** Níveis críticos de MOS para atingir:


100

80
80 % do RRA= 31,6 g kg-1
60

40

20

0
18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
-1
MOS (g kg )
RENDIMENTO RELATIVO ACUMULADO (RRA) DE GRÃOS X
MAT. ORGÂNICA SOLO (MOS)

120
y= -160.5 +7.64x
Rendimento Relativo Acumulado (RRA) %

R2 = 0.85*** Níveis críticos de MOS para atingir:


100

80
80 % do RRA= 31,6 g kg-1
60 40 % do RRA= 25,0 g kg-1
40

20

0
18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
-1
MOS (g kg )
RELAÇÕES ENTRE INDICADORES MICROBIANOS E A MATÉRIA
ORGÂNICA DO SOLO EM EXPERIMENTOS DE LONGA DURAÇÃO
38 38
y= 20.90 + 0.025x (a) y= 22.76 + 0.09x (b)
36 R2= 0.55*** 36 R2= 0.69***
34 34
MOS (g kg-1)

MOS (g kg-1)
32 32
30 30
28 28
26 26
24 24
22 22
20 20
0 100 200 300 400 500 600 700 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
CBM (mg C kg-1 de solo) Respiração Basal (mg C-CO2 kg-1 de solo)
38 38
y= 18.32 + 0.111x (c) y= 21.87 + 0.064x (d)
36 R2= 0.63*** 36 R2= 0.73***
34 34

MOS (g kg-1)
MOS (g kg-1)

32 32
30 30
28 28
26 26
24 24
22 22
20 20
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 0 50 100 150 200 250
Celulase (µg glicose g-124h-1) ß-Glicosidase (µg p-nitrophenol g-1 h-1)
38 38
y= 19.54 + 0.009x y= 21.66 + 0.135x -0.0004x2 (f)
36 R2= 0.62*** (e) 36 R2= 0.84***
34 34
MOS (g kg-1)
MOS (g kg-1)

32 32
30 30
28 28
26 26
24 24
22 22
20 20
0 300 600 900 1200 1500 1800 0 50 100 150 200 250
-1 Arilsulfatase (µg p-nitrophenol g-1h-1)
Fosfatase ácida (µg p-nitrophenol g-1 h )
RELAÇÕES ENTRE INDICADORES MICROBIANOS E A MATÉRIA
ORGÂNICA DO SOLO EM EXPERIMENTOS DE LONGA DURAÇÃO
38 38
y= 20.90 + 0.025x (a) y= 22.76 + 0.09x (b)
36 R2= 0.55*** 36 R2= 0.69***
34 34
MOS (g kg-1)

MOS (g kg-1)
32 32
30 30
28 28
26 26
24 24
22 22
20 20
0 100 200 300 400 500 600 700 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
CBM (mg C kg-1 de solo) Respiração Basal (mg C-CO2 kg-1 de solo)
38 38
y= 18.32 + 0.111x (c) y= 21.87 + 0.064x (d)
36 R2= 0.63*** 36 R2= 0.73***
34 34

MOS (g kg-1)
MOS (g kg-1)

32 32
30 30
28 28
26 26
24 24
22 22
20 20
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 0 50 100 150 200 250
Celulase (µg glicose g-124h-1) ß-Glicosidase (µg p-nitrophenol g-1 h-1)
38 38
y= 19.54 + 0.009x y= 21.66 + 0.135x -0.0004x2 (f)
36 R2= 0.62*** (e) 36 R2= 0.84***
34 34
MOS (g kg-1)
MOS (g kg-1)

32 32
30 30
28 28
26 26
24 24
22 22
20 20
0 300 600 900 1200 1500 1800 0 50 100 150 200 250
-1 Arilsulfatase (µg p-nitrophenol g-1h-1)
Fosfatase ácida (µg p-nitrophenol g-1 h )
RELAÇÕES ENTRE INDICADORES MICROBIANOS E A MATÉRIA
ORGÂNICA DO SOLO EM EXPERIMENTOS DE LONGA DURAÇÃO
38 38
y= 20.90 + 0.025x (a) y= 22.76 + 0.09x (b)
36 R2= 0.55*** 36 R2= 0.69***
34 34
MOS (g kg-1)

MOS (g kg-1)
32 32
30 30
28 28
26 26
24 24
22 22
20 20
0 100 200 300 400 500 600 700 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
CBM (mg C kg-1 de solo) Respiração Basal (mg C-CO2 kg-1 de solo)
38 38
y= 18.32 + 0.111x (c) y= 21.87 + 0.064x (d)
36 R2= 0.63*** 36 R2= 0.73***
34 34

MOS (g kg-1)
MOS (g kg-1)

32 32
30 30
28 28
26 26
24 24
22 22
20 20
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 0 50 100 150 200 250
Celulase (µg glicose g-124h-1) ß-Glicosidase (µg p-nitrophenol g-1 h-1)
38 38
y= 19.54 + 0.009x y= 21.66 + 0.135x -0.0004x2 (f)
36 R2= 0.62*** (e) 36 R2= 0.84***
34 34
MOS (g kg-1)
MOS (g kg-1)

32 32
30 30
28 28
26 26
24 24
22 22
20 20
0 300 600 900 1200 1500 1800 0 50 100 150 200 250
-1 Arilsulfatase (µg p-nitrophenol g-1h-1)
Fosfatase ácida (µg p-nitrophenol g-1 h )
1ª TABELA DE INTERPRETAÇÃO DE VALORES INDIVIDUAIS DE INDICADORES
MICROBIANOS COM BASE NA MOS – LATOSSOLOS ARGILOSOS DO
CERRADO (40 MILHÕES HA)
Específica para essa condição e baseada nos princípios de calibração de nutrientes do solo.

Indicador Classe de Interpretação


Baixo Moderado Adequado
Biomassa Microb. ≤ 205 206 a 405 >405
Resp. Basal ≤ 40 41 a 100 >100
B-Glucosidase ≤ 70 71 a 115 >115
Celulase ≤ 60 61 a 140 >140
Fosfatase Acida ≤ 640 641 a 1150 >1150
Arilsulfatase ≤ 35 36 a 90 >90
Valores referência que podem fornecer informações sobre diferentes
sistemas de manejo e seus impactos na qualidade do solo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Necessidade de visão sistêmica/holística – entender que o solo não é substrato e
não deve ser tratado como tal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Necessidade de visão sistêmica/holística – entender que o solo não é substrato e
não deve ser tratado como tal.
 O funcionamento do solo nos sistemas integrados segue uma abordagem
sistêmica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Necessidade de visão sistêmica/holística – entender que o solo não é substrato e
não deve ser tratado como tal.
 O funcionamento do solo nos sistemas integrados segue uma abordagem
sistêmica.
 A sustentabilidade dos sistemas integrados depende de um plantio direto de
qualidade e da rotação com pastagens.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Necessidade de visão sistêmica/holística – entender que o solo não é substrato e
não deve ser tratado como tal.
 O funcionamento do solo nos sistemas integrados segue uma abordagem
sistêmica.
 A sustentabilidade dos sistemas integrados depende de um plantio direto de
qualidade e da rotação com pastagens.
 Técnicas simples como:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Necessidade de visão sistêmica/holística – entender que o solo não é substrato e
não deve ser tratado como tal.
 O funcionamento do solo nos sistemas integrados segue uma abordagem
sistêmica.
 A sustentabilidade dos sistemas integrados depende de um plantio direto de
qualidade e da rotação com pastagens.
 Técnicas simples como:
 Abertura de trincheiras
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Necessidade de visão sistêmica/holística – entender que o solo não é substrato e
não deve ser tratado como tal.
 O funcionamento do solo nos sistemas integrados segue uma abordagem
sistêmica.
 A sustentabilidade dos sistemas integrados depende de um plantio direto de
qualidade e da rotação com pastagens.
 Técnicas simples como:
 Abertura de trincheiras
 Análise do perfil (perfil cultural) e sistema radicular
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Necessidade de visão sistêmica/holística – entender que o solo não é substrato e
não deve ser tratado como tal.
 O funcionamento do solo nos sistemas integrados segue uma abordagem
sistêmica.
 A sustentabilidade dos sistemas integrados depende de um plantio direto de
qualidade e da rotação com pastagens.
 Técnicas simples como:
 Abertura de trincheiras
 Análise do perfil (perfil cultural) e sistema radicular
 Avaliação visual da estrutura e agregação no perfil
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Necessidade de visão sistêmica/holística – entender que o solo não é substrato e
não deve ser tratado como tal.
 O funcionamento do solo nos sistemas integrados segue uma abordagem
sistêmica.
 A sustentabilidade dos sistemas integrados depende de um plantio direto de
qualidade e da rotação com pastagens.
 Técnicas simples como:
 Abertura de trincheiras
 Análise do perfil (perfil cultural) e sistema radicular
 Avaliação visual da estrutura e agregação no perfil
 Podem ser eficientes para avaliar a qualidade biológica do solo.
OBRIGADO!!!
ROBÉLIO LEANDRO MARCHÃO
PESQUISADOR EMBRAPA CERRADOS

Você também pode gostar