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II
UNIDADE
TEORIA DOS CONJUNTOS
Objetivos de Aprendizagem
■ Perceber situações em que se aplica a noção de conjunto.
■ Usar a notação da teoria dos conjuntos.
■ Descrever conjuntos.
■ Reconhecer os tipos de conjuntos.
■ Relacionar elemento e conjunto e subconjunto e conjunto.
■ Efetuar operações com conjuntos.
■ Perceber a estreita relação entre álgebra de conjuntos e lógica.
■ Compreender e aplicar o princípio da inclusão e exclusão para
determinar o número de elementos na reunião de conjuntos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Conceitos Primitivos
■ Descrição de Conjuntos
■ Igualdade de Conjuntos
■ Tipos de Conjuntos
■ Subconjuntos
■ Conjuntos das Partes
■ Diagramas de Venn-Euler
■ Operações com Conjuntos - União, Interseção e Diferença
■ Produto Cartesiano
■ Relação entre a Lógica e Álgebra de Conjuntos
■ Princípio da Inclusão e Exclusão
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INTRODUÇÃO
A teoria de conjuntos é considerada a base da Matemática Moderna, sendo que muitos conceitos
em Matemática e outras ciências podem ser expressos de maneira conveniente na linguagem de
conjuntos. Como a teoria dos conjuntos é indivisível da lógica, na qual a Informática e Ciência
da Computação têm as suas raízes, ela é amplamente aplicada nessas áreas, como em banco de
dados; circuitos integrados; inteligência artificial; sistemas distribuídos e processamento digital
de imagens, por exemplo.
A teoria dos conjuntos é́ uma teoria relativamente recente, desenvolvida pelo matemá́tico
russo Georg Cantor (1845-1917), que definiu conjunto como sendo “uma coleção de objetos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
claramente distinguíveis uns dos outros, chamados elementos, e que pode ser pensada como um
todo”. Utilizando-se dessa teoria, Cantor e seu colega Richard Dedekind (1831-1916) definiram
e classificaram tipos diferentes de infinito. Cantor se tornou a primeira pessoa a entender
realmente o significado do infinito e a dar-lhe precisão matemá́tica. Ele mostrou que não existia
apenas um infinito, mas um número infinito de infinitos! Além da definição rigorosa de infinito
e de muitas outras contribuições, a teoria dos conjuntos unificou a linguagem em todos os
ramos da Matemática.
Utilizamos com muita frequência a noção de conjuntos em nossa vida diária. Sempre estamos
relacionando objetos a uma determinada coleção: jogadores a um time; passageiros a uma linha
de ônibus; letras ao alfabeto; cidades a uma região do país; planetas ao Sistema Solar; população
de peixes de um reservatório etc. Em computação, uma linguagem de programação pode ser
vista como o conjunto de todos os seus programas possíveis.
O conhecimento da teoria dos conjuntos deverá facilitar a sua capacidade de pensar abstra-
tamente, fornecendo-lhe uma base para melhor compreensão e análise para as novas ideias que
possam surgir em torno dos conceitos da ciência da computação.
Conceitos Primitivos
e
Em matemá́tica, uma noção é estabelecida mediante sua
definição, que por sua vez precisa de outras noções
estabelecidas anteriormente. Dessa forma, existe a
necessidade de um ponto de partida para as definições;
somos obriga- dos a adotar, sem definir, as “noções
primeiras”, que são chamadas noções primitivas, ou
conceitos primitivos.
Os conceitos primitivos da Teoria de Conjuntos são:
• Conjunto
• Elemento
• Relação de pertinência.
Introdução
UNID ADE
Não se pode definir um desses conceitos sem fazer referência aos demais.
Com efeito:
• Um conjunto pode ser considerado uma coleção não ordenada e sem repetição de objetos;
uma reunião de elementos segundo uma característica comum.
Notações:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Pertinência: ∈
Descrição de conjuntos
Por exemplo, se A é o conjunto dos meses do ano que começam com a letra J, então
podemos escrever:
• Pela característica:
Descrevemos as propriedades que caracterizam os elementos do conjunto.
Para o exemplo anterior:
• Por diagrama:
Os elementos são simbolizados por pontos interiores a uma região plana, delimitada por
uma curva fechada.
Por exemplo, o conjunto B = {0, 5, 8} pode ser representado por:
Descricão de Conjuntos
Descrição: Imagem mostra a representação de um círculo. Na parte externa superior esquerda do círculo está a informação B. Na
parte interna inferior direita do círculo está a informação 8. Na parte interna esquerda está a informação 5. Na parte interna superior
direita está a informação 0.
Alguns conjuntos aparecerão com frequência e serão representados com símbolos especiais:
Descricão de Conjuntos
50 UNID ADE
Igualdade de Conjuntos
Sejam A e B conjuntos. Diremos que o conjunto A é́ igual ao
conjunto B, denotado por A = B, se, e somente se, todo
elemento de A for um elemento de B, e todo elemento de B
for um elemento de A. Simbolicamente:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Se um conjunto A tiver ao menos um elemento que não pertença ao conjunto B (ou vice
-versa), dizemos A diferente de B.
#REFLITA #
FIM REFLITA
Tipos de Conjuntos
• Conjunto Universo: É o conjunto de todos os entes que são considerados como elementos
no contexto em que estamos trabalhando.
Notação: U
Exemplo: Quando falamos sobre pessoas, o conjunto universo compõe-se de todas as
pessoas do mundo.
• Conjunto Vazio: É o conjunto que não contém elementos. Logo, existe apenas um con-
junto vazio.
Descricão de Conjuntos
Notação: ∅ ou {}.
Exemplo: A = {x tal que x é dinossauro vivo}.
Observação:
Para representar o conjunto vazio, usamos o sı́mbolo ∅ ou { }, mas nunca o símbolo {∅},
Que é um conjunto unitário cujo elemento é o conjunto vazio.
Subconjuntos
Um conjunto A é um subconjunto de um conjunto B, se todo elemento de A for também um
elemento de B. Podemos dizer que A está contido em B ou que B contém A, o que será denotado
por:
Tipos de Conjuntos
52 UNIDADE
Descrição: Representação de dois círculos ovais. O primeiro círculo oval, no centro da imagem, está inclinado para a direita
denominado b. O segundo círculo oval é menor e está no interior do primeiro círculo denominado a. Abaixo da imagem apresenta a
legenda a é um subconjunto de b, ou a está contido em b.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nos diagramas abaixo, temos a representação de B como subconjunto de A e também
representações de casos em que não existe a relação de inclusão entre A e B :
Descrição: Representação de três diagramas em formato de círculos ovais. O primeiro diagrama apresenta dois círculos ovais, sendo
o primeiro círculo oval, no centro da primeira imagem, denominado a. e o segundo círculo oval é menor e está no interior do
primeiro círculo, denominado b e em cor escura. Abaixo da imagem está a legenda a fecha parêntese b está contido em a abre
parêntese ou a contém b fecha parêntese. O segundo diagrama apresenta dois círculos ovais, do mesmo tamanho e uma ao lado do
outro, sendo o círculo à esquerda denominado a e o círculo à direita denominado b. Abaixo da imagem está a legenda b fecha
parêntese b não está contido em a abre parêntese ou a não contém b. O terceiro diagrama apresenta dois círculos ovais, do mesmo
tamanho e uma ao lado do outro, sobrepostos e com a parte sobreposta em cor escura, sendo o círculo à esquerda denominado a e o
círculo à direita denominado b. Abaixo da imagem está a legenda b não está contido em a abre parêntese ou a não contém b fecha
parêntese.
Exemplos:
b) Se A = {1, 3, 4, 5, 7, 8}; B = {0, 2, 3, 5, 7} e C = {3, 7}, temos que C está contido em A e C está contido em
B, mas B não está contido em A, pois os elementos 0 e 2 pertencem a B, mas não pertencem a A.
Resultados Importantes
Tipos de Conjuntos
53
Analisemos o resultado (3), que afirma que o conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto.
Para verificar que essa afirmação é verdadeira, devemos provar que, para todo elemento x
pertencente ao conjunto vazio, x pertence a A. Mas como x ∈ ∅ é sempre falsa, pois não existe
elemento no conjunto vazio, então a condicional (∀x) (x ∈ ∅ se então x ∈ A) é verdadeira.
(Lembrar que uma condicional p se então q é verdadeira se V(p) é F e V(q) é V.)
Exemplos:
a) Se A = {2, 3, 5}, então P (A) = {∅, {2}, {3}, {5}, {2, 3}, {2, 5}, {3, 5}, {2, 3, 5}}.
Observamos que {5}, {3, 5} e {2, 3, 5}, por exemplo, são elementos de P (A). Logo, {5} ∈
P (A), {3, 5} ∈ P (A) e {2, 3, 5} ∈ P (A), mas não temos que {5} está contido ou igual a P (A), {3, 5} está contido
ou igual a P (A) ou {2, 3, 5} está contido ou igual a P (A). Observemos também que ∅ está contido A e ∅ ∈ A.
Podemos notar que existe uma relação entre o número de elementos de A e o número de
elementos de P (A) da seguinte forma:
“Se A é um conjunto com n elementos, então o número de elementos de P (A) será 2 sob n”.
Tipos de Conjuntos
54 UNID ADE
Diagramas de Venn-Euler
Os diagramas de Venn-Euler são universalmente conhecidos e muito usados na teoria dos
T
conjuntos. Trata-se de uma representação de conjuntos por meio de áreas delimitadas por
curvas no plano.
O conjunto universo U é representado pelo interior de um retângulo, e os outros conjuntos, por
uma área limitada por curvas fechadas, geralmente cı́rculos. O interior dessas curvas representa,
simbolicamente, a coleção de elementos do conjunto.
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ingl
orge
(170 1783), o,
Tipos de Conjuntos
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• União de Conjuntos
Descrição: Representação de três diagramas em formato de círculos ovais. O primeiro diagrama apresenta dois círculos ovais, do
mesmo tamanho e uma ao lado do outro, sobrepostos e com a parte sobreposta em cor escura, sendo o círculo à esquerda
denominado a e o círculo à direita denominado b. O segundo diagrama apresenta dois círculos ovais, do mesmo tamanho e uma ao
lado do outro, sendo o círculo à esquerda denominado a e o círculo à direita denominado b. O terceiro diagrama apresenta dois
círculos ovais, sendo o primeiro círculo oval, no centro da primeira imagem, denominado a e o segundo círculo oval é menor e está
no interior do primeiro círculo, denominado b e em cor escura. Abaixo dos diagramas está a todas as regiões pintadas representam a
união b.
Exemplo:
Se A = {-3, 0, 1, 4, 7} e B = {-6, 2, 4, 7, 9, 10}, então A ∪ B = {-6, -3, 0, 1, 2, 4, 7, 9, 10}.
• Interseção de Conjuntos
A interseção de dois conjuntos A e B, denotada por A ∩ B, é o conjunto de todos os
elementos que pertencem a A e a B; isto é:
Exemplos:
Diagramas de Venn-Euler
56 UNID ADE
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Descrição: Representação de três diagramas em formato de círculos ovais. O primeiro diagrama apresenta dois círculos ovais, do
mesmo tamanho e uma ao lado do outro, sobrepostos e com a parte sobreposta em cor escura com a informação a interseção b, sendo
o círculo à esquerda denominado a e o círculo à direita denominado b. O segundo diagrama apresenta dois círculos ovais, sendo o
primeiro círculo oval, no centro da primeira imagem, denominado a e o segundo círculo oval é menor e está no interior do primeiro
círculo, denominado b e em cor escura com a informação a intersecção b. O terceiro diagrama apresenta dois círculos ovais, do
mesmo tamanho e uma ao lado do outro, sendo o círculo à esquerda denominado a e o círculo à direita denominado b e abaixo a
informação a intersecção b igual a conjunto vazio. A e b são conjuntos disjuntos.
Complemento de um Conjunto
Consideremos U como conjunto universo, e seja A um subconjunto de U. Definimos o comple-
mentar do conjunto A, denotado por A negado , como o conjunto dos elementos que pertencem a U
mas não pertencem a A, ou seja:
A negado = {x tal que x ∈ U e x ∈
/ A}
Descrição: Representação de um quadrado nomeado U. A parte interna do quadrado, de cor escura é nomeada de conjunto
complementar A. No interior do quadrado está um círculo oval, de cor clara, nomeado A.
Exemplo:
Consideremos os conjuntos A = {x ∈ conjunto de números naturais tal que x < 12 e x é múltiplo
de 3} e B = {0, 3, 5, 7}. subconjuntos de U = {x ∈ conjunto de números naturais tal que x ≤
10}. Determinar:
Diagramas de Venn-Euler
a) A negado
b) (A ∩ B) negado
c) (B ∪ A) negado
Temos que A = {0, 3, 6, 9}; B = {0, 3, 5, 7} e U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}. Logo,
a) A negado = {x ∈ U tal que x não pertence a A} = {1, 2, 4, 5, 7, 8, 10}
Observação:
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Diferença de Conjuntos
Outra operação que pode ser definida entre os conjuntos A e B é a diferença de conjuntos:
ou seja, A menos B é o conjunto formado por todos os elementos que estão em A mas não
estão em B.
Exemplo:
Se A = {f, g, h, i, j}; B = {b, c, f, g, i, l, m} e C = {f, g, h}, determinar:
a) B menos A = {b, c, l, m}
b) A menos B = {h, j}
c) C menos A = ∅
Diagramas de Venn-Euler
58
Descrição: Representação de quatro diagramas em formato de círculos ovais. O primeiro diagrama apresenta dois círculos ovais,
sendo o primeiro círculo oval, no centro da primeira imagem, denominado A e o segundo círculo oval é menor e está no interior do
primeiro círculo, denominado B. Os dois círculos apresentam cor clara. Abaixo da imagem está a informação a fecha parêntese B
está contido em A implica em B menos A igual a conjunto vazio. O segundo diagrama apresenta dois círculos ovais, sendo o
primeiro círculo oval, no centro da primeira imagem, denominado A e com cor escura e o segundo círculo oval é menor e está no
interior do primeiro círculo, denominado b e com cor clara. Abaixo da imagem está a informação b fecha parêntese A menos B. O
terceiro diagrama apresenta dois círculos ovais, do mesmo tamanho e um ao lado do outro, sobrepostos. O círculo à esquerda
denominado A está com a cor escura e o círculo à direita denominado B está com a cor clara e a parte sobreposta está com a cor
clara. Abaixo da imagem está a informação c fecha parêntese A menos B. O quarto diagrama apresenta dois círculos ovais, do
mesmo tamanho e um ao lado do outro, sobrepostos. O círculo à esquerda denominado A está com a cor clara e o círculo à direita
denominado B está com a cor escura e a parte sobreposta está com a cor clara. Abaixo da imagem está a informação d fecha
parêntese B menos A.
Produto Cartesiano
O produto cartesiano é uma operação sobre conjuntos que envolve a noção de um par or-
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denado, que é uma sequência ordenada de dois elementos. Se A e B são dois conjuntos dados,
então um par ordenado de elementos de A e de B é um objeto denotado por (a, b), onde a ∈ A
e b ∈ B. Nesse caso, a é o primeiro elemento do par, e b é o segundo elemento do par.
• (4, c)
• (endereço, cidade)
Sendo A e B conjuntos, podemos construir o conjunto formado por todos os pares ordenados
de elementos de A e de B. Esse conjunto é o produto cartesiano (ou produto cruzado) de A e
de B, denotado por A produto cartesiano de B.
Exemplos:
Sejam A = {coração, estrela} e B = {1, 2}.
a) A produto cartesiano de B = {(coração, 1), (coração, 2), (estrela, 1), (estrela, 2)}
b) B produto cartesiano de A = {(1, coração), (1, estrela), (2, coração), (2, estrela)}
c) A produto cartesiano de A = A ao quadrado = {(coração, coração), (coração, estrela), (estrela,
coração), (estrela, estrela)}
Diagramas de Venn-Euler
59
d) (A produto cartesiano de B) produto cartesiano de B = {((coração, 1), 1), ((coração, 1), 2), ((coração, 2),
1), ((coração, 2), 2), ((estrela, 1), 1), ((estrela, 1), 2), ((estrela, 2), 1), ((estrela, 2), 2)}.
Exercı́cio:
a) Considerando os conjuntos A e B acima, determinar A produto cartesiano de B produto cartesiano de B =
{(x, y, z) tal que x ∈ A, y ∈ B e z ∈ B}.
b) (A produto cartesiano de B) produto cartesiano de B = (A produto cartesiano de B produto cartesiano
de B)? Explique.
Observações:
• Notemos que, em geral, a comutatividade não é válida, ou seja, em geral, A produto cartesiano de B
diferente de B produto cartesiano de A.
• Se B = ∅, temos que A produto cartesiano de ∅ = ∅ produto cartesiano de A = ∅.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C),
p ∨ (q ∧ r) é equivalente a (p ∨ q) ∧ (p ∨ r).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Descrição: Representação de três diagramas em formato de círculos. O primeiro diagrama apresenta três círculos nomeados de A, B
e C e com partes sobrepostas. As partes sobrepostas dos círculos B e C apresentam um destaque em listras e a informação B
intersecção C. O segundo diagrama apresenta três círculos nomeados de A, B e C e com partes sobrepostas. O círculo A apresenta
cor escura. As partes sobrepostas dos círculos B e C apresentam um destaque em listras e a informação B intersecção C. O terce iro
diagrama apresenta três círculos nomeados de A, B e C e com partes sobrepostas. O círculo A apresenta destaque em listras. As
partes sobrepostas dos círculos B e C apresentam um destaque em listras e a informação A união abre parêntese B intersecção C
fecha parêntese.
Exercı́cio:
Sejam A e B conjuntos quaisquer. As Leis de De Morgan para Teoria dos Conjuntos são as
seguintes:
Diagramas de Venn-Euler
Descrição: Imagem apresenta dois círculos em cor escura. O círculo da esquerda nomeado de A e o círculo da direita nomeado de B.
Descrição: Imagem apresenta dois círculos um ao lado do outro, sobrepostos. O círculo da esquerda nomeado de A e o círculo da
direita nomeado de B. A parte sobreposta apresenta um destaque em listras e a informação A intersecção B.
Este é o chamado Princı́pio da Inclusão-Exclusão para dois conjuntos. O nome vem do fato
de que, ao contar o número de elementos na união de A e B, precisamos “incluir” (contar) o
número de elementos de A e o número de elementos de B, mas precisamos “excluir” (subtrair)
os elementos de A ∩ B para evitar contá-los duas vezes.
ıpio da Inclusão-Exclusaõ
Se A, B e C são conjuntos quaisquer, então Princı́pio xc toma a forma:
n(A ∪ B ∪ C) = n(A)+ n(B)+ n(C) menos n(A ∩ B) menos n(A ∩ C) menos n(B ∩ C)+ n(A ∩ B ∩ C) (*)
Exemplos:
1) Para participar de uma gincana cultural, os alunos de um colégio preencheram uma ficha
em que tinham a opção de escolher dentre duas atividades propostas, podendo inclusive
escolher ambas. Os resultados foram os seguintes: 486 escolheram a atividade I, 365
escolheram a atividade II e 116 alunos escolheram as duas atividades. Quantos alunos
Diagramas de Venn-Euler
62 UNID ADE
preencheram a ficha para participar da gincana?
Resolucão: Denotando por A o conjunto de alunos que optaram pela atividade I e B como
o conjunto dos que optaram pela atividade II, sabemos que:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Resolucão pelo diagrama:
Descrição: Imagem apresenta dois círculos ovais um ao lado do outro, sobrepostos. O círculo da esquerda nomeado de A com a
informação quatrocentos e oitenta e seis menos cento e dezesseis igual a trezentos e setenta. O círculo da direita nomeado de B com
a informação trezentos e sessenta e cinco menos cento e dezesseis igual a duzentos e quarenta e nove. A parte sobreposta apresenta a
informação cento e dezesseis.
- Se 486 alunos escolheram a atividade I e 116 deles escolheram as duas atividades, então
o número de alunos que escolheu somente a atividade I é: 486 menos 116 = 370.
- Se 365 alunos escolheram a atividade II e 116 deles escolheram as duas atividades, então
o número de alunos que escolheu somente a atividade II é: 365 menos 116 = 249.
- Se 370 optaram somente por I, 249 optaram somente por II e 116 escolheram ambas
atividades, então o número de alunos que preencheu a ficha foi: 370 + 116 + 249 = 735.
(n(A ∪ B) = 370 + 116 + 249 = 735.)
2) Uma rede de academia que oferece várias opções de atividades fı́sicas fez um levanta- mento
para saber o número de pessoas matriculadas em natação(N), musculação(M) e
ginástica(G), obtendo os seguintes resultados:
Atividade N M G NeM NeG MeG NeMeG Outras
No de alunos 148 256 162 41 25 52 8 152
Descrição: Tabela dividida em duas linhas e nove colunas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação atividade. Na
segunda linha da primeira coluna está a informação número de alunos. Na primeira linha da segunda coluna está a informação N. Na
segunda linha da segunda coluna está a informação 148. Na primeira linha da terceira coluna está a informação M. Na segunda linha
da terceira coluna está a informação 256. Na primeira linha da quarta coluna está a informação G. Na segunda linha da quarta coluna
está a informação 162. Na primeira linha da quinta coluna está a informação N e M. Na segunda linha da quinta coluna está a
informação 41. Na primeira linha da sexta coluna está a informação N e G. Na segunda linha da sexta coluna está a informação 25.
Na primeira linha da sétima coluna está a informação M e G. Na segunda linha da sétima coluna está a informação 52. Na primeira
linha da oitava coluna está a informação N e M e G. Na segunda linha da oitava coluna está a informação número de alunos 8. Na
primeira linha da nona coluna está a informação outras. Na segunda linha da nona coluna está a informação 152.
Diagramas de Venn-Euler
63
Descrição: Representação de diagrama apresentando quatro círculos nomeados de N, M, G que estão com partes sobrepostas e o
círculo nomeado outras separado dos demais. O círculo N apresenta a informação 90. O círculo M apresenta a informação 171. O
círculo G apresenta a informação 93. A parte que os círculos N e M estão sobrepostos apresenta a informação 33. A parte que os
círculos N e G estão sobrepostos apresenta a informação 17. A parte que os círculos G e M estão sobrepostos apresenta a informação
44. A parte que os círculos N e M e G estão sobrepostos apresenta a informação 8. O círculo nomeado outras está na parte inferior
direita da imagem e apresenta a informação 152.
Diagramas de Venn-Euler
64 UNIDADE
Considerações Finais
Nesta unidade, você teve oportunidade de estudar alguns conceitos básicos relativos à teoria dos
conjuntos. Conjunto é uma estrutura que agrupa objetos e constitui uma base para construir
estruturas mais complexas. Informalmente, podemos pensar em conjuntos como uma coleção
sem repetição e não ordenada de objetos denominados elementos ou membros do conjunto.
Esses conceitos são na verdade conceitos primitivos.
Conhecemos os tipos de conjuntos, entre eles os conjuntos vazio, unitário e universo. Es-
tudamos a relação de inclusão entre conjuntos, que ocorre sempre que todos os elementos de
um conjunto são também elementos do outro, estabelecendo o conceito de subconjuntos. Em
seguid,a realizamos o estudo da álgebra de conjuntos, que corresponde às operações definidas
sobre todos os conjuntos: união, interseção, complemento, conjunto das partes e produto carte-
siano.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Também pudemos observar uma relação direta entre os conectivos lógicos introduzidos na
unidade anterior e as operações sobre conjuntos, bem como as relações lógicas associadas com
as relações sobre conjuntos.
Uma das aplicações dessa associação entre Lógica e Teoria dos Conjuntos está na Pesquisa
Booleana na Web. Na internet, a maioria dos sites de busca permite que o internauta faça com-
binações entre as palavras que quer pesquisar, e o uso das palavras (ou operadores booleanos)
AND (ou .), OR (ou +), NOT (ou menos) permite expandir e limitar a busca.
Vimos também que o princı́pio da inclusão e exclusão estabelece uma fórmula para contar
o número de elementos que pertencem à união de vários conjuntos não necessariamente disjun-
tos, o que permitiu resolver diversos problemas sobre número de elementos da união de uma
quantidade finita de conjuntos.
Podemos então concluir que além da definição rigorosa de infinito e de muitas outras con-
tribuições, a teoria dos conjuntos unificou a linguagem em todos os ramos da Matemática.
Diagramas de Venn-Euler
65
2) Use a teoria dos conjuntos (diagramas de Venn) para resolver o seguinte problema:
(ANPAD-RL-SET-2004 - adaptado) Se “Alguns profissionais são engenheiros” e “Todos
os engenheiros são pessoas competentes”, então, necessariamente, com as proposições
apresentadas, pode-se inferir:
(a) Algum profissional é uma pessoa competente.
(b) Toda pessoa competente é engenheira.
(c) Todo engenheiro é profissional.
(d) Nenhuma pessoa competente é profissional.
(e) Nenhum profissional não é competente.
3) Encontre P (A) para A = {a, 5, b}. Podemos concluir que A contido ou igual P (A)? E que A ∈ P
(A)?
4) O que pode ser dito sobre o conjunto B, se P (B) = {∅, {a}, {b}, {a, b}}?
5) O que pode ser dito sobre o conjunto B se P (B) = {∅, {x}, {{x}}, {x, {x}}}?
6) Sejam
A = {x ∈ conjunto de números inteiros tal que 2 ≤ x < 6}
B = {x ∈ conjunto de números naturais tal que x ≤ 16 e x é primo}
C = {2, 4, 5, 6, 11}
subconjuntos de U = {0, 1, 2, 3, ..., 14, 15}. Encontre:
a) A ∪ B.
b) A ∩ B ∩ C.
c) B ∩ C.
d) A menos B.
e) B ∩ B negado.
f) (A ∩ B) negado.
g) C menos B.
h) (A ∩ B) ∪ C negado.
j) (B ∩ C) produto cartesiano A.
k) A negado ∩ ∅.
l) (A ∩ C) ∪ ∅.
b) O conjunto Y =A ∪ B ∪ C.
c) O conjunto Y menos X.
67
8) Sejam
português}.
português}.
a) B contido ou igual C.
c) Educação ∈ B ∩ C.
d) Doce ∈ B ∩ C negado.
e) Diversidade ∈ A ∩ B ∩ C.
f) Biblioteca ∈ B negado.
g) Camaleão ∈ A negado.
h) Bandeira ∈ A menos B.
A ⊕ B = {x tal que x ∈ (A ∪ B) ∧ x ∈
/ (A ∩ B)} = (A ∪ B) menos (A ∩ B).
10) (Gersting, 2004) Vamos supor que você fez um levantamento entre os 87 assinantes de
seu boletim informativo, preparando-se para lançar seu novo programa de computador,
Os resultados de seu levantamento revelam que 68 assinantes têm disponı́vel um sistema
baseado em Windows, 34 têm disponı́vel um sistema Unix e 30 têm acesso a um Mac.
Além disso, 19 têm acesso a ambos, Windows e Unix, 11 têm acesso a ambos Unix e Mac,
e 23 podem usar tanto Windows quanto Mac. Pergunta-se:
União Disjunta
Quando fazemos a união de conjuntos, elementos com mesma identificação nos dois con-
juntos aparecerão somente uma vez no conjunto resultante. Por exemplo, ao fazermos a união
de A= {Terra, Marte, Júpiter} e B = {Mercúrio, Vênus, Terra, Júpiter}, o conjunto união
será A ∪ B = {Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter}, não havendo necessidade de escrever
duas vezes os elementos “Terra” e “Júpiter.” Entretanto, em alguns casos, existe a
necessidade de distinguir elementos com uma mesma identificação, e para isso aplicamos o
conceito de união disjunta.
A união disjunta de conjuntos garante que todos os elementos dos conjuntos componentes
constituam o conjunto resultante, mesmo que possuam a mesma identificação, ou seja, é um
tipo de união que garante que não existem elementos em comum.
A técnica para definir união disjunta, de maneira a garantir a não existência de elementos
comuns, consiste em associar uma identificação do conjunto de origem, constituindo um tipo de
“sobrenome”. Dessa maneira, os elementos do conjunto resultante da união disjunta são pares
da forma (elemento, identificação do conjunto de origem).
A união disjunta dos conjuntos A e B, denotada por A + B, é definida por:
ou
A + B = {aA | a ∈ A} ∪ {bB | b ∈ B}
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com/watch?v=XxexMO1xZL0>. Acesso em 12 abr. 2015.
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