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Atenção dermato-funcional nas complicações imediatas da

abdominoplastia clássica
Crislene priscilla mota de alencar1
cpriscillamota@hotmail.com
Dayana Priscila Maia Mejia2
Pós-graduação em fisioterapia dermato-funcional - Faculdade Cambury

Resumo
Este trabalho busca apresentar algumas técnicas fisioterapêuticas voltadas ao tratamento
das complicações da abdominoplastia clássica, tendo como conclusão a Pós-graduação em
Dermato-Funcional. Dentre os vários tipos de intervenções cirúrgicas na área da estética, a
abdominoplastia vem sendo a melhor descoberta recente de cirurgia plástica para indivíduos
que apresentam gordura localizada, flacidez decorrente de grande emagrecimento, gravidez
múltipla, flacidez aponeurótica e diástase abdominal. Embora não seja muito comum, a
abdominoplastia como qualquer outro ato operatório, pode apresentar complicações como
seroma, hematoma, deiscência de sutura, infecção, necrose de pele e outros. O objetivo do
presente trabalho é enfatizar a importância da atuação dermato-funcional nas principais
complicações do pós-operatório de abdominoplastia clássica. A investigação é uma revisão
bibliográfica, embasada em livros e publicações em banco de dados de produções cientificas.
De acordo com o referido estudo, foi possível confirmar que a atuação dermato-funcional no
pós-operatório de cirurgia plástica possui um importante papel quanto à aceleração no
processo de reabilitação. O fisioterapeuta atua na prevenção e no tratamento das
complicações pós-cirúrgicas com suas técnicas e recursos eletroterapêuticos, buscando
prover condições adequadas de cicatrização com o intuito de melhorar o quadro álgico, o
edema e com isso proporcionar bem-estar ao paciente acelerando sua recuperação.
Palavras chaves: Abdominoplastia; Complicações; Dermato-funcional.

1. Introdução
O presente estudo sob avaliação da Pós-graduação em Dermato-Funcional, submetidos à
coordenação do referido curso de especialização lato sensu.
Atualmente o culto ao corpo tornou-se uma característica marcante e incessante na busca pela
perfeição. Nos últimos anos, a cirurgia plástica tem apresentado larga divulgação e importante
aprimoramento de suas técnicas. Esteticamente, o abdômen tem sua função de contorno
corporal, e suas alterações causam desconforto e implicações sociopsicológicas importantes.
(BORGES, 2010).
Dentre os vários tipos de intervenções cirúrgicas na área da estética, a abdominoplastia vem
sendo a melhor descoberta recente de cirurgia plástica para indivíduos que apresentam
gordura localizada, flacidez decorrente de grande emagrecimento, ou gravidez múltipla
(abdômen em avental), flacidez aponeurótica, diástase abdominal, abaulamentos e hérnias
(SILVA et al, 2012).
De acordo com Horibe (2000), essa cirurgia tem o objetivo de restabelecer o contorno
corporal, eliminando todo excesso cutâneo, e do tecido celular subcutâneo, corrigindo a
flacidez musculoaponeurótica.
Embora não seja muito comum, a abdominoplastia como qualquer outro ato operatório, pode
apresentar complicações como seroma, hematoma, deiscência de sutura, infecção, necrose de
pele e outros (VOLOSZIN, 2007).

___________________________________________________
1
Pós-graduando em fisioterapia Dermato-Funcional.
2
Graduada em fisioterapia, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, mestrado em bioética e direito em
saúde.
2

A atuação fisioterapêutica no pós-operatório de cirurgia plástica possui um importante papel


quanto à aceleração no processo de reabilitação. É focada na prevenção e no tratamento das
complicações pós-cirúrgicas objetivando restaurar a funcionalidade, tendo um caráter estético
e reabilitador do paciente globalmente, melhorando o quadro álgico, a ansiedade, o edema e a
funcionalidade do paciente, o restabelecendo de uma maneira global (MIGOTTO et al, 2013).
Dentre os recursos indicados para possibilitar a melhora na recuperação do ato cirúrgico
temos a crioterapia, cuja utilização promove resfriamento do local aplicado, ocasionando
vasoconstrição, minimizando o extravasamento sanguíneo e reduzindo a dor. O ultra-som
terapêutico, na freqüência de 3MHZ, é bastante usado na fase inflamatória para reabsorção de
hematomas, diminuindo as chances de formações fibróticas e ainda melhoram a nutrição
celular, reduzindo o edema e a dor (COUTINHO et al, 2006).
Segundo Voloszin (2007), a microcorrente é uma técnica de eletroestimulação (ou seja,
corrente elétrica de baixa intensidade), cujo objetivo principal é estimular a epiderme, derme,
tecido celular subcutâneo e muscular. Por possuir baixíssima amperagem, sendo mesmo
subsensorial, que possui diversas respostas fisiológicas e por isso gerarão adaptações
benéficas aos tecidos lesados.
A drenagem linfática atua no deslocamento de proteínas extravasadas para serem
reabsorvidas, equilibrando as pressões hidrostáticas e tissulares, diminuindo o edema e pode
ser iniciada após de ocorrido a cirurgia (COUTINHO et al, 2006).
O laser de baixa potencia tem demonstrado eficiência devido a resposta que produz nos
diversos tecidos, como redução do edema, controle do processo inflamatório, aumento da
fagocitose, da síntese de colágeno e da epitelização (VIEIRA, 2006).
Devido ao fato da Fisioterapia Dermato-Funcional ter demonstrado maciça importância no
tratamento pós-operatório, despertou-se o interesse em pesquisar com maior ênfase seus
benefícios. Portanto, este estudo busca oferecer conhecimentos relevantes as complicações
mais freqüentes no pós-operatório de Abdominoplastia clássica, enfatizando as técnicas que
podem ser utilizadas para auxiliar na cura dessas afecções. As maiores dificuldades
encontradas no decorrer da pesquisa, foi à carência de estudos acerca desse tema tão atual e
com isso surgiu um interesse em estimular e incentivar mais pesquisas voltadas para essa
área.

2. Sistema Tegumentar
Trata-se de um sistema que inclui a pele e seus anexos (pele, unha e mamas), proporcionando
ao corpo um revestimento protetor, que contém terminações nervosas sensitivas e participa da
regulação da temperatura corporal, além de cumprir outras funções (DANGELO & FATTINI,
1998).
Conforme Guirro & Guirro (2004), As funções realizadas pelo sistema tegumentar são:
proteção, regulação da temperatura do organismo, excreção, sensibilidade tátil e produção de
vitamina D.
De acordo com Borges (2010), a pele é um dos maiores órgãos do corpo humano,
correspondendo a 3,5 Kg de seu peso em um adulto e mede entre 1,5 m 2 a 2 m2. Recobre o
corpo protegendo-o da perda excessiva de água, do atrito e dos raios ultravioletas do sol.
Divide-se em três camadas: epiderme (mais superficial), derme (intermediária) e hipoderme
(mais profunda).

2.1 Epiderme
Para Guirro & Guirro (2004), tipicamente em todos os epitélios, não há vasos sanguíneos na
epiderme, embora a derme subjacente seja bem vascularizada. Como resultado, o único meio
pelo qual as células da epiderme podem obter alimento é através da difusão dos leitos
capilares da derme. A espessura da epiderme geralmente é muito delgada, menos de 0,12
3

milímetros, na maior parte do corpo, mas particularmente espessa e altamente diferenciada na


palma das mãos e planta dos pés, áreas sujeitas à constante pressão e fricção.
A epiderme possui três tipos celulares: os melanócitos, as células de Langerhans e os
queratinócitos. Os melanócitos são responsáveis pela produção de um pigmento, a melanina,
que tem a função de filtro endógeno contra os raios ultravioletas. As células de Langerhans
são células dendríticas que captam e processam sinais antigênicos, enviando informações para
as células linfóides e de Merkel (responsáveis pelas sinapses com as terminações nervosas
periféricas presentes na camada basal da epiderme). Existem ainda, as células poligonais com
pequenas expansões citoplasmáticas, encontradas na camada espinhosa, denominadas
queratinócitos. Na camada granulosa encontra-se células com citoplasma contendo grânulos
queratohialina e basófilos que importantes para tornar essa camada impermeável à água. A
camada córnea é formada por estruturas lamelares compactadas e resistentes, rico conteúdo de
fibras, queratina e encontra-se em processo de descamação continua (VIEIRA, 2006).

2.2 Derme
A derme é rica em fibras colágenas e elásticas que conferem à pele sua capacidade de
distender-se quando tracionada, voltando ao estado original desde que cesse a tração.
Ricamente irrigada, com extensas redes capilares, esta camada mostra elevações (papilas
dérmicas) que se projetam na epiderme fazendo com que esta, na superfície, apresente uma
série de cristas separadas por sulcos (DANGELO & FATTINI, 1998).
Na derme situam-se algumas fibras elásticas e reticulares, bem como muitas fibras colágenas,
e ela é suprida por vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Também contém glândulas
especializadas e órgãos do sentido. Observa-se na derme a camada papilar, a mais superficial,
e a camada reticular, a mais profunda. A Camada papilar com função de aumentar a zona de
contato derme-epiderme, trazendo maior resistência a pele e a reticular, assim denominada
devido ao fato de que os feixes de fibras colágenas que as compõem entrelaçam-se em um
arranjo semelhante a uma rede (GUIRRO & GUIRRO, 2004).

2.3 Hipoderme
Todos os estudos sobre o sistema tegumentar consideram a hipoderme parte dele, embora,
para diversos autores, ela não seja uma das camadas da pele. Composta por células do tipo
adipócitos, está situada abaixo da derme e é rica em gorduras e vasos sanguíneos. Apresenta-
se como um tecido conjuntivo frouxo, e a gordura por ela armazenada constitui uma reserva
de energia. Além disso, atua como isolante térmico (BORGES, 2010).
De acordo com Guirro & Guirro (2004), a hipoderme conecta frouxamente a pele e a fáscia
dos músculos subjacentes, o que permite aos músculos contraírem-se sem repuxar a pele.
Além da função de reservatório energético, o tecido adiposo apresenta ainda outras funções,
tais como: 1) isolamento térmico do organismo, por ser um mau condutor de calor; 2) modela
a superfície corporal, e dependendo do sexo localiza-se em diferentes regiões; 3) os coxins
adiposos servem para a absorção de choques; 4) tecido de preenchimento e auxiliar na fixação
de órgãos; os rins podem sofrer ptoses nos indivíduos magros ou naqueles que diminuem de
peso muito rapidamente, pela falta de gordura perirrenal.

2.4 Anexos da pele


Na pele são observadas varias estruturas anexas: os pêlos, as unhas e as glândulas. Os pêlos se
originam de invaginacão da epiderme, o folículo piloso. Em certas regiões os pêlos
apresentam desenvolvimento diferente e desempenham um importante papel de proteção,
especialmente quando anexados as aberturas naturais do corpo (GUIRRO & GUIRRO, 2004).
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A pele contém numerosas glândulas sudoríparas, onde localizam-se na derme ou tela


subcutânea, com importante função na regulação da temperatura corporal, porque sua
secreção, o suor, absorve calor por evaporação da água (DANGELO & FATTINI, 1998).
As glândulas sebáceas são, com raras exceções, encontradas em todas as regiões do corpo. Em
geral estão anexas aos pêlos, mantendo com estes um desenvolvimento inversamente
proporcional, sendo mais numerosas, mas de menor volume, nas regiões onde os pêlos são
abundantes. Situam-se na derme e sua secreção é uma mistura complexa de lipídios, cuja
função é lubrificação da pele, além da ligeira ação bactericida (GUIRRO & GUIRRO, 2004).
As sensações cutâneas como tato, dor, calor e frio são captadas por vários receptores
especializados. Os receptores para dor são as terminações nervosas livres que se distribuem
por baixo das células da camada profunda da epiderme. As sensações táteis estão a cargo dos
corpúsculos de Paccini, de Meissner e da rede de fibras nervosas que circundam os folículos
pilosos; na sensação de frio intervêm os corpúsculos de Krause e, na de calor, os de Ruffini
(GUIRRO & GUIRRO, 2004).
De acordo com Starkey (2001), O tecido nervoso tem a capacidade de conduzir impulsos
aferentes e eferentes. As células nervosas individuas, ou neurônios, formam a unidade
funcional básica do sistema nervoso central.

2.5 Elasticidade da pele


A elasticidade da pele pode ser determinada pela orientação das linhas de fenda, ou linhas de
Langer.

Fonte: Guirro, (2004)

(Figura 1- Linhas de Langer)

Langer demonstrou que até no cadáver a pele é sujeita a tensões direcionadas de acordo com
as linhas. A perfuração da pele provoca a formação não de um orifício circular, mas de uma
fenda, cuja direção corresponde à orientação dos feixes conjuntivos elásticos, que indicam,
portanto, a direção de menor distensibilidade, ou seja, de resistência da pele à tração. O
conhecimento da direção das linhas de fenda, de maneira geral, é de grande interesse
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cirúrgico, pois auxilia o cirurgião a realizar incisões esteticamente aceitas (GUIRRO &
GUIRRO, 2004).
A pele da região abdominal tem cerca de 2-4 mm de espessura, contém os anexos habituais de
outras regiões do corpo (pêlos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas), sendo uma das
áreas em que sua grande elasticidade permite significativas alterações do volume do abdome
(gravidez, obesidade e outros) (JAIMOVICH et al, 1999).

3. Reparação tecidual
O processo de cicatrização é muito complexo e todas as fases estão inter-relacionadas, nunca
teremos uma ferida reagindo de maneira semelhante a outra. Uma mesma ferida pode estar
infectada, com tecido de granulação, e com tecido necrótico. O que é importante é que se
saiba o que esta acontecendo, para que se possa avaliar a indicação da melhor intervenção
(VOLOSZIN, 2004).
Para Nelson et al (1999), uma lesão leve cicatriza rapidamente. Uma lesão grave, que atinge
uma grande área de tecido, penetra profundamente e envolve todas as fases da cicatrização,
requer um tempo maior para cicatrizar e acumula uma quantidade significativa de tecido
cicatricial.
A fisiopatologia da cicatrização em qualquer tipo de trauma é descrita em três fases, são elas:
3.1 Fase inflamatória
O processo inflamatório serve para destruir, diluir ou mobilizar o agente agressor e, em
seguida, deflagrar uma serie de acontecimentos que curam e reorganizam o tecido lesado.
Sabe-se que essa fase começa no momento da lesão, e o sangramento que ocorre traz
plaquetas, hemácias e fibrina, determinando a aderência entre as bordas da ferida condição
importante para a cicatrização (BORGES, 2010).
Muitos fatores químicos influenciam e controlam o processo inflamatório inicial e
desencadeiam futuros envolvimentos na fase proliferativa são liberados pelas células durante
o estagio de inflamação. Os macrófagos que fagocitam organismos patogênicos, liberam
fatores que atraem fibroblastos para a área e favorecem a deposição de colágeno (KITCHEN,
2003).
3.2 Fase proliferativa
É caracterizada pela remoção dos restos celulares e pela reparação temporária do tecido
formado durante o estágio anterior de inflamação e pelo desenvolvimento dos tecidos
substitutos novos e permanentes. O fibroblasto surge por volta do segundo e do terceiro dia
após o trauma, é uma célula fusiforme, com núcleo oval (BORGES, 2010).
O tecido de granulação é formado durante a fase proliferativa. Essa é uma estrutura
temporária que se desenvolve após um período de alguns dias e compreende neomatriz,
neovasculatura, macrófagos e fibroblastos. O tecido de granulação precede o desenvolvimento
do tecido cicatricial maduro (KITCHEN, 2003).
3.3 Fase de remodelagem
Observa-se que a matriz extracelular modifica-se continuamente, ate que se forme a matriz
estável. A resistência do tecido lesionado aumenta com a deposição de colágeno. O processo
de remodelamento da ferida implica no equilíbrio entre a síntese e a degradação de colágeno e
redução da vascularização e da infiltração de células inflamatórias, até que se atinja a
maturação (BORGES, 2010).
O remodelamento ocorre em um período que oscila de vários meses a anos, com o colágeno
tipo III sendo parcialmente substituído pelo tipo I. As fibras se reorientam ao longo de unhas
das sobrecargas aplicadas a lesão, resultando desse modo em um tecido com maior força
tensil. A força de ruptura da ferida aumenta com a deposição de colágeno, atingindo
aproximadamente 20% da força normal por volta de 21 dias pós-lesão (KITCHEN, 2003).
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A cicatrização de feridas pode ocorrer por: primeira intenção ou união primaria, quando as
bordas da ferida são aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e
discreto edema. Por segunda intenção ou união secundaria quando ocorre perda excessiva de
tecido e presença de infecção, comprometendo a reparação, que se torna mais lenta e por
terceira intenção ou união terciária, quando a ferida não é suturada no tempo previsto ou
quando a sutura se rompe e a ferida necessita ser suturada novamente, comprometendo o
processo de cicatrização (VIEIRA, 2006).

4. Abdominoplastia Clássica
O termo inicialmente utilizado era lipectomia abdominal, descrita por Demars e Marx em
1890. Posteriormente foi modificado para abdominoplastia e refere-se às cirurgias em que
existe ressecção de pele e tecido subcutâneo em excesso. Sendo uma das cirurgias plásticas
mais realizadas em todo o mundo. Pode estar associada ou não a vários outros procedimentos
em técnicas em que se atua sobre a musculatura (como rotação e plicatura dos músculos
oblíquos externos), aponeurose, e com procedimentos complementares no subcutâneo (como
lipoaspiração ou ressecções segmentares) (PORCHAT et al, 2004).
A abdominoplastia ou dermolipectomia é uma correção estética e funcional da parede
abdominal, devido alterações por flacidez da musculatura, excesso de emagrecimento,
gestações sucessivas, diástase abdominal, extenso depósito de tecido gorduroso na parede
abdominal e hérnias (MIGOTTO et al, 2013).
Para Guirro & Guirro (2004), no Brasil a abdominoplastia clássica foi impulsionada pelo
trabalho de Callia em 1963, que preconizou incisões baixas e posicionadas em zonas mais
discretas. E desde que foi criada, várias alterações surgiram em suas técnicas e fundamentos,
assim como a diminuição da incidência de seqüelas deixadas no pós-operatório.

5. Descrição da técnica
De acordo com Lange (2012), A abdominoplastia clássica consiste em:
- Uma incisão transversa baixa;
- Deslocamento da pele até o processo xifóide e rebordo costais;
- Tratamento de toda parede músculo-aponeurótica;
- Confecção de uma nova cicatriz umbilical, chamada de onfaloplastia e a retirada do excesso
dermo-adiposo;
- Colocação de drenos em cada lado exteriorizados na região dos pêlos pubianos;
- Procede-se, a seguir, a fixação da porção inferior do retalho à aponeurose e a sutura final do
retalho na região suprapúbica, em dois planos com fio absorvível.
A cirurgia plástica abdominal tem por finalidade a correção das alterações da parede
abdominal, desde as que afetam a cobertura tegumentar (pele e tecido celular frouxo
subcutâneo) até as que afetam as estruturas músculo-aponeurótica, procurando atingir os
padrões compatíveis com o que se considera “normal” para o contorno corporal
(JAIMOVICH et al, 1999).
Para Guirro & Guirro (2004), tem indicação indivíduos que apresentam gordura localizada,
flacidez recorrente de grande emagrecimento ou gravidez múltipla (abdome em avental),
flacidez aponeurótica, diástase abdominal, abaulamentos e hérnias. As contra - indicações
estão restritas aos indivíduos muito obesos, mulheres que desejam ter filhos ou problemas de
saúde que sejam empecilhos a uma abordagem cirúrgica.

6. Cuidados pós-operatórios
Os tópicos mais importantes para a realização da avaliação do paciente pós operado é o
reconhecimento dos problemas e cirurgia, identificação do tipo, e a profundidade dos tecidos
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envolvidos, a natureza da patologia, o estagio da cicatrização, reconhecimento de quaisquer


contra-indicações ao uso das modalidades de tratamento (MACEDO et al, 2010).
O trauma tecidual causado por procedimentos cirúrgicos, e a reação inflamatória decorrente
deste processo, podem resultar em condições dolorosas no período pós-operatório. Sabe-se
que este tipo de dor não tratada pode acarretar diversos prejuízos ao paciente. A dor pós-
operatória é potente desencadeador de resposta ao estresse, ativando o sistema nervoso
autônomo o que causa inúmeros efeitos adversos sobre o organismo (FERREIRA &
BELEZA, 2007).
A antibioticoterapia e o uso da cinta ou de uma malha elástica compressiva (modelador) sobre
o abdômen faz parte dos cuidados pós-operatórios, mas há diferenças quanto ao tempo de
manutenção dessa cinta, que poderá variar entre trinta e noventa dias, dependendo da técnica
ou do cirurgião. O dreno de sucção permanece por, no mínimo, cinco dias e deve ser retirado
na primeira consulta de revisão ambulatorial (BORGES, 2010).
Afirma Santos et al (2013), a fisioterapia no pós-operatório poderá atuar prevenindo a
formação das aderências, principal agravante no PO, pois essas aderências impedem o fluxo
normal de sangue e linfa, aumentando ainda mais o quadro edematoso, retardando a
recuperação.
A cicatriz cirúrgica é um aspecto de ampla preocupação e imprescindível para um melhor
resultado de cirurgias estéticas. As ocorrências de hipertrofias, alargamentos e assimetrias
estão relacionadas à tração excessiva do retalho ou quando a incisão inicial for compensada,
no final da cirurgia, para as laterais ou com ressecções e suturas progressivas. Neste caso, a
fisioterapia dermato-funcional se limita a minimizar, quando possível, a tensão sob o retalho,
através do controle precoce do edema e adequação das propriedades metabólicas e elásticas
cutânea (MACEDO et al, 2010).
Para que haja um alivio da pressão nas suturas, é necessário posicionar a cama de um modo
especifico durante os três primeiros dias depois da operação. Os joelhos devem estar
flexionados e o tronco superior levemente elevado. A mobilização no primeiro dia é
importante para prevenir a formação de coágulos de sangue. Nesse período inicial, deve-se
evitar e extensão do tronco superior, mantendo a flexão da coxa sobre o tronco, não
prejudicando a cicatrização da ferida operatória. Diante disso, sabe-se que a mobilização e a
deambulação precoces são essenciais para evitar outras complicações, como pulmonares, e
para recuperação efetiva e rápida no pós-operatório (SANTOS, 2013).

7. Complicações pós-operatórias
De acordo com Porchat et al (2004), são relatados vários tipos de complicações na
abdominoplastia clássica, sendo as principais: hematoma, seroma, infecção de ferida
operatória, deiscência e necrose do retalho abdominal.
No entanto, as complicações mais freqüentes são coleções liquidas, onde não há fator isolado
em relação à causa das mesmas, destacamos o hematoma e o seroma:
- O hematoma trata-se de uma coleção de sangue que, por ser em maior quantidade, em razão
do rompimento de vasos de maior calibre, não consegue espalhar-se pelos tecidos moles,
permanecendo agrupado em algum espaço morto. Em casos de hematomas de grande
dimensão, a drenagem cirúrgica torna-se obrigatória e em outros casos é necessário somente
punções realizadas em regime ambulatorial, sem interferir no resultado final da cirurgia
(BORGES, 2010).
- O seroma pode ser definido como uma coleção liquida de características exsudativas,
formada profundamente ao retalho dermogorduroso. Os mecanismos postulados para sua
formação são: 1.secção de numerosos de numerosos canais linfáticos, 2.espaço morto
decorrente do extenso deslocamento do retalho dermogorduroso, 3.forças de cisalhamento
entre o retalho a aponeuroso, 4.liberação de mediadores inflamatórios. É a complicação
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precoce mais freqüente nas abdominoplastias com incidência que varia de 1 a 57%, sendo
10% a média aceita pela maioria dos autores. Para reduzir o alto índice de seroma algumas
medidas têm sido preconizadas, como manipulação reduzida do retalho cutâneo, menor tempo
operatório, uso de drenos de sucção e uso de malhas de compressão no pós-operatório durante
30 dias (MARTINO et al, 2010).
A Deiscência de sutura cutânea cirúrgica é uma complicação pós-operatória em que ocorre a
reabertura da ferida previamente fechada. Essa complicação pode comprometer o resultado
estético da futura cicatriz, além do risco de infecção (BORGES, 2010).

Fonte: Borges, (2010)

Figura 2- Deiscência de sutura

Podem ocorrer durante as primeiras fases do processo cicatricial (do 1º ao 21º dia pós-
operatório), devido a hematomas, infecções, falhas na produção do tecido colágeno e aumento
da pressão intracavitária, provocando ruptura da linha incisional e determinando uma solução
de continuidade, o que pode levar a instalação de uma hérnia incisional (JAIMOVICH et al,
1999).
A infecção da ferida operatória é uma das complicações mais temidas porque pode colocar em
risco não só o resultado da cirurgia, como a vida dos pacientes. Vários fatores interferem no
aparecimento da infecção, por isso é necessário alguns cuidados no sitio cirúrgico, a fim de
evitar a contaminação (PORCHAT et al, 2004).
A necrose é um processo patológico causado pela ação degradativa progressiva de enzimas,
geralmente associado com trauma celular severo. É caracterizada por inchaço mitocondrial,
floculação nuclear, lise celular descontrolada e por fim, morte celular (VOLOSZIN, 2007).

Fonte: Borges, (2010)

Figura 3 - Necrose de abdominoplastia


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A ocorrência de necrose no pós-operatório de abdominoplastia é rara, mas pode acontecer


pelo excesso se pressão na área central da cicatriz associada à extensa lesão de vasos
linfáticos e arteriais, levando a um sofrimento tecidual de pequena ou grande profundidade.
Diante de um quadro como esse, deve-se agir precocemente, diminuindo a pressão no tecido e
estimulando a vascularização (BORGES, 2010).
Tais complicações poderão ser evitadas, na grande maioria dos casos, pela correta indicação
da cirurgia e pelo respeito aos princípios técnicos que a norteiam, associados também com os
cuidados específicos, que devem ser tomados tanto no pré, inter e pós-operatório, tanto pelo
médico quanto pela equipe multidisciplinar que geralmente esta acompanhando o paciente
(SILVA et al, 2012).

8. Metodologia
Este artigo foi realizado por meio de um levantamento bibliográfico, no período de março de
2013 a janeiro de 2014, com pesquisas na base de dados coletados em artigos, revistas
científicas, livros e sites como MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde),
SCIELO (Scientifc Eletronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde), com buscas que datam de 1998 a 2013. Os descritores
utilizados foram: cirurgia plástica, abdominoplastia, tratamentos pós-operatórios, fisioterapia
e combinados entre si.
Os textos foram analisados a fim de obter informações consistentes no que diz respeito à
atuação da fisioterapia dermato-funcional nas principais complicações no pós-operatório de
abdominoplastia clássica.

9. Resultados e Discussão
A Fisioterapia dermato-funcional tem sido amplamente recomendada pelos cirurgiões
plásticos como forma de procedimento de tratamento para as cirurgias plásticas,
especialmente nos casos de abdominoplastias associadas à lipoaspiração (BASEGGIO et al,
2011).
A atuação da fisioterapia no pós-operatório de abdominoplastia vem crescendo com o
surgimento da especialidade de fisioterapia dermato-funcional. Esta especialidade,
fundamentada em conceitos científicos sólidos, muito tem contribuído tanto no pré quanto no
pós-operatório de cirurgia plástica, prevenindo ou tratando as respostas advindas das
intervenções cirúrgicas, possibilitando ainda a diminuição da ansiedade pós-operatória
(SILVA et al, 2012).
O ato cirúrgico constitui uma agressão tecidual que mesmo bem direcionado, pode prejudicar
a função tecidual, cabendo ao fisioterapeuta atuar com todos os recursos disponíveis para
minimizar a alteração tissular (MIGOTTO et al, 2013).
Para Coutinho et al (2006), os autores que realizaram uma pesquisa constataram que o
período de pós-operatório interfere na efetividade das condutas fisioterapêuticas para a
recuperação de pacientes submetidos a cirurgias plásticas, uma vez que estes estão propensos
a complicações. Portanto, o encaminhamento mais tardio pode privar o paciente de obter uma
recuperação mais saudável, mais curta, com menos sofrimento, além de muitas vezes
comprometer o resultado final da cirurgia.
Dentre os recursos disponíveis para o tratamento de lesões, a utilização de terapias
alternativas não invasivas na cicatrização tecidual, tem se mostrado de fundamental
importância para o estimulo da preservação das funções fisiológicas, da estrutura celular e
para a melhora na qualidade do tecido neoformado (OLSSON et al, 2008)
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10.0. Técnicas utilizadas no Tratamento Pós-operatório:


10.1. Drenagem linfática
Segundo Godoy & Godoy (2003), o aumento da pressão em nível intersticial sugere uma
alteração nos capilares linfáticos, dificultando assim a passagem do liquido intersticial para o
interior dos vasos e acúmulo protéico no interstício.
Afirma Ribeiro (2003), que a drenagem linfática manual é denominada uma técnica de
massagem, aplicada por Vodder (Alemanha) e recentemente por Leduc (Bruxelas), que tem
como objetivo retirar os resíduos metabólicos e os líquidos exsudados por manobras nas vias
linfáticas e nos linfonodos.
Para Macedo et al (2010), a indicação da drenagem linfática é basicamente para retirada do
edema excessivo encontrado no interstício. E ainda assim, só teremos a redução definitiva
deste edema quando houver diminuição da secreção de cortisol, que é liberada durante o
processo de inflamação/reparo e no término da formação do tecido cicatricial, em torno de 20
a 42 dias.
De acordo com os estudos de Migoto et al (2013), o tratamento deve iniciar ainda na fase
aguda, porém, devemos levar em conta que a cicatrização ainda esta recente, e a aplicação da
técnica deve utilizar pressões manuais extremamente suaves (de até 30 a 40 mmHg) e lentas
(em média de 12 vezes por minuto).
Segundo Lange (2012), no caso da abdominoplastia, a drenagem dos quadrantes inferiores,
confluem para a região inguinal, fica interrompida pela retirada do tecido, restando apenas as
vias dos quadrantes superiores que confluem para os linfonodos axilares.

10.2. Crioterapia
Afirma Salgado (2013), que nosso corpo mostra um controle vasomotor perfeito em
temperaturas ambientais em torno de 19ºC a 32ºC. Se a temperatura for inferior a 19ºC, o
corpo perde muito calor, mas tenta equilibrar-se utilizando como recurso a vasoconstrição
periférica.
Baseado nos estudos de Coutinho et al (2006), foi constatado que a crioterapia, cuja sua
utilização promove o resfriamento do local aplicado, ocasionando vasoconstrição,
minimizando o extravasamento sanguíneo e contribui para reduzir a dor.
De acordo com Macedo et al (2010), que a redução do edema, que acompanha a aplicação da
crioterapia em seguida a uma lesão aguda, pode ser atribuída a vasoconstricao imediata das
arteríolas e vênulas, o que reduz a circulação até a área e, portanto, reduz o extravasamento de
liquido para o espaço intersticial. Este efeito fica reforçado pela redução tanto do
metabolismo celular como das substancias vasoativas, tais como histamina.
Para Santos (2013), a analgesia esta associada a redução do fluxo sanguíneo, decorrente da
vasoconstrição induzida pelo frio, além da redução do metabolismo neural, apesar de que as
vias pelas quais estes eventos ocorrem ainda não estejam bem elucidadas.

10.3. Ultra-som
Afirma Kitchen & Bazin (1998), que ao penetrar no corpo, o ultra-som pode exercer um efeito
sobre as células e tecidos mediante dois mecanismos físicos: térmico e atérmico. Por isso,
alguns desses mecanismos são de natureza estimulante em seus efeitos no processo de
cicatrização/reparo das lesões, enquanto que outros são potencialmente perigosos.
Para Migotto et al (2013), existem evidencias que demonstraram a eficácia do US de 3 MHZ
nas diferentes fases do reparo. Sua utilização no PO de cirurgia plástica auxilia na reabsorção
de hematomas, reduzindo as chances de formação fibrótica, previne a formação de cicatrizes
hipertróficas e quelóides, e ainda melhora a nutrição celular, reduzindo o edema e a dor.
Segundo Salgado (2013), as ações pelo calor podem ser benéficas para o processo de
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reparação tecidual por aumentar o fluxo sanguíneo, aumentando a perfusão de sangue e a


tensão de oxigênio na área lesada, diminuindo a susceptibilidade a infecções.
Baseado nos estudos de Macedo et al (2010), para a aceleração do reparo tecidual da pele
recomenda-se o uso do ultra-som no modo pulsado (Relação 1:5, 20%), utilizando uma
freqüência 3 MHZ, com intensidade abaixo de 0,5 W/cm2, na fase proliferativa (3 dias após a
lesão), efeito térmico do ultra-som pulsado de intensidade de 0,5 W/cm 2, com aumento de
30% da quantidade de colágeno. Entretanto, aparentemente a terapia por ultra-som acelera o
processo cicatricial, mas não oferece interferência aos mecanismos de controle que limitam o
desenvolvimento da granulação.

10.4. Laser
Para Guirro & Guirro (2004), o laser é uma emissão de luz coerente, monocromática, com
grande concentração de energia, capaz de provocar alterações físicas e biológicas. A ação
biológica do laser ocorre devido aos efeitos diretos da irradiação, e não como do aquecimento.
Sendo atribuída a essa modalidade energética efeitos como: aumento na tensão de ruptura de
cicatrizes, modificação da motricidade do sistema linfático e no edema, bem como resultados
animadores em cicatrizes eritematosas, hipertróficas e pigmentadas.
Segundo os estudos de Vieira (2006), o laser tem demonstrado eficiência na cicatrização das
feridas cutâneas, acelerando o processo fisiológico da cicatrização e diminuindo a dor dos
pacientes, contudo, esse tipo de tratamento ainda é uma realidade pouco conhecida pelos
profissionais, constituindo uma nova e promissora ferramenta de trabalho.
De acordo com Macedo et al (2010), a ação do laser após uma lesão da pele possibilita a
angiogênese, estímulo da mitose celular, regulação dos fibroblastos, normalizando a produção
de fibras elásticas e colágenas, impedindo a ocorrência de quelóides, hipertrofias e
alargamentos. Os protocolos propostos nas intervenções pós-cirúrgicas devem considerar a
fase do processo inflamatório. As densidades de energia para as ações de aumento da
circulação e diminuição da dor restringem-se a faixa de 2,0 a 4,0 J/cm2, sendo aumentada para
6,0 a 8,0 J/cm2 nos casos de regeneração e/ou cicatrização tecidual.

10.5. Microcorrente
Para Voloszin (2007), essa técnica trata-se de um tipo de corrente que tenta se aproximar, o
máximo possível, dos influxos nervosos do corpo humano, simulando, portanto, os impulsos
elétricos que as células recebem naturalmente. Ajudando a favorecer o aumento de vasos em
direção aos tecidos. Dentre os benefícios desta, temos a regeneração do retalho cutâneo na
fase de cicatrização; normalização no numero de fibroblastos e melhor oferta de sangue para o
tecido, evitando a necrose e prevenindo cicatrizes hipertróficas.
Afirma Borges (2010), que essa corrente elétrica é o gatilho que estimula a cura, a
regeneração e o crescimento em todo o organismo vivo. Entre seus efeitos fisiológicos está o
estímulo da síntese protéica, incremento no transporte de aminoácidos, crescimento dos
fibroblastos e alinhamento das fibras colágenas. O reabastecimento de ATP e nutrientes em
células lesionadas permite a recuperação do tecido.
Baseado nos estudos de kitchen (2003), o uso de potenciais elétricos, campos e correntes
exógenos para facilitar a regeneração dos tecidos (em osso, nervo e pele) esta se tornando
uma técnica clinicamente aceita. Os resultados variam do tipo de tecido, de individuo, e de
estímulo aplicado, mas uma alta proporção alega melhora significativa da regeneração dos
tecidos.
Segundo Santos (2013), em danos de tecidos moles, como feridas, traumas, pós-cirurgia e,
particularmente, nos tratamentos de dor residual em longo prazo, a microcorrente é
excepcionalmente útil devido a cicatrização pós-cirúrgicas.
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11. Conclusão
Ao se realizar uma cirurgia plástica, de grande porte como a abdominoplastia clássica, faz-se
necessária toda uma preparação física, mental e emocional, onde o paciente deve ser
informado e orientado dos riscos e dos cuidados que devem ser tomados no pós-operatório
imediato, tais como, cuidados com a incisão, postura adequada, importância de repouso e de
possíveis complicações que podem ocorrer, tudo isso influencia na evolução da recuperação.
Conforme abordado nessa revisão, a fisioterapia dermato-funcional vem ganhando respaldo
no campo de cirurgia plástica, pois se mostrou de extrema importância no pós-operatório da
abdominoplastia clássica, devido à aceleração do processo de reabilitação, em virtude de sua
gama de técnicas e recursos terapêuticos que auxiliam na reparação dos tecidos e cura das
lesões. Vale salientar que para o completo sucesso da cirurgia, o fisioterapeuta deve iniciar
seu papel se possível, no pré-operatório, a fim de auxiliar na prevenção de complicações e
alcançar uma recuperação mais rápida.
A literatura pesquisada tem confirmado ainda, os efeitos alcançados por esses recursos, que
podem e devem ser utilizados no pós-operatório envolvendo complicações ou não, sendo: a
aceleração do processo cicatricial, diminuição da dor e do edema, recuperação dos tecidos,
reabsorção dos hematomas, aumento da perfusão sanguínea, melhora da nutrição celular,
aumento da extensibilidade dos tecidos, ação bactericida e entre outros.
Certamente, ainda é necessário que sejam realizados novos estudos sobre o tema, pois se
observou que na literatura há escassez de material acerca desse assunto, na intenção de
ampliar os conhecimentos na área.
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