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Manual Artemia Salina

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Introdução:

A artémia encontra-se classificada sob o filo Arthropoda, classe Crustacea. É parte


integrante do zooplancton, tal como a Daphnia (também usada como comida viva em
aquário). O ciclo de vida da artémia começa pela incubação dos cistos adormecidos, onde
se encontram encapsulados os embriões com o seu metabolismo desactivado. Os cistos
podem permanecer adormecidos por vários anos desde que guardados bem secos e
desprovidos de oxigénio. Quando colocados de novo em água salgada, rehidratam e
retomam o desenvolvimento.

Os cistos de artémia devem ser preferencialmente guardados num


recipiente hermeticamente fechado e num local seco e fresco, se
possível até, sob vácuo. O frigorífico é normalmente o local mais
aconselhado. Após 15 a 20 horas a 25ºC a casca do cisto cede e o
embrião abandona o interior. Nas primeiras horas, o permanece
pendurado por baixo do ovo, ainda envolvido numa membrana. A esta é
chamada a fase guarda-chuva durante a qual o náuplio completa o seu
desenvolvimento até começar a nadar independente. Durante o
primeiro estado larvar o náuplio apresenta-se com um colorido castanho-
alaranjado devido às sua reservas amnióticas. A artémia recém-
nascida não se alimenta uma vez que ainda não desenvolveu
totalmente a boca nem o ânus. Aproximadamente 12 horas após a eclosão dá-se a
passagem para o segundo estado larvar e começam a alimentar-se
filtrando partículas de várias micro-algas, bactérias e detritos. O
náuplio irá crescer e progredir por 15 diferentes estágios antes de
atingir a maturidade durante no mínimo 8 dias. Um exemplar de
artémia adulto mede em média 8mm de comprimento, mas pode atingir
tamanhos até 20mm se as condições forem favoráveis. Um adulto é um
incremento de 20 vezes em comprimento e de 500 vezes em bio-massa
em relação ao náuplio inicial. Em baixa salinidade e níveis
alimentares elevados, as fêmeas fertilizadas produzem habitualmente náuplios já
eclodidos a um ritmo de até 75 por dia. Produzirão 10-11 grupos durante a sua esperança
de vida de 50 dias. Em condições
extraordinariamente favoráveis uma artémia adulta pode viver até
três meses e produzir até 300 náuplios ou cistos a cada quatro
dias. A reprodução sob a forma de cistos é induzida por condições de alta
salinidade, escassez de alimento e / ou insuficiência de oxigénio
(inferior a 2mg/l). Os adultos podem suportar extremos térmicos de -18ºC a 40ºC, sendo
que a temperatura adequada para a eclosão dos cistos e o normal desenvolvimento dos
adultos ronda os 25ºC a 30ºC, no entanto há
diferenças entre estirpes, para a artémia da San Francisco Bay o
ideal são 22ºC em oposição aos 30ºC para a artémia do Great Salt
Lake. A salinidade ideal encontra-se entre 30-35 ppt (densidade
1.022-1.026) e conseguem mesmo suportar água doce por até 5 horas
após as quais morrerão. Deve ter-se o cuidado de não administrar em
demasia a um aquário de água doce devido à rápida decomposição dos
mortos. Muitos peixes de água doce toleram sem problema algum um
ambiente salobro de 1-5 ppt, de forma que é possível aumentar a
esperança de vida da artémia acrescentando um pouco de água
salgada.
Outras variáveis relevantes são o pH, a luz e o oxigénio. Um pH
próximo dos 8 é o melhor; pH abaixo de 5 ou acima de 10 matará a
cultura. O pH pode ser aumentado com bicarbonato de sódio e baixado
com ácido muriático. É necessária uma iluminação forte para a
eclosão, bastando para tal uma lâmpada comum género growlite.

Mais importante é o nível de oxigénio na água, com um bom


fornecimento de oxigénio a artémia toma um tom rosa esbatido ou
amarelado, ou esverdeado se se estiver a alimentar fortemente de
micro-algas. Nestas condições ideais, atinge-se tanto um rápido
crescimento, como uma rápida reprodução e torna-se viável a criação
de uma cultura auto-sustentada de artémia. Se houver um baixo nível
de oxigénio na água, com elevados níveis de matéria orgânica ou um
elevado nível de salinidade devido à evaporação, a artémia ir-se-á
alimentar de bactérias, detritos e fermentos, mas não de algas. É
sob estas condições que elas produzem hemoglobina e tornam-se
laranja ou avermelhadas. Se estas condições se mantiverem elas
começarão a produzir cistos adormecidos e a colónia pode sucumbir.
É de extrema importância a existência de uma vigorosa fonte de ar por
duas razões, uma mecânica, para manter o alimento em suspensão onde
poderá ser colectado pelos indivíduos e uma química, de forma a
promover uma boa fonte de oxigénio para o sistema.

O camarão de água salgada (artêmia) pertence ao filo Arthropoda e à classe


dos crustáceos. As Artêmias são zooplanctons como Copepoda e Dáfnia, os quais
também são usados como alimento vivo em aquários. O ciclo da artêmia começa
através de cistos hibernantes encubados ("ovos"), que são embriões enclausurados
metabolicamente inativos. Os cistos podem permanecer adormecidos por muitos
anos, desde que sejam mantidos secos e livres de oxigênio. A melhor forma de
armazenarmos cistos de artêmia é em recipientes hermeticamente selados, em um
ambiente frio e seco e se possível no vácuo. O refrigerador é geralmente o melhor
lugar.

Quando os cistos são devolvidos à água salgada, eles se re-hidratam e


reassumem o desenvolvimento. Depois de 15 ou 20 horas, a uma temperatura de
25°C, os cistos se rompem e o embrião abandona a carapaça. Por algumas horas, o
embrião fica preso abaixo da casca do cisto ainda envolvido em uma membrana.
Esse estágio é chamado de “guarda-chuva”. Durante esse estágio, o náuplio
completa seu desenvolvimento e emerge como um livre nadador. Em seu primeiro
estágio larval, o náuplio é de cor laranja castanho devido à sua reserva de
alimento. A artêmia recém eclodida não se alimenta, porque sua boca e ânus não
estão totalmente desenvolvidos. Aproximadamente 12 horas após a eclosão, eles
assumem o segundo estágio larval e começam a se alimentar de partículas de
microalgas, bactérias e detritos. Os náuplios irão crescer e passar por 15 mutações
antes de atingir a fase adulta em no mínimo 8 dias.
A artêmia adulta, em média, mede 8 mm de comprimento, mas pode atingir
20 mm em condições ideais. É 20 vezes maior e possui 500 vezes mais biomassa do
que quando é um náuplio. Em baixa salinidade e níveis de alimentos favoráveis, as
fêmeas fertilizadas normalmente produzem náuplios que já nadam livremente
numa taxa de até 75 náuplios por dia. Elas irão produzir em média de 10 a 15
ninhadas durante os seus 50 dias de vida. Em condições propícias, uma artêmia
adulta pode viver até 3 meses e produzir até 300 náuplios ou cistos a cada 4 dias. A
produção de cistos é induzida pelas condições de salinidade alta, escassez de
alimento e/ou baixa oxigenação (menor que 2 mg/L).

Os adultos podem tolerar breve exposição a temperaturas tão extremas


quanto 18°C e 40ºC, sendo que a temperatura ideal para o cultivo é de 25°C a
30°C, mas existem diferenças de uma região para outra. O camarão de água
salgada (como é conhecida em muitas regiões) prefere uma salinidade entre 30-35
ppt (densidade entre 1.020 e 1.025) e pode viver em água doce por
aproximadamente 5 horas.

Deve-se tomar cuidado para não superalimentar o aquário de água doce,


pois após morrer, a artêmia se decompõe muito rapidamente. Muitos peixes de
água doce toleram e até mesmo prosperam em água salobra (1-5 ppt) o que torna
possível o acréscimo de sal na água do aquário e prolongando assim, se necessário,
a sobrevivência das artêmias.

Outras variáveis de grande importância são: pH, luz e oxigênio. Um pH por


volta de 8,0 é melhor, pH menor que 5,0 e maior que 10,0 matará a cultura. O pH
pode ser aumentado com bicarbonato de sódio e diminuído com ácido clorídrico
bem diluído. Uma boa iluminação será necessária para a criação, uma lâmpada
normal do tipo growlight, dessas disponíveis em lojas de aquário é adequada.

O mais importante é o nível de oxigênio na água. Com um bom


fornecimento de oxigênio, as artêmias assumem uma cor rosa pálido ou amarela,
ou se forem alimentadas intensamente com algas, serão verdes. Nessas condições
ideais, o crescimento e a reprodução serão rápidos e será possível um fornecimento
auto-suficiente de artêmias. Se houver um nível baixo de oxigênio na água com
excesso de matéria orgânica, ou uma salinidade alta devido à evaporação natural,
as artêmias irão se alimentar de bactérias, detritos e células fermentadas, mas
nenhuma alga. Sob essas condições, elas produzirão hemoglobina e apresentarão
uma a cor vermelha ou laranja. Se essa condição persistir, elas começarão a
produzir cistos e a colônia poderá falir.

É muito importante ter um fornecimento de ar vigoroso no tanque por dois


motivos: Primeiro, para manter o alimento disponível em suspensão, onde ele será
filtrado pelas artêmias, e segundo, para promover a boa oxigenação do sistema.

2. Requisitos para o cultivo

As condições favoráveis para o cultivo de artêmia são: Temperatura de


25°C, densidade de 1.030, aeração forte e contínua, iluminação constante de 2000
Lux e pH 8,0.
A boa circulação é essencial para manter os cistos em suspensão. Um
recipiente em forma de V seria o ideal, mas duas garrafas de 1 litro funcionam
muito bem. O melhor que já encontrado foram as colunas de separação
encontradas em qualquer fornecedor para laboratório mas, estas são muito caras.
Deve-se colar uma válvula na tampa da garrafa (pode ser registro usado em
compressores) e inverter a garrafa. Dessa forma cistos não eclodidos, carapaças
vazias e náuplios poderão ser separados mais facilmente.

Outra idéia que recomendada é a de usar garrafas de cerveja. Algumas das


quais possuem um ponto cônico na parte inferior. Coloca-se três ou quatro delas
em um recipiente de 40 litros e as aquece pelo método de “banho Maria”. Coloca
tubos de ar rígidos dentro delas, sem pedra porosa, e os conecta através de
mangueiras flexíveis a um distribuidor múltiplo. Temperatura deve ser de 27°C e
deve ter luz brilhante o tempo todo. Em cada garrafa coloca-se ½ colher de chá de
sal, ½ ou ¼ de cistos e deixa borbulhando por 24 horas.

Para colher os náuplios, desconecte a mangueira flexível, deixe o tubo rígido


dentro da garrafa e tire a garrafa de dentro do “banho-maria”. Deixe a garrafa no
escuro por 10 minutos e então sifone as artêmias usando uma mangueira de
aquário, para um recipiente contendo água doce, para enxaguar. Usando as
garrafas em rotatividade, é possível ter artêmias recém eclodidas a toda hora.

Existem vários métodos para se eclodir cistos de artêmia. A porcentagem de


cistos eclodidos está diretamente ligada à qualidade da água, circulação e origem
dos cistos. Recipientes com fundos planos possuem áreas mortas (sem circulação
de água) não sendo indicados para se conseguir altas taxas de cistos eclodidos.
Existem de 200.000 a 300.000 náuplios por grama de cistos, deste modo, ½ colher
de chá em dois litros de água é mais que o suficiente para se manter um aquário
tropical. Com a instalação de duas ou mais garrafas, uma começando em um dia e
outra noutro, poderá ter um fornecimento contínuo de náuplios recém eclodidos
para aquele aquário de recifes.

3. Colheita

Para colher os náuplios basta desligar o ar ou retirar a pedra porosa de


dentro do recipiente e deixar assentar por 10 minutos. Os náuplios recém eclodidos
vão se concentrar logo acima dos cistos não eclodidos que se encontrarão no fundo
do recipiente. Visto que os náuplios recém nascidos são atraídos pela luz,
direcionando uma lanterna no centro do recipiente irá concentrá-los onde será
mais fácil sifoná-los. Podendo, também, drenar os cistos que estão no fundo usando
a válvula que inicialmente instalou e depois drenar os náuplios para outro
recipiente. Os cistos não eclodidos não deverão ser jogados fora, pois poderão ser
utilizados em uma próxima cultura, visto que, parte deles ainda poderá eclodir.

4. Alimentação

As artêmias possuem filtros não seletivos (não escolhem o que retiram da


água), com isso, uma ampla variedade de alimentos têm sido usada com sucesso. O
critério para se escolher o tipo de comida é baseado no tamanho da partícula,
digestibilidade e solubilidade (leite em pó não funciona).
Os alimentos mais utilizados incluem microalgas, tais como nanochloropsis
e uma ampla variedade de alimento inerte, o que é mais prático. Deve-se tomar
cuidado para não superalimentar o tanque.

Entre os alimentos inertes usados estão fermentos, tanto ativos como


inativos (os fornecedores para cervejarias são a melhor fonte, pois o custo do
fermento de padaria é muito alto), pó de arroz, farinha de trigo, farinha de soja,
farinha de peixe, gema de ovo, fígado homogeneizado e soro de leite. Microalgas
secas tal como spirulina também tem sido usada com sucesso e podem ser
encontradas em lojas de produtos naturais, mas o custo também é alto.

Uma maneira simples de se medir a quantidade de comida que se coloca no


tanque é observar a transparência da água. Isso é feito com um bastão graduado
em centímetros com um disco branco e preto preso em uma das extremidades.
Introduza o bastão no tanque com o disco voltado para baixo. A profundidade
onde o contraste entre o branco e o preto desaparece mede a intensidade de luz que
penetra dentro do tanque. Quanto mais partículas estiverem em suspensão na
água, menor será a transparência ou visibilidade. Com uma densidade de 5000
náuplios por litro, a transparência deverá ser de 15 a 20 cm na primeira semana e
de 20 a 25 cm nas seguintes.

Sem dúvida seria melhor se fosse mantida uma quantidade ideal de


alimento o tempo todo, dessa forma uma alimentação freqüente ou um gotejando
contínuo seria fundamental para um crescimento ideal. O alimento não é
consumido diretamente, é transferido para a boca em forma de pacotes. O espaço
entre as pernas de uma artêmia alarga-se na medida em que as pernas se movem
para frente. A água é sugada para dentro dele e pequenos filtros capilares coletam
as partículas, inclusive alimento, do fluxo entrante. Quando retorna, a água é
expulsa e a comida é retida na abertura. Essa abertura possui glândulas que
secretam material adesivo que aglomera a comida em bolinhas e, então, os
capilares levam essas bolinhas em direção à boca. O tamanho ideal do alimento
deve estar entre 50-60 mícrons.

5. Artêmias adultas

Quando alimentamos peixes grandes ou invertebrados, a artêmia adulta é


preferida ao invés do náuplio. Por ser 20 vezes mais pesada que o náuplio, a
artêmia fornece mais alimento. Existe um mito de que a artêmia adulta não é tão
boa para o peixe quanto o náuplio, mas, isso vai depender do que ou de quem
estiver alimentando.

As artêmias recém eclodidas são ricas em gordura, cerca de 23% de seu


peso seco. No estágio juvenil este índice cai para aproximadamente 16% e quando
são quase adultas, esse índice cai para mais ou menos 7%. Por outro lado, as
proteínas aumentam para substituir a gordura perdida nesta fase, passando de
16%, em uma artêmia recém eclodida, para 63% em uma artêmia adulta. Baseado
nisso, deve-se determinar o que é melhor para o peixe. Os alevinos precisam de
uma taxa alta de gordura para crescerem saudáveis, enquanto que os adultos e os
mais velhos necessitam de proteínas para se manter saudáveis e para a
reprodução.

Além disso, os náuplios são conhecidos por terem deficiência em vários


aminoácidos essenciais, enquanto a artêmia adulta é rica em todos os aminoácidos
essenciais, portanto, a artêmia adulta provê mais biomassa e é mais completa
nutricionalmente do que o náuplio.

O melhor modo de cultivar artêmias adultas é em um aquário de 40-80


litros. Deve-se pegar uma folha fina de fórmica e colocar no fundo do aquário
criando um fundo oval. Isso é feito para eliminar as áreas mortas já mencionadas e
melhorar a circulação da água. Após, isso deve colar todas as bordas com silicone.
A circulação pode ser aumentada colando-se uma divisão no meio do tanque.
Melhores taxas são obtidas com a boa circulação de alimento, distribuição dos
cistos e forte aeração.

Com isso, precisará fazer 6 ou 8 tubos de ar, dependendo do tamanho do


aquário, que ficará em pé dentro do aquário. São tubos simples, de 1 polegada em
PVC, cortados a 45º na parte inferior com um cotovelo de 90º na parte superior. O
nível da água deverá alcançar até a metade do cotovelo com a parte inferior do
tubo tocando o fundo do aquário. Fure a parte do cotovelo de cima para baixo de
modo que possa colocar uma mangueira de ar até o fundo.
Cole os tubos no centro do aquário de modo que os cotovelos de 90º fiquem
todos na mesma direção a um ângulo de 45º ao divisor. Assim, criará um
mecanismo que movimentará constantemente a água em sentido horário ou anti-
horário. Não use pedras porosas de madeira para aumentar a taxa de aeração, pois
embora elas produzam belas bolhinhas e criem uma excelente circulação de água,
elas poderão acabar com as artêmias. Isso porque as bolhas podem alojar-se em
seus apêndices de natação ou até mesmo ser ingeridas pelas artêmias, fazendo com
que elas flutuem, impossibilitando-as de se alimentarem e, por fim, levando-as à
morte.

Quando se tratar de produção em pequena escala, a filtração não se faz


necessária visto que não se têm grandes problemas quanto à qualidade da água.
Caso se sinta necessidade de realizar a filtração, isso exigirá que a água transborde
através de uma telinha para um reservatório ou para um cartucho de filtragem.

A aeração moderada com pedras porosas (que soltam bolhas grossas) ou


nenhuma, boa qualidade da água e limpeza são fatores importantíssimos para se
obter altas taxas de artêmias adultas. Visto que as artêmias se alimentam
constantemente, um crescimento mais rápido e melhor será alcançado se forem
alimentadas várias vezes ao dia ou continuamente.

As melhores taxas de crescimento também são alcançadas a uma


temperatura de 25-30ºC, densidade entre 1.025-1.030 e baixa luminosidade.
Lembre-se que as artêmias são atraídas pela luz forte, portanto se instalar aquela
lâmpada de halóide de 175 W, os náuplios irão aumentar as suas atividades
natatórias, desperdiçando energia e diminuindo assim a taxa de crescimento. Em
baixa luminosidade as artêmias irão se espalhar por toda a coluna de água,
nadando vagarosamente e alcançando uma conservação de alimento mais eficiente.
6. Manutenção

Por se tratar de um volume muito pequeno, a qualidade da água pode


deteriorar-se muito rapidamente quanto ao aumento de biomassas. O problema
acontece normalmente devido à superalimentação, o que leva a um baixo nível de
oxigenação.

Existe uma linha muito fina entre a alimentação ideal e o extermínio do


tanque, especialmente quando se usam alimentos inertes. Para superar este
problema, é necessário que se proceda da seguinte maneira: deve-se limpar o
fundo a cada 2 dias. Para isso desligue o ar, deixe o tanque repousar e use
novamente aquela lanterna (funciona melhor à noite). Enquanto isso sifone a
sujeira do fundo do tanque. Lembre-se que eles irão “mudar de roupa” 15 vezes
até se tornarem adultos. É aconselhável que se troque 20% de água por semana.

7. Pequenos problemas

“Minhas artêmias eclodem e em seguida morrem”. As causas podem ser


várias, entre elas: A aeração é insuficiente levando-as à asfixia ou elas morreram
por falta de alimento. O estado de saúde pode ser checado por se observar como
elas nadam. Ilumine o tanque com uma lanterna para que elas se concentrem
rapidamente no foco de luz, se isso acontecer é um bom sinal. No entanto, a
natação dispersada e lenta indica que as coisas não estão indo bem. Se tiver acesso
a um microscópio, poderá observar seus aparelhos digestivos, que deverão estar
cheios de comida, (caso estejam alimentadas, é claro). Se os apêndices de natação e
a boca estiverem limpos é um bom sinal, mas se estiverem cobertos por partículas,
isso é ruim. Isso pode ocorrer devido à má procedência da comida ou devido à
condição fisiológica das artêmias. Uma outra razão sugerida é que pode ter
ocorrido uma infecção por vírus.

8. Armazenamento de Artêmia

As artêmias podem ser armazenadas de diversas maneiras. Uma artêmia


adulta sobrevive por muitos dias no refrigerador. Caso opte por refrigerá-las, não
deve esquecer de aquecê-las e dar-lhes a última refeição antes de você alimentar
seus peixes. Isso irá restaurar suas qualidades nutricionais. Poderá também
congelar os náuplios, mas isso irá matá-los. Uma forminha de gelo funciona
perfeitamente. Utilize água salgada (7-8 ppt) para congelá-los e obter melhores
resultados.

O congelamento é muito prático, pois tudo o que tem a fazer é colocar um


cubinho de artêmias no aquário e você terá um excelente fornecimento de comida
que durará um bom tempo. Você deve tomar cuidado para não superalimentar o
aquário, pois as artêmias afundam e se decompõem rapidamente comprometendo
a qualidade da água.

9. Desencapsulando cistos
Este é um processo complicado e poucos escolherão executá-lo. Separar os
náuplios de suas cascas pode ser desejável por muitas razões. As cascas dos cistos
são indigestas e podem se hospedar no intestino de predadores causando
obstruções fatais.

Especulações apontam as cascas como sendo forte fonte de contaminação


bacteriana. Acredita-se que o conteúdo nutricional do náuplio descapsulado é
maior porque ele não precisa gastar energia para quebrar a casca e sair dos cistos.
Também a taxa de eclosão aumenta e por fim, os cistos recém descapsulados
podem ser servidos a filhotes pequenos demais para se alimentar de náuplios.

Certamente poucas lojas de aqüicultura se aventuram a enfrentar a


dificuldade de desencapsular artêmias. A desencapsulação se divide em quatro
etapas:

• Re-hidratar os cistos;
• Lidar com a solução para desencapsulamento;
• Desativar o cloro residual;
• Cultivar os embriões.

Os cistos, quando secos, têm uma pequena cavidade em suas cascas


dificultando assim removê-las por completo. Por essa razão, eles são
primeiramente re-hidratados para assumir uma forma esférica. Os cistos devem
ser re-hidratados em água doce ou destilada a uma temperatura de 25º C por 60 a
90 minutos. Quanto mais baixa a temperatura, maior o tempo para re-hidratá-los.
Mas nunca os deixe por mais de 2 horas na água, não importa qual a temperatura,
pois após esse período alguns dos cistos terão reiniciado seus metabolismos e não
sobreviverão ao processo de descapsulamento. A re-hidratação deverá ser feita no
mesmo recipiente usado para cultivar cistos pelos mesmos motivos de circulação e
aeração. Após a re-hidratação, os cistos deverão ser filtrados com uma telinha de
100-125 mícrons e enxaguados, mas essa etapa poderá estar perdida se não possuir
a tela! O melhor é descapsulá-los imediatamente, mas se for necessário os cistos
poderão ser refrigerados por várias horas.

Durante o processo de re-hidratação, deverá preparar uma solução de


cloro. Qualquer alvejante doméstico ou cloro em pó para piscina misturado com
água salgada serve. Como pré-requisito para descapsulação, os cistos deverão ser
colocados em uma solução pré-resfriada a 4ºC com um pH 10, consistindo em 0,33
ml de Hidróxido de Sódio (NaOH) e 4,67 ml de água do mar por grama de cistos. A
solução é preparada dissolvendo-se 40 g de NaOH em 60 ml de água doce. A
descapsulação ocorrerá quando você acrescentar 10 ml de alvejante na solução.
Precisará de um termômetro porque a solução irá liberar calor. É importante
manter a solução entre 20-30ºC. Se começar com a solução pré-resfriada, fica
muito mais fácil manter a temperatura dentro do limite. Se necessário, um cubo de
gelo poderá ser utilizado para ajudar a baixar a temperatura. Uma segunda forma
de descapsulamento é adicionar 0,70 gramas de Cloro em pó seco usado em
piscinas por grama de cistos. Nesse caso a solução será de 0,68g de Carbonato de
Sódio em 13,5 ml de água. Fica mais fácil se você dividir a quantidade de água em
duas partes, adicionando Carbonato de Sódio na primeira e Cloro na segunda.
Deixe que dissolvam e reajam, o que causará um precipitado. Refrigere as duas
soluções, misture e então adicione os cistos. Durante a descapsulação, mexa a
solução continuamente para minimizar a formação de espuma e para dissipar o
calor. Note que a cor da solução mudará de marrom escuro para cinza, depois
branca e então para um laranja claro. Essa reação leva normalmente de 2 a 4
minutos.

Com o Hipoclorito de Cálcio, os cistos mudarão apenas para o cinza e


levará cerca de 4 a 7 minutos. Os cistos deverão ser retirados depressa da solução,
logo depois que as membranas dissolverem, conforme indicado pela cor laranja
claro ou cinza, caso contrário simplesmente dissolverá o cisto inteiro em vez de só a
casca exterior. O Cloro deve ser removido em água doce ou salgada até eliminar
totalmente o odor do mesmo. O Cloro residual prende-se nos cistos e precisa ser
neutralizado. Isso é feito lavando-se os cistos em Tiossulfato de Sódio a 0,1% (0,1
grama em 99,9 gramas de água) por um minuto. Como método alternativo usa-se
Ácido Acético (1 parte 5% de vinagre para 7 partes de água). O primeiro método
funciona melhor, porém o segundo é mais fácil visto que os materiais podem ser
encontrados em qualquer cozinha. Os cistos são então lavados novamente com
água doce ou salgada e colocados no tanque de cultivo e cultivados como artêmia
comum. Os cistos recém-descapsulados poderão ser guardados na geladeira por no
máximo 7 dias e então serem cultivados. Para um armazenamento mais
prolongado, os cistos precisarão ser desidratados.

A desidratação de cistos descapsulados é feita transferindo-se um grama de


cistos descapsulados para uma solução de sal saturado, de 330 gramas de sal para
1 litro de água. Areje isso usando uma mangueira de ar por 18 horas, trocando a
solução a cada 2 horas. A água contida nos cistos será liberada através de osmose,
deste modo é importante manter a concentração de sal bem alta. Após 18 horas, os
cistos terão perdido 80% da água de suas células. Interrompa o fluxo de ar e deixe
tudo assentar, depois filtre os cistos. Estes cistos poderão então ser colocados em
um recipiente com água e sal, hermeticamente fechado, e guardado no freezer ou
geladeira. Cistos com 16 a 20% de água nas células poderão ser guardados por
alguns meses sem queda na taxa de eclosão. Para um armazenamento mais
prolongado, você deverá reduzir essa taxa de água para menos de 10%.

Eclosión dos Cistos de Ártemia

Precisará do seguinte :

- Agua salgada de preferencia do mar ou sal marinho, (Também serve de Churrasco, que
tem um baixo teor de iodo)
- Cistos de artêmia
- Uma garrafa de refrigerante Pet de 2 litros
- Um compressor
- Um pedaço de manguera
- Uma colher de chá
Procedimento

Encha com água uma garrafa de refrigerante Pet de 2 litros transparente.

Coloque duas colheres de chá de sal.

Pode usar sal groso comprado em hiper-mercados tipo para Churrasco, que tem um baixo
teor de iodo, mas o ideal é usar sal marinho.

Coloque quantidade de colheres de cistos conforme sua necessidade.

Obs: Cada grama de cistos , tem como media entre 200.00 a 300.00 cistos .
Introduza uma mangueira ligada ao compressor, sem pedra porosa,
até o fundo da garrafa, o que produzira grande movimentação

Com a temperatura da água entre 25 e 27 graus centígrados, em 24 horas os cistos


eclodem.
Após a eclosão, retire a mangueira de aeração e deixe a garrafa descansar por 20 minutos.
As cascas dos cistos eclodidos ficarão boiando na superfice e os náuplios tendem a ficar no
fundo da garrafa.Você poderá acelerar este processo colocando uma fonte de luz na parte
de baixo da garrafa, pode usar uma vela, assim atraira os náuplios para baixo.
Com uma mangueirinha você po aspirar os nauplios para uma redezinha fina ou Retire a
água da garrafa com cuidado, despejando-a em outra garrafa. Deixe apenas a quantidade
de água necessária para acomodar os náuplios que estão no fundo da garrafa.

Encha novamente a garrafa com água doce de torneira (não utilize água que vem
diretamente da rede) .
Neste momento você ficará com o conteúdo da garrafa cor de laranja. (agua + náuplios).
Ai é só ir despejando pequenas quantidades desta água em um copinho e servir aos peixes.

Voce ja pode alimentar seus peixinhos com os nauplios, pode retirar os nauplios
com uma seringa, mas também pode usar uma mangueira dessas pequenas e so aspirar
elas para uma peneira ou uma meia dessas que as mulheres usam que são bem finas,e se
voce quiser artemia adulta, voce tem que transferir os nauplios para um tanque maior ou
uma bacia,caixa de isopor,aquario etc, ( veja Crie suas Artemias usando pó de Coral).

CRIE SUAS ARTEMIAS USANDO PO DE CORAL

Você vai precisar de um aquário de no mínimo 50L com água do mar ou uma solução
contendo uma colher de sal marinho para cada litro d'agua, ( Para um tanque de 50
Litros a quantidade é 1.200 Gramas de sal) dissolva na água um pó feito com coral moído
até que fique opaca, deixe em um lugar onde bata bastante sol, com isso a água ficará
verde e rica em microalgas que servirão de alimento para as artêmias, ( Isso demorara
entre três a cinco dias ), além de oxigenarem a água dispensando o uso de aeradores, só
então compre uma porção de artêmia viva e coloque-as no aquário, elas se reproduzem
muito rápido e logo você terá uma boa quantidade, o suficiente para que seja feita um
coleta semanal para a alimentação dos peixes, mas nunca se esqueça de deixar algumas
para que sua criação tenha uma vida longa, desse modo as artêmias terão uma cor
avermelhada e alto valor nutricional .

Esse é um exemplo de tanque onde elas podem ser cultivadas,as algas verdes servem de
alimento para as artemias ate elas ficarem adultas, note que as algas nascem no fundo e
nas paredes do tanque, e a água fica limpa.

Alguns utilizam levedura de cerveja e fermento biologico para alimentar as Artemias,


mas eles tem o inconveniente de deixar a agua turva e com aquele mal cheiro horivel, por
outra parte com o Pó de Coral vc nem precisa de aerador nem pedra porosa, pois as algas
oxigenam a agua.
Mostra de Artemias Adultas alimentadas so com algas verdes.

Descapsulação de Cisto de Artemia

O que você precisará...


Meio litro de água fresca
100 ml de água sanitária
1 colher de sopa de vinagre branco (não é essencial somente ajuda e tirar o cheiro do
cloro)
1 colher de chá de cisto de artemia

Instruções

Comece colocando 500 ml de água fresca fria e uma colher de chá de cisto de artemia em
um recipiente de vidro. Usando uma pedra porosa, com suavidade areje os cistos durante
aproximadamente uma hora a temperatura ambiente. Isto hidratará os ovos
completamente para a preparação do processo de descapsulação. Depois de uma hora,
acrescente 100 ml cloro líquido.Aumente a aeração durante os próximos 5-10 minutos (até
a descapsulação estiver completa). Os cistos mudarão de marrom para cinzento* a branco,
e finalmente para cor laranja. Quando quase todos os cistos estiverem laranja, paramos a
reação retirando e filtrando a solução em uma rede de malha fina e enxaguamos
imediatamente com água fresca várias vezes.Se não tiver peneira use somente os processos
de decantação e lavagem retirando assim somente as cascas e o cloro.
Continue enxaguando até o cheiro do cloro ter saído completamente. Misture 1 xícara de
água fria e 1 colher de sopa de vinagre branco em um recipiente e despeje o conteúdo da
peneira nesta solução por aproximadamente um minuto. Isto removerá ou neutralizará o
cloro residual . Enxugue os cistos por mais tempo com água fresca. Seus cistos estão
prontos para serem devorados pelos peixes.

Por que Descapsulação?

Há várias vantagens por decapsular ou remover a concha espessa exterior (corion) do cisto
de artemia.
1. O cloro forte ou solução clorada oxida completamente os cistos,
reduzindo introdução de bactérias e doenças para seu aquário.
2. Coletando Nauplio de artemia de cisto descapsulado significa que não será necessária
nenhuma separação das conchas . Só colocar tudo em uma rede de malha , enxaguar e
alimentar seu peixe!
3. Até mesmo os cistos que não eclodem normalmente são comestíveis! Um cisto de
descapsulado é partido ficando somente uma fina membrana que é digerida facilmente
por peixes jovens e invertebrado. Um embrião não eclodido também contém mais energia
que um nauplio de camarão vivo.
4. O embrião requer menos energia para penetrar uma membrana que uma concha
exterior espessa. Isto pode aumentar em 10% seu aproveitamento em mesma quantidade
de ovos eclodidos da forma tradicional

ARTEMIA CONGELADA

A Artêmia Congelada é um alimento imprescindível para qualquer tipo de peixe pelo seu
alto valor protêico que é de 62,8 %.

Elas são capturadas vivas, limpas em água corrente e congelada imediatamente, mantendo
todas as suas características.

Durante todos os meses do ano proliferam 13 tipos de algas, ocasionando cores diferentes
nas artêmias, tais como, vermelhinhas, marrons, rosadas, brancas e até quase pretas.

Mas todas, independente da coloração, tem a mesma composição de 62,8 % de Proteína,


6,8 % de óleo e 30 % de água.

A Artêmia Congelada constitui em um grande alimento para o crescimento e


desenvolvimento mais rápido para qualquer tipo de peixe, principalmente os Discos,
Bettas, Acarás, Guppies, Ciclideos e outros, além de apurar as suas cores.

Deve ser guardado no freezer e para dar aos peixes basta raspar com uma colher e
fornecer diretamente na água.
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