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Faculdade UnYLeYa

Pós-Graduação em Serviço Social e Previdência


Márcia Regina Pereira Monteiro

A pratica profissional do Assistente Social no Instituto de Previdência do Estado do Rio


Grande do Sul – IPE PREV

Porto Alegre/RS
2018
Sumário
1. INTRODUÇÃO...............................................................................3

2. Objetivos:.....................................................................................4

2.1.1 Objetivo Geral ………………………………………………………………………………….4

2.1.2 Objetivos específicos:..................................................................4

3. METODOLOGIA...........................................................................10

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................12
1. INTRODUÇÃO
A previdência social no Brasil surge oficialmente nas décadas de 20-30, em um momento
de modificações da condição de trabalho no país, constituindo-se então, como um sistema de
proteção social, composto por arcabouço legal, voltado para o trabalhador contribuinte. Tem
como finalidade assegurar renda na cobertura de riscos sociais que impossibilitem o mesmo de
exercer sua atividade laboral, ou assegurar meios de subsistência para aqueles de quem
dependiam economicamente.

Cria-se o Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul – IPERGS, decreto n º


4.842 de 08 de agosto de 1931, a fim de promover e desenvolver a previdência e a assistência
social, em favor dos funcionários públicos, com o objetivo de amparar os funcionários públicos e
suas famílias, quando ocorresse algum infortúnio no seu dia-a-dia, ou seja , em suas ações foram
direcionadas somente para o pagamento de pensão aos dependentes, em caso de morte do
servidor publico estadual.

foi efetivamente implantada em 1923, através da Lei Eloy Chaves, no qual consolidou a
base do sistema previdenciário brasileiro, com a criação da Caixa de Aposentadorias e Pensões
(CAPs) dos funcionários públicos, que operava em regime de capitalização, e em 1930, o
Presidente Getulio Vargas, suspendeu as aposentadoria do CAPs e promoveu uma reestruturação
que acabou substituindo por Institutos de Aposentadorias e pensões, que eram autarquias de
níveis municipais, estaduais em federais.

Nesta finalidade, em 1931 foi fundada o Instituto de Previdência do Estado do Rio


Grande do Sul, por meio de decreto nº 4.842. Dentre as reestruturações realizadas desde então, a
última delas em 2005, previu o IPERGS como gestor único do Regime Próprio de Previdência
Social – RRPS/RS, no qual cabe uma constante readequação da sua estrutura, visando molda-se
ao que preveem as legislações tanto no nível federal, como estadual cuja dinâmica também é
incrementada em razão das constantes mudanças imposta à sociedade, as quais demandam uma
devida e adequada prestação de serviço público, competindo-nos bem atender as demandas que
são solicitadas junto aos segurados, seus dependentes e aos beneficiários.
Atualmente, a pratica do fazer profissional do do serviço social não é reconhecido no
Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul e assim não consta no organograma
institucional, mesmo havendo previsão legal no quadro de carreira funcional, bem como havendo
algumas formas de atuação como visitas hospitalares, institucionais e domiciliares.
Por essa razão é pertinente salientar do se trata a profissão de assistente social e quais as
prerrogativas da profissão.
A assistente social é regulamentada pela lei nº 8.662 de 1993, a qual confere as
atribuições do profissional do serviço social.

O objeto de trabalho são as expressões da questão social, segundo Iamamoto (2008, p. 176), é
apreendida enquanto o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista que
tem uma raiz comum: produção é cada mais social, enquanto a apropriação dos seus frutos
mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade.
O serviço social possui um projeto profissional que está vinculado a um projeto social
radicalmente democrático e comprometido com os interesses histórico da população. A
democracia é tomada como valor ético político central da atuação profissional, na medida em que
é o único padrão de organização político-social capaz de assegurar a explicitação dos valores
essenciais da liberdade e da equidade. Valores esses que são fundantes do compromisso
profissional: liberdade e justiça social.
Através da democracia de pode ultrapassar as limitações reais que a ordem burguesa
impõe ao desenvolvimento pleno da cidadania, dos direitos sociais e das tendências à autonomia
e à autogestão social.
Por essa razão, houve cuidado de precisar a normatização do exercício profissional de
modo a permitir que os valores citados sejam traduzidos no relacionamento entre assistentes
sociais, instituições e população, preservando-se os direitos e deveres profissionais, a qualidade
de serviços e a responsabilidade diante do usuário.
Segundo a lei nº 8.662/93, código de ética da profissão, cabe aqui destacar os princípios
fundamentais:
I .Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes
– autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;
II .Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo
III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda a sociedade,
com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras;
IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação politica e da
riqueza socialmente produzida;
V. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso
aos bens e serviços relativos aos programas e politicas sociais, bem como sua gestão democrática;
VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceitos, incentivando o respeito à
diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças;
VII. Garantia do pluralismo, através de respeito às correntes profissionais democráticas existentes
e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual;
IX. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos
princípios deste código e com a luta geral dos trabalhadores;
X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento
intelectual, na perspectivas da competência profissional;
XI. Exercício do serviço social sem ser discriminado, nem a discriminar, por questões de inserção
de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero,
idade e condição física.
Neste sentido, a institucionalização do serviço social, no Instituto de Previdência do
Estado do Rio Grande do Sul, seguirá as prerrogativas da profissão articulando com as
prerrogativas institucionais.

2. Objetivos:
2.1.1. Objetivo Geral:
Tem como o objetivo humanizar o atendimento prestado pelo ipe previdência aos seus
beneficiários, abrindo espaço para a qualificação dos serviços, no intuito de esclarecer ao usuário
os seus direitos sociais e previdenciários

2.1.2 Objetivos específicos:


- Identificar o perfil do(a) pensionista, especificamente os advindos da pensão post-
mortem:
Esta competências do serviço social, é concretizada através de ações como: socialização de
informações previdenciárias, através de entrevistas, grupos, visitas domiciliares e pareceres
sociais, no intuito de desenvolver um trabalho preocupado com questão pública e com qualidade
dos serviços prestados.

Pois, verifica-se que é na expressão da questão social existente no âmbito do Instituto de


Previdência do Estado do Rio Grande do Sul, se que manifestam nas situações como, na falta de
conhecimento e informações sobre o direito previdenciário, por parte dos segurados e seus
dependentes, com o objetivo através instrumental técnico auxiliar no suporte do vínculo
familiar, em especial nos atendimentos a idosos e pessoa portador de deficiência (PPD),

Subsidiar a Diretoria e Divisão de Previdencia com informações através de laudos e


pareceres sociais, afim de socializar informações, buscando a viabilização do acesso aos
benefícios e serviço previdenciário:

A previdência social é reconhecida como política pública, vinculada às relações trabalhistas e


constituinte de um sistema de proteção social do trabalho, com o objetivo de proteger e amparar
o trabalhador e sua família nos eventos de maternidade, doença, idade avançada, invalidez,
reclusão e morte, conforme o art.88 da lei previdenciária nº 8213 de 24 de julho de 1991,
compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de
exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que
emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como
na dinâmica da sociedade.

É importante destacar que, o profissional do Serviço Social é respaldado pela Lei que
regulamenta a profissão (Lei 8662/93) que dispõe sobre as competências e atribuições privativas
do Assistente Social.

No art. 4 estão as competências, sendo algumas delas:


I – elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração
pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares;

II – elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito
de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil;

III – encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;


[...]

V – orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar


recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos;

VI – planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;

[...] XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços
sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras
entidades (CFESS, 1993).

E como atribuições privativas, no Art. 5 da mesma lei, destacamos:

I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas


e projetos na área de Serviço Social;

II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;

III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas


privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social; IV – realizar vistorias, perícias
técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social […]
(CFESS, 1993).

Oferecer orientação, visando a tranquilidade do beneficiário e seus familiares

Segundo Yazbek (2008, p. 123), o Assistente Social passa a esclarecer junto aos beneficiários
seus direitos sociais e os meios de exerce-los estabelecendo com eles o processo de resolução de
problemas que emergem na relação com a previdência social tanto no âmbito institucional como
na dinâmica da sociedade.
Tem como prioridade, além de facilitar o acesso aos beneficiários e serviços previdenciários,
estabelecer o processo de solução dos problemas sociais relacionados à previdência social. Possui
direito todos os segurados, dependentes e demais usuários da Previdência Social.

Avaliar a qualidade do atendimento dado aos beneficiários

Justificativa:
A partir da Constituição de 88, no art. 194, traz em seu bojo a compreensão da seguridade
social, através do tripé, como um conjunto integrado de iniciativa dos poderes públicos e da
sociedade civil em que destina assegurar os direitos e cidadania referente à saúde, à assistência
social e à previdência social.

No estado do Rio Grande do Sul, a previdência social iniciou-se pelo decreto nº 4841 de
08 de agosto de 1931, com a criação do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul
- IPERGS, com a finalidade de amparar a família do servidor público, quando ocorresse algum
infortúnio no seu dia-a-dia ou seja, em suas ações foram direcionadas somente para o pagamento
de pensão aos dependentes, em caso de morte do segurado.

Diante do preconizado pelo sistema ipê Previdência, o qual menciona em sua


regulamentação que as ações desenvolvidas tem por objetivo de amparar a família do servidor
público, quando ocorresse algum infortúnio no seu dia a dia, em que verificou-se que na
expressão da questão social dentro deste Instituto, se manifestam nas situações de falta de
conhecimento de seus direitos, por parte dos segurados e seus dependentes, no intuito de auxiliar
no suporte do vinculo familiar, em especial nos atendimentos ao idosos e pessoa portadora de
deficiência (PPD), justifica-se a atuação do serviço social, uma vez que a referida prerrogativa,
vem ao encontro do norte de trabalho da profissão, que tem uma de suas pautas a relação com a
perspectiva da totalidade social, destacando a concepção de integralidade a qual trabalha
justamente com os aspectos de socialização de informações bem como de facilitar o acesso aos
benefícios e serviços previdenciários.
Assim como, as ações profissionais contem fundamentos teóricos-metodológico, ético-
politico e procedimentos técnicos-operativo, para a materialização e desenvolvimento de muitas
dessas ações.
A referida competência técnica, pode ser vista na metodologia e instrumentais de trabalhos
inerentes ao processo de trabalho da profissão, como visitas domiciliares, hospitalares e
institucionais, as quais são de extrema importância para prestar subsídios técnicos e
assessoramento a processos administrativos e judiciais relativos a benefícios de pensão. Além
disso, o serviço social possui um olhar crítico sobre as expressões da questão social que também
são vistas nesse campo de trabalho.
Outro aspecto importante que entrelaça o trabalho do serviço social com as prerrogativas
do ipê previdência é no sentido de desenvolver e implantar programas de prevenção e promoção a
saúde, como democratização das informações sobre previdência, articulação e orientação sobre a
rede de proteção social, acompanhamento de casos para o fortalecimento das redes primarias de
apoio, as quais são fundamentais para a prevenção de doenças, recuperação e promoção da saúde.
O trabalho do serviço social, também auxilia a corroborar com as competências do setor,
pois as mesmas referem o gerenciamento do controle da qualidade do atendimento prestados aos
pensionistas do ipê previdência, se articulando com o projeto profissional do serviço social, uma
vez que o mesmo prioriza uma relação com os usuários dos serviços oferecidos pelos assistentes
sociais, onde prevalece o componente elementar, que é o compromisso com a qualidade dos
serviços prestados à população, aí incluída a publicidade dos recursos dos serviços prestados,
instrumento indispensável para a sua democratização.
Essa qualidade pode se dar, via serviço social, na visão de totalidade e mediação, a qual
possui um notável poder heurístico, que é o processo pedagógico de instigar a descoberta por si
mesmo, que segundo Pontes (2010,p.187) Responsável pela complexidade da totalidade e pela
dinâmica parte-todo no interior do ser social, a mediação compõe ontologicamente. Também
assume a forma de categoria reflexiva, criada pela razão, para captar o
movimento. Essa dupla dimensionalidade resume a relevância heurística da mediação, que é
peculiar da profissão.
Nesse sentido, a categoria mediação apresenta-se como primordial para a compreensão
das relações sociais, pois proporciona essa compressão a partir da totalidade permitindo análise
da parte sem esquecer do todo, ou seja, sem preterir a conjuntura na qual a situação posta está
inserida. Essa dinâmica “parte-todo” permite instigar o processo reflexivo na captura do
movimento e na leitura da realidade.
A tal categoria também auxilia na compreensão no que tange a questão previdenciária,
em que o assistente social esclarece junto aos segurados dependentes e demais usuários da
previdência, os seus direitos sociais e os meios de exerce-los estabelecendo com eles o processo
de resolução de problemas que emergem na relação com a Previdência social tanto no âmbito
institucional como na dinâmica da social.
Sendo assim, o serviço social trabalha eminentemente com as questões de direitos,
possuindo competências teóricas e metodológicas para desenvolver o trabalho em que auxiliará
na resolutividade da demanda exposta, através do planejamento estratégico e desenvolverá
propostas de intervenção pensado na qualidade do atendimento prestado ao segurado.
A atuação do serviço social no âmbito previdenciário se dá na mediação entre a instituição
e o usuário, tem como a tarefa primordial de humanizar o atendimento, abrindo espaço para a
qualificação dos serviços e proporcionando uma ampla integração entre segurado, pensionista e a
instituição.

3. REVISÃO DE LITERATURA:
A institucionalização do Serviço Social na Previdência Social brasileira e a
prática profissional do assistente social no âmbito previdenciário vai se dar a partir na
análise da questão social, que conforme IAMAMOTO, 2012, é apreendida como
conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista, que tem uma raiz
comum: a produção é cada vez mais social, enquanto a apropriação dos seus frutos
mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade.

Nesse contexto o Estado procura legitimar atendendo algumas reivindicações e


para isso o serviço social terá um papel fundamental junto a instituição para orientações
junto aos seus usuários.

A previdência social é reconhecida como política pública, vinculada às relações


trabalhistas e constituinte de um sistema de proteção social do trabalho, com o objetivo
de proteger e amparar o trabalhador e sua família nos eventos de maternidade,
doença, idade avançada, invalidez, reclusão e morte, conforme o art.88 da lei
previdenciária nº 8213 de 24 de julho de 1991, compete ao Serviço Social esclarecer
junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer
conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua
relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na
dinâmica da sociedade, por essa lei:

§ 1º Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade


temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas.

§ 2º Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas


intervenção técnica, assistência de natureza jurídica, ajuda material, recursos sociais,
intercâmbio com empresas e pesquisa social, inclusive mediante celebração de
convênios, acordos ou contratos.

§ 3º O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário na


implementação e no fortalecimento da política previdenciária, em articulação com as
associações e entidades de classe.

§ 4º O Serviço Social, considerando a universalização da Previdência Social,


prestará assessoramento técnico aos Estados e Municípios na elaboração e
implantação de suas propostas de trabalho.

Esta competências é concretizada através de ações como: socialização de


informações previdenciárias, desenvolvendo um trabalho preocupado com questão
pública e com qualidade dos serviços prestados, em que verificou-se que na expressão
da questão social dentro do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul,
se manifestam nas situações de falta de conhecimento, por parte dos segurados e seus
dependentes, no intuito de auxiliar no suporte do vínculo familiar, em especial nos
atendimentos a idosos, criança e adolescente e pessoa portadora de deficiência
(PPD),

Conforme a lei estadual nº 13.415 de 05 de abril de 2010, fica reorganizada, o quadro


de pessoal do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul, preconizando
ao serviço social:
1. Pesquisar, planejar, analisar, coordenar e executar programas ou atividades
técnicas na área do serviço social;

2. Desenvolver ações administrativas de assessoramento, consultoria e pesquisa


pertinentes a sua área de atuação;

3. Orientam e monitoram as ações em desenvolvimentos relacionadas à autarquia:


desempenham tarefas administrativas e articulam recursos disponíveis;

4. Realizar visitas domiciliares, institucional e hospitalares na capital e interior para


a realização de entrevistas, acompanhamentos e avaliações relacionadas aos
controles das áreas de atuação da autarquia;

5. Prestar assessoria técnica manifestando-se nos processos administrativos e


judiciais relativos às áreas de pericia previdenciária, dentro de sua área de
atuação profissional;

6. Realizar estudos sócio econômicos e participar da elaboração de programas


relacionados à prevenção da saúde dos segurados do Instituto de Previdência do
Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS);

7. Atuar em equipes multiprofissionais e de acompanhamento domiciliar e


hospitalar: atender aos usuários no processo de autorização e orientação quanto
aos procedimentos solicitados;

8. Executar outras atividades correlatas ou as que lhe venham a ser atribuídas de


acordo com sua habilitação profissional.

Formação: Graduação em Serviço Social, em curso de nível superior


reconhecimento/registro pelo MEC, bem como registro no respectivo órgão de
fiscalização profissional.

Diante do preconizado pelo Instituto de Previdência, o serviço social não consta


no organograma institucional, mas percebe-se que a atuação da Assistente Social é de
suma importância, que tem como prioridade, além de facilitar o acesso aos benefícios e
serviços previdenciários, estabelecendo o processo de solução dos problemas sociais
relacionados à previdência Social.(MOREIRA,2005,p.159).

A profissão de assistente social é regulamentada pela lei nº 8.662/93, a qual


confere as atribuições do profissional do serviço social e possui um projeto profissional
que está vinculado a um projeto social radicalmente democrático e comprometido com
os interesses históricos da população. A democracia é tomada como valor ético político
central da atuação profissional, na medida em que é único padrão de organização
político-social capaz de assegurar a explicitação dos valores essenciais da liberdade e
da equidade. Valores esses que são fundantes do compromisso profissional – liberdade
e justiça social. Através da democracia se pode ultrapassar as limitações reais que a
ordem burguesa impõe ao desenvolvimento pleno da cidadania, dos direitos sociais e
das tendências à autonomia e à autogestão social.

Por essa razão, houve o cuidado de precisar a normatização do exercício


profissional de modo a permitir que os valores citados sejam traduzidos no
relacionamento entre assistentes sociais, instituições/organizações e população,
preservando-se os direitos e deveres profissionais, a qualidade dos serviços e a
responsabilidade diante do usuário, cabendo destacar aqui os princípios fundamentais
do código de ética profissional:

I. Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas


políticas a ela inerente: autonomia, emancipação e plena expansão dos
indivíduos sociais;

II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recua do arbítrio e do


autoritarismo;

III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de


toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos
das classes trabalhadoras;

IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da


participação política e da riqueza socialmente produzida;
V. Posicionamento em favor da equidade e da justiça social, que assegure
universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e
politicas sociais, bem como sua gestão democrática;

VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o


respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados
e à discussão das diferenças;

VII. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais


democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o
constante aprimoramento intelectual;

VIII. Opção de um projeto profissional vinculado ao processo de construção de


uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e
gênero;

IX. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que


partilhem dos princípios deste código e com a luta geral dos/as
trabalhadores/as;

X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com


o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;

XI. Exercício do serviço social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por
questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião,
nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição
física.

Neste sentido, a institucionalização do serviço social, no Instituto de Previdência


do Estado do Rio Grande do Sul - IPERGS, seguirá as prerrogativas da profissão
articulando com as prerrogativas institucionais

4. METODOLOGIA
Os procedimentos metodológico são pautados na perspectiva crítico dialético, que
compreende a importância de entender a realidade na sua totalidade do usuário. Essa
relação se dá nas múltiplas mediações que constituem as relações sociais no qual
envolve o processo de produção e reprodução da vida em suas expressões materiais e
espirituais. Essas relações constituem a sociabilidade humana no qual implicam
âmbitos diferenciados e uma trama que envolve o social, o politico, o econômico, o
cultural, o religioso, o gênero, a idade, a etnia, etc.

Tendo essa questão social, como o objeto de trabalho, com as quais se


defronta cotidianamente o serviço social e em sua relação a se posicionar no ponto de
vista explicativo e no ponto de vista interventivo, a fim de considerar que nesta
abordagem a profissão busca explicar e intervir sobre a realidade empirica, a fim de
identificar e construir estratégias que venham a orientar e instrumentalizar a ação
profissional, permitindo não apenas o atendimento das demandas imediatas ou
consolidadas, mas sua reconstrução crítica, ou seja, a realidade nos apresenta como
campo no qual se exercita a intervenção prático-material.

Para Iamamoto (2012, p.62) ”expressões da questão social são a matéria prima
ou o objeto do trabalho profissional. Pesquisar e conhecer a realidade é conhecer o
próprio objeto de trabalho, junto ao qual se pretende induzir ou impulsionar um
processo de mudança[...]”.

A partir do marco institucionais, no art. 88 de lei previdenciária nº 8.213 de 24 de


julho de 1991, definiu a competência do serviço social no campo de esclarecimento dos
direitos sociais, dos meios de exercê-los sendo assim a ação prioritária do serviço
social está voltada para assegurar o direito, quer pelo acesso aos benefícios e serviços
previdenciários, que na contribuição para a formação de uma consciência de proteção
social com a responsabilidade do poder público.

A ação profissional do assistente social constitui-se como resposta as


necessidades, envolvendo três dimensões que formam o pilar da formação profissional
e que se entrelaçam: a dimensão ético política, a dimensão teórica metodológica e a
dimensão técnica operativa, norteando assim a pratica profissional, assumindo os
valores e princípios éticos contido no código de ética.
O procedimento metodológico do serviço social, supõe uso de instrumentos e técnicas
vinculados as uma concepção teórica que lhe dá direção, intencionalidade (contrario à
neutralidade), constituindo-se como fundamentais a viabilização das estratégias
propostas. Sendo assim, as entrevistas, visitas domiciliares, visitas hospitalares, visitas
institucionais, abordagem de gabinete, estudo social, pericia social, laudo social,
relatório social, informações bem como o pareceres sobre matéria de serviço social,
identificar recursos, em que essas competências referem-se diretamente ao ato de
investigar.

Para dar concretude às ações desenvolvidas, o assistente social utiliza


conhecimentos, informações, habilidades e instrumentais técnicos, sendo este último,
requisito de fundamental importância para a realização e/ou efetivação da ação
interventiva

Para Guerra (2007,p.30) “Para além das definições operacionais (o que faz,
como faz), necessitamos compreender “para que” (para quem, onde, e quando fazer) e
analisar quais as consequências que o nível “imediato” as nossas ações profissionais
produzem ou seja, quando usamos os instrumentais, como a entrevista, estamos
investigando, por meio de informações extraída diretamente da realidade, na realização
de estudo social, laudos, pareceres, buscamos informações nos documentos da
instituição, na vizinhança, trabalho sobre algum sujeito social, no sentido de acolher e
encaminhar aos seus direitos sociais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição Federativa da República do Brasil. Brasilia/DF:


Senado federal, 1989.

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Código de ética


Profissional dos Assistentes Sociais, 1993. Coletânea de Leis e
Resoluções.
Guerra, Yolanda. A instrumentalidade do Serviço Social. 5º edição. São
Paulo, 2007.

IAMAMOTO, Marilda e CARVALHO, Raul de. “Relações Sociais e


Serviço Social no Brasil: Esboço de uma interpretação histórico,
metodológica”. São Paulo,Corteza Editora e Celats, 1986.

IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na Contemporaneidade:


Trabalho e formação profissional. 18 Ed. São Paulo, 2012.

Lei Federal nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991, que dispõe sobre os


Planos de Benefícios da Previdência Social.

Lei Estadual nº 13.415 de 05 de abril de 2010, que reogarniza o quadro


de Pessoal do Instituto de previdência do Estado do Rio Grande do
Sul

Ministério da Previdência Social. Matriz teórica metodológica do serviço


social na Previdência Social. Brasília/DF. MPAS,1994.

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