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Outubro/Novembro 2007,
inesdrum@fep.up.pt
sandras@fep.up.pt
que sustentabilidade?
que mecanismos de correcção?
qual o papel das taxas de câmbio?
que implicações para a definição e execução da política
macroeconómica?
1
Balança de Pagamentos e Endividamento Externo
2
Balança de Pagamentos e Endividamento Externo
Nota
PLII: variável stock;
PLII (= Bal. Corrente + Bal. Capital ): variável fluxo.
3
Posição Líquida de Investimento Internacional
Uma deterioração da PLII afecta os agentes residentes:
- +
PLII ( dívida externa)
-
Balança de Rendimentos: o país tem de remunerar os
activos domésticos detidos por não residentes (juros,
rendas e lucros) movimento “negativo” na Bal. Rend.
-
PNB
-
RDBN
4
PLII: O Caso de Portugal (1995-2006)
79.4%
80.0% 20.0%
50.0% 47.4%
12.0%
39.6%
40.0% 10.0%
8.9% 9.0%
31.5% 8.6% 8.7%
8.0%
30.0% 26.0%
6.4% 6.6%
6.2% 6.0%
18.7%
20.0% 4.9%
4.2% 4.0%
10.5% 3.4%
10.0% 7.4% 2.3%
2.0%
0.9%
0.0% 0.0%
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
10
Fonte: IMF, Portugal 2007 Article IV Consultation
5
3.3.2. Taxa de Câmbio Nominal e
Regimes Cambiais
6
Taxa de Câmbio Nominal
+
e’ ⇔ apreciação da moeda nacional face à moeda
estrangeira em questão;
-
e’ ⇔ depreciação da moeda nacional face à moeda
estrangeira em questão;
http://www.ecb.int/stats/exchange/eurofxref/html/index.en.html
Mercado Cambial
7
O preço da moeda nacional em termos da moeda
estrangeira é determinado no mercado onde se confrontam
a procura e a oferta de moeda nacional versus moeda
estrangeira: Mercado Cambial
Exemplo: procura de EUR contra USD (⇔ oferta de USD
contra EUR) encontra-se com oferta de EUR contra USD
(⇔ procura de USD contra EUR)
8
Procura de Moeda Nacional
(contra moeda estrangeira)
A curva da procura de moeda nacional tem declive negativo:
9
Oferta de Moeda Nacional
(contra moeda estrangeira)
e E0
e
10
Determinação da Taxa de Câmbio de Equilíbrio
oficiais):
e E0
e
!
e
e
11
Regimes de Taxas de Câmbio
A decisão do Banco Central intervir ou não no mercado
cambial tem a ver com uma decisão de política prévia: qual
o regime cambial adoptado
12
Regimes de Taxas de Câmbio
Regime de Câmbios Fixos
O Governo assume um objectivo (político) para a taxa
de câmbio;
O Banco Central assume o compromisso de
transaccionar a sua moeda a um preço fixo contra
moeda estrangeira, usando as suas reservas cambiais;
Neste caso, pode existir excesso de oferta ou excesso
de procura de moeda nacional, ou seja:
Bal. Corr. + Bal. Capital + Bal. Financ. (op. não mon.) < 0 (> 0)
Bal. Financeira (op. monetárias) > 0 (< 0)
13
Regime de Câmbios Fixos: Realinhamentos
Défice externo persistente:
BC perde reservas cambiais sucessivamente
situação indesejável (ou mesmo insustentável) o
governo pode negociar (ou decretar) uma desvalorização
da M.N. permite o aumento das exportações líquidas e
a correcção do défice (ceteris paribus);
Excedente externo persistente:
BC acumula reservas cambiais sucessivamente
liquidez na economia aumenta (a oferta de moeda
aumenta) efeitos indesejável (Ex: aumento da tx. de
inflação) o governo pode negociar (ou decretar) uma
valorização da M.N. permite a diminuição das
exportações líquidas e a correcção do superávite (ceteris
paribus);
14
Figure 6-5 Foreign Official Holdings of Dollar Reserves as
a Percent of U.S. GDP
15
Taxa de Câmbio Nominal e Real
Não é apenas a taxa de câmbio nominal que explica os
movimentos da BP e, consequentemente, os
(des)equilíbrios externos:
As exportações e importações dependem também do
preço relativo dos bens e serviços:
Pi
Para um dado bem i: f
Pi
P Pe'
e= f
=
P Pf
e'
16
Taxa de Câmbio Nominal e Real
17
Taxa de Câmbio Nominal e Real
18
Fonte: IMF, Portugal: Selected Issues (October, 2006)
+
e ⇔ produtos nacionais tornam-se relativamente mais
+
caros do que os do exterior importações e
- -
exportações NX;
-
e ⇔ produtos nacionais tornam-se relativamente mais
-
baratos do que os do exterior importações e
+ +
exportações NX;
19
Figure 6-6 U.S. Real Net Exports and the Real
Exchange Rate of the Dollar, 1970–2004
4 1.8
1.6
3
1.4
2 1.2
1
1
0.8
0 0.6
Taxa de Câmbio Balança Comercial
Efectiva Real em % PIB 0.4
(escala da direita) (escala da
-1
esquerda) 0.2
-2 0
19 3Q 2
19 Q 2
19 5Q 2
19 Q 2
19 7Q 2
19 8Q 2
19 Q 2
19 0Q 2
19 Q 2
19 2Q 2
19 Q 2
19 4Q 2
19 Q 2
19 6Q 2
19 7Q 2
19 Q 2
19 9Q 2
19 Q 2
19 1Q 2
19 Q 2
19 3Q 2
19 4Q 2
19 Q 2
19 6Q 2
19 Q 2
19 8Q 2
20 Q 2
20 0Q 2
20 Q 2
20 2Q 2
2
Q
74
76
79
81
83
85
88
90
92
95
97
99
01
03
7
7
7
8
8
9
9
0
19
20
Taxa de Câmbio Real e Balança Corrente
A. Curto Prazo
Em resumo (e tendo em conta a análise feita no MKS):
NX = f ( Y , e , X , Q )
( −) ( −) ( + ) ( −)
P Pe'
Nota: e = f
= variações de e’ geralmente
P Pf
e' implicam variações de e.
21
3.3.4. Taxas de Câmbio, Movimentos de
Capitais e Taxas de Juro
e E0
22
Taxa de Câmbio Nominal e Movimentos de Capitais
A procura de moeda nacional no mercado cambial
depende, fundamentalmente:
(A) Da vontade dos “não residentes” em consumir bens
nacionais (exportações)
(B) Da vontade dos “não residentes” em fazer
aplicações em activos denominados em moeda
nacional (ex.: ID do exterior, investimento de
carteira, depósitos)
23
Fonte: ECB
http://www.ecb.int/stats/exchange/eurofxref/html/eurofxref-graph-usd.en.html
Fonte: IMF, Euro Area Policies, Staff Report for the 2007 Article IV Consultation
24
Taxa de Câmbio Nominal e Movimentos de Capitais
25
Figure 6-7
The U.S. Real Corporate Bond Rate and the Real
Exchange Rate of the Dollar, 1970–2004
26
Mobilidade Internacional dos Capitais
Exemplo: i > if
27
Mobilidade Internacional dos Capitais
28
Dimensão das Economias e Mobilidade
Internacional dos Capitais
29
Equilíbrio da Economia: mobilidade internacional de
capitais perfeita
E
ie=if BP=0 (LIF)
BP<0
IS
Ye Y
⇔
!
59
"# $ "# $ "% " "
&' ( )
*
+ ! ,"
# $ "% " "
"
+ ,1
23$4 5*
+ "
* !
+ , ( 6 51
%
60
30
78 (
! :
* 8 (
61
* 8 + #; %
i
LM0 =LM1
LM’
E0
i1= i0=if BP=0
E’
i’
IS
Y0 Y’ Y
= Y1
31
* 8 + #; %
* ,
↑M ... ↓i; ↑ Y
mas i < i f saída ilimitada de capitais
excesso de oferta de moeda nacional no MCambial
BC intervém para evitar depreciação :
CMP moeda nacional; VND moeda estrang.
↓M P ↑i ↓I ↓Y
ajustament o " até" i = i f / BP equilibrada
< ) ' # =
2 "
63
* 8 + #; %
> 8 ; (
& - '
,
( =
8 ! "
64
32
9 + #; %
LM0
LM1
E’
i’
E0 E1
i1= i0=if BP=0
IS1
IS0
Y0 Y’ Y1 Y
9 + #; %
* ,
↑G ... ↑ Y;↑i
mas i > i f entrada ilimitada de capitais
excesso de procura de moeda nacional no MCambial
intervenção do BC para evitar apreciação :
VND moeda nacional; CMP moeda estr.
↑M P ↓i ↑I ↑Y
ajustamento " até" i = i / BP equilibrada
f
1 ( ,3 ? @ 4 - @ =
7 ' " 66
33
* 8 + #; % '
i
LM0
LM1
E0 E1
i0=if BP=0
i’ +A
IS1
IS0
Y0 Y’ Y1 Y
* 8 + #; % '
* ,
↑M ... ↓i; ↑ Y
mas i < i f saída ilimitada de capitais
excesso de oferta de moeda nacional no MCambial
depreciação da moeda nacional (↓ e' ↓ e)
7 B =
< =
* 6 C@D" 68
34
9 + #; % '
LM
E’
i’
E0
i1=i0=if BP=0
IS’
IS0=IS1
Y’
Política Orçamental: IS0 IS’ = E
69
Apreciação real da moeda nacional:IS’ IS1
9 + #; % '
* ,
↑G ... ↑ Y;↑ i
mas i > i f entrada ilimitada de capitais
excesso de procura de moeda nacional no MCambial
apreciação da moeda nacional (↑ e' ↑ e)
1 ,3 ? @ 4
7
F 3 -( - 4 70
35
+ G
+ "* ! + "* !
12 5*
5* ! * 1
2 ! 9 ( H
( H, <(
9 *- '
H 9 H
( '
" ;
H
? @
71
+ G
↓ ↑
72
36
3.3.5. Modelo IS-LM em Economia Aberta
37
Mobilidade Imperfeita de Capitais
Modelização:
NX = X − Q = f ( X , Q, Y , e)
+ − − −
Mais detalhadamente:
X = X ( X , e) ⇔ X = X − xe
+ −
Q = X (Q, Y , e) ⇔ X = Q + q1Y + q2 e
+ + +
x, q1 , q2 > 0
Balança Financeira (op. não monetárias):
K = K ( i , i f ) ⇔ K = K + ji
+ −
BP = 0 ⇔ X − Q + K = 0
Substituindo pelas funções definidas anteriormente é
possível deduzir a expressão da BP=0:
i=
1
j
[ q
]
Q − X − K + ( x + q2 )e + 1 Y
j
Combinações de Y e i para as quais a BP está
equilibrada, em sentido económico, para um dado nível
da taxa de câmbio real (e)
38
Mobilidade Imperfeita de Capitais
Declive da BP
q1
≥0
j
q1
j→∞ =0 Perfeita mobilidade de capitais (BP
j horizontal) i = if
e2 < e1
39
Nota: com mobilidade perfeita de capitais a posição da
função BP=0 não depende de e
Considerando K = K '+ j (i − i f )
BP = 0 ⇔
1
j
[ q
]
i = i f + Q − X − K '+( x + q2 )e + 1 Y
j
Com perfeita mobilidade de capitais j tende para infinito.
Logo:
1 q Alterações da taxa de câmbio real
= 0; 1 = 0
j j não alteram a posição da BP=0,
BP = 0 ⇔ i = i f numa situação de perfeita
mobilidade de capitais
E
i0
D
IS !
8
Y0 Y
( "
40
Desequilíbrios Externos e Ajustamentos
Banco Central
Se BP > 0 ∆+e’ ∆+e
deslocação da defende a paridade
(aumento de deslocação da
reservas cambiais) BP e IS LM
Banco Central
Se BP < 0 ∆-e’ ∆-e
deslocação da defende a paridade
(diminuição de deslocação da
reservas cambiais) BP e IS LM
e exógena e
e endógena
M “endógena”
Efeitos das Políticas Económicas: ver esquema-resumo
Políticas Económicas em Economia Aberta. pdf
41
Política Fiscal no Modelo IS-LM em Economia Aberta
+
∆ G
∆ + Ep
-
EPBS ∆ Involuntária de stocks Revisão dos Planos de Produção
+ + - -
∆ Y ∆ Q ∆ NX ∆ BP
+ +
∆ G; ∆ I (2)
+ + d
∆ Yd ∆ L (Y)
+ +
∆ Ep ∆ C
EPM/EOT Reequilíbrio no
Acentua EPBS inicial Mercado Monetário
+ - - +
(∆ Y) ∆ Ep ∆ I ∆ i
d
Atenua EPBS inicial ∆ +K ∆ - L (i)
(∆- Y)
(1) ∆ + BP
∆ + BP
Potencial ∆ + BP
Regime Cambial
+ +
∆ e ' => ∆ e
Pressão para ∆ + e '
−
O Banco Central intervém no Mercado Cambial: ∆ − X ; ∆ +Q
∆ +M ∆ - Ep
EOM/EPT
Atenua EPBS inicial
-
∆ K
-
∆ i
+ d
∆ L (i) (∆- Y - d
∆ L (Y)
-
∆ i
-
∆ K)
+ +
∆ I ∆ Ep Acentua EPBS inicial
(∆+ Y ∆ Q
+ -
∆ NX )
BP=0
LM0 (M = 5000)
LM1 (M = 5140.9)
BP1=0 (e = 0.11765)
BP0=0 (e = 0.1)
A
E1
i1
i2 E2
i0 E0
Y0 Y1 Y2 Y
+ + + +
∆ G ∆ e ∆ G ∆ M
Política Monetária no Modelo IS-LM em Economia Aberta
+
∆ M Reequilíbrio no Mercado Monetário
d
EOM/EPT ∆ -i ∆ + L (i)
∆ -K ∆ +I
(1) ∆ - BP ∆ + Ep
-
EPBS ∆ Involuntária de stocks Revisão dos Planos de Produção
+ + - -
∆ Y ∆ Q ∆ NX ∆ BP
+ +
∆ G; ∆ I (3)
+ + d
∆ Yd ∆ L (Y)
+ +
∆ Ep ∆ C
EPM/EOT Reequilíbrio no
Acentua EPBS inicial Mercado Monetário
+
(∆ Y) ∆ - Ep ∆ -I ∆ +i
d
Atenua EPBS inicial ∆ - L (i)
-
(∆ Y) ∆ +K
+
(2) ∆ BP
Potencial ∆ - BP
Regime Cambial
∆- e ' => ∆- e
Pressão para ∆ - e '
+
∆ Ep
-
∆ M
Acentua EPBS inicial
EPM/EOT (∆+ Y d
∆ + L (Y) ∆ +i ∆ + K)
+ d
∆ +K ∆ i ∆ - L (i)
BP=0
LM0 (M=5000)
LM1 (M=5140,9)
(BP=0)0 (e = 0.11765)
(BP=0)1 (e = 0.1)
E0=E2
i2=i0
i1 E1
IS1 (e = 0.1)
IS0 (e = 0.11765)
Y0 Y1 Y
Y2