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Voltamos, então, aos atos praticados pelo Oficial do Registro de Imóveis: o registro e a
averbação. O artigo 167 da Lei dos Registros Públicos traz o elenco dos negócios ou atos
jurídicos que são passíveis de registro ou de averbação.
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Ônus reais são obrigações que limitam a fruição e a disposição da propriedade,
representando direitos sobre alguma coisa alheia. Normalmente são estabelecidos para
garantia do cumprimento de obrigações periódicas ou reiteradas assumidas pelo titular
de certo bem ficando vinculadas à coisa que servirá de garantia ao seu efetivo
cumprimento. Nos ônus reais a obrigação também recai sobre quem for o titular da
coisa.
Para que exista ônus real é preciso que o titular da coisa seja realmente devedor,
sujeito passivo de uma obrigação, e não apenas proprietário ou possuidor de
determinado bem, cujo valor garante o adimplemento de debito alheio.
Para que você possa entender melhor sobre esse assunto, necessário se torna responder
a pergunta tema desta página é necessário fazermos uma breve abordagem sobre o
instituto da enfiteuse, também conhecido pelo nome de aforamento, pois o laudêmio
advém desse instituto que é o mais amplo dos direitos reais sobre coisa alheia.
O fato de o imóvel ser gravado com enfiteuse, não impede que o enfiteuta aliene os
seus direitos porque adquiri uma parte do domínio do imóvel chamada de útil, que
significa, de forma simplória, o direito de usufruir o imóvel do modo mais completo.
O senhorio direto conserva uma outra parte para si do imóvel denominada domínio
direto. Pois bem, unindo-se o domínio direto com o útil temos o domínio pleno, que é
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exatamente o tipo de domínio que se verifica quando a propriedade não sofre a
incidência da enfiteuse.
Para o enfiteuta alienar o seu domínio útil deverá primeiramente consultar o senhorio
direto, pois este tem preferência na compra. Uma vez que o senhorio declina no seu
direito de preferência e deixa de consolidar o domínio pleno do imóvel em suas mãos,
surge a obrigação do enfiteuta de pagar o LAUDÊMIO.
Referido laudêmio só é devido nos negócios jurídicos onerosos, portanto, nos negócios
jurídicos não onerosos, como a doação, inexiste a obrigação do pagamento de laudêmio.
Quando tratarmos da questão tributária sobre os negócios jurídicos de transmissão da
propriedade, mais adiante, voltaremos ao mesmo assunto.
Deve ser providenciada, também, a certidão do Distribuir local com competência para
certidão dos feitos movidos pela Fazenda Pública Estadual, a qual informa a eventual
existência de procedimentos judiciais movidos pelas Fazendas Públicas Estadual e
Municipal, tendo por objeto a cobrança de multas, impostos e taxas incidentes sobre o
imóvel objeto da alienação.
Documento não exigido por lei mas de suma importância é a declaração de quitação
condominial que deve ser expedida pelo Síndico ou pela Administradora do Condomínio,
afirmando que o imóvel encontra-se em dia com o pagamento das cotas condominiais.
Se a declaração for dada pelo síndico, deve vir acompanhada da Ata da Assembleia que
o elegeu.