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Prefeitura Municipal de Patos

Auxiliar de Serviços - Administração e Educação

Noções sobre segurança no exercício da função: utilização e manuseio de aparelhos elétricos ......... 1
Noções Básicas sobre EPI (Equipamentos de Proteção Individual) .................................................... 2
Noções sobre segurança no manuseio e transporte de materiais de limpeza ...................................... 5
Normas básicas de higiene .................................................................................................................. 7
Noções sobre conservação: limpeza de salas, mesas, arquivos, armários, chão, banheiros ............. 15
Conhecimentos de materiais e equipamentos de limpeza.................................................................. 23
Noções de Segurança no Trabalho: acidentes e prevenção .............................................................. 24
Normas de segurança e proteção ...................................................................................................... 33
Noções sobre manuseio e utilização de equipamentos de proteção .................................................. 40
Noções de Primeiros Socorros........................................................................................................... 42

Candidatos ao Concurso Público,


O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom
desempenho na prova.
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar
em contato, informe:
- Apostila (concurso e cargo);
- Disciplina (matéria);
- Número da página onde se encontra a dúvida; e
- Qual a dúvida.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la.
Bons estudos!

Apostila gerada especialmente para: Maria Belarmino de Sousa 840.845.374-20


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Noções sobre segurança no exercício da função: utilização e manuseio de
aparelhos elétricos

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br

Noções sobre segurança no exercício da função: utilização e manuseio de aparelhos


elétricos1

O aprendizado sobre o uso correto dos aparelhos elétricos pode ser um ponto muito importante visando
entender como utilizar corretamente os equipamentos elétricos bem como ligá-los de forma adequada,
evitando que estraguem. Por exemplo, se um aparelho que funciona na tensão 220 V for ligado na tensão
de 127 V ele não queimará, mas também não funcionará de forma correta.
Caso ocorra o contrário, se o aparelho funciona a 127 V e for ligado numa tensão de 220 V, o aparelho
elétrico queimará. Esse mesmo fato ocorre com as lâmpadas, por exemplo. Se a corrente estabelecida
nela não for suficiente para aquecer o filamento de tungstênio, a lâmpada brilhará menos e a luz terá tom
avermelhado.

Alguns conceitos são muito importantes para entender o funcionamento dos aparelhos eletrônicos.
Tensão: simbolizada pela letra V que significa volt, ela especifica a capacidade de energia da rede na
qual o aparelho será ligado.
Frequência: representada pela letra f é a frequência da oscilação da rede elétrica na qual o aparelho
é ligado. A unidade de freqüência no Sistema Internacional de Unidades é o hertz (HZ).
Potência: significa o consumo de energia por unidade de tempo e o símbolo é o W que é a unidade
de potência no Sistema Internacional de Unidade.
Com esses conceitos em mente e através da leitura correta dos mesmos fica possível ligar os
aparelhos elétricos de forma que ele funcione adequadamente.

Ao adquirir um aparelho elétrico, verifique se o local escolhido para a sua instalação foi previsto em
projeto, de modo que o funcionamento ocorra nas condições exigidas pelo fabricante.

As instalações de luminárias, máquinas ou similares deverão ser executadas por técnicos habilitados
observando-se em especial o aterramento, voltagem, bitola, qualidade dos fios, isolamento, tomadas e
plugs dos equipamentos.

DICAS IMPORTANTES
- É sempre importante verificar se a carga do aparelho a ser instalado não sobrecarregará a capacidade
de carga elétrica da tomada e da instalação do circuito (disjuntor).
- Muito cuidado ao trocar disjuntores por outros de amperagem maior, pois tal atitude pode provocar
danos na instalação;
- Evite manusear aparelhos elétricos quando houver contato com água, pois podem ocorrer acidentes
fatais;
- Ao lidar com eletricidade, procurar usar calçado com sola de borracha inteiriça (tênis, por exemplo),
pois a borracha, sendo má condutora de energia, isola do chão, evitando choques;
- Nunca segurar dois fios ao mesmo tempo. O contato simultâneo com um fio positivo e um negativo
podem ocasionar passagem de corrente e uma possível parada cardíaca;
- Quando tiver que lidar com instalação elétrica, isolar sempre o fio que acabou de mexer antes de
desencapar o outro;
- Os equipamentos em 220 volts devem ter resistência blindada e serem ligados por pessoas
capacitadas sempre aterrando os mesmos para evitar fugas de corrente e desarmamento do DR;
- A compra de lâmpadas e aparelhos deve ser orientada em função da voltagem instalada;
- Evitar o uso de benjamim (extensões) para não sobrecarregar a instalação;

1
http://www.alveslima.com/cuidados-aparelhos.php
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/aprendendo-utilizar-os-aparelhos-eletricos.htm

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- Reconheça a diferença do fio terra, com os fios fase para não simular uma ligação de 110 V onde
deveria ser 220 V causando um curto-circuito em toda a instalação;
- Em caso de emergência ou incêndio, desligue a chave geral do quadro de distribuição;
- Nos ambientes onde tem forro de gesso foram deixados fios soltos sobre os forros. Marcadas as
locações exatas dos furos, os mesmos deverão ser feitos com serra copo. As luminárias deverão ter
rabicho para encaixar no fio sobre o forro;
- A manutenção das instalações elétricas deve ser executada com os circuitos desenergizados
(disjuntores desligados);
- Permitir somente que profissionais habilitados tenham acesso às instalações e equipamentos. Isso
evitará curto circuito, choque etc.;
- Sempre que for executada manutenção nas instalações, como troca de lâmpadas, limpeza e
"reapertos" dos componentes, desligar os disjuntores correspondentes;
- Na instalação das luminárias, as mesmas devem ser ligadas ao fio terra, localizado em cada ponto
de luz;
- Efetuar limpeza nas partes externas das instalações elétricas (espelho, tampas de quadros etc.)
somente com pano ligeiramente úmido;
- Efetuar limpeza dos quadros elétricos com pano seco e álcool ou com pano úmido.
- Rever estado de isolamento das emendas de fios;
- Permita que só pessoas habilitadas manuseiem o quadro elétrico.

Os riscos aos trabalhadores das redes elétricas são constantes e estão regulamentados pela NR-10,
que trata das Instalações e Serviços em Eletricidade junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Esta norma estabelece as condições para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que direta
ou indiretamente interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. Lembrando que esta NR
também estabelece que todos trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com
alta tensão, devem receber também o treinamento de segurança complementar da NR-10 para o Sistema
Elétrico de Potência – SEP.
Antes de iniciarem suas tarefas, esses profissionais aprendem sobre técnicas de segurança que
englobam o bloqueio de fontes de energia, uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e a
utilização correta das ferramentas.
O trabalho com eletricidade possui alta periculosidade, onde o funcionário se submete a riscos como
choques, explosões e queimaduras de até terceiro grau que podem gerar graves lesões como coagulação
do sangue, lesões nos nervos e músculos e até levar à morte.
Além disso, reação nervosa ao receber um choque elétrico, pode causar outros tipos de acidentes com
o indivíduo, uma vez que ele pode cair de uma escada, por exemplo. Por isso, muitas vezes pode ser
exigido outros cursos de segurança do trabalho que complementam a questão da eletricidade, como o
curso de NR-35.

Noções Básicas sobre EPI (Equipamentos de Proteção Individual)

EPI’s (Equipamentos de Proteção Individuais)2

Os EPI ou E.P.I, são os equipamentos de proteção individuais, destina-se a proteger a integridade


física do trabalhador durante a atividade de trabalho.
Ainda segundo o autor Pantaleão do site Guia Trabalhista3, EPI é todo dispositivo ou produto, de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos de ameaçar a sua segurança e
sua saúde.
A função dos EPI’s é neutralizar ou atenuar um possível agente agressivo contra o corpo do trabalhador
que o usa. Os EPI’s, evitam lesões ou minimizam a sua gravidade, em casos de acidentes ou exposições
a riscos, também podem nos proteger contra efeitos de substancias tóxicas, alérgicas ou agressivas, que
podem causar as chamadas doenças ocupacionais.

2
PANTALEÃO, S. F. EPI – Equipamento de Proteção Individual – Não basta fornecer é preciso fiscalizar. Disponível em: <
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm>. Acesso em março 2015.
3
PANTALEÃO, S. F. EPI – Equipamento de Proteção Individual – Não basta fornecer é preciso fiscalizar. Disponível em: <
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm>. Acesso em março 2015.
Fonte: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm.

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Dispositivos de Proteção usados por trabalhadores para se proteger contra acidentes durante
realização das suas atividades de trabalhos. 4

Definição:

Entende-se como Equipamento de Proteção Individual - EPI como sendo todo dispositivo de uso
individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos
A Norma Regulamentadora - NR 6 em seu item 6.2 determina que os equipamentos de proteção
individual, de fabricação nacional ou importado, só poderão ser postos à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Obrigação da empresa referente ao uso de EPI pelos seus empregados:

De acordo com item 6.3 da NR 6 é estabelecido que a empresa tem por obrigação fornecer aos seus
empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento,
nas seguintes circunstâncias:
- sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção
coletiva estiverem sendo implantadas; e,
- para atender a situações de emergência.

Cabe também ao empregador, a seguinte obrigação:

- adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


- exigir seu uso;
- fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho; orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
- substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
- responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
- comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
- fichas ou sistema eletrônico
- registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,

Obrigações do empregado referente ao uso do EPI:

A NR 6 no seu item 6.7.1 estabelece que cabe as seguintes responsabilidades do empregado quanto
EPI. Onde é estabelecido que:
- usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; responsabilizar-se pela guarda e
conservação;
- comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, cumprir as
determinações do empregador sobre o uso adequado.

Tipos de EPI:

Atualmente são disponibilizados uma grande variedades de equipamentos de proteção individual, o


uso de cada dispositivo está condicionado a determinada à atividade de risco, ou seja, para cada atividade
existe um equipamento especifico. Alguns fabricantes disponibilizam equipamentos com mais de um
dispositivo de proteção e que são chamados de equipamentos conjugados.

Segue abaixo uma relação dos principais Equipamentos de Proteção Individual regularizados pela
Norma Regulamentadora, NR 6, do Ministério do Trabalho e Emprego:

4
Texto adaptado disponível em http://www.ebah.com.br/

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Quadro 1: - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

CAPACETE
Capacete usado para evitar impactos de objetos sobre o crânio.
Capacete usado para proteção contra choques elétricos.
Capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.

CAPUZ OU BALANCA
Capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica.
Capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra respingos de produtos químicos.
Capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes.

EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

ÓCULOS
Óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes.
Óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa
Óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta.
Óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha.

PROTETOR FACIAL
Protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes.
Protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha
Protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.
Protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica.
Protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta

MÁSCARA DE SOLDA
Máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes, radiação
ultravioleta, radiação infravermelha e luminosidade intensa

EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

PROTETOR AUDITIVO
Protetor auditivo circum-auricular, protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo.
Protetor auditivo semi-auricular

EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR NÃO MOTORIZADO


Peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas
Peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos
Peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e
radionuclídeos
Peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo P1, P2 e P3

EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

LUVAS
Luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes.
Luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes.
Luvas para proteção das mãos contra choques elétricos.
Luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos
Luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos.
Luvas para proteção das mãos contra vibrações

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EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

CALÇADO
Calçados para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos.
Calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica.
Calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes.
Calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água.

Quadro : Quadro de Atividade X Equipamento de Proteção Individual

Fonte: extranet.metrosp.com.br/licitacao/40442213/sso_anexo_a_epis.pdf

O uso do EPI é fundamental para garantir a saúde e a proteção do trabalhador, evitando consequências
negativas em casos de acidentes de trabalho. Além disso, o EPI também é usado para garantir que o
profissional não será exposto a doenças ocupacionais, que podem comprometer a capacidade de trabalho
e de vida dos profissionais durante e depois da fase ativa de trabalho.
Para que uma empresa possa conhecer todos os equipamentos de proteção individual que devem ser
fornecidos aos seus funcionários, é necessário elaborar um estudo dos riscos ocupacionais. Esse tipo de
trabalho facilita a identificação dos perigosos dentro de uma planta industrial, por exemplo, e ajuda a
empresa a reduzi-los ou neutralizá-los.

Importância do EPI
O EPI é importante para proteger os profissionais individualmente, reduzindo qualquer tipo de ameaça
ou risco para o trabalhador. O uso dos equipamentos de proteção é determinado por uma norma técnica
chamada NR 6, que estabelece que os EPIs sejam fornecidos de forma gratuita ao trabalhador para o
desempenho de suas funções dentro da empresa.
É obrigação dos supervisores e da empresa garantir que os profissionais façam o uso adequado dos
equipamentos de proteção individual. Os EPIs devem ser utilizados durante todo o expediente de
trabalho, seguindo todas as determinações da organização.

Noções sobre segurança no manuseio e transporte de materiais de limpeza

Noções sobre segurança no manuseio e transporte de materiais de limpeza

Profissionais que trabalham em contato com produtos químicos precisam ter muito cuidado e atenção
às normas de segurança e proteção5.

5
http://guairaclean.com.br/cuidados-produtos-quimicos-institucionais/.
https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/veja-10-cuidados-fundamentais-para-quem-trabalha-com-produtos-quimicos/.

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Quem trabalha em contato com produtos químicos precisa tomar muito cuidado para evitar acidentes
que podem prejudicar sua saúde e integridade física. Com alto poder corrosivo e intoxicante, essas
substâncias podem causar danos à pele, além de problemas respiratórios e alterações no sistema
nervoso.

Para evitar esses problemas, é essencial que os profissionais que trabalham diretamente com
substâncias potencialmente perigosas sigam as normas de segurança e proteção, reduzindo
significativamente os riscos de contaminação e ocorrência de acidentes de trabalho.

Confira alguns cuidados fundamentais que devem ser tomados na hora de manusear produtos
químicos:

10 cuidados fundamentais para o trabalho com produtos químicos

-Sempre utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados;


-Manusear os produtos químicos com cuidado;
-Garantir que apenas pessoas devidamente orientadas tenham acesso aos produtos químicos;
-Sempre lavar as mãos com água e sabão após manusear as substâncias;
-Em caso de vazamento de produto, realizar a limpeza imediata;
-Nunca manipular produtos inflamáveis perto de chamas ou fontes de calor;
-Em caso de derramamento de líquidos inflamáveis, interromper o trabalho imediatamente, avisar
todos os envolvidos no trabalho e realizar a limpeza da substância;
-Ao manipular recipientes com produtos químicos, sempre usar pinças de tamanho adequado e em
perfeito estado de conservação;
-Nunca levar as mãos à boca ou aos olhos quando estiver manipulando produtos químicos;
-Nunca fumar nos locais onde os produtos químicos estão armazenados.

Atenção aos itens indispensáveis

EPIs

Ao lidar com produtos químicos institucionais está o uso de Equipamentos de Proteção Individual –
EPIs.

Estes equipamentos são indispensáveis para sua segurança seja qual for o tipo de produto. Mesmo
os indicados como ‘atóxicos’ ou ‘ecológicos’.

Quanto aos demais, por mais acostumado que você esteja ou por mais inofensivo que ele pareça,
devemos lembrar que mesmo nos casos mais amenos eles podem causar complicações de saúde como
irritações e alergias em contato com a pele. E nos casos mais graves, sérias queimaduras e ferimentos.

Ao entrar em contanto com produtos químicos de limpeza é sempre recomendado o uso de luvas
(borracha/látex/vinil – usar a luva adequada para o tipo de produto manipulado), máscaras, óculos de
proteção, jalecos e demais equipamentos, dependendo da necessidade conforme o risco que o produto
ofereça.

Estes equipamentos devem sempre estar à disposição da equipe de limpeza.

Fichas técnicas e FISPQs

Fichas técnicas e Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQs) são


documentos exigidos para produtos de limpeza registrados no Ministério da Saúde. Essas fichas tem uma
grande importância para a segurança dos funcionários e para a aplicação adequada dos produtos.
Mantenha sempre um arquivo organizado para estes documentos.

Produtos de higiene profissional – Concentrados/puros

Os produtos concentrados puros quando sobram devem ser mantidos em sua embalagem original,
que deve permanecer etiquetada e bem tampada.

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Produtos de higiene profissional – Diluídos

Os produtos de limpeza já diluídos devem ser mantidos em embalagem adequada para o produto
(resistente à corrosão/ com respirador/ transparente/ variando conforme o tipo de produto), identificadas
com nome do fabricante e do revendedor (se houver), nome do produto, lote, validade, diluição e data da
reembalagem.

Armazenamento

Mantenha galões, bombonas, baldes e caixas de produtos armazenados, preferencialmente, em


pallets, em local seco, limpo, fresco e arejado. É muito importante que no local de armazenamento exista
ventilação adequada. Caso ocorra vazamento de produtos, é preciso que possíveis gases e o odor seja
dissipado rapidamente.

Mistura de produtos de limpeza

NUNCA misture produtos químicos sem a indicação de um profissional responsável. Diversos produtos
químicos quando misturados, podem liberar gases tóxicos, produzir substâncias irritantes, corrosivas e
até explosivas.
Isto pode causar sérios prejuízos para as pessoas, o prédio e ambiente local. Utilize os produtos
separadamente e conforme indicado pelo fabricante.

A atenção ás características dos produtos químicos que manipulamos é essencial para a segurança
da equipe e dos clientes.

Normas básicas de higiene

Definição Higiene

Higiene é um conjunto de conhecimentos e técnicas para evitar doenças infecciosas usando


desinfecção, esterilização e outros métodos de limpeza com o objetivo de conservar e fortificar a saúde.
De origem grega que significa “hygeinos”, ou o que é saudável. É derivada da deusa grega da saúde,
limpeza e sanitariedade, “Hígia’’.

Preceito Básico: consiste na prática do uso constante de elementos ou atos que causem benefícios
para os seres humanos. Em seu sentido mais comum, podemos dizer que significa limpeza acompanhada
do asseio. Sanitização advém de Sanidade que em amplo sentido significa ordem perfeita de
funcionamento. A higiene compreende hábitos que visem preservar o estado original do ser, que é o bem-
estar e a saúde perfeita. Às técnicas de manutenção e preservação do bem-estar, saúde perfeita e
harmonia funcional do organismo damos o nome de hábitos sanitizantes, ou hábitos higiênicos.
Com o aumento dos padrões de higiene e estudos sócios epidemiológicos têm demonstrado que as
medidas de maior impacto na promoção da saúde de uma população estão relacionadas à melhoria dos
padrões de higiene e nutrição da mesma. Muitas das doenças infectocontagiosas existentes que são
encontradas, em locais inadequados decorrentes dos baixos padrões de higiene, por vezes relacionados
com o baixo padrão cultural e social local, atualmente, são de certa forma contidas com a implementação
de padrões de higiene, através da conscientização da população e instrução de novas metodologias que
ensinam como a sociedade deve comportar-se nesses momentos em relação à sua Higiene, quanto ao
aspecto pode ser:

Tipos

Pessoal

É um conjunto de hábitos de limpeza e asseio com que cuidamos do nosso corpo, por ser um fator de
importância no nosso dia a dia, acaba por influenciar no relacionamento inter social, pois implica na
aplicação de hábitos, que viram normas de vida em carácter individual, como:

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- Banho - Tomar banho diariamente - Devemos utilizar sabonete neutro.
- Assepsia - O uso de desodorante é bastante útil, especialmente no verão. No entanto devem ser
evitados os que inibem a produção de suor, podendo assim aumentar a transpiração em outros locais do
corpo – transpiração compensatória.
- Lavar as mãos - sempre que necessário, especialmente antes das refeições, antes do contato com
os alimentos e depois de utilizar o banheiro. Além disso, é importante manter as unhas bem cortadas e
limpas.
- Higiene oral - Os dentes e a boca devem ser lavados depois da ingestão de alimentos, usando um
creme dental com flúor. Uma higiene inadequada dos dentes dá origem à cárie dentária, que pode ser
causa de inúmeras doenças.
- Água potável - Beber água mineral ou filtrada.
- Alimentação equilibrada – com menos alimentos gordurosos e mais alimentos nutritivos e naturais
(se possível) e que se encontrem em melhores condições de conservação.

Coletiva

É o conjunto de normas de higiene implantadas pela sociedade de forma a direcioná-las a um conceito


geral de higiene, especificando em normas especiais, o manuseio de produtos de higiene e suas
interações com o Ser Humano. A higiene coletiva é também um conjunto de normas para evitar nossas
doenças e de outras pessoas também, para preservar a vida de todos.
É claro que cada um não se pode preocupar só com a sua higiene. A higiene do meio que nos rodeia
também é muito importante.

Mental
É a necessidade que temos de verbalizar. Ela evita conflitos sociais e doenças psicossomáticas.

Ambiental
Consiste na limpeza dos ambientes naturais pouco interferidos pelos homens, produtos abióticos e
bióticos e natureza morta (presente nas paisagens naturais). E “a limpeza dos produtos que interferem
ou vão interferir na natureza”.

É no ambiente de trabalho que devemos demonstrar todas as qualidades e uma maneira de


demonstrar alguns valores é por meio da higiene pessoal. Ter higiene é muito mais que um atributo, é um
meio de se manter saudável, é necessário para o convívio com outras pessoas inclusive no ambiente de
trabalho onde você está todo o dia com as mesmas pessoas, muitas vezes passa maior parte do tempo
junto a eles do que com a família, então para isto é preciso ter muito mais que higiene, é preciso respeito
com quem se trabalha.

Ter higiene é necessário para estar saudável, mas é uma questão sociável então veja algumas dicas
para não cometer erros com os colegas de trabalho:

- Muitas pessoas têm o hábito de levar qualquer coisa à boca, inclusive canetas, lápis, copos
descartáveis entre outros, pode até ser uma mania, mas no ambiente de trabalho é algo que pode chamar
a atenção, além de poder levar microrganismos a seu organismo, não sendo legal;
- Se o banheiro é coletivo o problema é ainda maior, os homens devem respeitar as mulheres e as
necessidades fisiológicas, lavar as mãos com sabonete, secá-las, erguer a tampa do vaso sanitário e não
deixar seus “rastros” por onde passar e devem ser hábitos básicos;
- A hora do café também é um momento delicado em que as pessoas sempre se esquecem de alguns
hábitos como lavar as mãos antes de se alimentar, falar com a boca cheia ou mesmo utilizar o copo dos
outros;
- Se você sofre com caspas tome muito cuidado, não é algo higiênico e as pessoas a sua volta não
precisam saber disso, evite mexer nos cabelos para não piorar o problema, nos casos mais extremos é
necessário buscar ajuda médica;
- Roer as unhas pode ser até uma doença, mas no trabalho é inadmissível, um ato completamente
anti-higiênico;
- Não se esqueça da higiene pessoal, tomar banho antes de ir para o trabalho, usar uma colônia suave
ou um desodorante, usar talco antisséptico para os pés além de fazer bem para seu corpo garante que
mais pessoas o admirem;
- Se for mulher mantenha as unhas sempre bem feitas;

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- O cabelo no caso os homens devem estar sempre penteados e mulheres com os cabelos limpos e
presos de preferência;
- Cuidado, se estiver com gripe ou resfriado evite o contato com os demais e não se esqueça de assuar
o nariz somente no banheiro;
- Tenha sempre um chiclete ou bala, caso desconfie que esteja com mau hálito, não se esqueça de
escovar os dentes após o almoço e o café, nestas horas a boca exala temperos fortes e o cheiro de café
na boca pode ser desagradável na hora de conversar com o chefe ou o colega de trabalho;
- Sempre que tossir espirrar ou bocejar não se esqueça de levar a mão à boca.
- Tenha sempre um álcool em gel ou antisséptico por perto para usar sempre que manusear dinheiro,
cumprimentar alguém ou depois do expediente entre outras ocasiões.

Estes hábitos são muito comuns, mas muitas pessoas se esquecem, no ambiente de trabalho é muito
importante causar uma boa impressão nos outros, porém mais que isso é o seu bem estar que está em
jogo, cuide de sua higiene pessoal e garanta um convívio social melhor, as pessoas da sociedade atual
admiram quem se cuida e se preocupa com a saúde e com a aparência e isto está ligado diretamente
com sua higiene pessoal que começa dentro de sua casa.

- É importante prevenir a entrada e controlar a proliferação de agentes como fungos, bactérias e


parasitas no interior das instalações - 24 Horas por dia;
- É fundamental garantir protecção a todos quantos apresentam o sistema imunitário diminuído e aos
que ainda não tem o seu sistema imunitário desenvolvido;
- É prioritário melhorar a consciência cívica relativamente ao papel e importância da Higiene. Cabe aos
decisores dar o primeiro passo, estabelecer o exemplo, imprimir o ritmo da mudança.

Sem dúvida que a Saúde e Segurança, passam também pela obtenção de elevados níveis de Higiene
nas instalações sanitárias, sendo aconselhável a implementação das seguintes medidas de prevenção:

- Limpeza regular estabelecida em função do fluxo de utentes;


- Instalação de sistemas de Higiene que garantam soluções adequadas de actuação permanente;
- Contratação de empresas que assegurem profissionais dedicados à manutenção do bom
funcionamento dos equipamentos instalados e assegurem uma logística de serviço que aposte no rigor e
na garantia de regular reposição dos consumíveis.

As tarefas de limpeza não são suficientes. Para se conseguir atingir elevados níveis de Higiene,
exclusivamente através das operações de limpeza, seria necessária mão de obra permanente, morosa e
mais especializada. Seria necessário adoptar práticas de limpeza meticulosas, profundas, extensas.
Essas práticas não poderiam limitar-se ao óbvio e superficial; deveriam incidir nas superfícies que não
estão acessíveis, que raramente são sujeitas a operações de limpeza como, por exemplo, os interiores
de sanitas e urinóis. Deveriam ser extensíveis aos puxadores das portas, e outros em geral, aos
manípulos das torneiras, aos botões dos elevadores, interruptores, corrimões, etc.

O organismo só pode se manter sadio com a aquisição e manutenção de hábitos saudáveis de vida,
que incluem alimentação equilibrada, sono regular, exercícios, higiene e lazer. Diferentemente da doença,
em geral tangível, reconhecível e facilmente identificável, a saúde é uma condição obscura e difícil de
definir. Uma pessoa pode ser forte, resistente a infecções, apta a enfrentar o desgaste físico e outras
pressões da vida cotidiana, mas ainda assim ser considerada doente se seu estado mental, avaliado de
acordo com o comportamento que apresenta, for julgado frágil.
Saúde é a capacidade física, emocional, mental e social que o indivíduo tem de interagir com seu
ambiente. Pode ser determinada, em certas situações, por meio de alguns valores mensuráveis como
temperatura, pulso, pressão sanguínea, altura, peso, acuidade visual e auditiva etc. Como esses critérios
biológicos de normalidade baseiam-se em conceitos estatísticos, deve-se considerar a possibilidade de
variação, porque uma característica anormal não necessariamente significa doença. Os atletas, por
exemplo, embora geralmente desfrutem de saúde excelente, costumam apresentar um coração maior do
que as medidas estabelecidas como normais, porque o exercício contínuo requer uma irrigação
sanguínea maior dos tecidos, demanda que o coração atende aumentando de tamanho.
Uma definição mais exata de saúde pode ser, portanto, a capacidade que o organismo apresenta de
funcionar em completa harmonia com seu ambiente, o que envolve a aptidão para enfrentar física,
emocional e mentalmente as tensões cotidianas. De acordo com essa definição, a saúde é interpretada
em função do ambiente individual. O conceito de saúde difere, por exemplo, para o operário e o

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empregado que trabalha num escritório. O operário saudável deve ser capaz de realizar trabalhos
manuais durante todo o dia, enquanto o empregado que trabalha num escritório, embora perfeitamente
capaz de realizar suas atividades sedentárias, pode estar totalmente despreparado para o trabalho
pesado e até mesmo sucumbir ao desgaste físico. Os dois indivíduos, no entanto, podem ser
considerados inteiramente saudáveis segundo seus meios de vida.
O conceito de saúde envolve mais do que condicionamento físico, já que implica também bem-estar
mental e emocional. Uma pessoa revoltada, frustrada, emocionalmente instável, mas em excelente
condição física não pode ser considerada saudável, porque não está em perfeita harmonia com seu
ambiente. Um indivíduo nesse estado é incapaz de emitir juízos corretos e de ter reações racionais. Uma
pessoa também pode desconhecer que está doente. Nesse caso se diz que a doença é latente, pois não
há manifestação de sintomas. As vítimas do câncer podem ignorar seu estado de saúde por vários anos
até que o tumor maligno cresça e comece a produzir sintomas. Infelizmente, muitas doenças, como a
AIDS, permanecem ocultas por longos períodos antes de produzirem indisposição ou distúrbios
funcionais, o que impede sua detecção precoce e uma possível cura.
A saúde não é, portanto, uma condição estática. Representa, na verdade, uma condição variável de
bem-estar físico e emocional continuamente sujeita a pressões internas e externas, como preocupações,
excesso de trabalho, variações das condições ambientais e infecções por bactérias e vírus. Esses fatores
constantemente mutáveis requerem a existência de um mecanismo capaz de ajustar o funcionamento
dos vários sistemas vitais, com o objetivo de manter o equilíbrio interno do organismo. A regulação interna
é chamada homeostase e envolve, entre outras funções, a termorregulação e o controle do metabolismo.

Hábitos Saudáveis

O organismo só pode se manter sadio com a aquisição e manutenção de hábitos saudáveis de vida,
que incluem alimentação equilibrada, sono regular, exercícios, higiene e lazer.

Exercícios
O exercício desenvolve o corpo e a mente. Sem exercício, os músculos se atrofiam; o aparelho
digestivo e os órgãos de eliminação trabalham de maneira insuficiente; os pulmões não se expandem
bem, nem recebem a quantidade necessária de oxigênio; e a circulação se torna lenta. O tipo e a
quantidade de exercício que o corpo exige e suporta diferem de uma pessoa para outra, segundo a idade,
o sexo, as condições físicas e o gosto pessoal. Os esportes de competição, que exigem treinamento
demasiado intenso, não são recomendados para crianças de pouca idade; os de tipo pesado não devem
ser praticados por meninas em fase de crescimento, embora sejam bem tolerados pelos rapazes da
mesma idade.

O exercício deve ser divertido e agradável


Há esportes, como o tênis, o golfe e a patinação, que podem ser praticados por muito tempo na idade
adulta, o que não acontece com o futebol, o basquetebol e outros. Na escolha dos exercícios e esportes,
convém levar em conta seus riscos (fraturas, sobrecarga do coração etc.) e periculosidade do lugar onde
serão praticados. Antes de iniciar a prática de qualquer esporte, é preciso haver um período de
treinamento bem planificado e dosado.

Postura Correta
Os defeitos de postura acarretam distúrbios da saúde. A boa postura influi tanto na personalidade
quanto na saúde. Uma atitude descuidada faz o indivíduo parecer negligente, além de prejudicar o
desempenho de certas funções orgânicas. Para conseguir uma postura correta são fatores importantes o
tono muscular e a criação de hábitos adequados. Qualquer exercício que melhore o tono muscular
(esporte ou o simples caminhar) contribui para a aquisição de uma boa postura. Quando a postura
incorreta chega a causar perturbações físicas, é conveniente procurar um médico especializado, que
aconselhará exercícios apropriados, uso de aparelhos para manter o dorso ereto e outras providências.

Cuidado com os pés


As anormalidades dos arcos plantares (longitudinal, ao longo do bordo do pé; transversal, entre a base
do dedo grande e do dedo mínimo) são causa habitual de dor. O pé chato é desconhecido dos povos
primitivos, já que o hábito de andar descalço mantém o tono dos músculos e tendões. Dois exercícios são
aconselháveis para os que têm arcos fracos:
- Segurar a borda de um tapete com os dedos do pé;

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- Caminhar em volta do quarto sobre o bordo externo do pé descalço ou com meias. Por vezes, o bem-
estar dos pés e o estímulo dos músculos e tendões podem ser facilmente obtidos, quando são eles
mergulhados, alternativamente, em água muito quente e muito fria.

Sono e repouso
O corpo humano necessita tanto de repouso quanto de atividade. A maioria dos adultos precisa de
seis a nove horas diárias de sono; os jovens devem dormir mais, principalmente nos períodos de
crescimento rápido. Deve-se conservar o hábito de dormir sempre no mesmo horário. A noite é o melhor
período para dormir, porque o ambiente está escuro e calmo. Dorme-se melhor quando as condições do
ambiente propiciam conforto: quarto bem arejado, roupas adequadas e cobertas apropriadas à
temperatura. Durante o sono, o organismo elimina os resíduos acumulados durante o dia, os músculos
relaxam, os tecidos regeneram-se e o cérebro descansa da atividade a que foi submetido enquanto o
indivíduo esteve acordado. Para os que têm insônia, recomenda-se relaxar bem a musculatura. Um banho
morno à noite ajuda a conciliar o sono. Não se deve ingerir drogas indutoras do sono sem prescrição
médica.

Alimentação
O regime alimentar deve ser equilibrado e incluir proteínas, carboidratos, gorduras, sais minerais e
vitaminas. A hipovitaminose ou carência de vitaminas pode causar doenças, como escorbuto, beribéri,
pelagra e outras. Deve-se comer regularmente e em horas certas. Durante as refeições pode-se tomar
quantidade moderada de líquidos (leite, sucos de frutas ou água). Entre as refeições principais deve-se
beber bastante água, que é um regulador do funcionamento dos órgãos e necessário para a eliminação
dos produtos de excreção. O fumo tem efeitos nocivos sobre o sistema nervoso e os aparelhos respiratório
e digestivo. Evitar fumar contribui, portanto, para preservar a saúde. Do mesmo modo, aquele que faz
uso imoderado de bebidas alcoólicas não poderá desfrutar de saúde perfeita.

Asseio
A higiene é fundamental para a saúde. As mãos devem ser lavadas antes das refeições, para eliminar
as bactérias e vírus que podem ser levados à boca e infectar o organismo. O descanso do corpo requer
banhos frequentes para tirar o pó, o suor e a descamação da epiderme morta. É desaconselhável o banho
após refeições abundantes, pois a atividade digestiva subtrai muito sangue à circulação periférica, o que
pode causar cãibras e resfriados. Convém esperar pelo menos uma hora antes de tomar o banho. O
cabelo e o couro cabeludo devem ser conservados limpos da descamação que continuamente se produz.
As unhas devem ser cuidadas, cortadas convenientemente e mantidas sempre limpas. Os vernizes e
pinturas para unhas às vezes são prejudiciais. Os dentes devem ser escovados (pelo menos duas vezes
por dia) para a necessária limpeza das superfícies e dos espaços que os separam e remoção de partículas
alimentares. É recomendável a consulta periódica ao dentista.

Olhos e ouvidos
Os olhos precisam receber meticulosa atenção. Não convém forçá-los à leitura em ambientes onde
seja precária a iluminação. A luz artificial, em qualquer ambiente, deve ser bem planejada. É aconselhável
procurar um oftalmologista de tempos a tempos, principalmente se houver dores de cabeça, enxaquecas
ou dificuldades de visão. Os ouvidos devem ser protegidos, na medida do possível, de fatores externos
que possam afetá-los (água do mar ou das piscinas etc.), da mesma maneira que o nariz e a garganta,
em que são frequentes as infecções. É aconselhável a consulta periódica a um otorrinolaringologista.

Prevenção de doenças infecciosas


Medidas importantes na prevenção de doenças infecciosas são a filtração e a cloração da água
potável, o uso de bebedouros e copos de papel descartáveis em lugares públicos, a cocção dos alimentos,
a pasteurização e o aquecimento do leite etc. Em relação às doenças que se transmite diretamente de
pessoa a pessoa, o isolamento dos pacientes é importante para proteger os indivíduos sadios. A
vacinação tem sido muito eficaz para deter a difusão de certas doenças infecciosas (varíola, febre tifoide,
poliomielite etc.).

Lazer
O organismo responde às pressões do dia-a-dia com uma descarga de hormônios na circulação
sanguínea que acelera o metabolismo, o ritmo cardíaco e respiratório e aumenta a pressão sanguínea e
a tensão muscular. Submetido continuamente a essas pressões, o indivíduo entra em estado de estresse
e pode apresentar problemas circulatórios, digestivos e mentais, como ansiedade, depressão e distúrbios

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de personalidade. Para prevenir o estresse, os melhores remédios são o lazer e o relaxamento. Entre as
atividades recomendadas estão à dança, prática de esportes individuais ou em grupo, caminhada ao ar
livre, meditação, ioga, leitura, palavras-cruzadas, jogos de cartas e o cultivo de algum passatempo, como
colecionar selos e cuidar de animais.
Limpeza

Definição
A Limpeza Técnica é o processo de remoção de sujidades, mediante a aplicação de agentes químicos,
mecânicas ou térmicos, num determinado período de tempo. Consiste-se na limpeza de todas as
superfícies fixas (verticais e horizontais) e equipamentos permanentes, das diversas áreas do recinto.
Com o objetivo de orientar o fluxo de pessoas, materiais, equipamentos e a frequência necessária de
limpeza, sendo imprescindível o uso de critérios de classificação das áreas para o adequado
procedimento de limpeza.

Assepsia:
É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos num ambiente
que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.

Antissepsia:
É o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos ou removê-los de um
determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou
desinfetantes. A descontaminação de tecidos vivos depende da coordenação de dois processos:
degermação e antissepsia. É a destruição de micro-organismos existentes nas camadas superficiais ou
profundas da pele, mediante a aplicação de um agente germicida de baixa causticidade, hipoalergenico
e passível de ser aplicado em tecido vivo. Os detergentes sintéticos não-iônicos praticamente são
destituídos de ação germicida. Sabões e detergentes sintéticos aniônicos exercem ação bactericida
contra microrganismos muito frágeis como o Pneumococo, porém, são inativos para Stafilococcus aureus,
Pseudomonas aeruginosa e outras bactérias Gram negativas. Consequentemente, sabões e detergentes
sintéticos (não iônicos e aniônicos) devem ser classificados como degermantes, e não como
antissépticos.

Degermação:
Vem do inglês “degermation”, ou desinquimação, e significa a diminuição do número de
microrganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão. É a remoção de
detritos e impurezas depositados sobre a pele. Sabões e detergentes sintéticos, graças a sua propriedade
de umidificação, penetração, emulsificação e dispersão, removem mecanicamente a maior parte da flora
microbiana existente nas camadas superficiais da pele, também chamada flora transitória, mas não
conseguem remover aquela que coloniza as camadas mais profundas ou flora residente.

Fumigação: é a dispersão sob forma de partículas, de agentes desinfetantes como gases, líquidos ou
sólidos.

Desinfecção: é o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos e/ou se


inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são necessariamente destruídos.

Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas
vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos. Toda
esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.

Esterilizantes: são meios físicos (calor, filtração, radiações, etc) capazes de matar os esporos e a
forma vegetativa, isto é, destruir todas as formas microscópicas de vida.

Esterilização: o conceito de esterilização é absoluto. O material é esterilizado ou é contaminado, não


existe meio termo.

Germicidas: são meios químicos utilizados para destruir todas as formas microscópicas de vida e são
designados pelos sufixos "cida" ou "lise", como por exemplo, bactericida, fungicida, virucida, bacteriólise
etc. Na rotina, os termos antissépticos, desinfetantes e germicidas são empregados como sinônimos,
fazendo que não haja diferenças absolutas entre desinfetantes e antissépticos. Entretanto,

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caracterizamos como antisséptico quando a empregamos em tecidos vivo e desinfetante quando a
utilizamos em objetos inanimados. Sanitização, neologismo do inglês sanitization, em que emprega
sanitizer, tipo particular de desinfetante que reduz o número de bactérias contaminantes a níveis julgados
seguros para as exigências de saúde pública.

Produtos de limpeza e desinfecção

A utilização de produtos de limpeza e de desinfecção, quando for o caso, precisa estar de acordo com
as determinações da Comissão de controle e infecção da instituição se houver. A sua seleção também
deverá considerar os seguintes critérios:

- Natureza da superfície a ser limpa ou desinfetada, e se pode sofrer corrosão ou ataque químico.
- Tipo e grau de sujidade e sua forma de eliminação.
- Tipo de contaminação e sua forma de eliminação, observando microrganismos envolvidos, com ou
sem matéria orgânica presente.
- Qualidade da água e sua influência na limpeza e desinfecção.
- Método de limpeza e desinfecção, tipo de máquina e acessórios existentes.
- Medidas de segurança na manipulação e uso. Caso o germicida entre em contato direto com
funcionários, considerar a irritação dérmica e toxidade.

Saúde Ocupacional

Saúde Ocupacional consiste na promoção de condições laborais que garantam o mais elevado grau
de qualidade de vida no trabalho, protegendo a saúde dos trabalhadores, promovendo o bem-estar físico,
mental e social, prevenindo e controlando os acidentes e as doenças através da redução das condições
de risco.
A saúde ocupacional não se limita apenas a cuidar das condições físicas do trabalhador, já que
também trata da questão psicológica. Para os empregadores, a saúde ocupacional supõe um apoio ao
aperfeiçoamento do funcionário e à conservação da sua capacidade de trabalho.
Os problemas mais frequentes dos profissionais que lidam com a saúde ocupacional são as fraturas,
os cortes e as distensões por acidentes no trabalho, os distúrbios por movimentos repetitivos, os
problemas de visão e de audição e as doenças causadas pela exposição a substâncias anti-higiénicas ou
radioativas, por exemplo. Também se podem deparar com o stress causado pelo trabalho ou pelas
relações laborais.
Convém destacar que a saúde ocupacional é um tema importante para os governos, os quais devem
garantir o bem-estar dos trabalhadores e o cumprimento das normas no âmbito do trabalho. Para tal, é
hábito realizarem inspeções periódicas de modo a determinar as condições mediante as quais são
desenvolvidos os vários tipos de atividades laborais.

Requisitos de Higiene6

A higiene é fundamental para manter os alimentos em boas condições sanitárias e deve ser entendida
como um modo de estar e não como um conjunto de regras e obrigações.

Higiene Pessoal

Mãos
- As mãos, mesmo as dos colaboradores sem infecção aparente, são as principais fontes de
contaminações.
- Todo o colaborador deve ser devidamente informado das medidas preventivas, com o objectivo de
evitar possíveis contaminações.
- As unhas devem estar sempre curtas e limpas, não sendo permitido o uso de unhas pintadas,
envernizadas ou postiças.
- Os colaboradores que tenham furúnculos, feridas infectadas ou doenças infecciosas de pele devem
ser afastados das funções que impliquem contacto directo com alimentos.
O pessoal que lida com géneros alimentícios não embalados deve lavar as mãos, de acordo com o
seguinte procedimento:

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http://www.esac.pt/noronha/manuais/Transporte_alimentos_ARESP.pdf

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- Molhar as mãos com água corrente, quente, potável, e de preferência em lavatório próprio, com
torneira de comando não manual:
- Ensaboar bem as mãos com sabão líquido desinfectante;
- Lavar cuidadosamente os espaços interdigitais, costas das mãos, polegar e unhas;
- As unhas devem ser limpas com uma escova própria, devendo apresentar-se sempre limpas, curtas
e sem verniz.
- Passar por água corrente para remover todo o sabão;
- Secar com toalha de papel descartável.
Neste seguimento, as mãos devem ser lavadas tantas vezes quantas as necessárias e
nomeadamente:
a) Antes de iniciar ou reiniciar qualquer tarefa;
b) Após ter manuseado materiais ou produtos conspurcantes, incluindo dinheiro;
c) Após manipulação de sacos e/ou caixotes de lixo;
d) Depois de se assoar, tossir, espirrar, comer ou fumar;
e) Sempre que estejam sujas.

No caso particular do transporte de alimentos e para garantir o máximo asseio, já que é difícil cumprir
com as etapas anteriormente descritas, os colaboradores devem utilizar luvas descartáveis, sempre que
houver necessidade de contatar diretamente com os alimentos. As luvas só devem ser colocadas
imediatamente antes do manuseamento dos alimentos, se possível com as mãos devidamente
higienizadas e nunca devem ser usadas para conduzir o veículo. As tarefas executadas com recurso a
luvas descartáveis, devem decorrer sem interrupção; se tal não for possível, o colaborador ao reiniciar a
tarefa, tem de proceder à higienização das mãos e calçar luvas novas.

Cabelos
- O cabelo deve ser mantido limpo, deverá apresentar-se curto ou preso e protegido.

Fardamento
- O pessoal deve usar vestuário apropriado (fardas), de cor clara, limpo e em boas condições.

Questões

01. Limpar é mais do que manter limpo, é uma filosofia, um compromisso com a higiene e os bons
hábitos. O hábito da higiene e limpeza no trabalho traz benefícios para a vida de todos. São benefícios
de um ambiente limpo e saudável, EXCETO:
(A) Diminuição do desperdício.
(B) Condição de saúde melhor.
(C) Ambiente de trabalho mais agradável.
(D) Diminuição da vida útil dos equipamentos.
(E) Identificação das falhas aparentes nos equipamentos, antes que o problema se agrave.

02. As pessoas podem ser fonte de micro-organismos e de outros perigos para os alimentos. Assim,
deve-se dar especial atenção às boas práticas de higiene e de comportamento pessoal, a fim de proteger
os alimentos contra contaminações físicas, químicas e biológicas. Alguns hábitos devem fazer parte da
rotina das pessoas. Assinale a alternativa que apresenta os cuidados higiênicos pessoais diários.
(A) Limpar a caixa de gordura da casa; recolher o lixo da rua; manter os cabelos limpos e trançados;
e, tomar banho.
(B) Manter as roupas limpas; recolher o lixo da rua; limpar máquinas e equipamentos; lavar as mãos
após o banheiro; e, tomar banho.
(C) Tomar banho; manter as roupas limpas; manter os cabelos limpos; manter as unhas aparadas; e,
lavar as mãos após usar o banheiro.
(D) Manter as unhas aparadas; manter os cabelos limpos e trançados; limpar máquinas e
equipamentos; e, limpar a caixa de gordura da casa.
(E) Lavar as mãos após usar o banheiro; recolher o lixo da rua; manter as roupas limpas; manter as
unhas aparadas; e, manter os cabelos limpos.

Respostas

01. D/02. C

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Noções sobre conservação: limpeza de salas, mesas, arquivos, armários, chão,
banheiros

Limpeza dos diferentes espaços

Limpeza é o ato de retirar impurezas de um corpo, de um material ou de um local.


Utensílios comumente utilizados para realização da limpeza:
A vassoura, sabão, água, espanador entre outros.
A definição da palavra “limpeza”, conforme um famoso dicionário da língua portuguesa:
Substantivo feminino, qualidade de limpo, de asseado.
Existem vários tipos de limpezas, que variam de acordo com o ambiente, com a superfície, com a
sujidade a ser removida ou com o tipo de sistema e produtos utilizados. Assim existem:

Limpeza ecológica: realizada com um sistema de limpeza que permite a utilização de métodos e
produtos amigos do ambiente;

Limpeza domiciliar: realizada cotidianamente sem preocupações técnicas, com um conceito de


qualidade totalmente subjetivo, ligado diretamente aos conceitos e valores dos ocupantes do domicílio;

Limpeza predial: realizada por contratados, que necessitam de conhecimentos básicos sobre
aplicação de produtos químicos e habilidade no manuseio de equipamentos;

Limpeza técnica: realizada por contratados, sob supervisão e orientação de profissional técnico, para
aplicação correta de processos adequados ao tipo de superfície a ser limpa e ao tipo de sujidade a ser
removida;

Limpeza hospitalar: realizada por contratados, que necessitam de conhecimentos sobre aplicação de
produtos e técnicas para desinfecção de superfícies, esta categoria é subdividida em duas, sendo a
Limpeza Concorrente (para manutenção do ambiente) e a

Limpeza Terminal (para completa desinfecção do local);

Limpeza industrial: realizada por contratados, com habilidades para o manuseio de equipamentos
pesados, tais como: Hidro-Jateadoras de Alta Pressão (com capacidade de remover rapidamente grossas
crostas de sujidades) e Aspiradores de Alto Vácuo com capacidade para recolher grande quantidade de
resíduos.
O serviço de limpeza é essencial para a sociedade como um todo, pois além de se tratar de condição
básica para a saúde, gera a sensação de conforto e bem-estar dos ambientes.

LIMPEZA MANUAL ÚMIDA


Realizada com a utilização de rodos, mops ou esfregões, panos ou esponjas umedecidas em solução
detergente, com enxague posterior com pano umedecido em água limpa. No caso de pisos é utilizado o
mesmo procedimento com mops ou pano e rodo. Esse procedimento é indicado para a limpeza de
paredes, divisórias, mobiliários e de equipamentos de grande porte. Este procedimento requer muito
esforço do profissional. Panos e mops utilizados na limpeza devem ser encaminhados para lavagem na
lavanderia e guardados secos por medidas de higiene e conservação. É importante ressaltar que a
limpeza úmida é considerada a mais adequada e higiênica, todavia ela é limitada para a remoção de
sujidade muito aderida.

LIMPEZA MANUAL MOLHADA


O procedimento consiste em espalhar uma solução detergente no piso e esfregar com escova ou
esfregão, empurrar com rodo a solução suja para o ralo, enxaguar várias vezes com água limpa em
sucessivas operações de empurrar com o rodo ou mop para o ralo.

LIMPEZA COM MÁQUINA DE LAVAR TIPO ENCERADEIRA AUTOMÁTICA


É utilizado para limpeza de pisos com máquinas que possuem tanque para soluções de detergente
que é dosado diretamente para a escova o que diminui o esforço e risco para o trabalhador.

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LIMPEZA SECA
Consiste-se na retirada de sujidade, pó ou poeira, mediante a utilização de vassoura (varreduras seca),
e/ou aspirador.
A limpeza com vassouras é recomendável em áreas descobertas, como estacionamentos, pátios etc.
Já nas áreas cobertas, se for necessário a limpeza seca, esta deve ser feita com aspirador.

ETAPAS DO PROCEDIMENTO DE LIMPEZA


ESPANAÇÃO
Material: (Panos macios, baldes, água, equipamentos de proteção individual)
1. Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa.
2. Umedecer o pano no balde com água e torcê-lo para retirar o excesso da solução.
3. Cada vez que verificar presença de sujidade lavar o pano mergulhando-o no balde para lavar.
4. Esfregar o local com movimentos longos e retos, segurando o pano frouxamente de maneira que
absorva mais facilmente a sujidade.
5. Começar sempre limpando de cima para baixo Procurar as manchas de sujeira mais fixadas sobre
as superfícies e remova-as completamente.
6. Lavar e guardar todo material de limpeza
7 . Lavar e pendurar os equipamentos de proteção individual.

VARRIÇÃO
Material: (balde, esfregão, mops, água, equipamentos de proteção individual, sinalização de
segurança).
1. A varrição úmida deve ser feita diariamente e mais intensa mente nas áreas de maior trafego. Não
utilizar vassoura nas áreas assistenciais, evitando a suspensão de partículas contaminantes.
2. Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa.
3. Remover móveis, utensílios ou equipamentos do local se necessário.
4. Molhar o esfregão na água e remover o excesso de água
5. Aplicar sobre o piso, uma linha reta começando a limpeza do extremo da área, trabalhando
progressivamente em direção a saída, sempre em linhas paralelas.
6. Utilizar o identificador de piso molhado, evitando circulação de pessoas na área a ser limpa.
7. Inspecionar seu trabalho, o piso não deve possuir vestígios de poeira ou resíduos.
8. Utilizar o equipamento de proteção individual, na execução do trabalho. Após o seu uso lavar e
pendurar para secar.
9. Escolher o horário de menor tráfego para realizar a operação, evitando acidentes.

LAVAGEM
Material: (pano de chão lavado e limpo, balde, rodos, maquinas elétricas ou vassoura de piaçava,
água, solução detergente e desinfetante, equipamentos de proteção individual, sinalização de segurança).
1. Retirar o mobiliário do local sempre que possível e iniciar o procedimento.
2. Despejar uma quantidade de água e sabão, procedendo a esfregação em sentido lateral com uso
de máquina ou vassoura.
3. Esfregar toda a extensão traçando linhas paralelas.
4. Remova a água e o sabão com rodo e secar inicialmente com mop, torcendo o excesso em um
balde. Evitar que a solução corra para outras dependências.
5. Proceder ao enxague.
6. Secar com rodo e mop limpo e seco
7. Os cantos devem ser limpos com vassouras, pois as maquinas não chegam até o mesmo.
8. Lavar sempre as dependências do fundo para a porta com exceção dos banheiros que devem ser
lavados da entrada para o fundo.

LIMPEZA DE TETOS
Utilize óculos de proteção ou máscara de proteção facial, para realizar a limpeza do teto. A operação
deve ser realizada antes de qualquer outra, respeitando sempre a ordem de cima para baixo e do fundo
para a porta. Limpe os cantos removendo as teias de aranha ou outras sujeiras visíveis.
Material: (escada, rodo, pano limpo, água, luvas, óculos de segurança).
1. Com o material no local subir na escada com um pano umedecido em água.
2. Dobrar o pano em quadrados para obter mais faces de limpeza ou envolve-lo em um rodo.
3. Fazer o uso da aplicação das linhas paralelas de forma que toda a área seja limpa.
4. Trocar a água da limpeza sempre que necessário

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5. Inspecionar seu trabalho, lavar e guardar todo material utilizado no local indicado.

LIMPEZA DE JANELAS
Material: (baldes, panos macios, esponjas, rodo de mão, escada, equipamento de proteção individual,
óculos de segurança).
1. Remover os acessórios da janela (telas protetoras). Escovar ou lavar as telas.
2. Limpar o peitoril da janela, por dentro e por fora com pano úmido.
3. Limpar a janela primeiramente por fora com esponja e agente de limpeza.
4. Ao terminar a limpeza externa inicie a limpeza interna.
5. Comece a limpeza do alto a esquerda do vidro da janela e mover a sua mão para a direita. Quando
alcançar o lado direito, volte para a esquerda, ligeiramente abaixo e continuar a limpeza dessa forma.
6. Utilizar pano macio para secagem. Realizar os mesmos movimentos recomendados para lavagem.
7. Inspecionar seu trabalho. Limpe e guarde todo material
8. Lavar os equipamentos de proteção individual e guarda-los de forma adequada.

LAVAGEM DE PAREDES
Verificar o tipo de revestimento das paredes e adotar a técnica correta.

Parede de Pintura Lavável


Material: (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução detergente/desinfetante,
equipamento de proteção individual, óculos de segurança).
1. Retirar o pó com rodo envolto com pano úmido de cima para baixo Utilizar escada para limpeza.
2. Mergulhar outro pano na solução de limpeza, torcendo para retirar o excesso.
3. Passar o pano com auxílio de um rodo em linhas paralelas, sempre de cima para baixo.
4. Caso haja manchas na parede, utilizar escova macia com solução de limpeza no local.
5. Encher um balde com água limpa para enxaguar, mergulhando o pano na água, torcendo-o para
retirar o excesso. Realizar o enxágue, com pano úmido, repetindo a ação.
6. Repetir a operação com um pano limpo quase seco com movimentos retos de cima para baixo em
toda a área, a fim de secá-lo.
7. Inspecionar seu trabalho, limpar e guardar todo material.
Para facilitar o trabalho, e evitar longos movimentos paralelos, dividir imaginariamente a parede ao
meio, limpando primeiro a parte mais alta.

Parede Revestimento Cerâmico


Material: (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução detergente/desinfetante,
equipamento de proteção individual, óculos de segurança).
1. Colocar a solução de limpeza em um balde (água e sabão)
2. Mergulhar a esponja na solução, esfregando-a em movimentos únicos.
3. Iniciar a operação pela parte mais alta.
4. Enxaguar com pano embebido em água executando movimentos retos de cima para baixo.
5. Após a limpeza aplicar solução desinfetante com auxílio de um pano, realizando movimentos
paralelos de cima para baixo.
6. Inspecionar seu trabalho e limpar todo material
7 . Guardar os utensílios utilizados.

LIMPEZA DE PORTAS
Realizar essa operação após a limpeza das paredes.
Material: (baldes, panos macios, luvas de borracha, solução de limpeza).
1. Iniciar a operação com o material no local.
2. Com auxílio de um pano umedecido, remover o pó da porta em movimentos paralelos de cima
para abaixo.
3. Aplicar a solução de limpeza com outro pano
4. Remover o sabão com pano umedecido.
5. Inspecionar seu trabalho e guardar o material de trabalho.
6. Evitar aplicar produtos em dobradiças e fechaduras
7. Limpar bem as maçanetas com soluções desinfetantes.

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LIMPEZA DE PIAS
Material: (solução desinfetante e solução detergente, esponja abrasiva, luvas de borracha, jarro, pano
macio).
1. Juntar o material e levá-lo a área desejada.
2. Coloque as luvas de borracha.
3. Molhar a esponja na solução de limpeza.
4. Esfregue toda a pia, inclusive colunas e torneiras.
5. Enxaguar a pia e o lavatório com água da própria torneira (utilize um jarro). Utilizar escovas de
cerdas para remoção da sujeira aderida.
6. Executar movimentos da extremidade para o centro da cuba.
7. Lavar e guardar o equipamento de proteção individual utilizado.

LIMPEZA DE BANHEIRO
Material: (baldes, solução detergente e desinfetante, esponja e/ou escova, luvas de borracha, pano e
vassoura, equipamento de proteção individual).
1. Calçar luvas de borracha
2. Levantar a tampa dos vasos e puxar a descarga
3. Despejar hipoclorito de sódio a 1% dentre e nas bordas do vaso.
4. Esfregar cuidadosamente todo o interior do vaso com vassoura devendo atingir o mais fundo
possível. Deixar em contato por 10 minutos, enquanto realiza a limpeza dos lavatórios.
5. Puxar a descarga para enxaguar o interior do vaso.
6. Remover a sujeira aderida, usando vassoura com saponáceo, até atingir a limpeza desejada.
7. Lavar a parte externa do vaso esfregando com um pano ou esponja molhada na solução
detergente, tomando especial cuidado com as dobradiças.
8. Enxaguar bem o vaso e o assento com jarro 9. Puxar a descarga para o enxague final do interior
do vaso 10. Aplicar na parte externa do vaso a solução desinfetante.
11. Despejar pequenas quantidades do desinfetante dentro do vaso.

Observação:

Mop → Trata-se de um utensílio de limpeza, feito de em algodão, acrílico ou microfibra, que retira a
poeira do chão, sem espalha-la ou levanta-la, além de remover manchas e absorver líquidos.

LIMPEZA DE CHÃO

A limpeza de pisos pode parecer fácil, mas por incrível que pareça, muitas pessoas acabam errando
na hora de limpar o chão da casa. E, às vezes, o que era para deixar o ambiente limpo e higienizado,
pode acabar gerando manchas, arranhões ou até mesmo prejudicar o piso a longo prazo, diminuindo a
sua durabilidade.
Existem vários tipos de piso, feitos de uma infinidade de materiais diferentes. Logo, eles não podem
ser limpos da mesma forma. Cada um deles merece atenção especial e necessitam de cuidados
específicos. Porém, em todos os casos a limpeza deve começar da mesma maneira: recolhendo toda a
poeira e a sujeira acumuladas no chão com uma vassoura de cerdas macias. Só depois disso é que seu
piso poderá receber um tratamento para tirar manchas e recuperar o brilho.
Então, se você perceber que o chão da sua casa já não brilha como antes, que algumas manchas
estão começando a aparecer ou que estão ficando sujos e encardidos, está na hora de fazer uma boa
limpeza. Confira a seguir dicas e recomendações de especialistas sobre os produtos e métodos mais
apropriados para a limpeza e o tratamento de 20 tipos de pisos.

ASSOALHO7

Limpeza básica
A primeira providência que se deve ser tomada para manter o piso sempre limpo é varrê-lo
constantemente. Para isso, opte por vassouras ou esfregões com as cerdas macias, isso vai evitar que o
assoalho seja danificado. Depois, com ajuda de uma flanela seca, passe-a sobre os tacos.

7
https://www.tuacasa.com.br/como-limpar-piso/

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Usando o aspirador
Para acabar com a poeira do assoalho de madeira de lei, você pode usar o aspirador. Esse
equipamento também é muito eficaz para limpar o espaço entre um taco e outro, que costuma acumular
muitos resíduos de poeira. No aspirador, use o acessório específico para assoalho de madeira, evitando
a escova.

Limpeza mais profunda


Além de todas essas medidas apresentadas até agora, para obter uma limpeza mais profunda, a dica
é passar uma flanela ou esfregão úmido com sinteco.Esprema bem a flanela antes de passar no piso.
Isso vai evitar que o piso seja encharcado com excesso.
Caso você encere o seu assoalho, essa dica deve ser dispensada, pois a água pode tirar o brilho que
a cera imprime nos tacos. Nessas circunstâncias, o ideal é polir o assoalho ou encerá-los novamente.
Para o polimento, o ideal é que a frequência seja de apenas uma vez por ano.

Para remover as manchas


Se por acaso você derrubou alguma bebida ou molho no seu assoalho de madeira de lei, o ideal é que
ela seja limpa imediatamente. Isso vai evitar que o local fique manchado. Sendo assim, a forma mais
indicada para fazer isso é com um pano seco ou toalha de papel.
Caso a mancha seja um pouco mais resistente, pode umedecer o pano branco com acetona ou
removedor de esmalte de unha. Essa receita é eficaz contra manchas de óleo, caneta hidrográfica, batom
ou tinta.
Para remover cera de vela ou goma de mascar, basta usar gelo para endurecer o material, depois
basta raspar delicadamente com um objeto plástico. O passo seguinte é limpar o local com um pano
úmido e finalizar com um pano seco.

Conservação
Depois de limpar bem o assoalho de madeira de lei, para conservá-lo sem poeira, uma dica bem
simples é colocar capachos na entrada de cada cômodo. Isso vai evitar que, ao entrar, você carregue na
sola dos sapatos poeira arenosa, que além de sujar o piso, pode riscá-lo.

LIMPEZA DE SALAS – como realizar a conservação de Móveis e Instalações, como armários,


entre outros

PRODUTOS COM PINTURA ALTO BRILHO

Portas e frentes de gavetas: passe primeiramente um pano úmido e depois um pano seco. Para mais
durabilidade do produto, aplique periodicamente uma pequena camada de cera à base de silicone (ex.:
cera automotiva). Além de limpar, a cera fornece uma camada protetora na peça, devendo ser aplicada
em pequena quantidade com uma flanela. Na sequência lustre com um pano de lã para dar brilho. Esse
processo é recomendado a cada 90 dias.

PRODUTOS COM PINTURA ACETINADA

Portas e frentes de gavetas: limpe somente com um pano úmido e sabão neutro.

PRODUTOS COM REVESTIMENTO PET

Portas e frentes de gavetas: limpe somente com um pano úmido e sabão neutro.

PRODUTOS ALTO BRILHO

Portas e frentes de gavetas: limpe somente com um pano úmido e sabão neutro.

PUXADORES, ARAMADOS, GRADES, ESCADAS, DOBRADIÇAS E CORREDIÇAS

Puxadores revestidos em couro: use apenas pano macio levemente umedecido. Não utilize produtos
abrasivos, pois o couro poderá perder sua característica natural.
Puxadores metálicos: para limpezas leves, como tirar o pó, realizadas diária ou semanalmente, utilize
apenas um pano macio e seco.

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Produtos aramados, grades e escadas (pintura epóxi): utilize um pano umedecido e, logo após,
passe com um pano seco. Para melhor conservação, recomenda-se a utilização de vaselina ou cera à
base de silicone. A cada 60 dias, realize uma limpeza mais prolongada. Em regiões que possuem maresia,
é recomendado que esse processo seja realizado mensalmente. Não manuseie os aramados com as
mãos sujas de sal, limão, vinagre, ou outros temperos, pois podem acelerar o processo de oxidação dos
acessórios cromados.
Dobradiças e corrediças: lubrifique com uma pequena camada de óleo lubrificante específico para
dobradiças, sempre tendo cuidado para não respingar no revestimento das peças em que esses
acessórios estão instalados. Isso evitará possíveis quebras e oxidação, aumentando a vida útil desses
acessórios. Em regiões que possuem maresia, é recomendado que esse processo seja realizado
mensalmente.

MESAS E CADEIRAS DE METAL

Para a limpeza das estruturas metálicas de mesas e cadeiras, utilize apenas um pano seco e na
sequência aplique cera à base de silicone (ex.: cera automotiva). Esse processo é recomendado a cada
60 dias. Em regiões que possuem maresia, o processo deve ser realizado mensalmente. Para a limpeza
dos encostos e dos assentos, utilize um pano umedecido com sabão neutro.

ACESSÓRIOS DE ALUMÍNIO

Para a limpeza da estrutura de estantes ou aramados de alumínio, utilize apenas um pano macio
umedecido em água com sabão ou detergente neutro. Após realizar a limpeza, seque totalmente o
produto para evitar manchas.

ESPELHOS, VIDROS E METACRILATO (ACRÍLICO)

Espelhos: limpe o espelho com água morna, pano macio e limpo. Esse procedimento é mais simples
e seguro, mas tenha cuidado para não deixar que as bordas do espelho permaneçam úmidas após a
conclusão da limpeza. Nunca utilize produtos abrasivos, como esponjas de cozinha ou metálicas, nem
mesmo saponáceo, detergentes ou qualquer tipo de solvente.
Vidros e metacrilato (acrílico): na limpeza de portas de vidro, utilize limpa-vidros com pano macio,
sem fiapos ou toalhas de papel. Para conservar melhor o acrílico e aumentar a vida útil de seu
acabamento, utilize na limpeza somente pano macio e limpo, água e sabão neutro. Nunca utilize produtos
abrasivos, como esponjas de cozinha ou metálicas, nem mesmo saponáceo, detergentes ou qualquer
tipo de solvente.

CABECEIRAS ESTOFADAS EM TECIDO

Limpe regularmente com pano macio, escova macia ou aspirador de pó. Não utilize equipamentos a
vapor de água na limpeza, nem agentes químicos, tais como álcool, tíner ou outros que possam
comprometer a durabilidade do estofado. Os tecidos produzidos com fio de viscose, um fio brilhante,
tendem a deitar as fibras ao passar a mão, mudando assim a reflexão da luz. Essa alteração não se trata
de um defeito, mas, sim, de uma característica normal do produto.

RODÍZIOS

Use apenas um pano macio levemente umedecido com água e sabão neutro e logo após seque com
um pano seco. Não utilize solventes de qualquer tipo. Lubrifique mensalmente com uma pequena camada
de óleo lubrificante as partes móveis (eixos e bandas de rolagem). Os rodízios são projetados para uso
em ambientes fechados, evite exposição à luz solar, alta umidade e salinidade. A capacidade de cada
rodízio não deverá ultrapassar a recomendada para cada modelo, pois leva em consideração fatores de
segurança.

Cuidados gerais com os Móveis

As ceras, como a carnaúba, que são utilizadas tradicionalmente para a conservação e o


embelezamento de madeiras, não têm efeito nos móveis pintados ou revestidos, pois essa camada evita
a penetração de qualquer produto. Em alguns casos, elas podem danificar o produto.

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É importante que o produto seja regularmente limpo, pois o acúmulo de pó, poeira ou gordura pode
modificar as características dele;
Não utilize escovas, esponjas de aço e outros abrasivos, pois podem riscar e danificar os móveis,
arranhando a pintura ou deixando fosca uma parte brilhante;
Não coloque panelas, formas, assadeiras e demais utensílios quentes ou aquecidos diretamente sobre
os tampos de madeira. Isso pode causar danos a eles como bolhas, queimaduras ou descolamento do
revestimento;
Evite excesso de vapor das panelas, bem como excesso de gordura. Ambos causam, respectivamente,
o descolamento e o engorduramento dos módulos, principalmente os localizados em região próxima ao
fogão;
Seque imediatamente qualquer líquido que cair sobre o móvel e sempre o deixe livre da umidade. É
importante verificar as instalações periodicamente para evitar qualquer tipo de vazamento que possa
danificar o produto;
Não aconselhamos a aplicação de produtos de limpeza diretamente no vidro das portas de
alumínio, pois se trata de produto químico que pode vir a danificar o revestimento ou até mesmo a
descolar o vidro;
Utilize sempre uma base de apoio sobre os tampos para cortar ou picar alimentos, assim, evita-se o
aparecimento de cortes ou riscos que prejudicam a estética do produto;
É importante ter cuidado com materiais pontiagudos, como facas, por exemplo, pois podem riscar
os móveis;
Não se apoie nas portas e nas gavetas quando abertas, pois, além de prejudicar a estética do produto,
ainda poderá ocorrer a desregulagem dele, o que comprometerá seu bom funcionamento e durabilidade;
Abra com cuidado as portas dos móveis, evitando batê-las ou deixá-las entreabertas, pois isso pode
danificar o revestimento das peças;
Jamais se apoie sobre qualquer peça do móvel para alcançar as partes superiores;
Evite a exposição direta dos móveis aos raios solares, tanto UV (ultravioleta) quanto IV (infravermelho),
pois a exposição constante ao sol pode modificar a cor da madeira, tornando-a amarelada e prejudicando
sua durabilidade. Recomenda-se a utilização de persianas, películas ou cortinas.

Cuidados com mesas e cadeiras

Para conservar, aumentar a vida útil e não danificar o acabamento de mesas e cadeiras, evite batê-
las ou arrastá-las. Não é recomendado deixar mesas e cadeiras expostas em sacadas ou pátios,
vulneráveis à ação do tempo, pois isso pode provocar manchas ou ferrugem.

Ataques de cupins, fungos ou praga s em geral no mdf e no mdp

Certifique-se, antes da instalação dos móveis, de que a residência não possui focos de cupins, fungos
ou outras pragas. Caso possuir, providencie uma dedetização no local, imediatamente, antes da
instalação dos móveis. Lembre-se de que a substituição do produto não resolve o problema, pois,
permanecendo o foco, o novo produto também terá sua estrutura e estética danificada. Assim,
recomenda-se dedetizar o local da instalação dos móveis periodicamente, a fim de evitar o ataque dessas
pragas.

LIMPEZA DE ARQUIVOS

Higienização: A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os documentos e arquivos,


portanto, a higienização do ambiente deve ser um hábito de rotina, tornando-se uma ação preventiva para
a conservação. Cada item deve ser avaliado para receber a higienização adequada, exceto nos casos
em que o objeto apresenta condições como fragilidade física (rasgos, objetos com áreas finas), e papéis
de textura muito porosa (papel japonês, papel de textura fragilizada).
Os materiais utilizados para a limpeza superficial é realizada com pincéis, flanela macia, aspirador de
pó, e outros materiais (pinça, bisturi, cotonete, agulha).

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Para uma melhor preservação de arquivos e documentos8, veja algumas dicas relevantes:

1) A luz do dia (natural) deve ser abolida na área de armazenamento, porque enfraquece o papel.
A própria luz artificial deve ser usada com cuidado.
2) O ar seco e a umidade enfraquecem o papel, e esta provoca mofo.
3) A temperatura deve ser baixa. O calor constante destrói as fibras do papel. A umidade também
deve ser baixa. Tentar mantê-las estáveis sempre, sem oscilações.
4) As mãos devem estar sempre limpas e livres de sujeira e gorduras. Sempre que possível, utilize
luvas de algodão para manipular documentos, fotografias e gravuras.
5) Tintas e grafites podem causar danos à documentação, manchando, causando riscos,
perfurações ou rasgos.
6) Não dobre o canto da folha para marcar páginas. Esta dobra, no futuro, poderão causar o
rompimento do papel. Utilize marcadores de livros em papel livre de acidez.
7) Não umedeça o dedo com a saliva para virar as folhas de um livro. Ela afeta a sua saúde e
pode provocar o desenvolvimento de micro-organismos na documentação.
8) Não use clipes e grampos metálicos. Utilize clipes plásticos ou proteja os documentos com um
pequeno pedaço de papel na área de contato.
9) Evite cópias xerox de documentos. A luz ultravioleta causa danos cumulativos irreversíveis e o
manuseio provoca dobras e rasgos nas lombadas.
10) Cuidado ao retirar um documento de uma estante ou caixa. Evite rasgos, danos nas capas e
lombadas, segurando-o corretamente na parte mediana da encadernação.
11) Os poluentes são os principais agentes de deterioração dos acervos, catalisando reações
químicas danosas (levando à formação de ácidos; e sujam, arranham e desfiguram os materiais).
12) Utilizar aparelhos de ar condicionado somente se puderem ficar ligados durante o dia e à
noite; caso contrário, os danos são muito maiores.

Referências:

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA O SERVIÇO DE LIMPEZA – ABORDAGEM TÉCNICA E


PRÁTICA. Disponível em:
www.unesp.br/pgr/pdf/manual-limpeza.pdf.
Manual de uso e conservação dos produtos. Disponível em:
https://www.italinea.com.br/wp-content/uploads/2016/11/5344_ManualGarantia_A4_TELA.pdf.

Questões

01. A limpeza técnica é o processo de remoção de sujidades, mediante a aplicação de agentes


químicos, mecânicos ou térmicos num determinado período de tempo. Consiste na limpeza de todas as
superfícies fixas (verticais e horizontais) e equipamentos permanentes, nas diversas áreas do recinto.
Relacione adequadamente os locais da limpeza aos respectivos materiais necessários.
1. Limpeza de tetos.
2. Limpeza de janelas.
3. Limpeza de portas.
4. Limpeza de pias.
5. Limpeza de sanitários.
( ) Solução desinfetante, solução detergente, esponja abrasiva, luvas de borracha, jarro e pano macio.
( ) Baldes, panos macios, esponjas, rodo de mão, escada e óculos de segurança.
( ) Baldes, solução detergente e desinfetante, esponja e/ou escova, luvas de borracha, pano e
vassoura.
( ) Baldes, panos macios, luvas de borracha e solução de limpeza.
( ) Escada, rodo, pano limpo, água, luvas e óculos de segurança.
A sequência está correta em
(A) 2, 1, 4, 5, 3.
(B) 1, 4, 3, 2, 5.
(C) 3, 5, 2, 1, 4.
(D) 4, 2, 5, 3, 1.
(E) 5, 3, 1, 4, 2.

8
Arquivo Nacional. VALENTINI, 2013.

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Respostas

01. D

Conhecimentos de materiais e equipamentos de limpeza

Quando fala-se em limpeza, por vezes acreditamos que esta é sempre igual. O resultado final até pode
ser, que é um ambiente limpo, mas para que este resultado seja alcançado tanto em casa quanto na
empresa os caminhos são bastante diferentes.
Comecemos por quem executa as tarefas. A limpeza doméstica não envolve grandes dificuldades, não
requer conhecimento sobre equipamentos ou produtos, o que se resume em vassoura, rodo pano para
limpeza, balde e uma flanela.
Os produtos também são poucos e podem ser adquiridos em um supermercado, sendo observado
apenas a qualidade destes.
Enquanto em uma limpeza profissional a quantidade de produtos e equipamentos é variável de acordo
com o trabalho que pretende-se realizar. O que passa então a exigir treinamento dos agentes de limpeza
e conhecimento sobre os produtos de limpeza e sua utilização.
Não é raro encontrarmos empresa utilizando produtos de limpeza doméstica. A justificativa é sempre
a mesma: custo.
Entendemos que a redução de custos é uma questão de sobrevivência nos dias atuais, mas o uso de
produtos domésticos para limpeza institucional não gera economia, e se estiver gerando é por que abriu-
se mão de outro fator de suma importância para a sobrevivência da empresa: a qualidade.
Vejamos então o porquê: produtos de uso doméstico são de pronto uso, ou seja, não permitem diluição,
se forem diluídos corre-se o risco de não realizarem a tarefa para qual foi utilizado.
Outro fato é de que estes produtos são de finalidade para limpeza geral, sendo sua aplicação é limitada
a sujidades de baixa complexidade.
A limpeza doméstica é muito mais simples também em relação ao número de usuários, que está
limitado aos integrantes da família, e estes ainda cuidam para que o ambiente esteja limpo.
Quando falamos em limpeza profissional, temos um ambiente com alto número de usuários, grande
número de ambientes com particularidades própria e infinito número de sujidades, onde são necessários
produtos de limpeza seletiva. Podemos citar por exemplo, a existência de oficinas dentro das empresas,
que por sua necessidade de reparos tende a sujar de materiais oleosos diversos ambientes da empresa.
Em outros ambientes é necessário o tratamento de pisos, que envolve conhecimento de produtos e
treinamento para obtenção do resultado desejado.
Quando falamos sobre treinamento, sobre trabalhos e produtos, encontramos ainda, empresas que
acreditam que o agente de limpeza não precisa ser qualificado para execução do trabalho profissional.
Infelizmente, para quem pensa assim, os resultados estão presentes em todos os locais da empresa,
causando a primeira péssima impressão a quem chega para visitantes e clientes, ambientes com aspecto
de falta de higiene e sujo.
Deste modo, os produtos de uso doméstico destinam-se ao manuseio de forma esporádica e
intermitente, e os de uso institucional são manuseados por profissionais de forma quase constante ao
longo da jornada de trabalho.
Os produtos de uso profissional são oferecidos em embalagens maiores; normalmente têm um valor
unitário (por peso ou quilo) mais caro, entretanto, devido à maior concentração de ativos, apresenta um
melhor custo-benefício, com redução final nos custos.

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Relação de Materiais, Produtos e Equipamentos de Limpeza

Noções de Segurança no Trabalho: acidentes e prevenção

Noções de Segurança no Trabalho: acidentes do trabalho e prevenção

Conceitos

É o conjunto de medidas que versam condições específicas de instalação do estabelecimento e de


suas máquinas, visando à garantia do trabalhador contra a natural exposição aos riscos inerentes à
prática da atividade profissional.
Não se destina, portanto, aos aspectos sanitários, mas os complementa, uma vez que a higiene
pressupõe instalações condignas, segundo determinadas regras básicas de construção e de disposição
de bens.
Assim, a Segurança do Trabalho corresponde ao conjunto de ciências e tecnologias que tem por
objetivo proteger o trabalhador em seu ambiente de trabalho, buscando minimizar e/ou evitar acidentes
de trabalho e doenças ocupacionais. Assim, dentre as principais atividades da segurança do trabalho,
podemos citar: prevenção de acidentes, promoção da saúde e prevenção de incêndios.
A segurança do trabalho envolve três áreas principais de atividade: prevenção de acidentes, prevenção
de incêndios e prevenção de roubos. Abordaremos a primeira delas: prevenção de acidentes.
A segurança no trabalho está relacionada com a prevenção de acidentes e com a administração de
riscos ocupacionais. Sua finalidade e profilática no sentido de antecipar-se para que os riscos de
acidentes sejam minimizados.

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Um programa de segurança no trabalho requer as seguintes realizações:
1. Estabelecimento de um sistema de indicadores e estatísticas de acidentes.
2. Desenvolvimento de sistemas de relatórios de providências.
3. Desenvolvimento de regras e procedimentos de segurança.
4. Recompensas aos gerentes e supervisores pela administração eficaz da função de segurança.
Causas dos acidentes no trabalho

Em todo acidente no trabalho estão presentes os seguintes elementos:

1. Agente. É definido como o objeto ou substância (a máquina, o local, o equipamento que poderiam
ser adequadamente protegidos) diretamente relacionado com a lesão, como a prensa, a mesa, o martelo,
a banheira etc.
2. A parte do agente. É a parte do agente que está diretamente associada ou relacionada com a
lesão, como o volante, o pé da mesa, o cabo do martelo, o piso da banheira etc.
3. A condição insegura. É a condição física ou mecânica existente no local, na máquina, no
equipamento ou na instalação (que poderia ter sido protegida ou corrigida), e que leva a ocorrência do
acidente, como o piso escorregadio, oleoso, molhado, com saliência ou buraco, máquina desprovida de
proteção ou com polias ou partes móveis desprotegidas, instalação elétrica com fios descascados,
motores sem fio terra, iluminação deficiente ou inadequada.
4. O tipo de acidente. É a forma ou o modo de contato entre o agente do acidente e o acidentado, ou
ainda, o resultado desse contato como as batidas, tombos, escorregões, choques etc.
5. O ato inseguro. E a violação de procedimento aceito como seguro, ou seja, deixar de usar
equipamento de proteção individual, distrair-se ou conversar durante o serviço, fumar em área proibida,
lubrificar ou limpar máquina ligada ou em movimento.
6. O fator pessoal de insegurança. É qualquer característica, deficiência ou alteração mental,
psíquica ou física - acidental ou permanente -, que permite o ato inseguro. São problemas como visão
defeituosa, audição deficiente, fadiga ou intoxicação, descuido, desatenção, problemas particulares,
desconhecimento das normas e regras de segurança.

Mas o que causa o acidente no trabalho? Existem duas causas básicas de acidentes no local de
trabalho: as condições inseguras e os atos inseguros.

1- Condições inseguras. Constituem as principais causas dos acidentes no trabalho. Incluem fatores
como:
- Equipamento sem proteção.
- Equipamento defeituoso.
- Procedimentos arriscados em máquinas ou equipamentos.
- Armazenamento inseguro, congestionado ou sobrecarregado.
- Iluminação deficiente ou imprópria.
- Ventilação imprópria, mudança insuficiente de ar ou fonte de ar impuro.
- Temperatura elevada ou baixa no local de trabalho.
- Condições físicas ou mecânicas inseguras que constituem zonas de perigo.
As providencias nestes casos são eliminar ou minimizar as condições inseguras.
Outros fatores acidentais relacionados com o trabalho e que são considerados condições inseguras
são: o cargo em si, a programação de trabalho prolongado e o clima psicológico do local de trabalho.

2. Atos inseguros. Eliminar apenas as condições inseguras é insuficiente, pois as pessoas também
causam acidentes. Os atos inseguros dos funcionários são:
- Carregar materiais pesados de maneira inadequada.
- Trabalhar em velocidades inseguras - muito rápidas ou lentas.
- Utilizar esquemas de segurança que não funcionam.
- Usar equipamento inseguro ou usá-lo inadequadamente.
- Não usar procedimentos seguros. Assumir posições inseguras.
- Subir escadas ou degraus depressa.
- Distrair, negligenciar, brincar, arriscar, correr, pular, saltar, abusar etc.

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Prevenção de Acidentes

Anualmente são divulgadas as estatísticas de acidentes ocorridos no país com o número de mortos,
feridos, aleijados, incapacitados para o trabalho e incapacitados para a vida normal. São perdas
desastrosas.
Em 1993, os Estados Unidos presenciaram 6.200 mortes e mais de 6,5 milhões de pessoas com lesões
corporais resultantes de acidentes no trabalho. No Brasil, ocorrem 1.000 acidentes por dia em média,
proporcionando 370.000 acidentes por ano. Acidente é um fato não premeditado do qual resulta dano
considerável.
O National Safety Council define acidente como uma ocorrência numa série de fatos que, sem
intenção, produz lesão corporal, morte ou dano material. Essas definições consideram o acidente como
um fato súbito, inesperado, imprevisto (embora algumas vezes previsível) e não premeditado ou
desejado; e, ainda como causador de dano considerável, embora não especifiquem se se trata de dado
econômico (prejuízo material) ou de dano físico as pessoas (dor, sofrimento, invalidez ou morte).

Os acidentes no trabalho são classificados em:

1. Acidente sem afastamento. Após o acidente, o empregado continua trabalhando e sem qualquer
sequela ou prejuízo considerável. Esse tipo de acidente não provoca o afastamento do trabalho e nem é
considerado nos cálculos dos coeficientes de frequência (CF) e de gravidade (CG), embora deva ser
investigado e anotado em relatório, além de exposto nas estatísticas mensais.

2. Acidente com afastamento. É o acidente que provocado o afastamento do empregado do trabalho.


Pode ser classificado em:
a) Incapacidade temporária. Provoca a perda temporária da capacidade para o trabalho e as sequelas
se prolongam por um período menor do que um ano. No retorno ao trabalho, o empregado assume sua
função sem qualquer redução da sua capacidade de trabalho.

b) Incapacidade parcial permanente. Provoca a redução parcial e permanente para o trabalho e as


sequelas se prolongam por período maior do que um ano. E geralmente motivada por:
- Perda de qualquer membro ou parte do mesmo.
- Redução da função de qualquer membro ou parte do mesmo.
- Perda da visão ou redução funcional de um olho.
- Perda da audição ou redução funcional de um ouvido.
- Quaisquer outras lesões orgânicas, perturbações funcionais ou psíquicas que resultem, na opinião
do médico, em redução de menos de três quartos da capacidade de trabalho.

c) Incapacidade permanente total. Provoca a perda total, em caráter permanente, da capacidade de


trabalho. E geralmente motivada por:
- Perda da visão de ambos os olhos.
- Perda da visão de um olho com redução em mais da metade da visão do outro.
- Perda anatômica ou impotência funcional de mais de um membro de suas partes essenciais (mão ou
pé).
- Perda da visão de um olho, simultânea a perda anatômica ou impotência funcional de uma das mãos
ou de um pé.
- Perda da audição de ambos os ouvidos ou, ainda, redução em mais da metade de sua função.
- Quaisquer outras lesões orgânicas, perturbações funcionais ou psíquicas permanentes que
ocasionem, sob opinião médica, a perda de três quartos ou mais da capacidade para o trabalho.

d) Morte: O acidente provoca a morte do empregado.

As estatísticas de acidente

-A VI Conferência Internacional de Estatística do Trabalho estabeleceu em 1947 dois coeficientes para


medir, controlar e avaliar os acidentes no trabalho: o coeficiente de frequência e coeficiente de gravidade.
Ambos os coeficientes são utilizados em todos os países, permitindo comparações internacionais,
além de comparações entre organizações de diferentes ramos de atividade.

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1) Coeficiente de frequência (CF). Significa o número de acidentes com afastamento ocorrido em
cada um milhão de homens/horas trabalhadas durante o período de tempo considerado.
Esse período pode ser mensal ou anual. É um índice que relaciona o número de acidentes com cada
um milhão de homens/horas trabalhadas a fim de proporcionar comparações estatísticas com todos os
tipos e tamanhos de organizações.
O cálculo do CF se baseia nas seguintes informações:
a. Número médio de empregados: no período considerado. Envolve todo o pessoal da organização,
isto é, de todas as áreas e níveis. Além desse número total, as empresas utilizam também o CF para
cada um de seus departamentos e seções, em períodos mensais e anuais para efeito de comparação
interna.
b. Homens/horas trabalhadas: é a multiplicação do número médio de empregados pelo total de horas
de trabalho do período considerado. São as horas em que as empregados estão sujeitos a acidentes no
trabalho. No número de horas/homens trabalhadas devem ser incluídas as horas extras e excluídas as
horas remuneradas não-trabalhadas, tais como as decorrentes de faltas abonadas, licenças, férias,
enfermidades e descanso remunerado. Em geral, 8 horas é o número de horas de um dia de trabalho.
A fórmula do CF é a seguinte

N° de acidentes com afastamento x 1.000.000


CF= 𝑁º 𝑑𝑒 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠/ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎𝑠

2) Coeficiente de gravidade (CG). Significa a número de dias perdidos e computados em cada um


milhão de homens/horas trabalhadas, durante a período de tempo considerado. Esse período também
pode ser mensal ou anual. É um índice que relaciona o tempo de afastamento em cada um milhão de
homens/horas trabalhadas, a fim de permitir comparações com outros tipos e tamanhos de organizações.

O cálculo do CG se baseia nas seguintes informações:


a. Número de dias perdidos por afastamentos: é o total de dias nos quais os acidentados ficam
incapacitados para o trabalho em consequência de acidentes com incapacidade temporária. Os dias
perdidos são dias contados a partir do dia imediatamente seguinte ao do acidente até a dia da alta médica,
inclusive. Na contagem dos dias perdidos incluem-se os domingos, feriados e quaisquer dias em que não
haja trabalho na organização.
b. Dias perdidos transportados: é o total dos dias perdidos por afastamentos durante a mês anterior
ou meses anteriores, quando o CG abrange o período anual.
c. Dias computados e debitados: é o total dos dias computados por redução da capacidade ou morte
dos acidentados. Há uma tabela convencional e de uso universal que transforma a morte ou incapacidade
permanente, total ou parcial, em dias de trabalho perdidos.
A Fórmula do CG é a seguinte

CG = No de dias perdidos + No de dias computados x 1.000.000 No de homens/ horas trabalhadas

Em função do tipo de atividade e dos riscos de acidentes envolvidos, cada tipo de organização
apresenta uma determinada tendência de CF e CG. Certas organizações apresentam elevado CF e
elevado CG. Outras um elevado CF acompanhado de baixo CG. Outras, inversamente, um baixo CF e
elevado CG. Outras ainda baixos coeficientes de frequência e de gravidade.

Traços de personalidade que predispõem a acidentes

Algumas pesquisas tentaram identificar os traços de personalidade que distinguem os funcionários que
são predispostos a provocar acidentes daqueles que não são. O interessante é que uma pequena
porcentagem de trabalhadores (algo como 20%) são responsáveis por uma alta porcentagem de
acidentes (algo em torno de 70%).
Isso lembra a curva de Pareto. A pesquisa não conseguiu definir quais os traços comuns que
predispõem as pessoas a acidentes. Ou seja, não há consenso de que a predisposição aos acidentes
seja universal, pois uma pessoa predisposta a acidente em um tipo de trabalho pode não sê-lo em outra
atividade.
A predisposição parece ser, portanto, situacional. Os traços de personalidade (como instabilidade
emocional ou pouca resistência a frustração) podem distinguir os empregados predispostos a acidentes
em atividades que envolvam riscos. Falta de habilidade motora pode predispor a acidentes, mas somente
quando a atividade exija coordenação motora.

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A visão está relacionada com a frequência de acidentes em muitos cargos. Motoristas de taxi, de
ônibus intermunicipais e operadores de máquinas que tem acuidade e habilidade visual apresentam
menos injúrias do que aqueles que não têm. Os acidentes são mais frequentes na faixa etária entre 17 e
28 anos, declinando até encontrar valores mínimos entre 60 e 70 anos.
Contudo, diferentes padrões são encontrados em diferentes cargos, onde o fator idade torna-se
importante. Quando as habilidades perceptivas são equivalentes as habilidades motoras, o empregado é
geralmente mais seguro.
Mas quando o nível perceptivo é mais baixo do que o nível motor, o empregado cada vez mais se
predispõe a acidentes na medida em que a diferença aumenta. Um trabalhador que reage mais
rapidamente do que consegue perceber tende a ter mais acidentes.

Como prevenir acidentes

No início do século XX, os antigos bondes da Light & Company trafegavam pelas principais mas do
Rio de Janeiro e de São Paulo, ostentando cartazes com os dizeres: "prevenir acidentes é dever de
todos". Era uma responsabilidade geral. Passados quase cem anos, o lema não se tornou obsoleto. Pelo
contrário, tornou-se bem atual. Há também um velho e popular ditado que diz: "mais vale prevenir do que
remediar". Esse ditado adquire forte importância nos tempos modernos.
Na prática, todo programa de prevenção de acidentes focaliza duas atividades básicas: eliminar as
condições inseguras e reduzir os atos inseguros.

1. Eliminação das condições inseguras.


É o papel dos funcionários da primeira linha de defesa. Engenheiros de segurança desenham cargos
para remover ou reduzir os riscos físicos dos ocupantes. Os supervisores e gerentes de linha assumem
importante papel na redução das condições inseguras.
- Mapeamento de áreas de risco: trata-se de uma avaliação constante e permanente das condições
ambientais que podem provocar acidentes dentro da empresa. Um mutirão de esforços dos gerentes,
funcionários e especialistas de RH, no sentido de mapear e localizar as possíveis áreas de perigo
potencial, sugestões e ações no sentido de neutralizar ou minimizar tais condições.
- Analise profunda dos acidentes: todo relatório de acidente, com e sem afastamento do trabalho, deve
ser submetido a uma profunda analise para descobrir possíveis causas, como condições ou atos
inseguros. A partir daí a indicação de providências no sentido de eliminar essas causas para prevenir
novos e futuros acidentes.
- Apoio irrestrito da alta administração: todo programa bem-sucedido de prevenção de acidentes
repousa no compromisso da alta direção. Esse compromisso é importante para ressaltar a importância
que a alta direção coloca no programa de profilaxia contra acidentes na empresa.

2. Redução dos atos inseguros.


Os acidentes são similares a outros tipos de desempenho pobre. Estudos psicológicos sugerem que
se deve selecionar as pessoas que apresentam tendências para acidentar-se em cargos específicos ü
Processos de seleção de pessoal: as técnicas de seleção procuram identificar certos traços humanos
(como habilidade visual ou coordenação motora) relacionados com acidentes em certos cargos.
Pesquisas sugerem testes sobre traços relacionados com acidentes, como:
§ Estabilidade emocional e testes de personalidade.
§ Medidas de coordenação muscular.
§ Testes de habilidade visual.
§ Testes de maturidade emocional, desempenho segura e cuidadoso.
§ Susceptibilidade a exposição a produtos tóxicos.

Existe uma clara relação entre predisposição a acidentes e proficiência no cargo. A seleção de pessoas
baseada em testes de não-predisposição a acidentes permite que as gerentes possam reduzir acidentes
e melhorar a qualidade dos funcionários ao mesmo tempo.
- Comunicação interna: a propaganda e cartazes sobre segurança no trabalho podem ajudar a reduzir
atos inseguros. Um estudo mostra que o comportamento seguro teve um aumento de 20%. Contudo, os
cartazes não substituem as programas compreensivos de segurança, mas podem ser combinados com
eles e com outras técnicas como a treinamento, para reduzir condições e atos inseguros.
- Treinamento: o treinamento de segurança reduz acidentes, principalmente quando envolve novos
empregados, no senti do de instruí-los em práticas e procedimentos para evitar potenciais riscos e
trabalhar desenvolvendo suas predisposições em relação à segurança no trabalho.

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- Reforço positivo: os programas de segurança baseados no reforço positivo podem melhorar a
segurança no trabalho. Objetivos de redução de acidentes devem ser formulados em conjunto com os
funcionários e com ampla divulgação e comunicação dos resultados. Muitas empresas adotam a lema
zero de acidentes e passam a ostentar cartazes com o número de dias sem acidentes. Contribuem para
a redução de acidentes: reuniões periódicas com grupos de empregados para discussão de casos e
exemplos, encorajando para que façam distinção entre comportamentos certos e errados em situações
de perigo, além de demonstração de gráficos de frequência e localização de acidentes, bem como uma
listagem de regras de segurança pessoal (o que fazer e o que não fazer em situações de risco).

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, de acordo com Süssekind (1999, p. 949), “é
um órgão paritário, composto de representantes de empregados e do empregador, de acordo com
proporção estabelecida na NR-5, Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, e atendendo ao
número de trabalhadores do estabelecimento ou empresa”.
Para Marras (2001, p. 215) cabe considerar que não se deve confundir os papéis exercidos nas
organizações entre o corpo de segurança industrial e a CIPA: enquanto o primeiro tem funções
tipicamente de execução e linha, o outro desempenha um rol específico de assessoria e orientação aos
empregados e à empresa, fiscalizando o programa desenvolvido pela equipe técnica de Higiene,
Segurança e Medicina do Trabalho.
Na afirmação de Lacombe (2003, p. 256) há um aspecto interessante quanto ao papel da CIPA, visto
que vai além da formalidade de sua existência, pois trata-se de um grupo formal, obrigatório por lei para
determinadas empresas dependendo do número de empregados e do tipo de atividade exercida.
A CIPA deve propor e mesmo obrigar a implantação de determinadas medidas com a finalidade de
aumentar a segurança no trabalho.
Ainda de acordo com Marras (2001, p. 215), a CIPA ... uma comissão que objetiva controlar ações
relativas à higiene, segurança e medicina do trabalho e assessorar a empresa na prevenção ou solução
de problemas relacionados à essa área, enquanto o corpo de segurança da empresa é que responde
direta e tecnicamente por essas políticas e programas.
A CIPA constitui uma das Normas Regulamentadoras (NR 5), tendo sido alterada pela Portaria nº 8,
de 23 de fevereiro de 1999, do Capítulo V, Título II, da CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
De acordo com o artigo 163 da CLT, é obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes, conforme instruções do Ministério de Trabalho que estão contidas na NR 5 da Portaria
3.214/78. Este artigo estabelece que “será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos
estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas”.
A CIPA, de acordo com a legislação em vigor, é instituída por estabelecimento que possua mais de
vinte empregados, variando o número de participantes conforme o número de empregados e o grau de
risco das atividades executadas.
A CIPA é constituída de representantes dos empregados, por eles eleitos, e de representantes da
empresa. Os membros eleitos pelos empregados não podem ser demitidos sem processo judicial até um
ano após o término do mandato. Em relação às empresas, a NR 5, da Portaria 3.214/78, estabelece no
item 5.2: devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas
privadas, ou públicas, sociedade de economia mista, órgãos da administração direta e indireta,
instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que
admitam trabalhadores como empregados.
Martins (2001, 13º ed. p. 565) afirma que a CIPA tem por objetivo observar e relatar as condições de
risco nos ambientes de trabalho e solicitar as medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou
neutralizá-los, discutindo os acidentes corridos e solicitando medidas que os previnam, assim como
orientando os trabalhadores quanto a sua prevenção.
E nessa linha, afirma Lacombe (2005, p. 256): é sabido que nem sempre os funcionários recebem as
informações necessárias para agir de maneira segura no trabalho. A CIPA procura atenuar esse problema
por meio de cartazes, alertando para os riscos mais comuns. Em casos específicos, porém, se faz
necessário treinamento apropriado.
De acordo com a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, artigo 19, § 3º: “É dever da empresa prestar
informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular”. Segundo
L. Araújo (2006, p. 196), uma das alternativas que a CIPA tem para alcançar os resultados esperados é
de programar palestras, campanhas, com o objetivo de conscientizar a estrutura social que compõe a
organização no sentido da prevenção, redução e, até mesmo, da eliminação de acidentes.

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Provavelmente, o papel mais importante da gestão e segurança do empregado no ambiente de
trabalho seja envolver e motivar gerentes e supervisores, conscientizando-os sobre essas considerações.
Para Marras (2001, p. 208), a prevenção de acidentes no trabalho é: ... um programa de longo prazo
que objetiva, antes de tudo, conscientizar o trabalhador a proteger sua própria vida e a dos companheiros
por meio de ações mais seguras e de uma reflexão constante sobre a descoberta a priori de condições
inseguras que possam provocar eventuais acidentes no trabalho.

Primeiros Socorros:

Todo estabelecimento deve estar equipado com material necessário à prestação de primeiros socorros
médicos: Art. 168, § 4º, CLT.

Custos dos acidentes

Falar em custos dos acidentes quando eles envolvem vidas humanas parece piada de humor negro.
A vida e a integridade física de uma pessoa são coisas que não se pagam. Contudo, além das lamentáveis
perdas humanas, os acidentes também provocam perdas financeiras para o acidentado, para sua família,
a organização e a sociedade.
O acidente constitui um fator altamente negativo e suas causas e custos devem ser analisados para
se remover eventuais condições inseguras ou atos inseguros. O seguro de acidentes do trabalho cobre
apenas os gastos com despesas medicas e indenizações ao acidentado, mas não repõe a capacidade
humana para o trabalho e nem a integridade física as pessoas acidentadas. O custo indireto do acidente
do trabalho, segundo a ABNT, envolve todas as despesas de fabricação, despesas gerais, lucros
cessantes e demais fatores cuja incidência varia conforme o tipo de indústria.
Já o INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social- inclui no custo indireto do acidente do trabalho os
seguintes itens: gastos do primeiro tratamento médico, despesas sociais, custo do tempo perdido pela
vítima, perda por diminuição do rendimento profissional no retorno do acidentado ao trabalho, perda pelo
menor rendimento do trabalhador que substitui temporariamente o acidentado, cálculo do tempo perdido
pelos colegas de trabalho para acudir a vítima etc.
Aceita-se em diversos os países a proporção entre os valores do custo indireto e do custo direto de 4
para 1: o custo indireto representa quatro vezes o custo direto do acidente do trabalho, sem se falar na
tragédia pessoal e familiar que o acidente de trabalho geralmente provoca como consequência.
Se as organizações buscam eficiência, eficácia e lucros, precisam estar dispostas a investir dinheiro
para criar condições que excedam as condições exigidas pela lei, exatamente para se manterem
eficientes, eficazes e lucrativas.

Avaliação do Programa de Higiene e Segurança do Trabalho

Os programas de higiene e segurança do trabalho (H&S) estão recebendo atualmente muita atenção.
Ao lado do respeito e consideração as pessoas, existe também o aspecto financeiro a ser analisado.
As consequências de programas inadequados são visíveis: aumento do pessoal, eleva do índice de
afastamentos por doenças ou acidentes, aumento dos prêmios de seguros, elevação dos custos laborais,
maiores indenizações pagas por acidentes ou doenças profissionais, custos judiciais mais elevados,
pressões dos sindicatos e da sociedade e até mesmo negativa dos clientes em adquirir produtos de
empresas poluidoras da natureza e predadoras do capital humano.
O programa de H&S deve ser monitorado em termos de custos/benefícios pelos especialistas em RH,
gerentes e, sobretudo, contar com a participação de todos os funcionários. Além disso, o programa deve
ser julgado par critérios como melhoria no desempenho no cargo, redução dos afastamentos por
acidentes ou por doenças e redução de ações disciplinares.
O programa não precisa necessariamente ser o mais caro, mas o que produz resultados melhores
para a organização e para as pessoas. Abordagens e critérios são imprescindíveis, como melhoria da
produtividade, ausência de acidentes e doenças profissionais, número de dias sem acidentes,
treinamento intensivo dos gerentes e de todos os funcionários, reuniões de segurança, instalações
médicas e intensa participação da alta direção.

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Questões

01. (MPE-SC - Técnico do Ministério Público – FEPESE) No subsistema de Recursos Humanos


denominado Higiene e Segurança no Trabalho, há uma comissão que tem entre suas atribuições a
necessidade de identificar os riscos do processo de trabalho, mapear e elaborar ações preventivas.

Essa comissão é denominada:


(A) CIPA.
(B) SUSP
(C) GESMT.
(D) COPP.
(E) CAPI.

02. (BR Distribuidora - Técnico de Administração e Controle Júnior – CESGRANRIO) Um tema


bastante relevante na gestão de pessoas está relacionado a higiene, segurança e qualidade de vida dos
colaboradores. Um programa de segurança do trabalho envolve o desenvolvimento de diversas
atividades.
NÃO constitui uma dessas atividades o(a)
(A) desenvolvimento de sistemas de relatórios de providências.
(B) estabelecimento de um sistema de indicadores e estatística de acidentes.
(C) divulgação ampla de regras e procedimentos de segurança.
(D) criação de recompensas aos gerentes e supervisores pela administração eficaz da função de
segurança.
(E) participação na avaliação de desempenho de todos os colaboradores.

03. (PRODAM-AM - Analista Administrativo – FUNCAB) Segurança e medicina do trabalho, termo


que substitui o antigo “higiene e segurança do trabalho”, é o ramo que especifica as condições de proteção
à vida e à saúde do trabalhador em seu ambiente de trabalho. Nesse contexto, a insegurança é um
gravíssimo problema para o trabalhador, mas, além disso, representa:
(A) custos para a organização, somente no que diz respeito aos salários pagos ao acidentado durante
a sua ausência. Os demais custos são arcados pela previdência social.
(B) somente custos indiretos de averiguação das causas de acidente e para as providências
necessárias para evitar uma nova ocorrência, além da indenização por possível invalidez do acidentado.
(C) reestruturação da organização, pois, durante a ausência do acidentado, haverá salários pagos a
ele, horas extras pagas a outros funcionários para compensar o horário não cumprido pelo acidentado.
(D) custos para a organização, pois, durante a ausência do acidentado, há salários pagos a ele,
diminuição de rendimento do acidentado quando ele retorna ao trabalho ou custos de treinamento de um
novo funcionário que o substitui.
(E) custos para a previdência social, pois, durante a ausência do acidentado, há salários pagos a ele,
ficando por conta da instituição somente as horas extras pagas a outros funcionários para compensar o
horário não cumprido pelo acidentado.

04. (FUB - Tecnólogo - Recursos Humanos – CESPE/2015) Acerca de qualidade de vida, saúde,
higiene, segurança no trabalho, julgue o item subsecutivo.
Transformar o ambiente de trabalho em um lugar agradável tornou-se meta questionável para as
empresas, pois um ambiente de trabalho mais agradável não altera os níveis de acidentes e absenteísmo,
além de não gerar aumento na produtividade.
( ) Certo ( ) Errado

05. (COPANOR - Administração – FUNDEP - Gestão de Concursos) Dentro dos conceitos de


Herzberg, há diversos fatores que podem motivar uma equipe multifuncional a produzir resultados de
forma mais otimizada.

Analise as afirmativas, assinalando com F as falsas e V as verdadeiras.


( ) Existe pouca relação entre a política e administração da empresa com os aspectos de higiene.
( ) O status de pertencimento a uma organização favorece o desempenho de um membro da equipe.
( ) O uso de EPI pode representar para um funcionário uma ameaça a sua autonomia e a seus
interesses.
( ) As relações de subordinação vão de encontro aos interesses pessoais de obtenção de vantagens.

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( ) O relacionamento produtivo deve ser estimulado pela cúpula da empresa como um fator higiênico.
( ) As condições de trabalho vão além do que a higiene e a segurança dos setores de trabalho.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA


(A) V F V V F F.
(B) F F V V F V
(C) F V F F V V.
(D) V V F F V F.

06. (UFLA - Administrador – UFLA) Conforme Chiavenato (2008), são objetivos principais da higiene
do trabalho, EXCETO:
(A) Eliminação das causas das doenças profissionais e prevenção de agravamento de doenças e de
lesões.
(B) Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoa doente ou portadora de
defeito físico.
(C) Manutenção da saúde do trabalhador e aumento da produtividade, por meio de controle do
ambiente de trabalho.
(D) Manutenção da limpeza das máquinas e equipamentos, do trabalhador e de sua roupa usada no
ambiente de trabalho.

07. (CAU-BR Analista de Gestão de Pessoas – IADES) A higiene do trabalho tem caráter preventivo,
evitando que o trabalhador adoeça e se ausente, provisória ou definitivamente, do trabalho. Com base
nessa informação, assinale a alternativa que não se enquadra nos objetivos da higiene do trabalho.
(A) Eliminação das causas das doenças profissionais.
(B) Prevenção de agravamento de doenças e lesões.
(C) Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho com pessoas doentes ou portadoras de
defeitos físicos.
(D) Manutenção da saúde do trabalhador e aumento da produtividade por meio de controle do
ambiente de trabalho.
(E) Constante estado de alerta contra os riscos existentes fora da fábrica.

Gabarito

01. A / 02. E / 03. D / 04. Errado / 05. C / 06. D / 07. E

Comentários
01. Resposta: A
A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do
maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança
e saúde no trabalho;

02. Resposta: E
A segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas
e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, seja pela eliminação de condições inseguras do
ambiente, seja pela instrução ou pelo convencimento das pessoas para a implementação de práticas
preventivas. Sendo assim, não constitui dessas atividades relacionadas com segurança a participação na
avaliação de desempenho, ou seja, Letra E.

03. Resposta: D
A alternativa explicou exatamente o que representa a insegurança para a organização, pois durante a
ausência do acidentado, há salários pagos a ele, diminuição de rendimento do acidentado quando ele
retorna ao trabalho ou custos de treinamento de um novo funcionário que o substitui.

04. Resposta: Errado


Um ambiente de trabalho agradável pode melhorar o relacionamento interpessoal e a produtividade,
assim como reduzir acidentes, doenças, absenteísmo e rotatividade do pessoal. Fazer do ambiente um
local agradável para se trabalhar tornou-se uma verdadeira obsessão para as empresas bem-sucedidas.

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05. Resposta: C
Existe pouca relação entre a política e administração da empresa com os aspectos de higiene (errado,
pois na verdade está diretamente relacionado).
O uso de EPI pode representar para um funcionário uma ameaça a sua autonomia e a seus interesses.
(errado, pois os equipamentos de proteção individual e coletiva são adequados ao risco e visam proteger
os funcionários)
As relações de subordinação vão de encontro aos interesses pessoais de obtenção de vantagens
(errado, pois as relações de subordinação não vão de encontro aos interesses pessoais de obtenção de
vantagens).

06. Resposta: D
A higiene do trabalho tem caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do
trabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisória ou definitivamente do trabalho.
Entre os objetivos principais da higiene do trabalho, estão:
Eliminação das causas das doenças profissionais; Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo
trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos; Prevenção de agravamento de doenças
e de lesões; Manutenção da saúde dos trabalhadores e alimento da produtividade por meio de controle
do ambiente de trabalho.

07. Resposta: E
Constante estado de alerta contra os riscos existentes fora da fábrica não faz parte dos objetivos, pois
imagine o quão indefinido é isso. O foco da higiene do trabalho está no ambiente de trabalho
proporcionado ao trabalhador.

Normas de segurança e proteção

Normas de segurança e proteção

As Normas Regulamentadoras – NR tratam-se do conjunto de requisitos e procedimentos relativos à


segurança e medicina do trabalho, de observância obrigatória às empresas privadas, públicas e órgãos
do governo que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
Primeiramente, a lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977, estabeleceu a redação dos art. 154 a 201
da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, relativas à segurança e medicina do trabalho.
Conforme, o art. 200 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT cabe ao Ministério do Trabalho
estabelecer as disposições complementares às normas relativas à segurança e medicina do trabalho.
Dessa forma, em 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho aprovou a Portaria nº 3.214, que
regulamentou as normas regulamentadoras pertinentes à Segurança e Medicina do Trabalho.
De acordo com o Ministério do Trabalho, as Normas Regulamentadoras (NR), relativas à segurança e
saúde do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos
públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário,
que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho
acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO - SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO

PORTARIA N.º 3.214, 08 DE JUNHO DE 1978

“Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do


Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho”.

O Ministro de Estado do Trabalho, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no art.
200, da consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de
1977, resolve:

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Art. 1º Aprovar as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis
do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho:

NORMAS REGULAMENTADORAS
NR - 1 - Disposições Gerais
NR - 2 - Inspeção Prévia
NR - 3 - Embargo e Interdição
NR - 4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT
NR - 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
NR - 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI
NR - 7 - Exames Médicos
NR - 8 - Edificações
NR - 9 - Riscos Ambientais
NR - 10 - Instalações e Serviços de Eletricidade
NR - 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR - 12 - Máquinas e Equipamentos
NR - 13 - Vasos Sob Pressão
NR - 14 - Fornos
NR - 15 - Atividades e Operações Insalubre
NR - 16 - Atividades e Operações Perigosas
NR - 17 - Ergonomia
NR - 18 - Obras de Construção, Demolição, e Reparos
NR - 19 - Explosivos
NR - 20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis
NR - 21 - Trabalhos a Céu Aberto
NR - 22- Trabalhos Subterrâneos
NR - 23 - Proteção Contra Incêndios
NR - 24 - Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho
NR - 25 - Resíduos Industriais
NR - 26 - Sinalização de Segurança
NR - 27 - Registro de Profissionais
NR - 28 - Fiscalização e Penalidades

Art. 2º As alterações posteriores, decorrentes da experiência e necessidade, serão baixadas pela


Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho.

Art. 3º Ficam revogadas as Portarias MTIC 31, de 6-4-54; 34, de 8-4-54; 30, de 7-2-58; 73, de 2-5-59;
1, de 5-1-60; 49, de 8-4-60; Portarias MTPS 46, de 19-2-62; 133, de 30-4-62; 1.032, de 11-11-64; 607, de
20-10-65; 491, de 10-9-65; 608, de 20-10-65; Portarias MTb 3.442, 23-12-74; 3.460, 31-12-75; 3.456, de
3-8-77; Portarias DNSHT 16, de 21-6-66; 6, de 26-1-67; 26, de 26-9-67; 8, de 7-5-68; 9, de 9-5-68; 20, de
6-5-70; 13, de 26-6-72; 15, de 18-8-72; 18, de 2-7-74; Portaria SRT 7, de 18-3-76, e demais disposições
em contrário.

Art. 4º As dúvidas suscitadas e os casos omissos serão decididos pela Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho.

Art. 5º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

ARNALDO PRIETO

ATENÇÃO: OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!

Embora em 1978, através da Portaria nº 3.214, tenham sido aprovadas 28 (vinte e oito) Normas
Regulamentadoras relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, atualmente, são 36 (trinta e
seis) NRs aprovadas pelo o Ministério do Trabalho e Emprego.
Também ressaltamos que a NR 27 foi REVOGADA.

Portanto, as atuais normas regulamentadoras referentes à Segurança e Medicina do Trabalho são:

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Norma Regulamentadora Nº 01 – Disposições Gerais:
A NR-01 refere-se à disposição geral das NRs, nela é determinada que seja de observância obrigatória
pelas empresas privadas e públicas, pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como
pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação
das Leis do Trabalho – CLT.

Norma Regulamentadora Nº 02 – Inspeção Prévia:


A NR-02 define que todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar
aprovação de suas instalações ao órgão regional do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), que logo
após a inspeção prévia, é emitido o CAI (Certificado de Aprovação de Instalações).

Norma Regulamentadora Nº 03 – Embargo ou Interdição:


A norma regulamentadora Nº03 estabelece situações de emergência nas quais empresas se sujeitam
a paralisar totalmente ou parcialmente suas obras, considerando obra todo e qualquer serviço de
engenharia de construção, montagem, instalação, manutenção ou reforma.
Durante o embargo da obra, podem ser desenvolvidas atividades necessárias à correção da situação
apresentada, desde que seja adequado aos trabalhadores.
É importante ressaltar que esta norma define que durante a interdição da obra, os trabalhadores devem
receber os salários como se estivessem trabalhando.

Norma Regulamentadora Nº 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho – SESMT:
A NR-04 estabelece que empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e
indireta e os poderes Legislativos e Judiciários, que possuam empregados regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho – CLT, conforme o grau de risco de sua atividade principal e o seu número de
empregados, obrigatoriamente, deverá constituir o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança
e em Medicina do Trabalho – SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador no local de trabalho.
O dimensionamento do SESMT vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total
de empregados do estabelecimento, conforme previsto nos Quadros I e II da Norma Regulamentadora nº
04.

Norma Regulamentadora Nº 05 – NR-5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA:


A norma da CIPA estabelece que a formação da mesma deva ocorrer em qualquer empresa ou
instituição que podem admitir trabalhadores, além de empregados contratados com carteira assinada.
Empresas que possuem no mínimo 20 empregados são obrigadas a manter a CIPA.
A realização do treinamento da CIPA maximiza a conscientização de prevenção dos acidentes e das
doenças de trabalho, de modo a assegurar um local de trabalho apropriado para as funções que serão
exercidas.

Norma Regulamentadora Nº 06 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI:


A norma regulamentadora Nº6 define que a empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, os EPI adequados ao risco do trabalho, eles devem estar em perfeito estado de
conservação e funcionamento, a fim de resguardar a saúde, a segurança e a integridade física dos
trabalhadores.
Todo equipamento de proteção individual entregue ao empregado deve haver o CA (Certificado de
Aprovação) do MTE para que possa ser utilizado. Empresas fornecedoras do produto deverão ter registro
no Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho.

Norma Regulamentadora Nº 07 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional –


PCMSO:
Esta norma tem como objetivo promover e preservar a saúde dos trabalhadores. O programa
estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do mesmo, por parte dos empregadores,
que admitam trabalhadores como empregados, do PCMSO.
O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde
relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além de constatação da existência de casos
de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.
Avaliações e exames complementares são exigidos as empresas de acordo com o grau de risco do
trabalho exercido.

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Norma Regulamentadora Nº 08 – Edificações:
A norma regulamentadora Nº8 – item 8.1 – estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser
observados nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nela trabalhem.

Norma Regulamentadora Nº 09 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA:


O PPRA – item 9.1.1 – estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de
todos empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
A mesma visa à prevenção da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que
venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos
recursos naturais.

Norma Regulamentadora Nº 10 – NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade:


A norma regulamentadora 10 tem como objetivo estabelecer os requisitos e as condições mínimas de
execução de medidas de controle e sistemas preventivos, visando garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.
Somente poderá trabalhar em instalações elétricas os trabalhadores que possuírem treinamento
específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e das principais medidas de
prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo III da NR-10.
O treinamento ou certificado de NR-10 é válido somente por dois anos, sendo necessário
posteriormente fazer a reciclagem.

Norma Regulamentadora Nº 11 -Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de


Materiais:
Esta norma se aplica à implantação da segurança para operações de elevadores, guindastes,
transportadores industriais e máquinas transportadoras, a fim de garantir resistência, segurança e
conservação.

Norma Regulamentadora Nº 12 – NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos:


A norma regulamentadora Nº12 estabelece medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho
nas fases de projeto e utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos e ainda visa regularizar
a sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título.

Norma Regulamentadora Nº 13 – NR-13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações:


A norma regulamentadora nº 13 dispõe os requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de
caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de interligação nos aspectos relacionados à
instalação, inspeção, operação e manutenção, visando à segurança e à saúde dos trabalhadores.
O treinamento ou certificado desta norma tem validade de dois anos, sendo necessária a reciclagem
após o vencimento.

Norma Regulamentadora Nº 14 – Fornos:


Esta norma regulamentadora determina recomendações de utilização, instalação, manutenção e
construção de fornos industriais em ambientes de trabalho.

Norma Regulamentadora Nº 15 – Atividades e Operações Insalubres:


A NR-15 descreve as atividades, as operações e agentes insalubres, sendo eles qualquer tipo de
ambiente que possa vir a oferecer algum risco a saúde dos trabalhadores.

Norma Regulamentadora Nº 16 – Atividades e Operações Perigosas:


A norma regulamentadora nº16 regulamenta as atividades e operações legalmente consideradas
perigosas, estipulando as recomendações prevencionistas correspondentes.
Além disso, ela coloca que o exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao
trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
Todo trabalho considerado de risco está descrito no Anexo nº1 e no nº2 da NR-16.

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Norma Regulamentadora Nº 17 – Ergonomia:
Esta norma estabelece parâmetros de ergonomia a fim de garantir a saúde, segurança e conforto do
funcionário.
A LER (Lesões por esforço repetitivo) ou DORT (Distúrbio Osteomuscular) estão relacionadas são
termos designados para denominar conjuntos de doenças relacionados a movimentos repetitivos ou
esforço excessivo, que muitas vezes ocorrem pelo trabalho. É papel do setor de segurança do trabalho
estruturar um ambiente ergonomicamente apto para o desempenho das funções.

Norma Regulamentadora Nº 18 – NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria


da Construção:
Esta é destinada a estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização,
que objetivam a realização de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos,
nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.

Norma Regulamentadora Nº 19 – Explosivos:


Tem a função de determinar o parâmetro de depósito, manuseio e armazenagem de explosivos. Esta
é uma atividade de alto risco, portanto se faz necessário a NR-16.

Norma Regulamentadora Nº 20 – NR-20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e


Combustíveis:
Entende-se como “líquido combustível” como todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior
a 70ºC e inferior a 93,3ºC.
Esta norma estabelece as disposições regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e
transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a integridade física
dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho.
Norma Regulamentadora Nº 21 – Trabalho a Céu Aberto:
A NR-21 impõe a existência de abrigos, ainda que rústicos capazes de proteger os trabalhadores
contra intempéries, sendo eles quaisquer condições climáticas que estejam mais intensas; vento forte,
chuva torrencial, tempestade, furacão, seca, vendaval etc.

Norma Regulamentadora Nº 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração:


A NR-22 se responsabiliza pela disciplina dos preceitos a serem observados na organização e no
ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento da atividade
mineira com a busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores.
É importante ressaltar que cabe à empresa, ao Permissionário de Lavra Garimpeira elaborar e
implementar o programa de controle médico e saúde ocupacional –PCMSO, conforme estabelecido na
NR-07.

Norma Regulamentadora Nº 23 – Proteção Contra Incêndios:


Destaca as medidas de proteção contra incêndios, visando à prevenção da saúde e integridade física
dos trabalhadores e a mesma deve ser realizada em todas as empresas.

Norma Regulamentadora Nº 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho:


A NR-24 decreta condições sanitárias e de conforto em locais como instalações sanitárias, vestiários,
refeitórios, cozinhas, alojamentos e refeitórios.

Norma Regulamentadora Nº 25 – Resíduos Industriais:


Refere-se a medidas preventivas relacionadas a resíduos industriais no que diz respeito ao destino
final do mesmo.
A NR-25 destaca que é proibido o lançamento ou a liberação nos ambientes de trabalho de quaisquer
contaminantes gasosos sob a forma de matéria ou energia, direta ou indiretamente, de forma a serem
ultrapassados os limites de tolerância estabelecidos pela norma NR-15.

Norma Regulamentadora Nº 26 – Sinalização de Segurança:


A norma regulamentadora Nº26 tem como objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de
trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas,
identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases advertindo
contra riscos.

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Norma Regulamentadora Nº 27 – (Revogada pela Portaria GM n.º 262, 29/05/2008) – Registro
Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB:
Esta norma foi revogada.

Norma Regulamentadora Nº 28 – Fiscalização e Penalidades:


A norma regulamentadora nº 28 estabelece os critérios a serem adotados pela fiscalização do trabalho
quando da aplicação de penalidades pecuniárias (multas), critérios que devem ser aplicados durante a
visita do agente fiscal do trabalho (prazos, por exemplo) e a interdição de locais de trabalho ou
estabelecimentos.

Norma Regulamentadora Nº 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário:


Essa tem como objetivo regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, assim
como facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de
segurança e saúde aos trabalhadores portuários.

Norma Regulamentadora Nº 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário:


Esta norma se aplica a proteção e regulamentação das condições de segurança e saúde dos
trabalhadores aquaviários e que realizem trabalhos a bordo de embarcações.

Norma Regulamentadora Nº 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária


Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura:
A NR-31 tem como objetivo estabelecer os preceitos a serem observadas na organização e no
ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento de quaisquer
atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e
saúde e meio ambiente do trabalho.
Norma Regulamentadora Nº 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de
Saúde:
A norma regulamentadora Nº32 tem a finalidade de cuidar da saúde dos profissionais da área da
saúde, (não só os da área hospitalar, inclusive todos os que estão no Ensino e Pesquisa.)
Nesta norma, a responsabilidade é “solidária”, ou seja, é compartilhada entre o empregador e o
empregado e é neste ponto que entra as Comissões Institucionais.

Norma Regulamentadora Nº 33 – NR-33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços


Confinados:
A NR-33 tem como objetivo definir o reconhecimento de espaços confinados, assim como a avaliação,
monitoramento e controle de riscos que ali pode haver.
Entende-se espaço confinado qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana
contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

Norma Regulamentadora Nº 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção e Reparação Naval:
Tem como finalidade estabelecer requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde
e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval.

Norma Regulamentadora Nº 35 – NR-35 – Trabalho em Altura:


A norma regulamentadora nº 35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o
trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

Norma Regulamentadora n.º 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e


Processamento de Carnes e Derivados:
Esta tem objetivo de estabelecer requisitos mínimos para avaliação, controle e monitoramento dos
riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e
derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir a saúde e segurança do trabalhador.

Conforme consolida-se a evolução dos meios de trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego busca
estabelecer o desenvolvimento e a atualização das normas regulamentadoras, com objetivo da

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preservação à saúde e a integridade dos trabalhadores, tal como a proteção do meio ambiente e dos
recursos naturais.

As Normas Regulamentadores na íntegra e atualizadas estão dispostas no site oficial do


Ministério do Trabalho e Emprego.
Segue abaixo o endereço eletrônico:
Disponível em:
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras.

Questões

01. (TRT/9R – Analista Judiciário – FCC/2015). Segundo as normas de segurança e medicina do


trabalho,
(A) são consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza, métodos de trabalho e tempo de
exposição, impliquem risco acentuado à vida do empregado.
(B) é devido adicional de periculosidade ao empregado exposto a roubos ou outras espécies de
violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial, não sendo permitido
desconto ou compensação de outros adicionais já concedidos ao vigilante por meio e acordo coletivo.
(C) os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho,
quando perigosos ou nocivos à saúde, devem ser acondicionados em embalagem lacrada, feita de
material próprio, de acordo com a padronização internacional.
(D) os representantes dos empregados na CIPA, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio
secreto, do qual participem exclusivamente os empregados sindicalizados.
(E) o trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o
salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

02. (TRT/3R – Técnico Judiciário – FCC/2015). A respeito das normas que tratam de segurança e
medicina do trabalho, é INCORRETO afirmar que
(A) é obrigação e por conta do empregador, conforme atividades desenvolvidas e instruções do
Ministério do Trabalho, a exigência de exames médicos admissional, periódicos e demissional.
(B) os equipamentos de proteção individual, adequados ao risco e em perfeito estado de conservação,
serão fornecidos pelo empregador, com o devido desconto em folha do empregado, uma vez que se trata
de ferramenta de trabalho.
(C) no tocante às edificações, para que garantam perfeita segurança aos trabalhadores deverão ter,
no mínimo, três metros de pé-direito, assim considerada a altura livre do piso ao teto.
(D) o trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância do trabalhador, conforme
normas do Ministério do Trabalho e Laudo Técnico, assegura a percepção do respectivo adicional de
acordo com sua classificação em grau mínimo, médio ou máximo.
(E) o adicional de periculosidade será devido aos trabalhadores expostos na forma da regulamentação
em vigor sobre a matéria a agentes inflamáveis, explosivos, energia elétrica e o uso de motocicleta, sendo
necessária, nesta última, a sua inclusão nos quadros das atividades do Ministério do Trabalho para
percepção do respectivo adicional.

Respostas

01. Resposta: E.
CERTO: Art. 193 § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um
adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações,
prêmios ou participações nos lucros da empresa.

02. Resposta: B.
Art. 166. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção
individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as
medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde
dos empregados.

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Noções sobre manuseio e utilização de equipamentos de proteção.

Candidato(a), sobre o manuseio e utilização de equipamentos de proteção, informamos que é


relevante tratar de EPI e EPC, entretanto, o edital já havia solicitado anteriormente esse assunto,
logo ele já foi abordado anteriormente em “Noções básicas sobre EPI (Equipamentos de Proteção
Individual). Portanto, focaremos no EPC, a seguir.

EPC (Equipamento de Proteção Coletiva)


Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são equipamentos utilizados para proteção de segurança
enquanto um grupo de pessoas realiza determinada tarefa ou atividade. Como o próprio nome diz, os
equipamentos de proteção coletiva (EPC) dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os
trabalhadores expostos a determinado risco.
Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas finalidades. Este tem maior
preferência pela utilização do EPI, uma vez que colabora no processo otimizando os efeitos negativos de
um ambiente de trabalho que apresenta diversos riscos ao trabalhador.
Portanto o EPI será obrigatório somente se o EPC não for suficiente para atenuar os riscos
completamente, ou se oferecer apenas proteção parcial.
Devem ser construídos com materiais de qualidade e instalados nos locais necessários tão logo se
detecte o risco.

Os equipamentos de proteção coletiva protege todos ao mesmo tempo, pois todos observam,
usam ou são beneficiados. São exemplos de equipamentos de proteção coletiva:
- Enclausuramento acústico de fontes de ruído;
- Ventilação dos locais de trabalho;
- Proteção de partes móveis de máquinas;
- Exaustores para gases e vapores;
- Tela / grade para proteção de polias, peças ou engrenagens móveis;
- Ar-condicionado/aquecedor para locais frios;
- Placas sinalizadoras;
- Avisos, Sinalizações;
- Sensores de máquinas;
- Corrimão;
- Fitas antiderrapantes de degrau de escada;
- Iluminação;
- Rampas;
- Barreiras de proteção (exemplo: tapume).
- Piso antiderrapante;
- Barreiras de proteção contra luminosidade e radiação;
- Protetores de maquinas;
- Sirene de alarme incêndio;
- Cabines para pintura;
- Purificadores de ar/água;
- Chuveiro e lava olhos de emergência;
- Extintores de incêndio;
- Cortinas para cabines de solda;
- Passarelas

Importância do EPC
Com a utilização do EPI a empresa poderá ou neutralizar o nível do ruído já que, com a utilização
adequada do equipamento, o dano que o ruído poderia causar à audição do empregado será eliminado.
Entretanto, é importante ressaltar que não basta o fornecimento do EPI ao empregado por parte do
empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o empregado de modo a garantir que o equipamento seja
utilizado.

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Fornecimento dos EPI’s pelos empregadores
Conforme dispõe a Norma Regulamentadora 69, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
c) para atender a situações de emergência.

Dentre as atribuições exigidas pela NR-6, cabe ao empregador as seguintes obrigações:


- Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
- Exigir seu uso;
- Fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão, nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
- Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
- Substituir imediatamente o EPI, quando danificado ou extraviado;
- Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e
- Comunicar o MTE qualquer irregularidade observada;

O empregado também terá que observar as seguintes obrigações:


- Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
- Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
- Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso; e
- Cumprir as determinações do empregador sob o uso pessoal;

Os Equipamentos de Proteção Individual além de essenciais à proteção do trabalhador, visando a


manutenção de sua saúde física e proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças
profissionais e do trabalho, podem também proporcionar a redução de custos ao empregador.
É o caso de empresas que desenvolvem atividades insalubres e que o nível de ruído, por exemplo,
está acima dos limites de tolerância previstos na NR-15. Neste caso, a empresa deveria pagar o adicional
de insalubridade de acordo com o grau de enquadramento, podendo ser de 10%, 20% ou 40%.
Com a utilização do EPI a empresa poderá eliminar ou neutralizar o nível do ruído já que, com a
utilização adequada do equipamento, o dano que o ruído poderia causar à audição do empregado será
eliminado.
A eliminação do ruído ou a neutralização em nível abaixo do limite de tolerância isenta a empresa do
pagamento do adicional, além de evitar quaisquer possibilidades futuras de pagamento de indenização
de danos morais ou materiais em função da falta de utilização do EPI.
Entretanto, é importante ressaltar que não basta o fornecimento do EPI ao empregado por parte do
empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o empregado de modo a garantir que o equipamento esteja
sendo utilizado.
São muitos os casos de empregados que, com desculpas de que não se acostumam ou que o EPI o
incomoda no exercício da função, deixam de utilizá-lo e consequentemente, passam a sofrer as
consequências de um ambiente de trabalho insalubre.
Nestes casos o empregador deve utilizar-se de seu poder diretivo e obrigar o empregado a utilizar o
equipamento, sob pena de advertência e suspensão num primeiro momento e, havendo reincidências,
sofrer punições mais severas como demissão.
Para a Justiça do Trabalho o fato de comprovar que o empregado recebeu o equipamento (por meio
de ficha de entrega de EPI), por exemplo, não exime o empregador do pagamento de uma eventual
indenização, pois a norma estabelece que o empregador deva garantir o seu uso, o que se faz através
de fiscalização e de medidas coercitivas, se for o caso.

9
NR- 6 Norma Regulamentadora sobre o Equipamento de Proteção Individual – EPI. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812
DC56F8F012DCDAD35721F50/NR-06%20(atualizada)%202010.pdf.

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Noções de Primeiros Socorros.

Noções de Primeiros Socorros

Os Primeiros Socorros, são realizados por pessoas leigas, ou seja, aquelas que não possuem
conhecimento profissional para prestar socorro à vítima, até que seja possível uma assistência médica
efetiva. Evidentemente, estes socorros limitam-se a medidas mínimas que proporcionam à vítima,
rapidamente, uma situação que possa livrá-la de um agravamento do seu estado ou mesmo da morte
imediata, por asfixia, hemorragia ou choque, por exemplo.
Tais medidas se resumem em: retirar a vítima do local; mantê-la em posição adequada, de preferência
em decúbito dorsal; identificar as lesões; adotar medidas de urgência; e transportar o paciente, se houver
condições para isso.
Assim, em linhas gerais, pode-se definir os primeiros socorros como o cuidado imediato a alguém
ferido ou doente, com a finalidade de: preservar a vida, e promover a recuperação ou prevenir que o caso
piore. Portanto, trata-se de uma atenção rápida, imediata a uma pessoa que está em perigo de vida,
realizando tais cuidados para manter as suas funções vitais e reduzindo seus agravos até que a vítima
receba atendimento de emergência adequado.

Atendimento a acidentes de trânsito

Sinalização do Local do Acidente

Os acidentes acontecem nas ruas e estradas, impedindo ou dificultando a passagem normal dos outros
veículos. Por isso, esteja certo de que situações de perigo vão ocorrer (novos acidentes ou
atropelamentos), se você demorar muito ou não sinalizar o local de forma adequada. Algumas regras são
fundamentais para você fazer a sinalização do acidente:

O que fazer primeiro


Normalmente, em um lugar de acidente, há cenas de sofrimento, nervosismo e pânico, além de
situações que exigem providências imediatas. Independentemente da gravidade da situação, devemos
agir com calma e frieza:
- Sinalize o local a fim de evitar outro acidente;
- Acione o socorro especializado;
- Não movimente a vítima;
- Se a vítima estiver consciente, converse calmamente com ela transmitindo alívio e segurança,
informando que o socorro já está a caminho e convencendo-a a não se mover;
- Acione novamente o socorro em caso de demora, mas não ofereça nada para vítima engolir. Nem
remédios e nem qualquer tipo de líquido;
- Se a vítima estiver inconsciente, mantenha sua boca aberta e seu nariz desobstruído;
- Com a vítima consciente ou inconsciente, procure por sinais de sangramento, começando na cabeça
e descendo até os pés (sem esquecer os braços). Caso encontre algum sangramento, afaste as roupas
da região e comprima o local com um pano de forma moderada e firme;
- Peça e aceite a colaboração de outras pessoas, deixando a liderança para quem tiver mais
experiência, conhecimento, frieza e calma.

Atenção! Os passos principais de Primeiros Socorros:


1) Garanta a segurança – sinalize o local;
2) Peça socorro – acione o socorro especializado;
3) Controle a situação – mantenha a calma;
4) Verifique a situação – localize, proteja e examine as vítimas.

Procedimentos a serem adotados em caso de acidentes

Parada e Estacionamento
Estacione seu carro a mais ou menos 30 metros do local do acidente, use o triângulo, pisca-alerta,
lanternas, entre outros.

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Sinalização do local
Use também para sinalizar o local do acidente os mesmos materiais descritos acima. Inicie a
sinalização em um ponto em que os motoristas ainda não possam ver o acidente.

Distância do acidente para início da sinalização


Tipo da via Distância
Vias locais 40 passos longos
Avenidas 60 passos longos
Vias de trânsito rápido 80 passos longos
Rodovias 100 passos longos
Obs.: Em caso de chuva, neblina, fumaça ou à noite, dobre os números de passos.

Não adianta ver o acidente quando já não há tempo suficiente para parar ou diminuir a velocidade. No
caso de vias de fluxo rápido, com veículos ou obstáculos na pista, é preciso alertar os motoristas antes
que eles percebam o acidente. Assim, vai dar tempo para reduzir a velocidade, concentrar a atenção e
desviar. Então não se esqueça que a sinalização deve começar antes do local do acidente ser visível.
Nem é preciso dizer que a sinalização deverá ser feita antes da visualização nos dois sentidos (ida e
volta) nos casos em que o acidente interferir no tráfego das duas mãos de direção.

Demarque todo o desvio do tráfego até o acidente


Não é só a sinalização que deve se iniciar bem antes do acidente. É necessário que todo o trecho, do
início da sinalização até o acidente, seja demarcado, indicando quando houver desvio de direção. Se isso
não puder ser feito de forma completa, faça o melhor que puder, aguardando as equipes de socorro, que
deverão completar a sinalização e os desvios.

Mantenha o tráfego fluindo


Outro objetivo importante na sinalização é manter a fluidez do tráfego, isto é, apesar do afunilamento
provocado pelo acidente, deve sempre ser mantida uma via segura para os veículos passarem. Faça isso
por duas razões: se ocorrer uma parada no tráfego, o congestionamento, ao surgir repentinamente, pode
provocar novas colisões. Além disso, não se esqueça que, com o trânsito parado, as viaturas de socorro
vão demorar mais a chegar. Para manter o tráfego fluindo, tome as seguintes providências:
- Mantenha, dentro do possível, as vias livres para o tráfego fluir;
- Coloque pessoas ao longo do trecho sinalizado para cuidarem da fluidez;
- Não permita que curiosos parem na via destinada ao tráfego.

Acionamento de recursos
Quanto mais cedo chegar um socorro profissional, melhor para as vítimas de um acidente. Solicite um,
o mais rápido possível.
Hoje, em grande parte do Brasil, nós podemos contar com serviços de atendimento às emergências.
O chamado Resgate, ligado aos Corpos de Bombeiros, os SAMUs, os atendimentos das próprias
rodovias ou outros tipos de socorro, recebem chamados por telefone, fazem uma triagem prévia e enviam
equipes treinadas em ambulâncias equipadas. No próprio local, após uma primeira avaliação, os feridos
são atendidos emergencialmente para, em seguida, serem transferidos aos hospitais.
São serviços gratuitos, que têm, em muitos casos, números de telefone padronizados em todo o Brasil.
Use o seu celular, o de outra pessoa, os telefones dos acostamentos das rodovias, os telefones públicos
ou peça para alguém que esteja passando pelo local que vá até um telefone ou um posto rodoviário e
acione rapidamente o Socorro.

Verificação das condições gerais da vítima; cuidados com a vítima (o que não fazer)
Toda pessoa que for realizar o atendimento pré-hospitalar (APH), mais conhecido como primeiros
socorros, deve antes de tudo, atentar para a sua própria segurança. O impulso de ajudar a outras
pessoas, não justifica a tomada de atitudes inconsequentes, que acabem transformando-o em mais uma
vítima. A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom atendimento de APH (primeiros
socorros). Para tanto, evite que a vítima seja exposta desnecessariamente e mantenha o devido sigilo
sobre as informações pessoais que ela lhe revele durante o atendimento.

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Quando se está lidando com vidas, o tempo é um fator que não deve ser desprezado em hipótese
alguma. A demora na prestação do atendimento pode definir a vida ou a morte da vítima, assim como
procedimentos inadequados. Importante lembrar que um ser humano pode passar até três semanas sem
comida, uma semana sem água, porém, pouco provável, que sobreviva mais que cinco minutos sem
oxigênio.

As fases do socorro:

1º Avaliação da cena: a primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que
possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos primeiros socorros. Se houver algum perigo em
potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro especializado. Nesta fase, verifica-se também a
provável causa do acidente, o número de vítimas e a provável gravidade delas e todas as outras
informações que possam ser úteis para a notificação do acidente, bem como a utilização dos
equipamentos de proteção individual (EPI - luvas, máscaras, óculos, capote, etc) e solicitação de auxílio
a serviços especializados como: Corpo de Bombeiros (193), SAMU (192), Polícia Militar (190), polícia
Civil (147), Defesa Civil (363 1350), CEB (0800610196), Cruz Vermelha, etc.
Nesta fase o prestador de socorro deve atentar-se para:
Avaliar a situação:
- Inteirar-se do ocorrido com tranquilidade e rapidez;
- Verificar os riscos para si próprio, para a vítima e terceiros;
- Criar um rápido plano de ação para administrar os recursos materiais e humanos visando garantir a
eficiência do atendimento.

Manter a segurança da área:


- Proteger a vítima do perigo mantendo a segurança da cena;
- Não tentar fazer sozinho mais do que o possível.

Chamar por socorro especializado: Assegurar-se que a ajuda especializada foi providenciada e está
a caminho.

2º Avaliação Inicial: fase de identificação e correção imediata dos problemas que ameaçam a vida a
curto prazo, sendo eles:
- Vias aéreas - Estão desobstruídas? Existe lesão da cervical?
- Respiração - Está adequada?
- Circulação - Existe pulso palpável? Há hemorragias graves?
- Nível de Consciência - AVDI.

Pelo histórico do acidente deve-se observar indícios que possam ajudar ao prestador de socorro
classificar a vítima como clínica ou traumática.
Vítima Clínica: apresenta sinais e sintomas de disfunções com natureza fisiológica, como doenças,
etc.
Vítima de Trauma: apresenta sinais e sintomas de natureza traumática, como possíveis fraturas.
Devemos nesses casos atentar para a imobilização e estabilização da região suspeita de lesão.

3º Avaliação Dirigida: Esta fase visa obter os componentes necessários para que se possa tomar a
decisão correta sobre os cuidados que devem ser aplicados na vítima.
- Entrevista rápida - SAMPLE;
- Exame rápido;
- Aferição dos Sinais vitais - TPRPA.

SAMPLE:
S - sinais e sintomas;
A - alergias;
M - medicações;
P - passado médico;
L - líquidos e alimentos;
E - eventos relacionados com o trauma ou doença.
O que o prestador de socorro deve observar ao avaliar o pulso e a respiração.

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Pulso:
Frequência: É aferida em batimentos por minuto, podendo ser normal, lenta ou rápida.
Ritmo: É verificado através do intervalo entre um batimento e outro. Pode ser regular ou irregular.
Intensidade: É avaliada através da força da pulsação. Pode ser cheio (quando o pulso é forte) ou fino
(quando o pulso é fraco).

Respiração:
Frequência: É aferida em respirações por minuto, podendo ser: normal, lenta ou rápida.
Ritmo: É verificado através do intervalo entre uma respiração e outra, podendo ser regular ou irregular.
Profundidade: Deve-se verificar se a respiração é profunda ou superficial.

Sinais Vitais (TPRPA)


Pulso Respiração
Temperatura
Fria Adulto 60 a 100 bpm Adulto 12 a 20 ipm
Normal Criança 80 a 120 bpm Criança 20 a 30 ipm
Quente Bebê 100 a 160 bpm Bebê 30 a 60 ipm

Pressão Arterial
VN <130mmHg sistólica e <80mmHg diastólica
- estenda o braço da vítima com a mão em supinação;
- enrole o manguito vazio no ponto médio do braço;
- feche a válvula perto da pera;
- apalpe a artéria braquial;
- bombeie o manguito até cessar o pulso;
- coloque o estetoscópio encima do local do pulso braquial;
- libere o ar vagarosamente até ouvir o 1º som de “korotkoff”;
- observe no mostrador os mmHg no momento do 1º som (sístole);
- continue esvaziando até para o som de “korotkoff”;
- observe no mostrador os mmHg no último som (diástole);
- continue esvaziando totalmente o manguito;
- anote os valores da PA e a hora, ex: 130x80 mmHg 10:55 h.

4º Avaliação Física Detalhada: nesta fase examina-se da cabeça aos pés da vítima, procurando
identificar lesões.
Durante a inspeção dos membros inferiores e superiores deve-se avaliar o Pulso, Perfusão,
Sensibilidade e a Motricidade (PPSM)

5º Estabilização e Transporte: nesta fase finaliza-se o exame da vítima, avalia-se a região dorsal,
prevenir-se o estado de choque e prepara-se para o transporte.

6º Avaliação Continuada: nesta fase, verificam-se periodicamente os sinais vitais e mantém-se uma
constante observação do aspecto geral da vítima.
Reavaliar vítimas - Críticas e Instáveis a cada 3 minutos;
Reavaliar vítimas - Potencialmente Instáveis e Estáveis a cada 10 minutos.
Críticas: PCR e parada respiratória.
Instáveis: hemorragias III e IV, estado de choque, queimaduras, etc.
Potencialmente Instáveis: hemorragias II, fraturas, luxações, queimaduras, etc.
Estáveis: hemorragias I, entorses, contusões, cãibras, distensões, etc.

SEQUÊNCIA DAS FASES DO SOCORRO


AVALIAÇÃO DA CENA
01 - Segurança da cena;
02 - Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
03 - Solicitação de Recursos Adicionais (CBM, CVB, PM, PC, CEB, etc.)
AVALIAÇÃO INICIAL
04 - Impressão geral da vítima (clínica ou trauma);
05 - Nível de consciência: Alerta, Verbaliza, Doloroso ou Inconsciente - AVDI;
06 - Abrir vias aéreas sem comprometer a coluna cervical;

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07 - Avaliar a respiração: Ver, Ouvir e Sentir - VOS;
08 - Avaliar circulação: presença de pulso carotídeo;
09 - Pesquisar e controlar hemorragias;
10 - Classificar o CIPE - Crítico, Instável, Potencialmente Instável ou Estável;
11 - Inspecionar, mensurar e colocar o colar cervical.
AVALIAÇÃO DIRIGIDA
12 - Entrevista rápida - SAMPLE;
13 - Exame rápido - limitado a uma lesão grave aparente;
14 - Sinais vitais: Temperatura, Pulso, Respiração e Pressão Arterial - TPRPA
AVALIAÇÃO FÍSICA DETALHADA
15 - Inspecionar e apalpar a cabeça (fronte, crânio e orelhas);
16 - Inspecionar e apalpar a face (olhos e mandíbula);
17 - Inspecionar e apalpar os ombros, clavícula e tórax;
18 - Inspecionar e apalpar os quatro quadrantes abdominais;
19 - Inspecionar e apalpar a região pélvica e genitália;
20 - Inspecionar e apalpar os membros inferiores (PPSM)
21 - Inspecionar e apalpar os membros superiores (PPSM)
ESTABILIZAÇÃO E TRANSPORTE
22 - Realizar o rolamento avaliando a região dorsal;
23 - Identificar e prevenir o estado de choque;
24 - Transporte (preferencialmente pelo serviço especializado)
AVALIAÇÃO CONTINUADA
25 - Reavaliar vítimas - Críticas e instáveis a cada 3 minutos;
26 - Reavaliar vítimas - Potencialmente instáveis e estáveis a cada 10 minutos

Sinais Vitais

Os sinais vitais dão informações importantes sobre funções básicas do corpo. As alterações da função
corporal geralmente se refletem na temperatura do corpo, na pulsação, na respiração e na pressão
arterial, podendo indicar enfermidade.
Os sinais vitais (SSVV) refere-se a: temperatura (T), o pulso ou batimentos cardíacos (P ou BC), a
respiração (R) e a pressão ou tensão arterial (PA ou TA).
Pela importância de cada um dos sinais vitais, sua verificação e anotação devem ser bem exatas.

Materiais necessários:

Relógio com ponteiro de segundos;

Bandeja contendo:
- Termômetro;
- Esfigmomanômetro e estetoscópio;
- Recipiente com algodão embebido com álcool a 70% (umedecer só o necessário para uso imediato);
- Saco plástico ou cuba rim;
- Caneta;
- Papel ou bloco de anotação;
- Acessórios para temperatura retal:
- termômetro retal;
- Luva de procedimento.
- Sugestão: escrever previamente no papel o nome e o número do leito de cada paciente para organizar
as anotações.

Temperatura
A temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo, mediado, pelo
centro termorregulador.
Pode ser verificada na região axilar, inguinal, buçalou oral e retal.
A axilar é a mais comumente verificada (embora menos fidedigna) e o seu valor normal varia no adulto
entre 36 e 37 °C. A oral e retal, normalmente, são de 2 a 6 décimos mais elevadas que a axilar.

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- Terminologia básica:
- Afebril: temperatura corporal normal: varia entre 36° C a 37° C;
- Temperatura corporal levemente alterada ou febrícula: varia entre 37° C a 37,9° C;
- Febre ou pirexia: aumento patológico da temperatura corporal: varia entre 38° C a 39° C;
- Hipertermia ou hiperpirexia: elevação da temperatura do corpo ou de uma parte do corpo acima do
valor normal: varia entre 39° C a 41° C;
- Hipotermia ou hipopirexia: redução da temperatura do corpo ou de uma parte do corpo abaixo do
valor normal: temperatura abaixo de 35,8° C.

Temperatura axilar
- Lavar as mãos;
- Explicar ao paciente o que vai ser feito;
- Fazer desinfecção do termômetro com o algodão embebido em álcool a 70% e certificar-se que a
coluna de mercúrio está a baixo de 35º C;
- Enxugar a axila com a roupa do paciente (a unidade abaixa a temperatura da pele, não dando a
temperatura real do corpo);
- Colocar o termômetro com reservatório de mercúrio no côncavo da axila, de maneira que o bulbo
fique em contato direto com a pele;
- Pedir o paciente para comprimir o braço em encontro ao corpo, colocando a mão no ombro oposto;
- Após 5 minutos, retirar o termômetro, ler e anotar a temperatura.
- Fazer desinfecção do termômetro em algodão embebido em álcool a 70% e sacudi-lo
cuidadosamente até que a coluna de mercúrio desça abaixo de 35º C (usar movimentos circulares = força
centrífuga);
- Lavar as mãos.

- Contraindicações:
- Furunculose axilar, pessoas muito fracas ou magras.
- Observação: Não deixar o paciente sozinho com o termômetro.

Temperatura inguinal
- O método é o mesmo, variando apenas o local: o termômetro é colocado na região inguinal;
- É mais comumente verificada nos recém-nascidos. Neste caso, manter a coxa flexionada sobre o
abdome.

Temperatura bucal
- Lavar as mãos;
- Explicar ao paciente o que vai ser feito;
- Colocar o termômetro sob a língua do paciente, recomendando que o conserve na posição, mantendo
a boca fechada por 7 minutos;
- Retirar o termômetro, limpar com algodão, ler a temperatura e anotá-la, escrevendo a letra B para
indicar o local onde foi verificado;
- Fazer o mercúrio descer e levar o termômetro com água e sabão antes de guardá-lo.
- Observação:
- O termômetro apropriado (longo e chato) propicia mais segurança e rapidez de aquecimento;
- Não verificar temperatura bucal de paciente em delírio, inconsciente, que estejam com lesões na
boca, problemas nas vias respiratórias;
- É contraindicado a verificação de temperatura bucal logo após a ingestão de alimentos gelados ou
quentes. Também não se deve verificar a temperatura bucal em crianças e doentes mentais.
- O termômetro deve ser individual.

Temperatura retal
- Lavar as mãos;
- Calçar as luvas;
- Colocar o paciente em decúbito lateral;
- Lubrificar o termômetro com vaselina ou óleo ou soro fisiológico, se necessário, e introduzir 2 cm
pelo ânus;
- Retirar o termômetro depois de 7 minutos e ler a temperatura;
- Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70%;
- Fazer o mercúrio descer e lavar o termômetro com água e sabão;

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- Retirar as luvas;
- Lavar as mãos;
- Anotar a temperatura escrevendo a letra "R" para indicar o local onde foi verificado;
- Observação:
- Este processo é mais usado nas maternidades e serviços de pediatria, devendo cada criança ter um
termômetro individual, de tipo apropriado, isto é, com o reservatório de mercúrio curto, arredondado e de
vidro mais grosso. É indicado também para pacientes adultos em estado grave ou inconscientes;
- Em se tratando de criança, segurar-lhe as pernas para evitar que se debata enquanto está sendo
verificada a temperatura.
- É contraindicado verificar a temperatura retal em caso de inflamação, obstrução ou alteração do reto.

Pulso
É a onda de expansão e contração das artérias, resultante dos batimentos cardíacos. Na palpação do
pulso, verifica-se frequência, ritmo e tensão. Determinamos fatores que podem provocar alterações no
pulso como emoções, exercícios físicos, alimentares, drogas, etc.
A frequência é a contagem em 1 minuto dos batimentos cardíacos.
O ritmo podemos avaliar:
Regular ou Rítmico: Batimentos uniformes;
Irregular ou Arrítmico: Não são uniformes (p.ex. Dicrótico: sensação de ser dividida em dois.

Tensão ou Volume podemos avaliar:


Pulso Amplo e cheio: contrações cardíacas fortes;
Pulso Filiforme: contrações cardíacas fracas – fino.
As artérias mais comumente utilizadas para verificar o pulso: radial, carótida, temporal, femoral,
poplítea, pediosa.

Terminologia básica:
- Normocardia: Frequência normal;
- Taquicardia: frequência acima do normal;
- Bradicardia: frequência abaixo normal;
- Taquisfigmia: Pulso fino e taquicárdico;
-Brafisfigmia: Pulso fino e bradicárdico.

Valores de Referência:
- Recém-nascidos: 120 a 140 bpm;
- Lactente: 125 a 130 bpm;
- Adolescência: 80 a 100 bpm;
- Adulto: 60 a 80 bpm (mulher: 65 a 80; homens 60 a 70).

Técnica:
- Lavar as mãos,
- Explicar ao paciente o que vai ser feito;
- Manter o paciente confortável (deitado ou sentado). O braço apoiado na cama, mesa ou colo e com
a palma voltada para baixo;
- Colocar os dedos indicador, médio e anular sobre a artéria, fazendo leve pressão, suficiente para
sentir a pulsação.
- Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem.
- Contar os batimentos durante 1 minuto.
- Se necessário, repetir a contagem.
- Anotar no papel.
- Lavar as mãos.
- Observação:
- Não usar o polegar para verificar o pulso, pois a própria pulsação pode ser confundida com a pulsação
do paciente;
- Aquecer as mãos para verificar o pulso;
- Em caso de dúvida, repetir a contagem;
- Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir os batimentos do pulso.

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Respiração
É o ato de inspirar e expirar promovendo a hematose (troca de gases de CO2 – O2) entre o organismo
e o ambiente.
O controle da respiração compreende a verificação da frequência e outras características como ritmo
e profundidade.
Como a respiração, em certo grau, está sujeito ao controle involuntário, deve ser contada sem que o
paciente perceba: observar a respiração procedendo como se estivesse verificando o pulso.

Valores de Referência:
- Recém-nascidos: 30 a 40 por minuto.
- Adulto: 14 a 20 por minuto (mulher: 18 a 20; homens: 15 a 20)

Terminologia básica:
- Eupneia: Frequência respiratória dentro da normalidade;
- Taquipneia ou polipneia: Frequência respiratória acima da normalidade;
- Bradipneia: Frequência respiratória abaixo da normalidade;
- Apneia: parada da respiração. Pode ser instantânea ou transitória, prolongada, intermitente ou
definitiva, podendo levar à uma parada respiratória;
- Ortopneia: respiração facilitada em posição vertical;
- Respiração ruidosa, estertorosa: respiração com ruídos semelhantes a "cachoeira";
- Respiração laboriosa: respiração difícil, envolve músculos acessórios;
- Respiração sibilante: com sons que se assemelham a assovios;
- Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que aumenta e diminui, com período de apneia;
- Respiração de Kussmaul: inspiração profunda, seguida de apneia e expiração suspirante.
Característica de acidose metabólica (diabética) e coma;
- Dispneia: dor ou dificuldade ao respirar (falta de ar).

Técnica:
- Deitar o paciente ou sentar confortavelmente.
- Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os 2 movimentos (inspiração e
expiração) somam um movimento respiratório.
- Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação.
- Contar durante 1 minuto.
- Anotar no papel.
- Lavar a mão.
- Observação:
- Não permitir que o paciente fale,
- Não contar a respiração logo após esforços do paciente.

Pressão arterial
É a medida da pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias.
A pressão (PA) ou tensão arterial (TA) depende da força de contração do coração, da quantidade de
sangue circulante e da resistência dos vasos.

Pressão Sistólica: traduz a energia do coração.


Pressão Diastólica: espelha a resistência oferecida pelos vasos periféricos.

A pressão sistólica é a maior força exercida pelo batimento cardíaco e a diastólica, a menor. A pressão
sistólica representa a intensidade da contração ventricular e a diastólica, o grau da resistência periférica.
A pressão arterial depende do:
-Débito cardíaco: que representa a quantidade de sangue ejetado do ventrículo esquerdo em um
minuto. Decorre do bom funcionamento da bomba cardíaca.
-Resistência Vascular Periférica: determinada pelo calibre, pela elasticidade dos vasos e pela
viscosidade sanguínea. Traduz uma força que se opõe ao fluxo sanguíneo.

A pulsação ventricular ocorre em intervalos regulares.


A PA é medida em mmHg (milímetros de mercúrio).
Difícil definir exatamente o que é pressão arterial normal. Fatores constitutivos e ambientais interferem
na PA como alimentação, medo, ansiedade, exercícios, dor, estimulantes, idade, convulsões,

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arteriosclerose, exoftalmia, etc. Como também a diminuição da PA sendo o repouso, depressão, jejum,
hemorragia, choque, anemia perniciosa (falta de vitamina B 12), etc.

Valores Normais:
- Pressão Sistólica: de ≥90 a ≤140 mmHg;
- Pressão Diastólica: de ≥60 a ≤90 mmHg;
- Média 120/70 mmHg. (Com variações, não sendo exatamente uma média padrão).

Terminologia básica:
-Hipertensão: PA acima da média (mais de 150/90);
-Hipotensão: PA inferior à média (menos de 80/50);
-Pressão Convergente: quando a máxima e a mínima se aproximam. Exemplo: 120/95;
-Pressão Divergente: quando a máxima e a mínima se distanciam. Exemplo: 120/40.

Técnica para verificação da Pressão Arterial – Condições padronizadas para a medida da


pressão arterial
- Lavar as mãos;
- Preparar o material;
- Promover a desinfecção das olivas e diafragma do estetoscópio com álcool a 70%;
- Explicar ao paciente o que ser feito; o paciente deve estar sentado, com o braço apoiado e à altura
do precórdio (coração); aferir após cinco minutos de repouso; o paciente deve evitar o uso de cigarro e
de bebidas com cafeína nos 30 minutos precedentes.
- Colocar o paciente em condição confortável, com antebraço apoiado e a palma da mão para cima,
- Expor o membro superior do paciente;
- Colocar o manguito (esfigmomanômetro) 5 cm (dois dedos) acima da fossa cubital, na face interna
do braço prendendo-o de modo a não comprimir nem soltar; a câmara inflável deve cobrir pelo menos
dois terços da circunferência do braço;
- Localizar com os dedos a artéria braquial acima da fossa cubital;
- Colocar o estetoscópio no ouvido e segurar o diafragma do estetoscópio sobre a artéria, evitando
uma pressão muito forte;
- Palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 30 mmHg acima do valor em que o pulso deixar de ser
sentido; desinflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg);
- A pressão sistólica corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos os ruídos de Korotkoff
(fase I); a pressão diastólica corresponde ao desaparecimento dos batimentos (fase V)
- Registrar valores com intervalos de 2 mmHg, evitando-se arredondamentos (Exemplo: 135/85
mmHg);
- A média de duas aferições deve ser considerada como a pressão arterial do dia; se os valores
observados diferirem em mais de 5 mmHg, aferir novamente; na primeira vez, aferir a pressão nos dois
braços; se discrepantes, considerar o valor mais alto; nas vezes subsequentes, aferir no mesmo braço (o
esquerdo de preferência).
- Retirar todo o ar do manguito. Repetir a operação se for necessário;
- Remover o manguito e deixar o paciente confortável;
- Promover a desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio com álcool a 70%;
- Anotar na ficha de controle;
- Lavar as mãos.

Medidas antropométricas - Adulto

É a verificação do peso corporal, de altura e circunferência abdominal. Seu objetivo é acompanhar o


ganho e perda de quilos, e a evolução de doenças tais como: obesidade, insuficiência cardíaca
congestiva, insuficiência renal crônica, cirrose hepática. Assim, calcular dosagens de medicamentos.
As medidas antropométricas são fundamentais no acompanhamento do desenvolvimento infantil, área
coberta pela Puericultura, ramo da Pediatria. A Ortopedia utiliza técnicas antropométricas no diagnóstico
e tratamento de doenças desta área e nas fraturas. Qualquer doença que mude a forma ou o tamanho
do organismo como um todo ou parte dele, tem como parte do seu manejo o uso da Antropometria.
A importância das medidas ganhou especial interesse na década de 40 provocada de um lado pela
necessidade da produção em massa, pois um produto mal dimensionado pode provocar a elevação dos
custos, e por outro lado, devido ao surgimento dos sistemas de trabalho complexos onde o desempenho

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humano é crítico e o desenvolvimento desses sistemas dependem das dimensões antropométricas dos
seus operadores.
A padronização e o treinamento dos antropometristas que irão a campo é importante para ajudar a
diminuir os erros inerentes à coleta dos dados, que muitas vezes, ocorrem por descuido, cansaço ou
desconhecimento da técnica correta.

Peso e altura:

Altura
Equipamento: estadiômetro portátil, de parede ou balança mecânica antropométrica.

Peso
Equipamento: balança portátil, digital ou balança mecânica antropométrica.

Procedimento (Balança Mecânica Antropométrica)


1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Informar ao paciente o que vai ser feito e encaminha-lo até o local da balança;
4. Forrar o piso da balança com papel toalha;
5. Tarar a balança;
6. Abaixar o pino da trave;
7. Pedir ao paciente para retirar blusas ou roupão e chinelos, subir na balança e ficar no centro da
mesma;
8. Destravar a balança e mover o cursor de quilos na escala graduada até o número estimado;
9. Movimentar o cursor de gramas até o número em que o fiel da balança fique nivelado;
10. Ler corretamente o peso indicado, colocando-se à frente do paciente;
11. Abaixar o pino da trave e retornar os cursores ao ponto zero;
12. Pedir ao paciente para ficar com as costas para o antropômetro, unir os calcanhares e manter-se
ereto;
13. Erguer a régua, com o braço voltado para um dos lados do paciente, até acima da cabeça. Girar o
braço da régua até a frente do paciente e abaixá-lo lentamente, até que o ângulo reto da régua encoste-
se à cabeça;
14. Ler a escala graduada a altura do paciente;
15. Virar o braço da régua para um dos lados até voltá-lo a posição anterior;
16. Auxiliar o paciente a descer da balança. Calçar os chinelos e vestimentas;
17. Retirar o papel da balança e desprezar;
18. Anotar no prontuário, e comparar com os dados anteriores.

Circunferência abdominal:
Equipamento: fita antropométrica

Procedimento
1. Fazer planejamento;
2. Levar à unidade do paciente fita métrica em bandeja;
3. Colocar o biombo ao redor do leito do paciente;
4. Manter o paciente deitado;
5. Expor a região abdominal do paciente;
6. Pegar na ponta da fita métrica e passar por trás do paciente;
7. Pegar a fita métrica do lado oposto do paciente e unir com o restante da fita na região umbilical;
8. Verificar o número que indica na fita;
9. Manter o paciente confortável e a unidade em ordem;
10. Realizar a limpeza da fita métrica com álcool 70% e guardá-la;
11. Anotar no prontuário do paciente.

Ordem de prioridades10

Caso haja no local do acidente mais de uma vítima, socorra-as na seguinte ordem:

10
Texto disponível em: http://www.sincodives.com.br/conteudo/publico/utilidades/automotivas/dicas-e-informacoes/primeiros-socorros/default.aspx.

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1 - Primeira prioridade - Casos de:
- Obstrução de vias respiratórias;
- Paradas cardíacas e/ou respiratórias;
- Hemorragia descontroladas;
- Sérios traumas no crânio e na coluna vertebral;
- Envenenamentos;
- Complicações diabéticas;
- Problemas cardíacos;
- Peito ou barriga abertos;
- Estado de choque.

2 - Segunda prioridade - Casos de:


- Queimaduras;
- Fraturas múltiplas.

3 - Terceira prioridade - Casos de:


- Fraturas simples;
- Ferimentos de menor importância;
- Óbitos.

Lembre-se: prestar socorro é um ato acima de tudo de solidariedade; a omissão, ao contrário,


caracteriza-se como uma irresponsabilidade!

Remoção do acidentado

A remoção da vítima, do local do acidente para o hospital, é tarefa que requer da pessoa prestadora
de primeiros socorros o máximo de cuidado e correto desempenho.

Antes da remoção:
- Tente controlar a hemorragia;
- Inicie a respiração de socorro;
- Execute a massagem cardíaca externa;
- Imobilize as fraturas;
- Evite o estado de choque, se necessário.

Para o transporte da vítima, podemos utilizar: maca ou padiola, ambulância, helicóptero ou recursos
improvisados (Meios de Fortuna):
- Ajuda de pessoas;
- Maca;
- Cadeira;
- Tábua;
- Cobertor;
- Porta ou outro material disponível.

Como proceder

Vítima consciente e podendo andar: Remova a vítima apoiando-a em seus ombros.

Vítima consciente não podendo andar:


- Transporte a vítima utilizando dos recursos aqui demonstrados, em casos de:
- Fratura, luxações e entorses de pé;
- Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores;
- Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros.

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Vítima inconsciente:
- Como levantar a vítima do chão sem auxílio de outra pessoa:

- Como levantar a vítima do chão com a ajuda de uma ou mais pessoas.

Vítima consciente ou inconsciente: Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material


semelhante:

Como remover vítima de acidentados suspeitos de fraturas de coluna e pelve:


- Utilize uma superfície dura - porta ou tábua (maca improvisada);
- Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local encontrado até a
maca;
- Movimente o acidentado como um bloco, isto é, deslocando todo o corpo ao mesmo tempo, evitando
mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas.

Pegada de rede:

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Pegada Cavaleiro:

Como remover acidentado grave não suspeito de fratura de coluna vertebral ou pelve, em decúbito
dorsal: Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc.;

Importante:
- Evite paradas e freadas bruscas do veículo, durante o transporte;
- Previna-se contra o aparecimento de danos irreparáveis ao acidentado, movendo-o o menos possível
- Solicite, sempre que possível, a assistência de um médico na remoção de acidentado grave;
- Não interrompa, em hipótese alguma, a respiração de socorro e a compressão cardíaca externa ao
transportar o acidentado.

Hemorragias:
É a perda de sangue provocada pelo rompimento de um vaso sanguíneo, podendo ser arterial, venosa
ou capilar.
Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente. A hemorragia abundante e não controlada pode
causar a morte de 3 a 5 minutos.
Classificação quanto ao volume de sangue perdido:
Classe I perda de até 15% do volume sanguíneo (adulto de 70 kg = até 750 ml de sangue), apresenta
discreta taquicardia;
Classe II perda de 15 a 30% do volume sanguíneo (adulto de 70 kg = até 750 a 1.500 ml de sangue),
apresenta taquicardia, taquipneia, queda da PA e ansiedade;
Classe III perda de 30 a 40% do volume sanguíneo (adulto de 70 kg = 2 litros, de sangue), apresenta
taquicardia, taquipneia, queda da PA e ansiedade, insuficiente perfusão;
Classe IV perda de mais de 40% do volume sanguíneo (adulto de 70 kg = acima de 2 litros, de sangue),
apresenta acentuado aumento da FC e respiratória, queda intensa da PA.

Como proceder (técnicas de hemostasia):


- Mantenha a região que sangra em posição mais elevada que o resto do corpo;
- Use uma compressa ou um pano limpo sobre o ferimento, pressionando-o com firmeza, a fim de
estancar o sangramento;
- Comprima com os dedos ou com a mão os pontos de pressão, onde os vasos são mais superficiais,
caso continue o sangramento;
- Dobre o joelho - se o ferimento for na perna; o cotovelo - se no antebraço, tendo o cuidado de colocar
por dentro da parte dobrada, bem junto da articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel;
- Evite o estado de choque;
- Remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo.

Desmaio e estado de choque: É o conjunto de manifestações que resultam de um desequilíbrio entre


o volume de sangue circulante e a capacidade do sistema vascular, causados geralmente por: choque
elétrico, hemorragia aguda, queimadura extensa, ferimento grave, envenenamento, exposição a extremos
de calor e frio, fratura, emoção violenta, distúrbios circulatórios, dor aguda e infecção grave.

Tipos de estado de choque:

Choque Cardiogênico: Incapacidade do coração de bombear sangue para o resto do corpo. Possui
as seguintes causas: infarto agudo do miocárdio, arritmias, cardiopatias.

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Choque Neurogênico: Dilatação dos vasos sanguíneos em função de uma lesão medular.
Geralmente é provocado por traumatismos que afetam a coluna cervical (TRM e/ou TCE).
Choque Séptico: Ocorre devido a incapacidade do organismo em reagir a uma infecção provocada
por bactérias ou vírus que penetram na corrente sanguínea liberando grande quantidade de toxinas.
Choque Hipovolêmico: Diminuição do volume sanguíneo. Possui as seguintes causas:
Perdas sanguíneas - hemorragias internas e externas;
Perdas de plasma - queimaduras e peritonites;
Perdas de fluídos e eletrólitos - vômitos e diarreias.
Choque Anafilático: Decorrente de severa reação alérgica. Ocorrem as seguintes reações:
Pele: urticária, edema e cianose dos lábios;
Sistema respiratório: dificuldade de respirar e edema da árvore respiratória;
Sistema circulatório: dilatação dos vasos sanguíneos, queda da PA, pulso fino e fraco, palidez.

Como se manifesta
- Pele fria e úmida;
- Sudorese (transpiração abundante) na testa e nas palmas das mãos;
- Palidez;
- Sensação de frio, chegando às vezes a ter tremores;
- Náusea e vômitos;
- Respiração curta, rápida e irregular;
- Perturbação visual com dilatação da pupila, perda do brilho dos olhos;
- Queda gradual da PA;
- Pulso fraco e rápido;
- Enchimento capilar lento;
- Inconsciência total ou parcial.

Como proceder
- Realize uma rápida inspeção na vítima;
- Combata, evite ou contorne a causa do estado de choque, se possível;
- Mantenha a vítima deitada e em repouso;
- Controle toda e qualquer hemorragia externa;
- Verifique se as vias aéreas estão permeáveis, retire da boca, se necessário, secreção, dentadura ou
qualquer outro objeto;
- Inicie a respiração de socorro boca-a-boca, em caso de parada respiratória;
- Execute a compressão cardíaca externa associada à respiração de socorro boca-a-boca, se a vítima
apresentar ausência de pulso e dilatação das pupilas (midríase);
- Afrouxe a vestimenta da vítima;
- Vire a cabeça da vítima para o lado, caso ocorra vômito;
- Eleve os membros inferiores cerca de 30 cm, exceto nos casos de choque cardiogênicos (infarto
agudo do miocárdio, arritmias e cardiopatias) pela dificuldade de trabalho do coração;
- Procure aquecer a vítima;
- Avalie o status neurológico (ECG);
- Remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo.

Queimaduras, Insolação e Intermação

Queimadura: É toda lesão produzida pelo calor sobre a superfície do corpo, em graus maiores ou
menores de extensão (queimadura localizada ou generalizada) ou de profundidade (1º, 2º, e 3º graus).
Consideram-se ainda queimaduras as lesões produzidas por substância cáustica (ácido fênico), pela
eletricidade (queimadura elétrica), pela explosão atômica e pelo frio. As diversas formas de calor (chama,
explosão, vapor das caldeiras, líquidos ferventes) são, na verdade, as causas principais das queimaduras.

Classificação das Queimaduras

Como foi dito, classificam-se as queimaduras em três graus:


1º Grau (ou eritema): lesão das camadas superficiais da pele com:
- Eritema (vermelhidão);
- Dor local suportável (queimadura pelo sol);
- Inchaço.

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2º Grau (ou flictena): Lesão das camadas mais profundas da pele com formação de bolhas, contendo
um líquido gelatinoso e amarelado. Costuma também ser dolorosa, podendo infectar-se quando se rompe
a bolha. São suas características:
- Eritema (vermelhidão);
- Formação de Flictenas (bolhas);
- Inchaço;
- Dor e ardência locais, de intensidades variadas.

3º Grau (ou escara): Lesão de todas as camadas da pele, comprometendo os tecidos mais profundos,
podendo ainda alcançar músculos e ossos. Nela se verifica a mortificação da pele e tecidos subjacentes,
transformando-se, mais tarde, numa ulceração sangrante, que se transforma em grande cicatriz. Quando
às queimaduras pequenas, basta untá-las com vaselina ou pomadas antissépticas, mas, quando ocorrem
as queimaduras extensas, o primeiro socorro deve dirigir-se para o estado geral contra o choque, em
geral iminente. Estas queimaduras se apresentam:
- Secas, esbranquiçadas ou de aspecto carbonizadas,
- Pouca ou nenhuma dor local;
- Pele branca escura ou carbonizada;
- Não ocorrem bolhas.

Queimaduras de 1º, 2º e 3º grau podem apresentar-se no mesmo acidentado. O risco de morte


(gravidade do caso) não está no grau da queimadura, e sim na extensão da superfície atingida e ou da
localidade da lesão. Quanto maior a área queimada, maior a gravidade do caso.

Avaliação da Área Queimada11

A gravidade de uma queimadura não se mede somente pelo grau da lesão (superficial ou profunda),
mas também pela extensão ou localização da área atingida. São particularmente graves nas crianças e
na forma generalizada. Assim, a mortalidade é de 9% nas queimaduras da cabeça e membros superiores;
18% na face posterior ou anterior do tronco, e 18% nos membros inferiores.
- Baixa: menos de 15% da superfície corporal atingida
- Média: entre 15 e menos de 40% da pele coberta e
- Alta: mais de 40% do corpo queimado.

Uma regra prática para avaliar a extensão das queimaduras pequenas ou localizadas, é compará-las
com a superfície da palma da mão do acidentado, que corresponde, aproximadamente a 1% da superfície
corporal.

Para queimaduras maiores e mais espalhadas, usa-se a regra dos 9%:

Um adulto de frente:
9% = rosto
9% = tórax
9% = abdômen
9% = perna direita
9% = perna esquerda
9% = os 2 braços
1% = órgãos genitais.
55%=Sub-total
Agora, de costas:
9% = costas
9% = abdômen
9% = perna direita
9% = perna esquerda
9% = os 2 braços
45%=Sub-total

11
Texto adaptado de: Queimaduras. Disponível em: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/queima.htm.

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55%(frente) + 45%(costas) = 100% da área do corpo.

Como proceder:
1 - Retirar a vítima do contato com a causa da queimadura:
a) lavando a área queimada com bastante água, no caso de agentes químicos; retirar a roupa do
acidentado, se ela ainda contiver parte da substância que causou a queimadura;
b) apagando o fogo, se for o caso, com extintor (apropriado), abafando-o com um cobertor ou
simplesmente rolando o acidentado no chão;
2 - Verificar se a respiração, o batimento cardíaco e o nível de consciência do acidentado estão
normais.
3 - Para aliviar a dor e prevenir infecção no local da queimadura:
a) mergulhar a área afetada em água limpa ou em água corrente, até aliviar a dor. Não romper as
bolhas e nem retirar as roupas queimadas que estiverem aderidas à pele. Se as bolhas estiverem
rompidas, não colocá-las em contato com a água.
b) não aplicar pomadas, líquidos, cremes e outras substâncias sobre a queimadura. Elas podem
complicar o tratamento e necessitam de indicação médica.
4 - Se a pessoa estiver consciente e sentir sede, deve ser-lhe dada toda água que deseja beber porém,
lentamente e com cuidado.
5 - Mantenha a vítima em repouso e evite o estado de choque;
6 - Encaminhar logo que possível a vítima ao Posto de Saúde ou ao Hospital, para avaliação e
tratamento.

Outros cuidados:
a) Não dê água a pacientes com mais de 20% do corpo queimado;
b) Não coloque gelo sobre a queimadura;
c) Não dê qualquer medicamento intramuscular, subcutânea ou pela boca sem consultar um Médico,
exceto em caso de emergência cardíaca;
d) Não jogar água em queimaduras provocadas por pós químicos; recomenda-se cal e escovação da
pele e da roupa.
e) Deve-se providenciar o transporte imediato do acidentado, quando a área do corpo queimada for
estimada entre 60 e 80%.
f) Além da percentagem da área corporal atingida, a gravidade das queimaduras é maior nos menores
de 5 anos e maiores de 60.

Importante: Nas queimaduras por soda cáustica, devemos limpar as áreas atingidas com uma toalha
ou pano antes da lavagem, pois o contato destas substâncias com a água cria uma reação química que
produz enorme quantidade de calor.

Insolação: É uma perturbação decorrente da exposição direta e prolongada do organismo aos raios
solares.
Como se manifesta
- Pele seca, quente e avermelhada;
- Pulso rápido e forte;
- Dor de cabeça acentuada;
- Sede intensa;
- Temperatura do corpo elevada;
- Dificuldade respiratória;
- Inconsciência.
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Como proceder
- Remova a vítima para um lugar fresco e arejado;
- Afrouxe as vestes da vítima;
- Mantenha o acidentado em repouso e recostado;
- Aplique compressas geladas ou banho frio, se possível;
- Procure o hospital mais próximo.

Intermação: Perturbação do organismo causada por excessivo calor em locais úmidos e não arejados,
dificultando a regulação térmica do organismo.

Como se manifesta
- Dor de cabeça e náuseas;
- Palidez acentuada;
- Sudorese (transpiração excessiva);
- Pulso rápido e fraco;
- Temperatura corporal ligeiramente febril;
- Inconsciência.

Como proceder
- Remova a vítima para um lugar fresco e arejado;
- Afrouxe as vestes da vítima;
- Mantenha o acidentado deitado com a cabeça mais baixa que o resto do corpo.

Asfixia e Afogamento

Asfixia: Dificuldade ou parada respiratória, podendo ser provocada por: choque elétrico, afogamento,
deficiência de oxigênio atmosférico, Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE), etc. A falta
de oxigênio pode provocar sequelas dentro de 3 a 5 minutos, caso não haja atendimento conveniente.

Como se manifesta
- Atitudes que caracterizem dificuldade na respiração;
- Ausência de movimentos respiratórios;
- Inconsciência;
- Cianose (lábios, língua e unhas arroxeadas);
- Midríase (pupilas dilatadas);
- Respiração ruidosa;
- Fluxo aéreo diminuído ou ausente.

Como proceder
- Encoraje ou estimule a vítima a tossir;
- Caso a vítima esteja consciente, aplique 5 manobras de Heimlich.
- Caso esteja inconsciente, aplique duas insuflações e observe sinais da passagem do ar (expansão
de tórax); caso não haja, intercale 5 Heimlich com a inspeção das vias aéreas para observar a expulsão
do corpo estranho, e 2 insuflações, percebendo a parada respiratória e notando sinais da passagem do
ar, mantenha 1 insuflação a cada 5 segundos (12 ipm) até a retomada da respiração ou chegada do
socorro especializado.
- Para lactentes conscientes, aplique 5 compressões do tórax intercalado de 5 tapotagens (como no
desenho) e inspeção das vias aéreas;
- Para lactentes inconsciente, aplique duas insuflações (somente o ar que se encontra nas bochechas)
e observe sinais da passagem do ar (expansão de tórax). Caso não haja, intercale 5 Heimlich (como no
desenho) com a inspeção das vias aéreas para observar a expulsão do corpo estranho, e 2 insuflações,
se perceber a parada respiratória e notar sinais da passagem do ar, mantenha 1 insuflação a cada 3
segundos (20 ipm) até a retomada da respiração ou chegada do socorro especializado.

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- Em caso de parada cardiorrespiratória (ausência de pulso), executar a reanimação cardiopulmonar
(RCP);
- Procure o hospital mais próximo.

Afogamento: Asfixia provocada pela imersão em meio líquido. Geralmente ocorre por câimbra, mau
jeito, onda mais forte, inundação ou enchente e por quem se lança na água sem saber nadar.

Como se manifesta
- Agitação;
- Dificuldade respiratória;
- Inconsciência;
- Parada respiratória;
- Parada cardíaca.

Como proceder
- Tente retirar a vítima da água utilizando material disponível (corda, boia, remo, etc.)
- Em último caso e se souber nadar muito bem, aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e
mantenha-a com a cabeça fora d'água (cuidado com o afogamento duplo);
- Coloque a vítima deitada em decúbito dorsal, quando fora d'água;
- Insista na respiração de socorro se necessário, o mais rápido possível;
- Execute a compressão cardíaca externa se a vítima apresentar ausência de pulso e midríase (pupilas
dilatadas);
- Friccione vigorosamente os braços e as pernas da vítima, estimulando a circulação;
- Aqueça a vítima;
- Remova a vítima para o hospital mais próximo.

Ressuscitação Cárdio Pulmonar (RCP)

Define-se a Ressuscitação Cárdio Pulmonar (RCP) como o conjunto de medidas emergenciais que
permitem salvar uma vida pela falência ou insuficiência do sistema respiratório ou cardiovascular. Sem
oxigênio as células do cérebro morrem em 10 minutos. As lesões começam após 04 minutos a partir da
parada respiratória.
Causas da parada cardiorrespiratória (PCR):
- Asfixia;
- Intoxicações;
- Traumatismos;
- Afogamento;
- Eletrocussão (choque elétrico);
- Estado de choque;
- Doenças.

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Como Se Manifesta
- Perda de consciência;
- Ausência de movimentos respiratórios;
- Ausência de pulso;
- Cianose (pele, língua, lóbulo da orelha e bases da unhas arroxeadas);
- Midríase (pupilas dilatadas e sem fotorreatividade).

Como proceder
- Verifique o estado de consciência da vítima, perguntando-lhe em voz alta: "Posso lhe ajudar?";
- Trate as hemorragias externas abundantes;
- Coloque a vítima em decúbito dorsal sobre uma superfície dura;
- Verifique se a vítima está respirando (VOS);
- Realize a hiperextensão do pescoço. Esta manobra não deverá ser realizada se houver suspeita de
lesão na coluna cervical. Nesse caso, realize a tração da mandíbula, sem inclinar e girar a cabeça da
vítima ou empurre mandibular;
- Verifique se as vias aéreas da vítima estão desobstruídas aplicando-lhe duas insuflações pelo método
boca-a-boca:

- Verifique se a vítima apresenta pulso, caso negativo inicie a compressão cardíaca externa:

- Posicione as mãos sobre o externo, 02 cm acima do processo xifoide;


- Mantenha os dedos das mãos entrelaçados e afastados do corpo da vítima;
- Mantenha os braços retos e perpendiculares ao corpo da vítima;

- Inicie a compressão cardíaca comprimindo o peito da vítima em torno de 03 a 05 cm;

- Realize as compressões de forma ritmada procurando atingir de 80 a 100 compressões por minuto;
- Deve intercalar 02 insuflações a cada 30 compressões.

- Após 01 ciclo (02 insuflações e 30 compressões 4 vezes) monitorar novamente os sinais vitais;
- Não interrompa a RCP, mesmo durante o transporte, até a recuperação da vítima ou a chegada do
socorro especializado.

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Casos Específicos

Ao executar a compressão cardíaca externa em adolescentes ou em crianças, pressione o tórax com


uma das mãos, em lactentes apenas com a ponta dos dedos, sendo que para estes deve se fazer 1
insuflação (somente o ar nas bochechas) para 5 compressões, reavaliar a cada ciclo (01 insuflação e 5
compressões 20 vezes)

Respiração de Socorro Método de Silvester (Modificado)

Este método é aplicado nos casos em que não se pode empregar o método boca-a-boca (traumatismos
graves de face, envenenamento por cianureto, ácido sulfúrico, ácido clorídrico, soda cáustica, fenol e
outras substâncias cáusticas). O método silvestre permite não só o restabelecimento dos movimentos
respiratórios como os do coração.

Como proceder
- Desobstrua a boca e a garganta da vítima, fazendo tração da língua e retirando corpos estranhos e
secreção;
- Coloque a vítima em decúbito dorsal;
- Eleve o tórax da vítima com auxílio de um travesseiro, cobertor dobrado, casaco ou pilha de jornal,
inclinando sua cabeça para trás, provocando a hiperextensão do pescoço;
- Ajoelhe-se, coloque a cabeça da vítima entre suas pernas e com os braços paralelos ao corpo;
- Segure os punhos da vítima, trazendo seus braços para trás e para junto de suas pernas (rente ao
solo);
- Volte com os braços da vítima para frente (rente ao solo), cruzando-os sobre o peito (parte inferior
do externo 2 cm do processo xifoide);
- Pressione o tórax da vítima 05 vezes seguidas;
- Volte os braços da vítima para a posição inicial e reinicie o método.

Nova Regra de Ressuscitação (18/10/2010)

De acordo com as novas diretrizes de ressuscitação cardiopulmonar, divulgadas, a massagem


cardíaca sem a respiração boca a boca é tão eficaz quanto os dois procedimentos em sequência, quando
realizada por leigos. Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as
novas normas, as chances de sucesso de uma pessoa que faz a massagem cardíaca corretamente são
praticamente as mesmas de quem opta pela dobradinha, além de contar com a vantagem de se ganhar
tempo – essencial no processo.
Pela nova norma, a respiração deve ainda ser padrão para os profissionais de saúde, que sabem fazê-
la com a qualidade e agilidade adequada. Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda
em até oito minutos, a chance de ela sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance
aumenta para quase 50% até a chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho
- 1º. Antes de ajudar o desacordado, tenha certeza de que o lugar é seguro para você e para fazer o
atendimento. Caso contrário, serão duas vítimas.
- 2º. Avalie o nível de consciência da vítima, vendo se está acordada e perguntando se está bem.
- 3º. Ver se a pessoa tem algum sinal de vida, se está respirando. Para isso, recline a cabeça dela,
levantando levemente o queixo para cima. Chegue próximo ao rosto e sinta se há respiração, mesmo que
espaçada. Se não houver, comece a massagem cardíaca.
- 4º. Conhecida no termo médico como compressão torácica, a massagem cardíaca deve ser realizada
no meio do peito (entre os dois mamilos), com o movimento das mãos entrelaçadas (uma em cima da
outra) sob braços retos, que devem fazer ao menos cem movimentos de compressão por minuto, de
forma rápida e forte.
Os movimentos servem para retomar a circulação do sangue e, consequentemente de oxigênio, para
o coração e o cérebro, interrompida quando o coração para. Não espere mais de dez segundos para
começar a compressão e a faça até o resgate chegar, sem qualquer interrupção. Como demanda esforço
físico, tente revezar com outra pessoa, de forma coordenada, se puder.
O cardiologista explica que a mudança se deu com o intuito de facilitar o processo e impedir que
pessoas desistam de fazê-lo pelo receio de encostar sua boca na boca de desconhecidos. Algumas
pesquisas nos Estados Unidos mostraram que o número de ressuscitações havia diminuído muito em
cidades onde o número era alto, por causa do medo de contrair doenças pela boca.

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Equipamentos para socorros de urgência (sugestão):

Prepare sua caixa de primeiros socorros antes de precisar dela. Amanhã, uma vida poderá depender
de você.

- Algodão - Esparadrapo - Papel e caneta


- Ataduras - Estetoscópio - Pinças hemostáticas
- Atadura elástica - Gaze esterilizada - Respirador “Ambu”
- Cobertor térmico - Lenço Triangular - Sabão
- Colar cervical - Luva de procedimentos - Soro fisiológico
- Compressas limpas - Máscaras - Talas variadas
- Curativos protetores - Micropore - Telefones úteis
- Cânulas de Guedel - Maca rígida ou KED - Tesoura
- Esfigmomanômetro - Óculos de proteção - Válvula para RCP

Imobilização

Lesões nos ossos e articulações

Lesões na espinha (coluna)

Providências: Cuidado no atendimento e no transporte (imobilização correta)

Fraturas: O primeiro socorro consiste apenas em impedir o deslocamento das partes fraturadas,
evitando maiores danos.
- Fechadas
- Expostas

Não faça: não desloque ou arraste a vítima até que a região suspeita de fratura tenha sido imobilizada,
a menos que haja eminente perigo (explosões ou trânsito).

Luxações ou deslocamentos das juntas (braço, ombro)


- Tipoia

Entorses e distensões
- Trate como se fosse fraturas.
- Aplique gelo e compressas frias no local.

Contusões
- Providencias: repouso do local (imobilização), compressas frias.

Qualquer vitima que estiver inconsciente pode ter sofrido pancada na cabeça (concussão cerebral).

Ferimentos

A - leves ou superficiais
Procedimentos: Faca limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio
cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao pronto Socorro
ou UBS. Não tente retirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.

B - ferimentos extensos ou profundos

1 - ferimentos abdominais abertos


Procedimentos: evite mexer em vísceras expostas, cubra com compressa úmida e fixe-a com faixa,
removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo.

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2 - ferimentos profundos no tórax
Procedimentos - cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar para o interior do
tórax, durante a inspiração.
Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima.

3 - ferimentos na cabeça
Procedimentos: afrouxe suas roupas, mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal, agasalhada, faca
compressas para conter hemorragias, removendo-a ao PS mais próximo.

C - Ferimentos Perfurantes: São lesões causadas por acidente com vidros metais, etc.

1 - farpas - Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze.


2 - atadura - Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho - Como fazer.
3 - bandagem - Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente
uma parte do corpo lesada.
Cuidados:
- a região deve estar limpa;
- os músculos relaxados;
- começar das extremidades dos membros lesados para o centro;

Importante: qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve
ser afrouxado imediatamente.

Torniquetes: São utilizados somente para controlar hemorragias nos casos em que a vítima teve o
braço ou a perna amputada ou esmagadas. Assim, os torniquetes deverão ser utilizados como um último
recurso e, somente, para controlar os sangramentos provocados por ferimentos graves nas extremidades,
quando todos os outros métodos de controle falharem.

Procura-se diminuir os ferimentos do ferido e, sobretudo, impedir a sua morte imediata. Evidentemente,
o primeiro socorro, que pode ser feito mesmo por uma pessoa leiga, servirá para que o acidentado
aguarde a chegada do médico, ou seja, transportado para o hospital mais próximo. Para que alguém se
torne útil num socorro urgente, deve ter algumas noções sobre a natureza da lesão e como proceder no
caso.

Natureza da Lesão: Inicialmente, cumpre saber que se dá o nome de traumatismo a toda lesão
produzida no indivíduo por um agente mecânico (martelo, faca, projétil), físico (eletricidade, calor,
irradiação atômica), químico (ácido fênico, potassa cáustica) ou, ainda, biológico (picada de animal
venenoso). De acordo com essa classificação, devem-se considerar alguns tipos de lesões (e suas
consequências imediatas) a requerer socorro urgente.

Contusão: É o traumatismo produzido por uma lesão, que tanto poderá traduzir-se por uma mancha
escura (equimose) como por um tumor de sangue (hematoma); este, quando se localiza na cabeça, é
denominado, vulgarmente, 'galo'. As contusões são dolorosas e não se acompanham de solução de
continuidade da pele. A parte contundida deve ficar em repouso sob a ação da bolsa de gelo nas primeiras
horas e do banho de luz nos dias subsequentes.

Ferida: É o traumatismo produzido por um corte sobre a superfície do corpo. Corte ou ferida pode ser
superficial, afetando apenas a epiderme (escoriação ou arranhadura), ou profundo, provocando
hemorragia às vezes mortal. Sendo o ferimento produzido por um punhal, canivete ou projétil, os órgãos
profundos, como o coração, podem ser atingidos, causando a morte. As feridas podem ser ainda
punctiformes (espetadela de prego), lineares (navalha), irregulares (ferida do couro cabeludo, por queda).
Não se deve esquecer que um pequeno ferimento produzido nos dedos ou na mão pode acarretar
paralisias definitivas em virtude de serem aí muitos superficiais os tendões e os nervos. Além disso, as
feridas podem contaminar-se facilmente, dando lugar a uma infecção purulenta, com febre e formação de
íngua. As feridas poluídas de terra, fragmentos de roupa etc., estão sujeitas a infecção, inclusive tetânica.
Numa emergência, deve-se proteger uma ferida com um curativo qualquer e procurar sustar a
hemorragia.

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Ferida Venenosa: É aquela produzida por um agente vulnerante envenenado (mordedura de cobras,
picada de escorpião, flechas), que inocula veneno ou peçonha nos tecidos, acarretando reação
inflamatória local ou envenenamento frequentemente mortal do indivíduo. O tratamento resume-se em
colocar um garrote acima da lesão, extrair o veneno por sucção, retirar o ferrão no caso de inseto, aplicar
soro antivenenoso quando indicado, soltar o garrote aos poucos e fazer um curativo local com antisséptico
e gaze esterilizada.

Esmagamento: É uma lesão grave, que afeta os membros. Ocorre nos desastres de trem,
atropelamentos por veículos pesados, desmoronamentos etc. O membro atingido sofre verdadeiro
trituramento, com fratura exposta, hemorragia e estado de choque da vítima, que necessitará de socorro
imediato para não sucumbir por anemia aguda ou choque. Quando o movimento tem de ser destacado
do corpo, a operação recebe o nome de amputação traumática. Há também os pequenos esmagamentos,
afetando dedos, mão, e cuja repercussão sobre o estado geral é bem menor. Resistindo a vítima à anemia
aguda e ao choque, poderá estar ainda sujeita à infecção, especialmente gangrenosa e tetânica.

Choque: É um estado depressivo decorrente de um traumatismo violento, hemorragia acentuada ou


queimadura generalizada. Pode também ocorrer em pequenos ferimentos, como os que penetram o tórax.
Caracteriza-se pelos seguintes sintomas: palidez da face, com lábios arroxeados ou descorados, se há
hemorragia; pele fria, principalmente nas mãos e nos pés; suores frios e viscosos na face e no tronco;
prostração acentuada e voz fraca; falta de ar, respiração rápida e ansiedade; pulso fraco e rápido; sede,
sobretudo se há hemorragia; consciência presente, embora diminuída. Como primeiro socorro, precisa-
se deitar o paciente em posição horizontal e, havendo hemorragia, elevar os membros e estancar o
sangue, aquecendo-se o corpo moderadamente, por meio de cobertores.

Hemorragia: É a perda sanguínea através de um ferimento ou pelos orifícios naturais, como as


narinas. Quando a hemorragia ultrapassa 500 g no adulto, ocorre a anemia aguda, cujos sintomas se
assemelham aos do choque (palidez, sede, escurecimento da vista, pulso fraco, descoramento dos lábios,
falta de ar e desmaios). A hemorragia venosa caracteriza-se por sangue escuro, jato lento e contínuo
(combate-se pela compressão local e não pelo garrote). A hemorragia arterial se distingue pelo sangue
vermelho rutilante em jato forte e intermitente (combate-se pela compressão local, quando pequena, e
pelo garrote, quando grande). O paciente, em caso de anemia aguda, deve ser tratado como no caso do
chocado, requerendo ainda transfusões de sangue, quando sob cuidados médicos.

Distorção: Decorre de um movimento violento e exagerado de uma articulação, como o tornozelo.


Não deve ser confundida com a luxação, em que a extremidade do osso se afasta de seu lugar. É uma
lesão benigna, embora muito dolorosa, acompanhando-se de inchação da junta e impossibilidade de
movimento. A imobilização deve ser primeiro socorro, podendo empregar-se também bolsa de gelo, nas
primeiras horas.

Luxação: Caracteriza-se pela saída da extremidade óssea, que forma uma articulação, mantendo-se
fora do lugar em caráter permanente. Em certos casos a luxação se repete a um simples movimento
(luxação reincidente). As luxações mais comuns são as da mandíbula e do ombro. O primeiro socorro
consiste no repouso e imobilização da parte afetada.

Fratura: É toda solução de continuidade súbita e violenta de um osso. A fratura pode ser fechada
quando não houver rompimento da pele, ou aberta (fratura exposta) quando a pele sofre solução de
continuidade no local da lesão óssea. As fraturas são mais comuns ao nível dos membros, podendo ser
únicas ou múltiplas. Na primeira infância, é frequente a fratura da clavícula. Como causas de fraturas
citam-se, principalmente, as quedas e os atropelamentos. Localizações principais:
- fratura dos membros: as mais comuns, tornando-se mais graves e de delicado tratamento quanto
mais próximas do tronco;
- fratura da bacia: em geral grave, acompanhando-se de choque e podendo acarretar lesões da
bexiga e do reto, com hemorragia interna;
- fratura do crânio: das mais graves, por afetar o encéfalo, protegido por aquele; as lesões cerebrais
seriam responsáveis pelo choque, paralisia dos membros, coma e morte do paciente. A fratura do crânio
é uma ocorrência mais comum nas grandes cidades, devido aos acidentes automobilísticos, e apresenta
maior índice de mortalidade em relação às demais. O primeiro socorro precisa vir através de aparelho
respiratório, pois os pacientes podem sucumbir por asfixia. Deve-se lateralizar a cabeça, limpar-lhe a

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boca com o dedo protegido por um lenço e vigiar a respiração. Não se deve esquecer que o choque pode
também ocorrer, merecendo os devidos cuidados;
- fratura da coluna: ocorre, em geral, nas quedas, atropelamentos e nos mergulhos em local raso,
sendo tanto mais grave o prognóstico quanto mais alta a fratura; suspeita-se desta fratura, quando o
paciente, depois de acidentado, apresenta-se com os membros inferiores paralisados e dormentes; as
fraturas do pescoço são quase sempre fatais. Faz-se necessário um cuidado especial no sentido de não
praticar manobras que possam agravar a lesão da medula; coloca-se o paciente estendido no solo em
posição horizontal, com o ventre para cima; o choque também pode ocorrer numa fratura dessas.

Irradiação Atômica: As explosões atômicas determinam dois tipos de lesões. A primeira, imediata,
provocada pela ação calórica desenvolvida, e a segunda, de ação progressiva, determinada pela
radioatividade. Nos pacientes atingidos, o primeiro socorro deve ser o da sua remoção do local, combate
ao choque e tratamento das queimaduras quase sempre generalizadas. Não se pode ignorar o perigo
que existe em lidar com tais enfermos, no que se refere à radioatividade.

Retirada do Local: O paciente pode ficar preso às ferragens de um veículo, escombros de um


desabamento ou desacordado pela fumaça de um incêndio. Sua remoção imediata é, então, necessária.
Assim procedendo, evita-se a sua morte, o que justifica processo de remoção até certo ponto perigoso
mas indispensável. O socorrista deve conduzir-se com prudência e serenidade, embora, em certas
ocasiões, a retirada do paciente deve ser a mais rápida possível. Em certas circunstâncias, será
necessário recorrer ao Corpo de Bombeiros e a operários especializados, a fim de libertar a vítima.
Enquanto se espeta esse socorro, deve-se tranquilizar a vítima, procurando estancar a hemorragia, se a
houver, e recorrer a medidas que facilitem a respiração, já que em certas circunstâncias pode ser precário
o teor de oxigênio da atmosfera local. Isso é muito importante para a sobrevivência do paciente.

Posição do Acidentado: O decúbito dorsal, com o corpo estendido horizontalmente, é a posição mais
aconselhável. A posição sentada favorece o desmaio e o choque, fato nem sempre do conhecimento do
leigo. Quando a vítima está inconsciente, é preciso colocá-la de lado, ou apenas com a cabaça
lateralizada, para que possa respirar melhor e não sofra asfixia no decurso do vômito. Havendo fratura
da mandíbula e lesões da boca, é preferível colocar o paciente em decúbito ventral. Somente os
portadores de lesões do tórax, dos membros superiores e da face, desde que não sofram desmaios.

Identificação das Lesões: Estando o paciente em local adequado, deve-se, imediatamente, identificar
certas lesões mais sérias, como ferimentos que sangram, fratura do crânio, choque, anemia aguda ou
asfixia, capazes de vitimar o paciente, se algo de imediato não for feito. Eis a orientação que se deve dar
ao diagnóstico dessas lesões:
- hemorragia, que se denuncia nas próprias vestes pelas manchas de sangue; basta, então, rasgar a
fazenda no local suspeito, para que se localize o ferimento;
- fratura do crânio, cujo diagnóstico deverá ser levantado quando o indivíduo, vítima de um acidente,
permanece desacordado e, sobretudo, se ele sangra pelo ouvido ou pelo nariz;
- fratura de membros, posta em evidência pela deformação local, dificuldade de movimentos e dor ao
menor toque da lesão;
- fratura da coluna vertebral, quando o paciente apresenta paralisia de ambos os membros inferiores
que permanecem dormentes, indolores mas sem movimentos;
- choque e anemia aguda, com o paciente pálido, pulso fraco, sede intensa, vista escura, suores frios
e ansiedade com falta de ar;
- luxação, tornando-se o membro incapaz de movimentos, doloroso e deformado ao nível da junta;
- distorção, com dificuldade de movimento na articulação afetada, apresentando-se este bastante
dolorosa e inchada;
- queimadura, fácil de diagnóstico pela maneira que se produziu; resta verificar a sua extensão e
gravidade, o que pode ser orientado pela queimadura das peças do vestuário que ficam carbonizadas em
contato com o tegumento; no caso de queimadura generalizada, suspeitar, logo, de um estado de choque
e não esquecer da alta gravidade nas crianças;
- asfixia, que pode ocorrer nos traumatismos do tórax, de crânio, queimaduras generalizadas e
traumatismo da face. Identifica-se esta condição pela coloração arroxeada da face (cianose), a dificuldade
de respirar e de consciência que logo se instala.

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Medidas de Emergência

Após a identificação de uma das lesões já focalizadas, pode-se seguir a seguinte orientação:

Estancar a hemorragia (Hemostasia): Quando a hemorragia é pequena ou venenosa, é preferível


fazer uma compressão sobre o ferimento, utilizando-se um pedaço de gaze, um lenço bem limpo ou
pedaço de algodão; sobre este curativo passa-se uma gaze ou uma tira de pano. Quando, todavia, a
hemorragia é abundante ou arterial, começa por improvisar um garrote (tubo de borracha, gravata ou
cinto) que será colocado uns quatro dedos transversos acima do ferimento, apertando-se até que a
hemorragia cesse. Caso o socorro médico demore, cada meia hora afrouxa-se o garrote por alguns
segundos, apertando-o novamente; na hemorragia pelas narinas basta comprimir com o dedo,
externamente, a asa do nariz; finalmente, em caso de hemorragia pós-parto ou pós-aborto, deve-se
colocar a paciente numa posição de declive, mantendo-se o quadril e os membros inferiores em nível
mais elevado. Em casos excepcionais, o ferimento pode estar localizado numa região difícil de se colocar
um garrote; procede-se, então, pelo método da compressão ao nível da ferida; pode-se, inclusive, utilizar
o dedo ou a mão, num caso de extrema hemorragia.

Combater o choque e a anemia aguda: Começa-se por colocar o paciente, sem travesseiros ou
qualquer suporte sob a cabeça, mantendo ou membros inferiores em nível mais elevado; removem-se
todas as peças do vestuário que se encontram molhadas, para que não se agrave o resfriamento do
enfermo; cobre-se, em seguida, o seu corpo com cobertores ou roupas de que se dispõe no momento, a
fim de aquecê-lo. A vítima pode ingerir chá ou café quente se estiver consciente e sem vômitos; ao mesmo
tempo, deve-se tranquilizá-la, prometendo-lhe um socorro médico imediato e dizendo-lhe da vantagem
de ficar imóvel mesmo no caso dos queimados, observa-se um resfriamento das extremidades do
paciente, havendo necessidade de usar cobertores sobre o mesmo. Não convém esquecer-se, também,
a sobreposição de cobertores do leito; embora o aquecimento do enfermo possa tornar-se perigoso, se
provocar sudorese.

Imobilizar as fraturas: O primeiro socorro essencial de um fraturado é a sua imobilização por qualquer
meio; podem-se improvisar talas com ripas de madeira, pedaço de papelão, ou, no caso de membro
inferior, calha de zinco; nas fraturas de membros superior, as tipoias são mais aconselháveis. Quando o
paciente é fraturado de coluna, a imobilização deve cingir-se ao repouso completo numa posição
adequada, de preferência o decúbito dorsal com extensão do corpo.

Vigiar a respiração: É muito importante nos traumatizados observar a respiração, principalmente


quando eles se encontram inconscientes. A respiração barulhenta, entrecortada ou imperceptível deve
despertar no observador a suspeita de dificuldade respiratória, com a possibilidade de asfixia. Começa-
se por limpar a boca do paciente de qualquer secreção, sangue ou matéria vomitada, o que se pode fazer
entreabrindo a boca da vítima e colocando uma rolha entre a arcada dentária a fim de, com o dedo
envolvido em um lenço, proceder a limpeza. Em complemento, ao terminar a limpeza, lateriza-se a
cabeça, fecha-se a boca do paciente segurando-lhe a cabeça um pouco para trás. Isso permitirá que a
respiração se faça melhor. Havendo parada respiratória, é preciso iniciar, imediatamente, a respiração
artificial boca-a-boca ou por compressão ritmada da base do tórax (16 vezes por minuto). Não se deve
esquecer que a ventilação do local com ar puro se torna muito importante para qualquer paciente chocado,
anemiado ou asfíxico. Os fraturados da mandíbula, com lesões da língua e da boca, deverão ser
colocados em decúbito ventral com a cabeça leterizada, para que a respiração se torne possível.

Remoção de corpos estranhos: Os ferimentos que se apresentam inoculados de fragmentos de


roupa, pedaços de madeira etc., podem ser lavados com água fervida se o socorro médico vai tardar; no
caso, porém, de o corpo estranho estar representado por uma faca ou haste metálica, que se encontra
encravada profundamente, é preferível não retirá-lo, pois poderá ocorrer hemorragia mortal. No caso de
empalação, deve-se serrar a haste pela sua base e transportar o paciente para o hospital, a fim de que
lá seja removido o corpo estranho. Quando o corpo estranho estiver prejudicando a respiração, como no
caso dos traumatismos da boca e nariz, cumpre fazer tudo para removê-lo de modo a favorecer a
respiração. Não se deve esquecer que os pequenos corpos estranhos (espinhos de roseira, farpas de
madeira, espinhos de ouriço-do-mar) podem servir de veículo para o bacilo de tétano, o que poderá ser
fatal.

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Socorro aos contaminados por raiva: Os indivíduos com ferimentos produzidos por animais com
hidrofobia (cão, gato, morcego etc.) devem Ter seus ferimentos tratados de maneira já referida no item
de feridas; há, todavia, um cuidado especial na maneira de identificar a raiva no animal agressor, como
também de orientar o paciente, sem perda de tempo, para que faça o tratamento antirrábico imediato; a
rapidez do mesmo será tanto mais imperiosa quanto maior o número de lesões produzidas e quanto mais
próximos da cabeça tais ferimentos.

Socorro ao asfixiado: Em certos tipos de traumatismo como aqueles que atingem a cabeça, a boca,
o pescoço, o tórax; os que são produzidos por queimaduras no decurso de um incêndio; os que ocorrem
no mar, nos soterramentos etc. poderá haver dificuldade respiratória e o paciente corre mais risco de
morrer pela asfixia do que pelas lesões traumáticas. Nesse caso, a identificação da dificuldade respiratória
pela respiração barulhenta nos indivíduos inconscientes, pela falta de ar de que se queixam os
conscientes, ou ainda, pela cianose acentuada do rosto e dos lábios, servirá de guia para o socorro à
vítima. A norma principal é favorecer a passagem do ar através da boca e das narinas; colocar,
inicialmente, o paciente em decúbito ventral, com cabeça baixa, desobstruir a boca e as narinas, manter
o seu pescoço em linha reta, mediante a projeção do queixo para trás, o que se poderá fazer tracionando
a mandíbula com os dedos, como se fora para manter fechada a boca do socorrido; se houver vômitos,
vira-se a cabeça da vítima para o lado até que cessem, limpando-lhe a boca em seguida. Não se deve
esquecer de colocar o paciente em ambiente de ventilação adequada e ar puro. A parada respiratória
requer imediata respiração artificial, contínua e incessante, num ritmo de 16 vezes por minuto, até que
chegue o socorro médico, não importando que atinja uma hora ou mais.

Transporte do paciente: Algumas vezes é indispensável transportar a vítima utilizando meios


improvisados, a fim de que se beneficie de um socorro médico adequado; em princípio, o leigo não deverá
fazer o transporte de qualquer paciente em estado aparentemente grave, enquanto estiver perdendo
sangue, enquanto respirando mal, enfim, enquanto duas condições não pareçam satisfatórias. O
transporte pode por si só causar a morte de um paciente traumatizado. Tomando em consideração essas
observações, devem-se verificar as condições gerais do enfermo, o veículo a ser utilizado, o tempo
necessário ao transporte. Havendo meios de comunicação, será útil pedir instruções ao hospital mais
próximo. Estabelecida a necessidade do transporte, torna-se necessário observar os seguintes detalhes:
- remoção do paciente para o veículo, o que deverá ser feito evitando aumentar as lesões existentes,
sobretudo no caso de fratura de coluna e de membros; em casos especiais, o transporte pode ser feito
por meio de veículos a motor, padiolas e, mais excepcionalmente por avião;
- veículo utilizado: deve atender, em primeiro lugar, ao conforto do paciente; os caminhões ou
caminhonetes prestam-se melhor a esse mister;
- caminho a percorrer: é desnecessário encarecer a importância do repouso dos traumatizados,
evitando abalos durante o transporte; pode ser necessário sustá-lo, caso as condições do enfermo se
agravem;
- acompanhante: a vítima deve ser acompanhada por pessoa esclarecida que lhe possa ser útil durante
a viagem;
- observação: o transporte em avião constitui um dos melhores pela ausência de trepidação e maior
rapidez; todavia, a altitude pode ser nociva para pacientes gravemente traumatizados de tórax, sobretudo
se estiverem escarrando sangue ou com falta de ar.

Questões

01. (CODAR - Motorista II - EXATUS-PR/2016) Quanto a acidentes de trânsito, devemos priorizar o


atendimento àquela vítima que:
(A) Grita desesperada, aparentando sentir muita dor.
(B) Apresenta uma queimadura de segundo grau no braço.
(C) Respira com muita dificuldade.
(D) Apresenta uma fratura exposta na perna com sangramento brando.

02. (COMPESA - Assistente de Saneamento e Gestão - FGV/2016) Para uma vítima de


atropelamento, em que a única lesão preocupante é um corte profundo em uma das pernas, antes da
chegada do socorro deve ser realizada a seguinte ação:
(A) aguardar, pedindo para a vítima não parar de falar.
(B) fazer um torniquete logo abaixo do corte.
(C) realizar uma compressa com pano limpo diretamente no ferimento.

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(D) hidratar a vítima.
(E) levantar a cabeça da vítima.

03. (UFPB - Auxiliar em Assuntos Educacionais - IDECAN/2016) “Os primeiros socorros são
procedimentos básicos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em situação de risco de
vida, procurando manter os sinais vitais bem como impedir o agravamento, até que a vítima receba
adequada assistência.” Com relação a alguns procedimentos em caso de queimaduras, assinale a
alternativa INCORRETA.
(A) Isolar a vítima do agente causador do acidente.
(B) Lavar a área queimada com água corrente limpa.
(C) Colocar compressa de água fria e gelo sobre o ferimento.
(D) Se houver tecido da vestimenta aderido ao ferimento, este pode ser retirado de forma a não
aumentar a lesão, no instante em que se estiver lavando o local.

04. (TRT - 6ª Região/PE - Técnico Judiciário - FCC) Um motorista envolveu-se em um acidente de


trânsito à noite com chuva em uma rodovia cujo limite de velocidade permitido é de 100 Km/h. Não houve
vítimas, mas é necessário sinalizar o local para que não ocorram outros acidentes. Sabendo-se que a
sinalização deve começar antes do local do acidente ser visível, a distância em que ela deve ser colocada
é de
(A) 60 passos largos.
(B) 200 passos largos.
(C) 160 passos largos.
(D) 100 passos largos.
(E) 80 passos largos.

05. (TRT - 6ª Região/PE - Técnico Judiciário - FCC) A vítima de acidente de trânsito está dentro do
carro e não consegue sair porque não sente as pernas. Depois de solicitar socorro especializado e garantir
a sua segurança e do acidentado, a pessoa que socorre deve
(A) acalmar a vítima e avisar que o socorro especializado já foi solicitado.
(B) dar água com açúcar para tranquilizá-la e avisar que o socorro especializado esta chegando.
(C) acalmar a vítima que esta gritando, soltar o cinto de segurança e ajudá-la a sair do carro.
(D) tranquilizar a vítima, dar água para acalmá-la e retirá-la do carro com cuidado.
(E) soltar o cinto de segurança que está dificultando a saída da vítima e retirá-la do carro.

Gabarito

01. C/02. C/03. C/04. B/05. A

Comentários

01. Resposta: C.
Dentre a ordem de prioridades no atendimento das vítimas, aquela que possui muita dificuldade para
respirar (obstrução de vias respiratórias), deve ser a primeira a ser socorrida.

02. Resposta: C.
Recomenda-se nessa hipótese, que se realize uma compressa com pano limpo diretamente no
ferimento

03. Resposta: C.
Não se deve colocar gelo na queimadura, pois este pode gerar uma nova queimadura na região
afetada, agravando ainda mais a lesão. Cumpre destacar ainda que a alternativa “D”, mesmo tendo sido
considerada correta pela banca, poderia ser questionada, tendo em vista que de acordo com as regras
de atendimento pré-hospitalar (APH), não é recomendável a retirada de tecido da vestimenta aderido ao
ferimento, pois pode agravar a região acidentada.

04. Resposta: B.
Recomenda-se que nas rodovias a distância do acidente para o início da sinalização seja de 100
passos longos. Contudo, em caso de chuva, neblina, fumaça ou à noite, dobre os números de passos
Distância do acidente para início da sinalização

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05. Resposta: A.
Normalmente, em um lugar de acidente, há cenas de sofrimento, nervosismo e pânico, além de
situações que exigem providências imediatas. Por isso, independentemente da gravidade da situação,
devemos agir com calma, não tomando nenhuma providência que possa agravar ainda mais o quadro da
vítima, devendo, por esse motivo, sempre solicitado o socorro especializado.

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