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Obs: Há algumas situações específicas em que o direito brasileiro RESPONSABILIDADE DECORRENTE DE OBRA
adota a “Teoria do Risco integral”, segundo a qual não se admite as
A existência da obra em si causa o dano. Responsabilidade objetiva,
excludentes de responsabilidade. São as seguintes situações: Dano
sendo irrelevante saber quem a executou.
decorrente de atividade nuclear, dano ambiental, Crimes ocorridos
Não se trata do dano causado pela má execução da obra. Neste caso
a bordo de aeronaves que estejam sobrevoando o espaço aéreo
quem responde é o executor da obra com base no direito privado. A
brasileiro / atos terroristas.
responsabilidade estatal na má execução da obra será sempre
subjetiva, pois decorre da omissão deste no dever de fiscalizar a
Exceções à Responsabilidade Objetiva: Casos em que a obra.
responsabilidade do Estado será subjetiva: (mesmo assim não
necessitará da demonstração de dolo/culpa de um agente). Teoria
RESPONSAB. DO ESTADO POR ATO LEGISLATIVO
da “culpa do serviço”. Quando o serviço pode não ter sido prestado
ou foi, mas de forma ineficiente, precária. Ex.: se uma pessoa cai Regra: Não enseja a responsabilidade civil do estado. A lei é geral e
em um bueiro completamente aberto, eu não preciso saber qual foi abstrata. O estado é irresponsável por atos legislativos típicos.
o agente público deixou o bueiro aberto ou não providenciou seu Exceção: Se a lei for inconstitucional e causar um dano a alguém
conserto, o fato é que o serviço se apresentou precário ineficiente (requisitos cumulativos), aí o Estado será responsável. Ex.: lei
e o Estado será responsabilizado. diminui a remuneração dos servidores públicos. Ela é
inconstitucional, pois a remuneração é irredutível, e causa um dano
Teoria do Risco Criado/Risco Suscitado: quando o risco decorre de a esses servidores. A responsabilidade pelo ato legislativo será
uma situação em que se cria o risco para alguém a responsabilidade objetiva.
se torna objetiva, mesmo que não decorra de uma conduta direta do
agente. Ex.: um preso mata o outro na prisão ou então um preso DA AÇÃO REGRESSIVA
foge do presídio e assalta a casa ao lado. Houve conduta de agente? Poderá ser proposta pelo Estado em face do agente com
Não, mas a situação presídio é uma situação de risco criado pelo demonstração de dolo ou culpa. É garantia da vítima de ser
Estado mesmo que seja lícito. indenizada sem a discussão de elementos subjetivos.
Atenção: Não é possível que a vítima cobre diretamente do agente!
Teoria da Condicio Sine Qua: Nas situações de custódia por parte
do Estado, para que haja responsabilização do Estado em situações DA DENUNCIAÇÃO À LIDE
de custódia deve ser demonstrado que se não fosse à situação de É possível a denunciação nas ações de regresso? Discussão.
custódia criada, o risco não iria ocorrer. Pelo CPC, sim. Art. 125, II
Pelos princípios do Dto Adm, não.
Fortuito interno/Caso Fortuito: decorre da situação de custódia Para a doutrina, não.
gerando ao Estado responsabilidade objetiva. (Ex: mulher feita Pelo STJ, existem alguns casos que eles disseram sim.
refém em uma rebelião em um presídio. Se não houvesse presídio
não haveria rebelião, então apesar de situação fortuita o Estado LICITAÇÃO (Lei 8.666/93)
responde objetivamente). Procedimento obrigatório que antecede a celebração de contratos
pela Administração Pública.
Fortuito externo/Força Maior: situação fortuita alheia à situação Fundamento Constitucional: 37, XXI e 175 CF/88
de custódia, o que exclui a responsabilidade do Estado. (Ex.: um raio Competência p/ Legislar sobre: Privativa da União. 22, XXVII.
cai na cabeça de um preso e o mata).
FINALIDADES
RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR OMISSÃO •Busca pela proposta mais vantajosa ao poder público.
Há bastante controvérsia. •Garantir a isonomia das contratações públicas.
3ª Corrente: afirma que temos Responsabilidade Subjetiva nos casos •Desenvolvimento nacional.
de omissão genérica e Objetiva nos casos de omissão específica.
Na jurisprudência de nossos Tribunais Superiores são comuns PRINCÍPIOS
decisões que responsabilizam o Estado objetivamente nos casos de 1. “LIMPE”
omissão específica propriamente dita, nos casos de risco criado, 2. Isonomia
como vimos acima em que o estado tem alguém ou alguma coisa sob 3. Vinculação ao instrumento convocatório.
sua custódia, nos casos de culpa do serviço. Por outro lado, nos casos 4. Julgamento objetivo.
de omissão genérica acaba que o Estado muita das vezes não vem 5. Sigilo das propostas.
sendo responsabilizado por não ser considerado garantidor universal TIPOS DE LICITAÇÃO 45
e não ter como evitar sempre o tempo todo danos ocorram.
É dado de acordo com os critérios de julgamento das propostas. São
eles:
PRESCRIÇÃO
•Menor preço;
5 anos - reparação contra atos de pessoa jurídica de direito público •Melhor técnica;
3 anos - reparação contra atos de pessoa jurídica de direito privado •Técnica e preço;
•Maior lance.
RESPONSABILIDADE DO AGENTE PÚBLICO MODALIDADES LICITATÓRIAS 22
SUBJETIVA. Depende de dolo ou culpa. •Concorrência;
•Tomada de preços;
•Empresas públicas que prestam serviços públicos: OBJETIVA •Convite;
(PRIMÁRIA) e DO ESTADO OBJETIVA (SUBSIDIÁRIA). Ex: A senhora que •Concurso;
•Leilão.
FASE EXTERNA: Inicia-se normalmente com o edital ou a carta-
CONCORRÊNCIA: os interessados, na fase inicial de habilitação convite. Em algumas situações é necessária audiência pública (39).
preliminar, comprovam ter os requisitos do edital para execução de A fase externa tem 5 etapas (subfases), quais sejam:
seu objeto.
TOMADA DE PREÇOS: participam da competição apenas os licitantes 1ª Fase: Do Edital/Convocatória:
que forem cadastrados no órgão ou aqueles que se cadastrarem até Edital: instrumento pelo qual são convocados os interessados e no
3 dias antes da data marcada para abertura de envelopes. qual são estabelecidas as condições que regerão a licitação. É a
CONVITE: participam certame apenas os convidados, cadastrados ou regra de todas as modalidades, exceto o convite (que é a carta-
não, devendo ter no mínimo 3 convidados, ou 2 quando comprovada convite).
restrição de mercado. Mesmo não sendo convidado, o interessado Prazos mínimos para o recebimento das propostas ou a realização do
poderá participar da licitação, comprovando seu cadastro no órgão certame, a partir da última publicação do edital resumido ou da
e manifestando interesse em até 24h antes da abertura dos expedição do convite.
envelopes. Nesta modalidade, não há edital. O instrumento 45 dias: modalidades concurso e concorrência, quando o contrato
convocatório é simplificado e denomina-se carta-convite. A Adm. for regido pelo regime de empreitada integral ou quando a licitação
deverá enviar a carta-convite aos convidados e afixar no átrio da for do tipo melhor técnica ou técnica e preço.
repartição, em local visível ao público. 30 dias: modalidades concorrência, nos casos diferentes dos trazidos
CONCURSO: entre quaisquer interessados para escolha de trabalho no item acima, e tomada de preços do tipo melhor técnica ou
técnico/científico/artístico, mediante a instituição de prêmios ou técnica e preço.
remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de 15 dias: modalidades tomada de preços, nos casos diferentes dos
edital publicado na imprensa oficial com antecedência de 45 dias. trazidos no item acima, e leilão.
Ex: concurso para escolha do melhor projeto arquitetônico para 5 dias úteis: modalidade convite.
revitalização do centro histórico de uma cidade. O vencedor da 8 dias úteis: modalidade pregão.
licitação recebe um prêmio/remuneração pelo trabalho adquirido
pelo ente estatal.
Obs1: Se houver alguma modificação no edital será necessária nova
LEILÃO: ocorre entre quaisquer interessados para a venda de bens
divulgação, reabrindo-se os prazos para apresentação das propostas.
móveis inservíveis/apreendidos/penhorados, ou para a alienação de
Obs2: qualquer cidadão poderá impugnar administrativamente o
bens imóveis a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao
edital, devendo protocolar o pedido até 5 dias úteis antes da data
valor da avaliação.
fixada para abertura dos envelopes, devendo a Adm. julgar em até
3 dias úteis. 41, §1º
Acrescenta-se ainda a modalidade PREGÃO (Lei 10.520/02). Presta- Obs3: Decairá do direito de impugnar os termos do edital perante a
se à aquisição, pela Adm., de “bens e serviços comuns” (aqueles Adm. o licitante que não o fizer até o 2º dia útil que anteceder a
cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente abertura dos envelopes.
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no
mercado). Será do tipo menor preço. 2ª Fase: Da Habilitação
Obs: CONSULTA é uma modalidade de licitação exclusiva da Agência
A comissão analisará a documentação e os requisitos pessoais dos
Nacional de Telecomunicações – ANATEL (Lei 9.472/97).
interessados, determinando se os mesmos estão ou não aptos.
Analisa-se qualificação jurídica, regularidade fiscal, situação
DISPENSA DE LICITAÇÃO 17 e 24 econômica e financeira, qualificação técnica.
Regra: exigência de licitação nas contratações da Adm. Pública.
Exceções: Hipóteses de dispensa de licitação. As hipóteses de 3ª Fase: Do julgamento e classificação das propostas
dispensa estão divididas em 2: Os licitantes habilitados passarão a fase correspondente à abertura
dos envelopes contendo suas propostas, que serão julgadas e
A) Licitação dispensada: quando a lei proíbe a realização de ordenadas na ordem de classificação.
licitação. Hipóteses taxativas: Art. 17, Lei 8666/93. Tratam
especialmente da alienação de bens públicos, exceto venda para 4ªFase: Da Homologação
particulares. Atuação vinculada.
Se examina a regularidade do desenvolvimento do procedimento
Obs: Conforme Lei dos Consórcios Públicos (11.107/2005) Art. 2º,
anterior realizado pela comissão licitante. É a ratificação do
§1º, III, o consórcio público também poderá ser contratado sem
julgamento realizada pela autoridade competente.mEx: O
licitação.
Secretário municipal de Educação homologa a licitação para compra
de material escolar feita e julgada por comissão de servidores da
B) Licitação dispensável: quando o gestor pode escolher entre
secretaria.
licitar ou não, utilizando-se critérios de conveniência e
oportunidade. Atuação discricionária. Hipóteses taxativas: Art. 24,
5ª Fase: Da Adjudicação
Lei 8.666/93.
Se atribui ao vencedor o objeto da licitação.
Obs: A adjudicação não confere direito do vencedor à contratação,
Obs: Licitação deserta (24, V): quando não aparece ninguém
mas apenas o direito de não ser preterido por outro classificado,
interessado em participar do procedimento licitatório.
caso a Adm. resolva contratar (50). A contratação ou não é ato
Licitação fracassada (48, §3º): aparecem licitantes, mas estes não
discricionário, que ocorrerá conforme a conveniência e
são habilitados ou não são classificados. Abre-se, então, prazo de 8
oportunidade. A contratação pode não ser realizada em razão do
dias úteis como nova tentativa. Não dando certo, a licitação é
desfazimento da licitação, que pode ser efetivado pela anulação ou
declarada fracassada. Consequentemente, a Adm. deverá realizar
pela revogação.
novo certame licitatório.
ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DE LICITAÇÃO
Algumas hipóteses de licitação dispensável:
Formas de extinção da licitação.
•Contratos de até 10% do valor do convite;
Anulação: Ocorre por uma ilegalidade. Pode ser declarada pelo
•Situações de guerra e grave perturbação da ordem;
Judiciário ou pela própria Adm.
•Situações de urgência/contratações emergenciais;
Revogação: ocorre por motivo de inconveniência ou inoportunidade
•Em casos de licitação deserta.
(mérito). Somente pode ser realizada pela própria Adm. Pressupõe
a ocorrência de um fato superveniente devidamente comprovado
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO 25
(justificado/motivado) e suficiente para o desfazimento do processo
Ocorrerá quando houver inviabilidade de competição. licitatório (49).
Rol exemplificativo: 25, pois sempre que houver uma
impossibilidade de competição nós teremos uma hipótese de SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS 15, §3º
inexigibilidade.
Procedimento que a Adm. pode adotar para compras e serviços
rotineiros, no qual a mesma licita para que os preços simplesmente
FASES DA LICITAÇÃO
fiquem registrados no órgão.
FASE INTERNA: O procedimento da licitação será iniciado com a
abertura de processo administrativo, contendo a autorização REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS – RDC – Lei
respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio 12.462/2011
para a despesa.
Originou-se com a Copa 2014 e Olimpíadas 2016 no Brasil. A Lei para a utilização do bem (ex.: restaurante em uma universidade
12.462/2011, instituiu o RDC, com o objetivo de viabilizar as obras pública).
e contrações necessárias para atender os 2 eventos.
Quanto ao procedimento do RDC, merecem destaque algumas D) Concessão de direito real de uso: contrato administrativo por
características especiais: meio do qual o particular passa a ser titular de um direito real de
a) possibilidade da Adm. contratar mais de uma empresa ou utilização de determinado bem público. Pode ser feito, por exemplo,
instituição para executar o mesmo serviço; quando a Adm. visa à urbanização de determinada área, cultivo da
b) inversão de etapas – julgamento das propostas antes da terra, preservação de comunidades tradicionais. Faz-se necessária
verificação da habilitação; licitação na modalidade concorrência.
c) sistema de disputa aberto com lances públicos ou fechado em que Obs: Formas privadas para utilização de bens públicos também
as propostas devem ser sigilosas até o momento de serem podem ser utilizadas, ou seja, os bens públicos podem ser entregues
divulgadas; em locação, enfiteuse, etc.
d) sigilo dos orçamentos até o fim da licitação;
e) contrato de eficiência (remuneração com base no percentual da GARANTIAS DOS BENS PÚBLICOS
economia gerada). Imprescritibilidade: não sofrem de usucapião (prescrição aquisitiva).
A posse mansa e pacífica sobre determinado bem público não gera
BENS PÚBLICOS aquisição de propriedade, seja o bem afetado ou não. O STF ainda
“São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas diz que, a utilização de um bem público por um particular sequer
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, induz posse, trata-se de mera detenção. 102, CC e art. 182, §3º, CF.
seja qual for a pessoa a que pertencerem.” 98, CC/02
Quanto aos bens de pessoas de direito privado prestadoras de serviço Impenhorabilidade: os bens públicos não podem ser penhorados para
público podemos dizer que são bens privados, mas terão um a garantia em juízo.
tratamento diferenciado, pois estão afetados a prestação de
serviços públicos, em regra, não podendo assim serem penhorados. Não-onerabilidade: significa dizer que sobre bens públicos não
podem incidir direitos reais de garantia (penhor, hipoteca,
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS: anticrese, etc.). Existe a incidência de direitos reais nos bens
públicos, o que não poderá incidir são os direitos reais de garantia.
Quanto à destinação: Alienabilidade condicionada: é possível alienar bem público deste
Bens de uso comum do povo: aqueles que o Estado conserva com a que respeitadas às condições definidas pelo art. 17 da lei 8666/93.
finalidade de serem utilizados pelas pessoas em geral. Ex.: praças, São elas:
ruas, praias, calçadas, etc. A utilização normal desses bens não Desafetação: os bens públicos devem estar desafetados do interesse
depende de autorização do poder público. público. Só se admite alienação dos bens dominicais.
Declaração de interesse público: deve-se declarar que a alienação
Bens de uso especial: são utilizados para a prestação do serviço ou daquele bem é interesse da coletividade.
funcionamento da Adm. São aqueles conservados com finalidade Obs: Se tratando de bens imóveis também se faz necessária a
específica. Ex: prédio de uma repartição, carro oficial, etc. Poderão autorização legal, a avaliação prévia e licitação na modalidade de
ser: concorrência, salvo se adquiridos por dação em pagamento ou
Bens de uso especial direto: são utilizados diretamente pela decisão judicial onde será possível também o leilão.
Adm.
Bens de uso especial indireto: não são utilizados diretamente BENS EM ESPÉCIE
pelo Estado, mas são conservados por ele com uma finalidade Os arts 20 e 26, da CF e o DL 9760/46 definem a quem pertence
específica. Ex: terras indígenas, bens de conservação do meio determinados bens, vejamos:
ambiente, etc. 1- O Mar Territorial é bem da União.
2- A CF/88 diz que todos os recursos naturais encontrados na
Bens dominicais/dominiais: não possuem nenhuma destinação plataforma continental e zona econômica exclusiva pertencem a
pública, mas pertencente a uma pessoa jurídica de direito público. União.
3- 33 contados da linha de maré alta é o chamado terreno de marinha
Quanto à finalidade: e é bem da União. Todos os que residem nesta área são enfiteutas.
Afetados: estão atrelados a uma destinação de interesse público. O terreno de marinha pode possuir acrescidos.
Desafetados: não possuem nenhuma espécie de destinação pública. 4- 150 km contados da fronteira com outros países é a chamada faixa
Obs: A desafetação não pode se dar pelo simples desuso, devendo de fronteira. É indispensável a garantia da segurança nacional pela
então ser formal dependendo de lei ou de um ato administrativo CF, mas não pertence a ninguém. Aqui há bens públicos e bens
específico e concreto. privados. Os públicos estão afetados para a garantia da segurança
USO DE BENS PÚBLICOS POR PARTICULARES nacional e os privados se sujeitarão a algumas restrições também
Utilização dos bens de uso comum do povo de forma anormal. O para garantir a segurança nacional.
Estado deverá verificar se a sua utilização anormal não afetará a 5- Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são terras
utilização normal do bem pelas outras pessoas. Esta utilização de pertencentes à União. São bens de uso especial indireto.
forma anormal poderá acontecer por intermédio de: 6- Terras devolutas pertencem aos Estados-membros, segundo art.
20, II, CF. No entanto, segundo o mesmo artigo as terras devolutas
A) Autorização de uso: ato discricionário e precário (não gera necessárias à fortificação das fronteiras, construções militares,
direito adquirido). Pode ser desfeito a qualquer tempo sem gerar ao comunicação das vias federais e proteção ao meio ambiente são da
particular direito à indenização. Há interesse somente do particular. União.
Ex: casamento na praia. 7- Rios que venham de outro país, que vão para outro país ou que
Obs: Em alguns casos, há uma contratualização da autorização de banham mais de um estado da federação são da União. Rios e
uso, ante a imposição de direitos e obrigações para o Poder Público correntes de águas pertencem aos Estados onde estão localizados.
(ex: prazo a ser respeitado). Trata-se de uma autorização de uso Os rios potências de energia elétrica são da União mesmo que
qualificada, na qual deve-se observar o princípio da impessoalidade, estejam localizados em estados. A possibilidade de extração de
bem como, eventual descumprimento poderá gerar indenização. energia elétrica é da União.
Conforme súmula 479 do STF as margens dos rios navegáveis
B) Permissão de uso: ato discricionário e precário (não gera direito pertencem à União.
adquirido). Pode ser desfeito a qualquer tempo sem gerar ao
particular direito à indenização. Há interesse público. (ex.: banca “Como o teu nome, ó Deus, o teu louvor alcança os confins da terra; a
de revista na rua). tua mão direita está cheia de justiça.” Sl 48:10
Obs: Em alguns casos, há também uma contratualização da
permissão de uso, idem à “Obs” acima.