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NOTAS DO DOCENTE DE PLANEAMENTO E


CONTROLO DE GESTÃO

AULA 1

Tópicos:

1- APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA
2- VISÃO GERLA DO PROCESSO DE PLANEAMENTO
3- PLANEAMENTO ESTRATÉGICO E SUAS UTILIDADES

Bibliográfia consultada:

- CAP. XIV (Planeamento e Orçamentos), Livro de Contabilidade de Gestão de António C. Pires


Caiado, 2003.

- CAP. I (A Empresa e o Seu Meio), Livro de Gestão pelo Método Orçamental de Pierre Lauzel.

- CAP. II (Planos), Livro de Controlo de Gestão ao Serviço da Estratégia e dos Gestores, Jordan
et. al.

- Programa Semestral de Planeamento e Controlo de Gestão.

1 – APRESENTAÇÃO PROGRAMA

2- VISÃO GERAL DO PROCESSO DE PLANEAMENTO

2.1. Breve Introdução

Hoje em dia não é concebível que o gestor possa desempenhar a sua função na empresa sem
dispor de um plano de acção, o qual tem que assentar em pressupostos minimamente válidos.

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Houve autores que desenvolveram estudos sobre a função administrativa, como é o caso de
Henry Fayol que estabeleceu cinco imperativos da gestão: i) prever; ii) organizar; iii) dirigir ou
comandar; iv) coordenar; e v) controlar.

No entanto, o termo gestão aparece em oposição ao conceito de administração, que anda


correctamente associado ao modo como a administração pública se desenrola.

A gestão orçamental abrange as funções de planeamento e controlo, sendo uma aplicação restrita
dos princípios gerais de gestão das empresas.

2.2. Aspectos Fundamentais do Planeamento

Os aspectos fundamentais do processo do planeamento são:

i) Finalidade ou missão que aparece bem definido nos estatutos da empresa;


ii) Objectivos que se traduzem nas metas mais próximas ou fins a atingir (ex:. rendibilidade
do capital próprio, quota do mercado, produtividade, eficiência, nível de vendas, entre
outros);
iii) Estratégias que são os planos elaborados especificamente para fazerem face a certas
actividades de concorrência. Envolvem a mobilização global de todos os recursos
com a finalidade de atingir determinados objectivos.
iv) Políticas que são as normas ou princípios gerais que informam as empresas e que estão
inerentes as decisões dos gestores;
v) Procedimentos que são normas que estabelecem o método habitual de dirigir futuras
actividades;
vi) Regras que são ordenações taxativas;
vii) Programas que são conjuntos de metas, políticas, regulamentos, regras e recursos que
são utilizados para dar curso à acção;
viii) Orçamento que é um relatório dos resultados esperados e expressos de maneira
quantificada. É a tradução em números de todos os outros tipos de planos.

2.3. Planeamento e Programação da Actividade Empresarial

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O planeamento e programação da actividade empresarial podem ser: i) curto prazo (cerca de um


ano); ii) médio e longo prazo (dependendo das características da empresa).

O processo de planeamento envolve a selecção das várias alternativas de desenvolvimento


possíveis da empresa. Na sua escolha há que atender ao seu potencial, os objectivos por ela
fixados e as oportunidades que estão ao seu alcance.

Note que, no potencial da empresa deve-se inventariar os meios de que a empresa dispõe nas
funções:

i) Potencial industrial (estudo da capacidade de fabrico, da eficiência do equipamento


fabril, custo de manutenção, qualidade do produto ou serviço, entre outros);
ii) Potencial comercial (estudo de segmentos de mercado nacional ou internacional, quotas
detidas pelos produtos, situação da concorrência, etc.);
iii) Potencial humano (estudo da qualificação, a idade do pessoal ao serviço da empresa)
com vista adoptar políticas apropriadas na área;
iv) Potencial financeiro (estudo da capacidade financeira da empresa e recorre aos métodos
característicos da analise financeira);

Depois de estudar o potencial da empresa (base da construção do plano) é preciso definir a


política geral da empresa. Assim será possível adaptar os meios e os objectivos, bem como juntar
ao potencial inicial da empresa, os meios necessários para às alterações da dimensão da empresa.

2.4. Articulação do Planeamento a Longo e a Curto Prazo

O Plano de longo prazo envolve:

a) Análise do ambiente externo, que recaí sobre os elementos não controláveis. Ex:.
demografia, forças económicas e sociais, entre outras;
b) Objectivos, que recaí sobre os elementos parcialmente controláveis. Ex:. tecnologia,
regulamentos, clima da concorrência, finanças, preços, matérias primas, etc;
c) Análise do ambiente interno, que recaí sobre elementos controláveis. Ex:. produção,
instalações fabris, pessoal, publicidade, etc.

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Por se turno o plano de curto prazo envolve:

a) Programa de vendas;
b) Programa de produção;
c) Programa de compras;
d) Planos de pessoal;
e) Planos de investigação e desenvolvimento;
f) Planos financeiros;
g) Programa de publicidade;
h) Orçamentos;
i) Preços;
j) Investimentos.

2.5. Fases do planeamento empresarial

São cinco as fases do planeamento empresarial:

a) Estabelecer os objectivos da empresa;


b) Estudar o ambiente em que a empresa vai operar e inventariar os factores externos que
poderão afectar o seu funcionamento;
c) Estudar os recursos existentes com vista a uma gestão mais eficiente na sua utilização;
d) Determinar a estratégia para o cumprimento dos objectivos através dos meios constantes
de um plano global que contenha os objectivos estratégicos;
e) Definição de programas de acção para conseguir os objectivos estratégicos seleccionados
nos planos de longo e de curto prazo, cobrindo pelo menos um período de um ano ou
parte deste e contendo conjunto de indicações idênticos aos do orçamento anual.

3. PLANEAMENTO ESTRATÉGICO E SUAS UTILIDADES

3.1. Processo de Planeamento Estratégico

Com base no ponto anterior, podemos ver que o planeamento estratégico refere-se ao longo
prazo.

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O planeamento estratégico é o processo que conduz a decisão sobre os objectivos da empresa e


das estratégias para os atingir. Este planeamento é da responsabilidade da Direcção Geral da
empresa e envolve uma elevada capacidade de diagnóstico e julgamento.

O processo segue as seguintes fases:

a) Informação, que tem a ver com identificação de ameaças e oportunidades ao meio


ambiente, pontos fracos e pontos fortes da empresa face ao meio;
b) Formulação de alternativas estratégicas, que consiste na identificação de alternativas
estratégicas para solucionar os problemas e aproveitar as oportunidades;
c) Avaliação das alternativas através das análises e estudos sobre as consequências das
alternativas;
d) Decisão que consiste na escolha da alternativa que venha a ser considerada a mais
interessante para o fim em vista.

3.2. Utilidades do Planeamento Estratégico

A utilidade do planeamento estratégico depende da natureza e complexidade das oportunidades e


ameaças com que cada empresa se pode confrontar.

Os factores tecnológicos provocam hoje em dia uma necessidade acrescida de planeamento.

No geral as utilidades do planeamento estratégico são: i) analisar e gerir a mudança; ii) traçar as
vias de desenvolvimento coerente; iii) melhorar os resultados da empresa; iv) permitir a
integração da empresa; e v) servir de instrumento de aprendizagem.

Bons Estudos!

Grupo da disciplina:

- Mestre. Valter Manjate

- Dr. Micas Ngomane

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