Jornal de Umbanda Sagrada

Ano I N° 8 Distribuição Gratuita Bauru, Dezembro de 2000

“Acredito que as transformações vêm

através da busca de caminhos, do com-
prometimento de sermos irmãos, e Nesta edição
Editorial acima de tudo da parcela de Amor que
Salve, queridos lei- cada um possa dar em nome de quem se Surgimento da
tores! fez homem para ser a luz da humanida- Umbanda - Parte II
Esta é a última edi- de.” pág.02
ção do ano de 2000,
e tivemos o cuidado A defumação: seus
de tentar encerrá-lo Origens na palavra de um efeitos astrais e
com chave de ouro.
Tivemos a colabora-
Preto Velho físicos -
pág.03
ção de vários irmão, “- Nessa terra têm muita zim fiarada, né zim
tais como: Sr. Luíz fio? Mas pra ser um fio, têm que tê um pai, né? E
Ferreira (dirigente Breve comentário
esse zim pai, zim sempre oiado essa fiarada que
do Centro Espírita sobre Exú -
ele colocado nessa terra.” Pág. 02.
Caboclo Estrela, de pág. 04
Marília - SP), que nos Tabú e preconceito com EXÚ
prestigiou com a ma- Filosofia está na
téria da Manipulação arte de viver -
das Ervas, de ótimo “Cria-se um tabu a respeito de como deve ser o
pág. 06
conteúdo. comportamento da Entidade:ele não deve rosnar,
Têm participado não deve babar, não deve fumar, não deve beber,
Mãe Oiá -
também nosso que- não deve ser muito torto mas também não pode
pág. 07
rido e saudoso irmão ser ereto...” Pág. 03.
Sr. Fortes de Luaê,
presidente da Socie-
dade de Cultura Afro
A Lenda de Orugãn Manipulação das
Ervas -
Brasileira “Guardiões “No princípio do mundo, existiam indivíduos pág. 05
de Luaê”, que tem nos incapazes de ouvir, ver e calar, era no Reino de
presentiado com seu Abeokutá na África e no reino de Obatalá, chegou e muito mais,
conhecimento sobre ao ponto desses indivíduos se transformarem em confira...
a cultura afro, procu- clamor público.” Pág. 05.
rando tirar os véus dos
mitos e influênciando Banhos Ritualísticos
muito na vida de seus
“A Umbanda é uma religião naturalmente ritualística, isto é, seus fun-
seguidores. Leia na
damentos são absorvidos através da prática, saindo do campo mental e
pág. 05, sobre Ifá.
Agradecemos a to- materializando-se através de rituais.” Pág. 07.
dos que tem nos dado
força e grande apoio
Rituais na Umbanda
durante o decorrer “Desde um banho de ervas, feito em casa, se começa o ritual. Para o
deste ano e dos que preparo do ambiente, costuma-se ,fazer defumação, firmar velas com as
virão, recebam nosso devidas orações ao Criador e Orixás, a fim de evocar sua presença”. Pág. 06.
sincero saravá e os
mais puros votos de
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Jornal de Umbanda Sagrada Bauru, Dezembro de 2000 - Página 2 -

O Surgimento da Umbanda Origens na palavra de um

Parte II
2. Razões do Surgimento
Preto Velho
Um fato fundamental é expor os antecedentes do Espiritis-
mo no Brasil. O país, por sua própria formação católica, herança Rodrigo Queiróz
do período colonial, onde portugueses e espanhóis impuseram
Existem muitas teorias sobre os motivos do sur-
primeiramente aos índios aqui encontrados e, posteriormente
gimento do ritual de Umbanda, mas na busca de uma
aos escravos importados, seus valores e suas crenças nunca con-
explicação simples e direta, fui na gira de Preto Velho
tou com número muito grande de seguidores de outras crenças
consultá-los. Foi quando perguntei ao Pai Cipriano sobre
e/ou de livres pensadores, por causa da pressão exercida pela
a origem divina do ritual e ele me respondeu:
igreja católica romana e pela própria sociedade somente hoje
- Nessa terra têm muita zim fiarada, né zim fio? Mas
é que há realmente liberdade de crença.
pra ser um fio, têm que tê um pai, né? E esse zim pai, zim
Na verdade, indiretamente, quem abriu ao Brasil as por-
sempre oiado essa fiarada que ele colocado nessa terra.
tas do espiritismo primeiro e do espiritualismo depois não
Chegou uma era, zim tempo em que toda essa
foi um fato religioso, mas sim um fato econômico, pois os
fiarada chamava por esse zim Senhor Pai. Mas esta
vastos recursos postos a disposição dos senhores do café e da
fiarada estava longe do Pai, por causa de muita vai-
lavoura em geral brasileira levaram os novos ricos a gastarem
dade, orgulho e muito zim sentimento ruim nessa terra.
suas fortunas com visitas aos centros culturais e de lazer da
Daí zim fio, nosso Pai precisava ajudar essa fiarada
Europa, principalmente París, foco das idéias liberalizantes
para caminharem de encontro a Ele. Entã, zim fio, Ele
da Revolução Francesa, da declaração dos direitos do homem
preparou essa terra e plantou uma semente que depois ia
e libertação dos grilhões da igreja tradicional que tornou-se
se chamar de zim Umbanda. Plantou, zim fio, e colocou
alvo de contestadores e livres pensadores, permitindo que suas
água nessa semente fazendo essa semente crescê que
idéias até então reprimidas pudessem aflorar livremente, sem
era estimular a Fé. Porque não ia adiantá nada essa
medo de ser taxado de bruxo ou de louco. Alguns médiuns e
árvore zim cresce e não ter essa fiarada a raiz para ir
sensitivos puderam passar a procurar respostas as suas dúvidas
nessa árvore e colher as frutas.
nas experiências das irmãs Fox e nas obras de Allan Kardec
Aí essa árvore foi crescendo até chegá no nosso
e no conhecimento da possibilidade de comunicação com
senhor e toda essa fiarada começou a buscar essa ár-
os espíritos. Dos estudos preliminares passou-se às sessões
vore que é a Umbanda Sagrada para serem ajudados.
de efeitos físicos e posteriormente as comunicações diretas
E todos esse espíritos começaram a vestir roupa branca
através dos médiuns.
para serem iguais, zim sendo espírito bom, zim espírito
A nossa sociedade “tupiniquim” deliciava-se com todas
evoluído, zim espírito que viveu nessa terra.
as novidades estrangeiras e, assim como tudo que vinha da
Começaram a ser iguais e então iniciou a Umbanda
França, tinha aceitação imediata. Não poderia ser diferente
Sagrada, aonde toda fiarada vai até os terreiros em
com os fenômenos espíritas: em princípio eram conhecidos
busca de nosso Senhor Jesus Cristo e onde Cristo pode
e praticados pela aristocracia, que depois tornou-se pedante
dar ajuda pra seus fios e pode fazer eles escutar suas
e preconceituosa; quem em vida não houvesse sido alguém
mensagens. Então foi por isso que a Umbanda foi criada
muito rico, conhecido, importante, não deveria se manifestar
e da mesma maneira foi com todas as outras religiões.
nas sessões então chamadas de mesas brancas, e quando um
Entendeu zim fio?
médium incorporava um espírito que em vida anterior havia
sido escravo, era convidado a retirar-se e, se teimava a dar
Foram nestas sábias palavras do Pai Cipriano, no seu
passagem a um tipo escravo, o médium era acusado de prati-
jeito meigo e simples que pude enxergar que a raiz da
car baixo espiritismo, desprezado e impedido de freqüentar a
Umbanda está na humildade e fé e em todos os lugares
sociedade. Portanto, a Umbanda teve suas razões de surgir no
e pessoas que queiram praticar o bem ao próximo. Sem
universo das religiões.
cobranças de títulos e elogios, sem demonstração de
De um lado, os africanos não incorporavam espíritos dos
vaidade e orgulho. Praticando o bem pelo bem!
morto (eguns); de outra parte, os dirigentes kardecistas não
Infelizmente, ainda assim muitas pessoas se per-
admitiam em suas sessões a manifestação de espíritos de índios
dem neste caminho, achando ser complexo o Ritual de
e negros incorporados em seus médiuns. Então se estabeleceu
Umbanda Sagrada.
uma lacuna entre os cultos de nações e os cultos de mesa branca,
É simples seguir o Ritual de Umbanda Sagrada,
sem a possibilidade daqueles espíritos se manifestarem para
basta seguí-lo com simplicidade!
atender a reclamos e necessidades da maioria da população do-
minante nas cidades situadas entre a classe alta e a mais baixa.
Salve Pai Cipriano!
Como se disseminavam as macumbas e feitiçarias, não
Salve os Pretos Velhos!
havia meios de combatê-las; os negros por sobrevivência pra-
Saravá a Umbanda!
ticavam as macumbarias e o kardecismo, mais doutrinário, não
possuía força para enfrentá-las. Era necessário o advento da
Umbanda para preencher a lacuna e dar combate às ligações do
mal e amparo aos necessitados marginalizados pela união de
quatro troncos principais: os cultos de Nações, o Catolicismo,
a Pajelança e o Kardecismo.
No primórdio de suas atividades, baseava-se na mediunida-
de pura e mais tarde incorporou-se rituais, objetos e sistemas
atendendo solicitações de mentores negros e índios para
manipulação de magia, que degenerou em alguns aspectos,
cujos pontos obscuros analisaremos adiante, com relação a
outros cultos semelhantes.
Continuamos na próxima edição...
Saravá!
Jornal de Umbanda Sagrada
A defumação: seus efei-
tos astrais e físicos
“Defuma com as ervas da Jurema, defuma com
arruda e guiné, com alecrim, benjoim e alfazema
Vamos defumar filhos de fé”...
Deus, perfeito em sua criação, dotou o Homem de
vários sentidos, para que seu espírito tivesse assim portas
de comunicação com o mundo físico, ajudando-o a viver,
integrar-se e evoluir nesta escola chamada Terra. Dentre
estes sentidos está o olfato, que ao captar os aromas, nos
despertam lembranças e associações, aflorando nossas
emoções e fazendo-nos rir, ou chorar de saudades.
Quem já não voltou ao passado, sentindo fragrâncias
que fizessem lembrar a infância distante? Ou, para nós
umbandistas, que ao sentirmos o aroma provindo do
charuto ou cachimbo, não lembramos imediatamente de
nossos queridos Pretos-Velhos e Caboclos ?!. Assim,
através dos aromas podemos ficar relaxados, agitados,
próximos ou afastados de pessoas, coisas ou lugares.
Por este motivo, os templos do Egito antigo, dos Hin-
dus, Persas, e hoje os templos umbandistas, católicos,
esotéricos etc. Sensibilizam o olfato através dos odores
da defumação, harmonizando e aumentando o teor das
vibrações psíquicas, produzindo condições de recepção
e inspiração nos planos físico e espiritual.
Além de influenciar em nossas vibrações psíquicas,
as ervas utilizadas na defumação são poderosos agentes
de limpeza vibratória, que tornam o ambiente mais
agradável e leve. Ao queimarmos as ervas, liberamos em
alguns minutos de defumação todo o poder energético
aglutinado em meses ou anos no solo da Terra, absorção
de nutrientes dos raios de sol, da lua, do ar, além dos
próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo,
projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais
que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto
da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva,
vingança, inveja, orgulho, mágoa, sensualidade etc.
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se
uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas,
permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes,
pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou
desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas
auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas,
que põem em fuga alguns desencarnados de vibração
inferior. Os antigos Magos, graças ao seu conhecimento
e experiência incomuns, sabiam combinar certas ervas
de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras in-
transponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam
turbar-lhes o trabalho de magia.
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-
magnéticas para os espíritos inferiores, seu poder é tem-
porário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração
são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos
turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior
(Lei de Afinidades). Portanto, vigilância quanto ao nível
dos pensamentos e atos.
Convém lembrar que ao manipular o defumador,
deve-se estar concentrado, a fim de se potencializar seus
efeitos, impedindo assim que este ato litúrgico-magístico
de limpeza psico-espiritual se transforme apenas em ato
mecânico de agitação do turíbulo.
Salve a Defumação !!!
Saravá!!!
(Texto extraído do site
www.jornalumbandahoje.com.br)
Bauru, Dezembro de 2000 - Página 3 -
Tabú e preconceito com EXÚ
Alexandre Cumino
Antes mesmo de desenvolver , os médiuns que nunca
incorporaram já ouvem várias historias de como deve ser
a manifestação de seu exú, assim incutindo preconceito no
médium que já possui um certo receio decorrente do “mito”
criado por praticantes da nossa religião. Cria-se um tabu a
respeito de como deve ser o comportamento da Entidade:ele
não deve rosnar, não deve babar, não deve fumar, não deve
beber, não deve ser muito torto mas também não pode ser
ereto, não pode ser mau educado, nem falar palavrão e se
não corresponder as expectativas não é entidade de lei!!!
Será mesmo? Uma vez um preto velho me disse: “Filho
os Guias são como são , e não como o cavalo quer que
ele seja”. Acontece de o exú precisar fumar um cigarrinho,
beber um ou dois dedinhos de pinga, para baixar a vibra-
ção do médium . Em alguns casos isso resolve problemas
como exús que mal conseguem se manifestar através da
incorporação, e por um problema de sintonia só babam
e rosnam, tente conversar, ofereça-lhe “um marafo” , um
cigarrinho e observe as melhoras. Ninguém irá incentivar
a bebedeira nem o descambo do comportamento, apenas
usar o bom senso, o fato de um exú ser todo recurvado e
comandar uma gira não implica em que todos os outros
serão como ele, o que há é respeito mas não a “clonagem”
do comportamento.
Exús “boca suja” costumam incorporar em mé-
dium em igual condição, por afinidade, se o médium
melhora de comportamento igualmente o exú se acostuma
e na convivência vai mudando também, sim porque esta-
mos falando aqui do nosso exú de trabalho incorporante e
o mesmo passa muito tempo ao nosso lado numa simbiose
em que muito da nossa personalidade é passado a ele e
muito da dele é passado a nós. Demorei a entender e assi-
milar o que aqui está escrito, fora um trabalho lento e de
mútuo aprendizado com os EXÚS que sustentam nossos
trabalhos, sou eternamente grato a eles pela paciência e
pela sabedoria com que “homeopáticamente” me foram
esclarecendo da maneira como melhor trabalhariam em
nossa casa.
SALVE EXÚ, SALVE POMBA GIRA!!!
UM ABRAÇO DE VOSSO IRMÃO EM OXALÁ!
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Jornal de Umbanda Sagrada
Breve comentário sobre Exú
Rodrigo Queiróz
Laroiê Exú! Assim saudamos nossos compadres
em todos os trabalhos.
Mas quem é Exú? Quem são estes seres que nos
mostram ser misteriosos e algumas vezes horripilan-
tes? Estas perguntas passam pela cabeça de qualquer
um nos primeiros contatos com eles.
Bem, muitos são os pontos de vista e explicações
sobre Exú. Uns dizem ser o demônio, outros, espíritos
sem luz, e outros ainda dizem representar o pênis.
Assim vão correndo os mitos e mitologias sobre Exú.
No entanto, relataremos o nosso ponto de vista pelo
que nos foi mostrado por eles. Segundo alguns estudos
psicológicos, observa-se que Exú nada mais é do que a
manifestação íntima e sombria do médium. Através de
Exú o médium libera suas vaidades, defeitos e medos.
Mas olhando pelo aspecto espiritual, o que se vê
na verdade, são seres que sempre estão prontos a nos
atender e nos proteger esclarecendo-nos e conduzindo-
nos a caminhar dentro da Lei Divina. São realmente os
Guardiões de Lei e da Lei de Umbanda e verdadeiros
guardas protetores dos médiuns e terreiros prontos a
praticar o bem e a caridade sem nada em troca.
Muitas coisa temos a dizer sobre Exú, mas com
palavras não sei dizer o quanto amo vocês! Deseja-
mos esclarecimentos a todos que procuram ajuda, que
encontrem um Exú de Lei no seu caminho, pois após
este enconto jamais sua vida será a mesma. Assim
foi conosco.
Deixamos aqui nosso sincero saravá a um Exú de
Lei que sempre nos amparou e nos apresentou esta
maravilhosa religião!
Saravá todos Exús!
Salve Sr. Tranca Ruas!
Laroiê Exú!!!
Toca da Coral
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Bauru, Dezembro de 2000 - Página 4 -
Colégio Magno de Umbanda
Pai Benedito de Aruanda
Alexandre Cumino
Tivemos a oportunidade de presenciar solenidade que
com certeza traduz os ideais e objetivos deste “Colégio
Magno” . Foram comemorados a formatura da primeira
turma de ”Teologia de Umbanda”, formação da primeira
egrégora menor de “Magia das Sete Chamas Sagradas” com
1.111 formados, lançamento de mais dois livros (A Magia
Divina das Velas, A Princesa dos encantos) trazidos do plano
astral, lançamento oficial do site www.colegiomagno.com.
br, e do curso virtual de teologia pelo site www.tocadacoral.
com.br entre outras surpresas mais...
Presidiu a mesa Pai João Baptista de Menezes Ladessa
presidente do “Superior Órgão de Umbanda do Estado de
São Paulo”, como paraninfo Pai Joãozinho 7 pedreiras, e a
mesa Pai Mário Paulo, Pai Francelino de Xapanã, Dr.Vagner
Veneziani da editora Madras, Dr.Valter de Estefani,
Antonio Fernando Pereira (tustão) presidente da “União
Umbandista de Amparo e Região”, Mãe Adelaide Scritori
e Osmar Scritori Presidente da “Fundação Cobra Coral”,
Pai Élcio de Oxalá presidente da “Escola de Curimba Pai
Élcio de Oxalá”, Pai Rogério do “Templo Estrela Azul”,
Mãe Esmeralda, Elizabet Coneza e Eduardo da Abrater,
entre outros....
O presidente da mesa e seu paraninfo discursaram para
um público de mais de 1.300 pessoas , onde expressaram os
valores e a importância da Magia das Sete Chamas Sagradas
e de Nossa Amada Umbanda .
Dentro de um clima altamente propício, todas aquelas
pessoas pareciam estar muito emocionadas e contentes,
por estarem juntos por um mesmo ideal. E foi neste clima
fraternal que manifestou-se através de seu médium (Ru-
bens Saraceni) o Sr. Caboclo das Sete Espadas da Lei e da
Vida (Seimam Hamiser), trabalhador das hostes de nosso
Pai Ogum Megê.
Com sua presença foram evocados os Oguns individuais
dos médiuns presentes, que incorporados fecharam a prote-
ção do local o transformando em um grande templo, aberto
a divina manifestação do sagrado na Umbanda , após sua
“firmeza” , se fez presente uma enorme falange de cabo-
clos do fogo, os presentes foram convidados a incorporar
falangeiros desta grande corrente astral.
Foi um momento de grande emoção para os presentes,
que mesmo de origens e terreiros distintos pareciam uma
única família.
Obs.: O “Magno Colégio de Umbanda Pai Benedito
de Aruanda” é uma instituição existente no astral, e tem
se manifestado ao plano material através de uma vontade
divina, a formação de sua primeira egrégora menor é um
marco pois a partir dela se abre a próxima egrégora menor
que será a “magia das sete pedras” que só propciará abretura
para a próxima (“magia das sete espadas”) quando a mes-
ma alcançar sua formação de egrégora menor, O Mentor
Seimam Hamiser (caboclo sete espadas) tem, através do
plano astral, supervisionado e passado todas as coordena-
das para que tudo isto chegue ao plano material, além de
todas estas benesses também temos recebido através de
psicografia inúmeros romances, que pela mediunidade de
Rubens Saraceni tem esclarecido um pouco mais a respeito
de muitos outros assuntos, ainda obscuros para a maioria
dos Umbandistas, assim como a atuação de Exú dentro da
religião ( esclarecido no livro “o guardião da meia noite”).
Que Oxalá abençoe todos!
Saravá!!!
Jornal de Umbanda Sagrada Bauru, Dezembro de 2000 - Página 5 -

Fé
Fortes de Luaê
No mundo atual, onde existem inúmeras religiões, que diferem em muito dentro dos dogmas, das tradi-
ções e dos ensinamentos, num ponto todas são iguais, elas só existem pôr causa da válvula que impulsiona o
homem, a FÉ.
Mas o que vem a ser a fé? Um sentimento misterioso que faz com que verdadeiros milagres aconteçam e
talvez seja o mais precioso presente do criador.
A verdadeira fé só tem valor acompanhada de ações, se você ama a sua religião lute pôr ela, seja digno
de pertencer a esta religião, assim a sua fé pode servir de espelho para outras pessoas que se encontram com
problemas iguais aos que um dia você já passou e pôr causa da sua fé conseguiu solucionar.
Em todas as religiões existem muitos tipos de fé. Analisemos cada um desses tipos:

Fé que visa a graça: o interesse concentra-se apenas nas graças que se deseja alcançar. Deus e o mundo
ficam em segundo plano. As pessoas visam somente ao próprio bem. Sabem aproveitar-se da fé, mas não
sabem agradecer e retribuir os favores divinos. Aproveitar-se da fé significa colocar Deus em segundo plano,
abaixo do homem. As graças se alcançam adorando Deus. A fé que visa somente a graça, sobrevive pôr pouco
tempo, acabando pôr perder-se.
Fé oportunista: é a dos que se mostram indiferentes enquanto a religião que professam for desconhecida
na sociedade, mas procuram participar das suas atividades quando ela se torna famosa e se expande.
Fé passiva: é daquele que vive agradecendo, dando a impressão de ter grande fé, mas não chega a pensar
na melhora da humanidade, que é o objetivo divino. Como não há ação, pôr ser uma fé passiva, sua existência
é apenas figurativa.
Fé interesseira: é a das pessoas sumamente astutas, que procuram aproveitar-se da religião para fazer um
negócio, ou acalentam alguma outra ambição. Quem cultiva esse tipo de fé, abandona a religião assim que
verificar a impossibilidade de tirar proveitos.
Fé mediúnica: é a dos que baseiam tudo na simples incorporação de espíritos. Isso de maneira nenhu-
ma é condenável, o problema é que eles acreditam facilmente nas palavras de espíritos de baixa categoria e
alegram-se com falsas predições e com mistificações. Não deixa de ser uma heresia.
Fé egoísta: é a das criaturas extremamente egoístas, que fazem oferendas, romarias a entidades muito
conhecidas, tendo pôr única finalidade receber graças exclusivamente para si. São tipos perigosos que nunca
se interessam pelas dificuldades sociais e humanas.
Fé ostensiva: é a daqueles que gostam de se mostrar, de receber elogios, de ser apreciados e bem falados.
Trata-se de fé superficial, que não consegue desligar-se do egoísmo.
Fé ocasional: é a das pessoas que comparecem ao templo ou terreiro quando ninguém mais lembra delas.
Tais pessoas afastando-se, dão a impressão de abandono de fé, mas não é propriamente isso. Elas vão aos
templos e terreiros de vez em quando como sonâmbulas, sem ao menos saber porque.
Fé volúvel: seus adeptos não conseguem manter-se numa religião. Gostam de conhecer outras e vivem
sempre mudando de crença. Portanto jamais alcançam graças verdadeiras. Não passam sem religião mas vivem
confusos. Aceitam opiniões com a maior facilidade. Não deixam de ser infelizes.
Fé superficial e caprichosa: é a fé manifestada pôr pessoas especialmente caprichosas, que não conseguem
concentrar-se numa religião, como no caso de possuidores de fé volúvel. Os adeptos vivem mudando de uma
para outra crença. São peregrinas da religião.
Fé comodista: os adeptos aproveitam-se dos deuses e da fé para satisfazerem seus interesses. Assemelha-se
a fé egoísta e encontra-se com maior freqüência no meio de líderes e orientadores religiosos.
Fé farisaica ( impregnada de falsidade): é quando o adepto aparenta fé, mas no fundo não reconhece a
existência de um Deus. É o tipo que engana facilmente os outros com sua lábia. Com o tempo a pessoa tende
a se revelar e desaparecer.
Lembre-se que a fé verdadeira não corresponde a nenhum desses tipos.

Sociedade de Cultura Afro Brasileira

“Guardiões de Luaê
A/C Fortes de Luaê

Fone: (14) 212-2200 até 18:00h

Rua: Araújo Leite, 7-20
Centro - Bauru / SP
CEP – 17010-160
Jornal de Umbanda Sagrada
Filosofia está na arte de viver
Para refletir
Umbanda, quem és?
- Quem sou? É difícil determinar.
Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.
Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o
som das selvas e das senzalas.
Sou o cântico que chama ao convívio seres de ou-
tros planos.
Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a
cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da
Ibejada, o nirvana do Indu e o céu dos Orixás.
Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o
charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pomba-Gira
e o doce do Ibejê.
Sou a gargalhada da Padilha, o requebro da Cigana,
a seriedade do Tranca-Rua.
Sou o sorriso e a meiguice de Maria Conga e de
Cambinda; a traquinada de Mariazinha da Praia e a
sabedoria de Urubatão.
Sou o fluído que se desprende das mãos do médium
levando a saúde e a paz.
Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se
mistura ao perfume suave do incenso.
Sou o Templo dos sinceros e o teatro dos atores.
Sou livre. Não tenho Papas.
Sou determinada e forte.
Minhas forças? Elas estão no homem que sofre e
que clama por piedade, por amor, por caridade.
Minhas forças estão nas entidades espirituais que
me utilizam para seu crescimento.
Estão nos elementos. Na água, na terra, no fogo e
no ar; na pemba, na tuia, no mandala do ponto riscado.
Estão finalmente na tua crença, na tua Fé, que é o
elemento mais importante na minha alquimia.
Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no
fundo, na última partícula da tua mente, onde te ligas
ao Criador.
Quem sou?
Sou a humildade, mas cresço quando combatida.
Sou a prece, a magia, o ensinamento milenar, sou
cultura.
Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperan-
ça. Sou a cura.
Sou de ti. Sou de Deus.
Sou Umbanda. Só isso.
Sou Umbanda.
Saravá Umbanda
Saravá Caboclo das Sete Encruzilhadas
Saravá todos os Orixás, Guias e Mentores que atu-
am nesta seara sagrada e bendita.
Saravá todos os irmãos de fé - não importa de que
atalho da estrada, porque por certo todos levam ao
mesmo destino - que com humildade e amor batalham
para que a Umbanda cresça.
Saravá quem faz dela o templo e saravá também a
quem
ainda faz dela um teatro. E como cantamos na Tenda:
“Deixa a Umbanda melhorar filhos de fé... oi deixa a
Umbanda melhorar”...
Elcyr Barbosa
(Mensagem enviada por e-mail)
Bauru, Dezembro de 2000 - Página 6 -
Rituais na Umbanda
Alexandre Cumino
Do dicionário Aurélio, Ritual: 1 relativo a rito/2culto/3
cerimonial,etiqueta. Rito: As regras e cerimônias próprias
da prática de uma religião/2 culto religioso. Podemos
também definir o ritual como sendo todo o conjunto de
procedimentos, metódicamente adotado por nós, afim de
preparar o ambiente ou situação propício para que se pos-
sa (no caso da Umbanda) dar início, manter e concluir a
manifestação religiosa.
Desde um banho de ervas, feito em casa, se começa o
ritual. Para o preparo do ambiente, costuma-se ,fazer de-
fumação, firmar velas com as devidas orações ao Criador
e Orixás, a fim de evocar sua presença, “bater cabeça”,
entoar os cantos (hino da umbanda e abertura da gira)
dando o prosseguimento normalmente com as incorpora-
ções, manutenção do trabalho e fechamento da gira. Cada
casa tem o seu ritual, onde o mesmo se amolda, segundo
a concepção das pessoas e as necessidades das entidades
da casa. Dificilmente encontraremos casas com o mesmo
ritual, e embora muitos não aceitem esta diversidade, é ai
que está a riqueza da Umbanda, pois ela aceita as pessoas
como são, e se amolda a sua maneira de enxergar ao Criador
e suas divindades Orixás.
Muitos se preocupam demasiadamente com o ritual, re-
almente ele tem a sua importância, mas acima de tudo estão
os sentimentos, os quais animam as pessoas envolvidas com
a fé e o sacerdócio, pois se algo faltar aos nobres e puros
de coração , com certeza será esclarecido pelas entidades
da casa, mais eu ainda lhes digo , que em um trabalho feito
com amor pouco faltará. “ Os espíritos de alta hierarquia
são simples e nobres , e gostam da simplicidade do ritual”.
Mas não precisamos falar, que os Guias de cada um, com
o amor e paciência característicos, possam ir amoldando
os rituais a suas necessidades, a nós Umbandistas a alegria
de ver que Umbanda não é estática e sim vibrante, viva,
e atuante em nossas vidas.Tanto quanto evoluirmos, nas
décadas e séculos que virão, nossa amada Umbanda tam-
bém estará nos acompanhando, de maneira que, como e tal
qual ela foi idealizada, jamais será um culto atrasado para
o “seu” tempo....
Um abraço a todos e que nosso pai Oxalá abençoe,
ilumine e inspire as necessidades ritualisticas de cada um.
Jornal de Umbanda Sagrada Bauru, Dezembro de 2000 - Página 7 -

Banhos Ritualísticos Mãe Oiá

Parte I
Rodrigo Queiróz
A Umbanda é uma religião naturalmente ritualística, isto Oiá é a orixá do Tempo e seu
é, seus fundamentos são absorvidos através da prática, sain- campo preferencial de atuação
do do campo mental e materializando-se através de rituais. é o religioso, onde ela atua
Um dos fundamentos importantes dentro da Umbanda, como ordenadora do caos
é a manipulação de energias através dos elementos da religioso.
natureza, visando o equilíbrio de seus praticantes. Um dos
importantes rituais e que será objeto deste pequeno estudo, O “Tempo” é a chave do
é o banho ritualístico. mistério da Fé regido pela nossa
Antes de adentrar diretamente no assunto sobre banhos amada mãe Oiá, porque é na eter-
ritualísticos, faz-se necessário comentar alguns outros nidade do tempo e na infinitude
tópicos, que tem relação direta ou indireta com os banhos. de Deus que todas as evoluções acontecem.
A orixá Oiá forma um pólo magnético vibratório e ener-
Os tópicos serão : gético oposto ao do orixá Oxalá, e ambos regem a linha da
ANATOMIA ESPIRITUAL HUMANA Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda, que são
OS ELEMENTOS DA NATUREZA as sete irradiações divinas do nosso Criador. Logo, o campo
AS ERVAS de atuação de nossa amada mãe Oiá é o campo da fé, onde
BANHOS RITUALÍSTICOS flui a religiosidade dos seres, todos em continua evolução.
Oiá é a regente cósmica da linha da Fé, e tempo é o vazio
*ANATOMIA ESPIRITUAL HUMANA cósmico onde são retidos todos os espíritos que atentam
contra os princípios divinos que sustentam a religiosidade
O ser humano é constituído de vários corpos, cada na vida dos seres. “Tempo”, eis as qualidades, atributos e
um tendo suas próprias funções e níveis energéticos, indo atribuições negativas de Oiá, de que tanto falamos e aler-
do mais denso (corpo físico) ao mais sutil (corpo mental). tamos aos supostos pais de Santo ou magos negros que
Os corpos que serão objetos de estudo, serão o corpo recorrem ao “Tempo” para prejudicar seus semelhantes
físico e o corpo astral ou perispírito. com seus ebós sujos e suas magias negras.
O Corpo Físico: É o nosso veículo de expressão com o Oiá é a orixá regente do pólo negativo da linha da Fé,
mundo material. É constitu- que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda e com Oxalá
ído por energia condensada, assentado em seu pólo positivo, dão sustentação a todas as
isto é, energia que vibra em manifestações da fé e dão amparo a todos os “sacerdotes”
baixíssima freqüência. Este virtuosos e guiados pelos princípios divinos estimulado-
corpo é reflexo direto de nos- res da evolução religiosa dos seres. Quando Oiá “vira no
so corpo espiritual. Assim, tempo”, seja contra um seu filho direto quanto um seu filho
qualquer desequilíbrio no indireto (que têm a coroa regida por outros orixás), então
corpo astral, o corpo físico sua vida entra em parafuso e só deixará de rodar quando
refletiria através de doenças, esgotar tudo de desregrado e desvirtuado que nela existia.
desequilíbrios mentais, dese- Isto é Oiá, amados filhos dos orixás! Mãe religiosa por
quilíbrios orgânicos, gastos sua excelência divina, mas mãe rigorosa por sua natureza
energéticos excessivos, etc. cósmica, cujo principal atributo junto dos espíritos humanos
O corpo físico é constituído é o de esgotar o lobo sanguinário que oculta-se por baixo
de órgãos que compõe vários da pele de cordeiro. Enquanto Oxalá é irradiante, Oiá é
sistemas, temos então, o absorvente, e enquanto os filhos de Oxalá são extroverti-
sistema respiratório, diges- dos, os de Oiá são introspectivos e até um tanto tímidos,
tivo, ganglionar, etc. Todo pois a natureza forte de sua mãe divina exige deles uma
este organismo consome certa “beatitude” já que, das mães divinas, ela é a mais
energia e é mantido através ciúmenta por seus filhos amados e a mais rigorosa com os
de processos respiratórios e seus filhos relapsos.
alimentares, pelo lado mate- Isto é Oiá, amados filhos das nossas amadas mães di-
rial. Pelo lado espiritual este vinas! Se ela é assim, é porque ela é a orixá que junto com
organismo físico é mantido pelo corpo astral, que envia-lhe Oxalá, rege a primeira linha de Umbanda, que é a linha da
energias sutis, através dos chacras ou centros energéticos. Religiosidade. Logo, os filhos de Umbanda, que têm em
Continuamos na próxima edição... Oxalá o divino Pai da Fé, também devem cultuar a divina
Saravá!!! mãe Oiá. Com ele no pólo positivo e ela no pólo negativo,
forma-se o par dos orixás excelsos que regem a linha da
Fé e estimulam a religiosidade nos seres.
Salve Mamãe Oiá!!!

Sociedade de Cultura Afro Brasileira (trechos extraídos do livro “O Código de Umbanda

Sagrada”, de Rubens Saraceni).
“Guardiões de Luaê
A/C Fortes de Luaê

Fone: (14) 212-2200 até 18:00h Visite o Jornal de Umbanda Sagrada no site
Rua: Araújo Leite, 7-20 www.tocadacoral.com.br
Centro - Bauru / SP
CEP – 17010-160
Jornal de Umbanda Sagrada
FEUCESP
Federação Espírita de Umbanda e
Candomblé do Estado de São Paulo
Dia 10 de Novembro de 2000 o JUS presen-
ciou a inauguração da nova sede e do templo da
FEUCESP, a federação dirigida pelo Pai Evan-
dro de Ogum realizou um trabalho espiritual
com a presença de vários chefes de terreiros.
O novo endereço da sede é Rua Alfredo
Zumiani, 1-77, Jd. Tangarás, Bauru - SP.
Fone: 230-4557
Os trabalhos do templos são realizados todos
os sábados á partir das 19:00h.
Visite o site
www.colegiomagno.com.br
Manipulação das Ervas
*Luíz Ferreira
Nesta edição vamos relatar algumas doenças e as
ervas para combatê-las.
Ácido Úrico: quem poderia imaginar que o chá da
famosa tiririca (espécie de erva daninha) é bom para
quem tem ácido úrico? Mas é isso mesmo. Faça um
chá e beba várias vezes ao dia, sem adoçar. Se preferir
pode deixar cascas de maçã secar ao sol e, uma vez
secas, fazer um chá e tomar. Ainda na linha dos chás:
ferva cinco folhas de sabugueiro em um litro de água
durante dois minutos. Tome a cada três horas, como se
fosse água. Mas se voçê não é muito a fim de chá, então
pode comer diariamente saladas de agrião temperadas
somente com sal e azeite.
Frieira: a melhor coisa para as frieira é secar bem os
dedos logo após o banho, de preferência com secador.
Se mesmo assim ela persistir então esprema o talo das
folhas de couve de manhã e à noite. Pode ainda friccionar
cebola amassada ou banhar o local com água de cozi-
mento de folha de mandioca. Tem mais. Pode banhar os
pés todos os dias com chá de barbatimão ou então deixar
os pés de molho em chá de urtiga por alguns minutos.
Amígdalas: as folhas de eucalipto são excelentes
para as amígdalas inchadas. Faça um chá e quando
estiver fervendo acrescente umas pitadas de canela em
pó. Espere esfriar e tome á vontade, frio. Já molhar um
pano no chá de erva-de-santa-maria e depois enrolá-lo
no pescoço, é ótimo para quem tem inflamação nas
amígdalas. Mas a pessoa não pode pegar friagem. O
remédio caseiro mais comum continua sendo o gargarejo
de água morna.
*Luíz Ferreira é dirigente espiritual do Centro
Espírita Caboclo Estrela de Marília - SP.
Bauru, Dezembro de 2000 - Página 8 -
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