______________________________________________________________________________________________________
Os deslocamentos u e v, segundo as
∂u ∂2 w
εx = = −z ⋅
direções indicadas na Figura F.8, dos pontos ∂x ∂ x2
da placa situados fora da superfície média e (F.5)
(neutra) são dados, no campo dos pequenos ∂v ∂2 w
εy = = −z ⋅
∂y ∂ y2
deslocamentos, por
______________________________________________________________________________________________________
γ2
σx =
E
(
⋅ ε x + νε y ) y,v
1- ν 2
y y
mento como sendo
σ1 σ1
τxy τxy τyx
τyx τyx τyx τyx τxy Myx
σ1 σ1 τxy τxy Mxy
τyx
y y
τxy
Figura F.11 Tensões Normais de Tração e de
Cisalhamento nos Pontos da Superfície Inferior Figura F.12 Momentos de Torção
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
∂w
=0 A equação diferencial (F.14), que rege o
∂x
fenômeno da flexão de placas finas no campo
e, finalmente, no caso da borda ser livre dos pequenos deslocamentos, não apresenta
incorporam-se as seguintes condições de solução exata para a maioria dos casos.
contorno Os problemas da Teoria das Placas se
∂2 w ∂2 w resolvem mediante a utilização de métodos
Mx = +ν =0
∂ x2 ∂ y2 numéricos e analíticos. Uma grande quanti-
dade de métodos foram desenvolvidos para a
∂3 w ∂3 w
Vx = + =0
∂x 3
∂x ∂y 2 resolução do problema de flexão de placas,
As principais variáveis a serem determinadas
x são as deflexões e os momentos fletores.
A seguir, apresentam-se alguns dos métodos
mais populares utilizados para a descrição do
y
comportamento à flexão de placas finas
Figura F.13 Borda Paralela ao Eixo Y sujeitas a pequenos deslocamentos.
______________________________________________________________________________________________________
trigonométrica. Assim sendo, qualquer carre- Pode-se obter a deflexão de uma placa
gamento pode ser representado, aproximada- retangular simplesmente apoiada com carre-
mente, por séries duplas de Fourier. Tal repre- gamento uniforme p[kN/m2], indicada na
sentação, mediante utilização da equação F.14, utilizando-se a série dupla
(F.14), conduz a solução da função deslo-
camento no tipo trigonométrica. mπx n πy
∞ ∞ sen sen
16 p
Tomando-se apenas os primeiros termos w= ∑∑ a b
π 6D m n m2 n2
2
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
O coeficiente de Poisson
relativo às deformações elás- Figura F.16 Laje Armada em uma só Direção
ticas será suposto igual a 0,2.
L
P
! P
B B P'
5pyL 4
A f=
384EI
L
Figura F.19 Faixas Resistentes ao longo do Vão
Figura F.17 Flexão das Faixas Resistentes Maior (Corte BB – Figura F.17)
______________________________________________________________________________________________________
L
4 o quadrado da relação entre os lados. Assim,
px = py
! para a relação entre os lados igual a 2,
sendo px o quinhão de carga relativo ao vão o momento principal é quatro vezes o valor do
menor. momento de distribuição. Nessas condições,
Sabe-se que os máximos momentos admite-se desprezar a influência do momento
fletores nas faixas resistentes ortogonais, de distribuição no cálculo do momento
simplesmente apoiadas, valem principal assumindo-se a solução dada pela
! ! ! ! l
5p! 4 2p! 4 p! 4
f=
384EI
f=
384EI
f=
384EI p! 2 −p!2 −p! 2
M= M= M=
8 8 12
9p!2 p! 2
M= M=
128 24
P P P P P P
a a a a b b a a
! ! ! ! ! !
−Pa2b
3/2 2 3
Pa ! 2− a 2 Pa (! − a)2 a 1/2
2P (! − a) a −Pa ( !2−a2)
f= f= f= M= 2 2 2 M=
3EI! 3 6EI 2! + a 3EI (! + 2a)
2 Pab 2! 2 Pab (2 ! + a) 2Pa b !2
M= M= M=
! 2! 3 ! 3 para a>!/2
p P p P
M M
! ! ! ! ! !
p! 4 P! 3 M! 2
f= f= f= −p! 2 M = −M
8EI 3EI 2EI M= M = −P!
2
Figura F.20 Flechas em Vigas ou Lajes Armadas Figura F.21 Máximos Momentos Fletores em Vigas
em uma só Direção ou Lajes Armadas em uma só Direção
______________________________________________________________________________________________________
Tabela F.1 Comparação dos Resultados de uma D.=.E.h3./.12.(1-ν2) aumenta à medida que
Placa Quadrada com Carregamento Uniforme cresce o coeficiente de Poisson. A diminuição
DEFLEXÃO do valor da rigidez à flexão, em função da
SOLUÇÃO (CENTRO DA PLACA)
adoção do coeficiente de Poisson nulo, leva a
NAVIER
3,080 cm deflexões maiores na placa.
(ν=0,2)
CZERNY A solução de Navier foi obtida tomando-
3,156 cm
(ν=0)
MEF se os 200 primeiros termos da série infinita.
3,002 cm
(ν=0,2) Portanto, a solução não é exata devido ao
truncamento da série infinita. Sabe-se que as
______________________________________________________________________________________________________
13 ⋅ (0,30 ⋅ 3 ⋅ 6)
gA = = 1,95 kN/m 2
36
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
NBR-6118
5. Segurança
!
Figura F.23 Deflexão em uma Laje (ou Viga)
5.4 Coeficientes de minoração
LIMITAÇÃO DE FLECHA PARA BALANÇOS
5.4.2.2 Estados limites
de utilização ! !
fp ≤ flim = fq ≤ flim =
Em geral deverá ser consi- 150 250
derada a solicitação de cálculo carga total carga acidental
Sd = Sgk.+.χ Sqk.+.Sεk f
O valor do coeficiente χ
será 0,7 para as estruturas de !
edifícios e 0,5 para as demais.
Figura F.24 Deflexão em um Balanço
______________________________________________________________________________________________________
506,50
Verificação da Flecha devida ao
Carregamento Total
! 4,825
f lim = = = 0,0161m
300 300
ωq!4 0,0277 ⋅ 1,50 ⋅ 4,825 4 ponde à Faixa III, a qual sustenta a alvenaria
fq = = = 0,0034 m
Eh 3
19.196.812,2 ⋅ 0,07 3 de 2,70 metros. A partir do carregamento
calculado anteriormente, e reapresentado na
! 4,825
f lim = = = 0,0096 m Figura F.26, tem-se que a flecha na extremi-
500 500
dade livre da faixa resistente em balanço será
f q = 0,34 cm ≤ flim = 0,96 cm ok!
p! 4 P! 3 M! 2
fp = + +
8EI 3EI 2EI
EXEMPLO DIDÁTICO F.2: Verificar as flechas que corresponde a superposição dos resulta-
totais e acidentais na faixa resistente mais dos da Teoria das Vigas. O momento de
desfavorável da laje em balanço do Exemplo inércia na faixa resistente e o módulo de
D.2, de acordo com a NBR-6118. Adotar a deformação do concreto valem
resistência característica do concreto igual a
bh 3 1⋅ (0,14 )3
fck=20 MPa e considerar nos cálculos largura I= = = 0,00022867 m 4
12 12
( )
unitária para a faixa resistente. Determinar a
E C = 0,6 ⋅ 6600 ⋅ 20 + 3,5 = 19196,8122 MPa
espessura mínima da laje com base nos
limites estabelecidos pela Norma NBR-6118. E C = 19.196.812,2 kN/m 2
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
0,12 10,21 2764,34 0,158 0,800 Figura F.28 Dimensões, Esquema Estático e
Carregamentos da Laje L1 do Exemplo D.1
0,10 9,71 1599,73 0,265 0,800
Cálculo dos Momentos Fletores
0,08 9,21 819,06 0,502 0,800
A partir daTabela 6, tem-se para L/!=1,05
0,07 8,96 548,71 0,738 0,800
______________________________________________________________________________________________________
p! 2 5,84 ⋅ 4,825 2
M y= = = 4,15 kN ⋅ m m
32,8 32,8 hp=1,00m LAJE L2 hm=2,70m hp=1,00m
ep=0,12m h=14cm em=0,12m 1,20m ep=0,12m
− p! 2 − 5,84 ⋅ 4,825 2
M ye = = = −8,00 kN ⋅ m m
17,0 17,0 hp=1,00m
ep=0,12m
4,50
deve-se considerar os momentos fletores nas
482,50
três faixas distintas, de acordo com a Teoria
4,15
M
III
!
II
Figura F.31 Carregamentos da Laje em Balanço I
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________