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Índice

Introdução ......................................................................................................................... 1
Mostradores ...................................................................................................................... 2
Mostradores electrónicos digitais ................................................................................. 2
Papel electrónico ....................................................................................................... 2
Mostrador de cristais líquidos (LCD)........................................................................ 3
Mostrador de díodo emissor de luz (LED) ................................................................ 5
Mostrador de plasma ................................................................................................. 6
Mostrador de matriz de pontos .................................................................................. 7
Conclusão ......................................................................................................................... 8

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Introdução
Maior parte das actividades realizadas pelo homem, actualmente estão associdadas de
forma directa a tecnologia. Uma dessas tecnologias indispensáveis no quotidiano são as
telas, também conhecidas como mostradores ou displays que está presente, embora de
forma despercebida, a cada instante de nossas actividades. Consultar as horas num
relógio, verificar o resultado de uma operação na calculadora, acompanhar um
programa na televisão ou ler a placa da rota num autocarro semicolectivo são alguns dos
exemplos que se podem dar sobre como as telas estão sempre presentes.
O presente trabalho fala sobre os mostradores electrónicos digitais, onde serão listados
os mais comuns tipos destes dispositivos e descritos seus princípios básicos de
funcionamento, apresentando, também algumas vantagens e desvantagens destas
tecnologias.

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Mostradores
Um mostrador (ou display, em inglês) é um dispositivo para a apresentação
de informação, de modo visual ou táctil, adquirida, armazenada ou transmitida sob várias
formas. Quando a informação de entrada é fornecida como um sinal eléctrico, o display
é chamado de "display (ou "painel") electrónico". Displays electrónicos estão disponíveis
para apresentação de informação tanto sob forma visual quanto táctil.
Displays electrónicos tácteis destinam-se, geralmente, a deficientes visuais e usam partes
electromecânicas para actualizar dinamicamente uma imagem táctil (geralmente, de
texto), de forma que a imagem possa ser inferida através dos dedos. [1]

Existem disponíveis vários tipos de mostradores, que são divididos em mostradores


electrónicos analógicos e mostradores electrónicos digitais.
O tipo mais comum de mostrador electrónico analógico é o de tubo de raios catódicos
(TRC), que tem visto sua aplicação sendo substituída por tecnologias mais recentes.

Mostradores electrónicos digitais


Uma vasta gama de mostradores digitais pode ser listada, desde os que já estão em uso
até aos que ainda estão em fase de descoberta ou aprimoramento, não sendo ainda
populares ou comerciais.
Os tipos mais comuns de mostradores digitais são:
 Papel electrónico;
 Mostrador de díodo emissor de luz (LED);
 Mostrador de plasma;
 Mostrador (display) de cristais líquidos (LCD).
 Mostrador de matriz de pontos

Papel electrónico
Conhecido também como tinta electrónica ou electronic ink (e-Ink), é formado,
basicamente, por duas camadas transparentes que possuem no meio micro-esferas que
são responsáveis pela impressão da imagem.
Estas microesferas contêm pigmentos magnéticos brancos e pretos. Através da
combinação destes pigmentos é possível obter os tons de cinza.
Todas estas cores são distribuídas nos inúmeros pontos da tela e acabam formando a
imagem. Estes pigmentos são posicionados magneticamente, ou seja, se é necessário
formar um ponto preto, os pigmentos brancos são levados para o fundo, enquanto os
pigmentos pretos vão para a frente. Para um ponto branco, o processo é inverso. [2]

A imagem 1 ilustra a composição do papel electrónico.

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Figura 1: Composição do papel electrónico.

Fonte: [2]

Legenda:
1. Camada superior (a parte da tela para a qual nós olhamos)
2. Camada transparente de eléctrodos
3. Microcápsulas transparentes (as esferas)
4. Pigmentos brancos com carga positiva
5. Pigmentos pretos com carga negativa
6. Fluído transparente
7. Camada de eléctrodos dos pixels
8. Camada de suporte inferior (a que fica na parte de trás da tela)
9. Luz
10. Ponto branco
11. Ponto preto

Esta tecnologia não usa luz para formar as imagens. A luz do item 9 da figura representa
apenas a luz do ambiente. Por isso esta tecnologia é chamada de e-Ink, ou papel
electrónico, pois ela imita um ponto impresso através do posicionamento dos pigmentos.
E é aí que se desvenda o grande segredo desta tecnologia não cansar a vista: como não é
emitida nenhuma luz, isso causa muito menor incómodo na vista, e temos a sensação de
estarmos lendo em papel, não cansando tanto nossos olhos. [2]

Mostrador de cristais líquidos (LCD)

No mostrador LCD é usada uma tecnologia que consiste no uso de cristais líquidos para
formar a imagem.
O monitor LCD é formado por uma tela de cristal líquido iluminada por trás (backlight)
por uma lâmpada CCFL (fluorescente), que emite luz branca e que ilumina as células de
cores primárias (verde vermelha e azul).
Os cristais líquidos são substâncias que têm sua estrutura molecular alterada quando
recebem corrente eléctrica. Em seu estado normal, estas substâncias são transparentes,
mas ao receberem uma carga eléctrica tornam-se opacas, impedindo a passagem da luz.
Para formar a tela de um monitor, uma fina camada de cristal líquido é colocada entre
duas camadas de vidro. Estas finas placas possuem pequenos sulcos, isolados entra sí,
cada um com um eléctrodo ligado a um transístor. Cada um destes sulcos representa um
dos pontos da imagem. Esta junção por sua vez é colocada entre duas camadas de um

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elemento polarizador. Atrás desta tela é instalada uma fonte de luz, geralmente composta
de lâmpadas fluorescentes (usadas por gerarem pouco calor) ou então LEDs, responsáveis
pela iluminação da tela. A figura abaixo ilustra a composição de um LCD.

Figura 2: Composição de um LCD.

Fonte: [3]

No caso de LCDs mono-cromáticos, cada ponto da tela corresponde a um dos pontos da


imagem. Já no caso dos monitores coloridos, cada pixel da imagem é formado por um
grupo de 3 pontos, um verde, um vermelho e outro azul. Os pixels são pequenos pontos
de imagem que, somados, compõem um quadro inteiro, formando uma imagem.
As figuras a seguir ilustram os LCDs monocromáticos e coloridos.

Figura 3: LCD monocromático.

Fonte: [3]

Figura 4: LCD colorido.

Fonte: [3]

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Existem actualmente duas tecnologias de fabricação de telas de LCD, conhecidas como
matriz passiva (DSTN) e matriz activa (TFT). As telas de matriz passiva apresentam um
ângulo de visão mais restrito, e um tempo maior é necessário para a imagem ser
actualizada. Enquanto num monitor CRT, um ponto demora cerca de 15 a 20
milissegundos para mudar de cor, num monitor LCD de matriz passiva são necessários
entre 150 e 250 milissegundos. Por essa razão é tão difícil ver o cursor do mouse na tela
de um notebook, ou mesmo rodar programas ou jogos que demandem mudanças rápidas
de imagem de uma forma aceitável. A própria imagem nestes monitores apresenta uma
qualidade inferior, devido ao baixo contraste. Felizmente os monitores de matriz passiva
são encontrados apenas em equipamentos antigos, não sendo mais fabricados
actualmente.[3]
Os LCDs de matriz activa, usados actualmente, já apresentam uma qualidade muito
superior, com um tempo de actualização de imagem mais próximo do dos monitores CRT,
entre 40 e 50 milissegundos. [3]
Vantagens e desvantagens
Vantagens:
 Ideal para salas iluminadas: por ter uma imagem mais opaca que a LED, devido a
película sobre o cristal líquido, o monitor emite menos luz e diminui o efeito da
iluminação ambiente sobre os olhos;
 Ideal para imagens estáticas: como as de filmes e jogos de computador mais lentos
e para leitura e produção de textos muito longos;
 Preço mais baixo: um pouco inferior ao dos monitores LED.
Desvantagens:
 Imagem opaca e translúcida: o que dá menos brilho à imagem;
 Menor definição de cores: como a imagem é mais opaca, as cores são menos reais;
 Oscilação de brilho: devido a emissão de luz das lâmpadas CCFL oscilarem, o
brilho da imagem também não se mantém muito estável durante toda a
transmissão;
 Uso de mercúrio;
 Maior gasto de energia;
 Mais espessas: devido as lâmpadas CCFL, que são maiores que as LED.

Mostrador de díodo emissor de luz (LED)

Um monitor LED tem aparência e funcionamento muito parecido ao do monitor LCD, a


principal diferença é o tipo de lâmpada usada no backlight (fundo do mostrador) para
gerar as imagens. As imagens são geradas a partir da iluminação de díodos de luz (as
lâmpadas LED), que não levam mercúrio em sua composição.
Vantagens e desvantagens
Vantagens:

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 Cores mais vivas e puras: como o cristal líquido filtra melhor esse tipo de luz a
definição das cores é melhor;
 Não há perda de brilho: como a lâmpada de LED não oscila a emissão de luz, o
brilho se mantém por igual. Isso também possibilita uma regulação de luz mais
precisa;
 Não há alteração de cores durante a transmissão: como o brilho não oscila e as
cores são bem definidas, não a mudanças dos tons reais da cor, nem mudanças da
cor de uma mesma imagem na transição de cenas.
 Não usam mercúrio: diferentemente das lâmpadas CCFL usadas no monitor LCD,
as LED não usam mercúrio. Uma garantia de não poluição do solo ou das águas
no futuro;
 Podem ser mais finos que os LCD: algumas chegam a 3 cm de espessura;
 Baixo nível de consumo de energia: até 40% menor que um LCD.
Desvantagens:
 Preço mais elevado: não chega a ser uma desvantagem de facto, já que a economia
de energia como tempo acaba compensando a diferença no valor;

Mostrador de plasma
O processo de formação de imagem em uma tela de Plasma é um dos grandes
responsáveis pela sua alta taxa de contraste e, por isso, talvez seja o maior diferencial do
produto em relação às telas de LCD e LED.
Em uma TV de Plasma, a tela que se visualiza é, na verdade, um composto com duas
finas placas de vidro. Entre essas placas existem uma série de eléctrodos que recebem
sinais de vídeo decodificados e os exibem de maneira precisa. Para que os eléctrodos
sejam activados e exibam as cores correctas eles necessitam de Plasma, uma substância
que não está disposta dentro da tela em estado permanente.
A transformação acontece dentro de cada um dos pixels. Cada pequeno quadrado é
subdividido em três partes. Cada uma das partes representa uma cor do perfil RGB. Cada
uma dessas três partes dentro do pixel é composta pelo elemento químico fósforo. Essa
substância tem como característica o facto de emitir luz quando bombardeada por raios
ultravioleta. A combinação das cores e a luz emitida formam um ponto de imagem.
Para que essa emissão de luz seja possível é preciso levar em consideração que, além de
fósforo, outros dois elementos químicos compõem cada subpixel: o xenônio (Xe) e o
neônio (Ne). Todos eles estão dispostos em estado gasoso.
Quando um impulso eléctrico é exercido sobre todas essas substâncias, elas se misturam
e se transformam em uma espécie de líquido. Esse líquido é chamado de Plasma. A
descarga acontece em uma fracção de segundos e, após a corrente eléctrica, o Plasma se
torna estável outra vez, voltando à forma gasosa.
A transformação dos gases em líquido e, posteriormente, a transformação do líquido em
gás faz com que os eléctrodos liberem energia. Essa energia é liberada em forma de raios
ultravioletas, os elementos necessários para emissão de luz e consequente formação das

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três cores primárias. A intensidade de cada uma das cores, combinadas, forma uma cor
única. [4]
O efeito de burn-in
Um dos eventos relacionados às telas de Plasma com muita frequência é o efeito burn-
in. Ele acontece quando a tela exibe por um tempo contínuo uma mesma imagem estática.
Ao desligar a TV,por exemplo, é possível perceber uma espécie de “mancha”, marcando
a tela.
Esse fenómeno não é uma exclusividade das telas de Plasma e pode ocorrer também em
LCDs e LEDs. Actualmente, os novos produtos lançados no mercado atenuam
significativamente esse efeito, mas isso não significa que se esteja 100% livre dele.
A exibição de uma imagem estática de maneira contínua faz com que o fósforo presente
na composição das telas de Plasma assuma uma forma modular permanente. Em outras
palavras, é como se ele “queimasse” o pixel, comprometendo a capacidade dele de se
agitar e formar novas cores.
Nas telas de LCD e LED, como o processo químico é menos intenso, a probabilidade
do burn-in ocorrer é remota, mas não está descartada. Fenómenos similares como a
“queima” de pixels, que pode ocorrer quando o aparelho extrapola a sua vida útil, fazem
com que o risco exista.

Mostrador de matriz de pontos


Um display de matriz de pontos é um dispositivo usado para exibir informações nas
máquinas, relógios, indicadores de destino de autocarros e muitos outros que requerem
um dispositivo de exibição simples de resolução limitada. O visor é composto por uma
matriz de luzes ou indicadores mecânicos dispostos em uma configuração rectangular
(outras formas também são possíveis, embora não seja comum) de tal forma que por ligar
ou desligar luzes, textos ou elementos gráficos podem ser exibidos. O controlador de
matriz de pontos converte as instruções de um processador em sinais que ligam ou
desligam as luzes na matriz de modo que a exibição requerida é produzida.[1]
Um exemplo de uma imagem reproduzida num mostrador de matriz de pontos é mostrado
na figura 5.

Figura 5: Mostrador de matriz de pontos.

Fonte: [1]

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Conclusão
Os mostradores digitais são uma das mais indispensáveis tecnologias para o crescimento
ou desenvolvimento de qualquer actividade. Dos mostradores que foram apresentados
no trabalho, pode-se constatar que o processo de formação de cor nas telas de LED, não
se difere em nada das telas convencionais de LCD. A diferença fica por conta de um
reforço que auxilia o processo a exibir cores mais intensas e precisas.
Tecnicamente, toda vez que se refere à “tela de LED” está se falando de uma tela de
LCD com painel de LED.
Também se pode tirar a ilação de que o processo de formação de imagem em uma tela
de Plasma é um dos grandes responsáveis pela sua alta taxa de contraste e, por isso
mesmo, talvez seja o maior diferencial do produto em relação às telas de LCD e LED.

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Bibliografia
[1]. https://pt.wikipedia.org/wiki/Display. Acessado no dia 19/07/2018.
[2]. https://hightechgirlblog.com/2014/04/o-que-e-papel-eletronico/. Acessado no dia
19/07/2018.
[3]. https://www.hardware.com.br/livros/hardware-manual/como-funciona-lcd.html.
Acessado no dia 19/07/2018.
[4]. http://energiainteligenteufjf.com/como-funciona/como-funciona-tela-de-tvs/.
Acessado no dia 19/07/2018.
[5].

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