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Rev.

Jediel Martins
Evangelhos

Rev. Jediel Martins


O Gênero
Evangelho

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O que os evangelhos são?
• Os Evangelhos são ricos em narrativas, que recontam a
ação de Jesus, demonstrando que o Reino de Deus está
presente, e que Jesus é o Messias, o qual chama seus
seguidores para viverem no Reino de Deus.
• Deve-se atentar para o que as ações de Jesus ensinam
sobre Ele, como elas apresentam o sucesso do Reino de
Deus e como os discípulos reagiram às ações de Jesus.
Ele os chama para voltarem os corações para a
obediência à Lei do Antigo Testamento, motivado pelo
amor a Deus e ao próximo.
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O que os evangelhos são?
• Gera perguntas como: quem é Jesus nessa narrativa? O que essa
narrativa fala sobre a sua pessoa? O que Jesus está ensinando ou
falando sobre si mesmo? Como os personagens da narrativa
respondem a Jesus?
• As histórias dos milagres, por exemplo, não foram registradas com o
objetivo de se tornar padrão. Pelo contrário, funcionam como
ilustrações vitais do poder do reino irrompendo através do ministério
do próprio Jesus. De modo indireto, podem ilustrar a fé, o medo ou o
fracasso, mas esta não é a sua função primária. Mesmo assim,
histórias tais como a do Jovem rico em Marcos (10.17-22 e paralelos)
ou o pedido de sentar-se à destra de Jesus (Marcos 10.35-45 e
paralelos) estão colocados num contexto de ensino, em que a
própria história seve como ilustração daquilo que está sendo
ensinado. Rev. Jediel Martins
O Gênero Evangelho
• Não existe na forma “pura”, mas contêm também um
numero de outros gêneros. Por exemplo: apocalíptica
(Mc 13; Mt 24; Lc 21); cânticos ou hinos (Lc 1 e 2; Mt
11.25-30; João 1 - prólogo) e profecia (encontrada em
alguns discursos de Jesus).
• A designação de gênero estabelece as expectativas
dos intérpretes e determina as perguntas que eles
fazem sobre o texto. Assim, a designação de gênero é
um passo inicial na interpretação.

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O Gênero Evangelho
• Biografia ?: “A biografia antiga é a narração em prosa acerca da vida
de uma pessoa, apresentando fatos supostamente históricos que são
selecionados para revelar o caráter ou a essência dos indivíduo,
geralmente com o propósito de afetar o comportamento”.
• História Dramática ?: “a história não é ignorada e não é propositalmente
violada, mas é transmutada numa forma que pode atrair grande número
de pessoas que estão separadas dos eventos originais por barreiras de
tempo, de cultura e de interesses especializados”.
• Um Gênero Único ?: “Esse é o único gênero totalmente novo criado pela
Igreja e o autor de Marcos recebeu o crédito por ele”. “As histórias da
vida de Jesus foram chamadas entre os próprios cristãos de
evangelhos..., estabelecendo uma reivindicação para o aparecimento
de um novo gênero de escrita, para o qual nenhuma das categorias
correntes serviria”.
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O Gênero Evangelho
• Seleção de material – Os evangelhos, como todos os escritos de
História, necessariamente, são seletivos ao escolher que eventos e a
respeito de quais aspectos desses eventos eles escreverão.
• Rearranjo de Material – Além de selecionar seu material, os escritores
dos Evangelhos os organizaram para adaptá-lo aos seus propósitos
particulares.
• Modelação de Material – Os escritores dos evangelhos também
modelaram o material de acordo com seu propósitos.
– Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino de
Deus (Mt 5.3)
– Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus
(Lc 6.20)
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Singularidades dos evangelhos
• Os evangelho proclamam o clímax dos atos de Deus na
história humana
• Falam do cumprimento da profecia do Antigo Testamento
e continuam onde a narrativa e a profecia do Antigo
pararam: eles continuam a narrativa da vinda do reino de
Deus.
• Enquanto os profetas proclamam que o reino viria no
futuro, Jesus proclama que ele já veio: “é chegado o reino
de Deus sobre vós” (Mt 12.28; Jo 12.31).
• Apresentam o mesmo tipo de história escrita que nós
encontramos na narrativa hebraica – uma “visão religiosa
da História”.
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Singularidades dos evangelhos
• Como os livros do Antigo Testamento de Samuel-Reis e
Crônicas, os quatro Evangelhos do Novo Testamento
lidam com os mesmos eventos históricos, em
consequência, convidando à comparação de um
com o outro.
• Apesar das similaridade, o gênero evangelho é distinto
e requer uma discussão separada.

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Semelhanças
• Mateus usa 51% das palavras de Marcos e Lucas 53%, um fato que
costuma ser explicado pela teoria de que Mateus e Lucas usaram
Marcos (ou a fonte de Marcos) como uma de suas fontes.
• Se Mateus e Lucas usaram Marcos como usa de suas fontes, eles
deliberadamente rearranjaram detalhes na ordem de Marcos – não
porque eles pensassem que Marcos estava errado, mas porque
causa de um rearranjo tópico melhor adaptado aos propósitos deles.
• Mateus e Marcos ampliaram a narrativa de Marcos no início com as
narrativas da infância e das genealogias que remontam a Abraão e
Adão, respectivamente e, no final, com o mandamento missionário
de Jesus e o relator do Espírito Santo guiando a Igreja “até os confins
da terra”.

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Características do Gênero
Evangelho
• Kerygma – O Novo Testamento liga evangelho com verbos de
discurso e de resposta, e nunca com verbos de escrita e de
leitura. Evangelista nesse período significava um arauto, um
proclamador de boas-novas, e não um escriba ocupado com
sua pena de escrever.
• Boas-Novas – Um propósito primário é anunciar as boas-novas de
que o reino de Deus é vindo a terra na pessoa de Jesus Cristo,
que trouxe consigo a possibilidade de perdão dos pecados e o
dom da vida eterna.
• A centralidade de Jesus e do Reino de Deus – Os evangelhos se
concentram primeiro e principalmente em Jesus Cristo; a
preocupação deles, nas palavras de Lucas, é “relatar todas as
coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar” (At 1.1)

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Bibliografia
• CARTER, T. G., DUVALL, J. S., & HAYS, J. D. (2014). Pregando a Palavra de
Deus - A arte de preparar e ministrar mensagens bíblicas. Rio de Janeiro:
Central Gospel.
• CHAPELL, B. (2007) Pregação Cristocêntrica, Restaurando o sermão
expositivo: Um guia prático e teológico para a pregação bíblica. São
Paulo: Cultura Cristã.
• FEE, G. D., & Stuart, D. (2008). Entendes o que lês? São Paulo: Vida Nova
• GREIDANUS, S. (2006). O Pregador Contemporâneo e o Texto Antigo. São
Paulo: Cultura Cristã.
• HENDRICKS, H. G. (1998). Vivendo na Palavra. São Paulo: Batista Regular.
• OSBORNE, G. R. (2009). A Espiral Hermenêutica: uma nova abordagem à
interpretação bíblica. São Paulo: Vida Nova.
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