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Biogeografia da América do Sul: padrões e processos

Book · January 2011

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2 authors:

Claudio J. B. De Carvalho Eduardo Almeida


Universidade Federal do Paraná University of São Paulo
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Systematics and Biogeography of Chrysidini Wasps (Hymenoptera: Chrysididae) View project

Systematics of the genus Ipsiura Linsenmaier, 1959 (Hymenoptera: Chrysididae): Phylogenetic relationships with other Chrysidini taxa and
among its species View project

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BIOGEOGRAFIA DA AMÉRICA DO
SUL: PADRÕES E PROCESSOS
NOTA
A Editora, os Organizadores e os Colaboradores não se responsabilizam por quaisquer consequências advindas
do uso das informações contidas neste livro.
A Editora
BIOGEOGRAFIA DA AMÉRICA DO
SUL: PADRÕES E PROCESSOS

CLAUDIO J. B. DE CARVALHO

Doutor em Ciências (Entomologia) pela Universidade Federal do Paraná. Professor Titular do Departamento de
Zoologia da Universidade Federal do Paraná. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), nível 1A.

EDUARDO A. B. ALMEIDA

Doutor em Entomologia pela Cornell University. Professor Adjunto do Centro de Ciências Naturais e Humanas
da Universidade Federal do ABC.

ROCA
Copyright © 2011 da 1ª Edição pela Editora Roca Ltda.
ISBN: 978-85-7241-896-6

Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, guardada pelo sistema “retrieval” ou transmitida de qualquer
modo ou por qualquer outro meio, seja este eletrônico, mecânico, de fotocópia, de gravação, ou outros, sem prévia
autorização escrita da Editora.

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

C322b

Carvalho, Claudio J. B. de
Biogeografia da América do Sul : padrões e processos / Claudio
J. B. de Carvalho, Eduardo A. B. Almeida. – São Paulo : Roca, 2010.

Contém glossário
Inclui bibliografia e índice
ISBN 978-85-7241-896-6

1. Biogeografia – América do Sul. 2. Biodiversidade – América do


Sul. I. Almeida, Eduardo A. B. II. Título.

10-4168. CDD: 578.098


CDU: 574(8)

2011

Todos os direitos para a língua portuguesa são reservados pela

EDITORA ROCA LTDA.


Rua Dr. Cesário Mota Jr., 73
CEP 01221-020 – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3331-4478 – Fax: (11) 3331-8653
E-mail: vendas@editoraroca.com.br – www.editoraroca.com.br

Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Apresentação

Há pouco mais de 30 anos, Léon Croizat iniciou a sua o entendimento dos métodos exibidos e discutidos. Este
Biogeografía Analitica y Sintetica (“Panbiogeografía”) foi o principal objetivo da concepção deste livro: ter
de las Américas com a seguinte declaração: “Não é de disponível, em língua portuguesa, um livro com condi-
nenhuma forma ousada a afirmação de que não se conhe- ções plenas de iniciar os estudantes nesta ciência
ce hoje na Ibero-América uma biogeografia que mereça dinâmica e de contínua evolução.
o título de científica”. Continuou, afirmando que não A biogeografia encontra-se no meio de um furacão
possuímos uma filosofia, uma ideia geral ou um conjunto de proposições de mudanças metodológicas e consoli-
de noções básicas que nos permita enfrentar os problemas dação de conceitos. Cada vez mais métodos estão sendo
da distribuição geográfica e composição taxonômica de desenvolvidos para o reconhecimento e a explicação dos
plantas e animais que ocorrem nas Américas, desde o Rio padrões de distribuição dos organismos. Alguns métodos
Grande do Norte até a Terra do Fogo, desde o Estreito de também estão começando a ser utilizados como ferra-
Bering até a pequena ilha de Fernando de Noronha. O mentas para resolução de problemas imediatos em áreas
que encontramos, com frequência, é uma compilação de de investigação próximas, como de conservação bioló-
modelos, normas, métodos, trabalhos etc., de zoogeó- gica ou de natureza médico-sanitária.
grafos e fitogeógrafos estrangeiros, que consideramos Como qualquer livro com múltiplos capítulos, as
como mestres irrebatíveis que nunca alcançaremos. Léon ideias expostas estão sob a óptica dos autores. A diver-
Croizat já indicava, naquela época, a necessidade da sidade de métodos explorados em cada um dos capítulos
construção de uma biogeografia desenvolvida por nós reflete a variedade de abordagens atualmente disponíveis
mesmos, embasada grandemente pelo reconhecimento e para a pesquisa biogeográfica. Os autores tiveram a
pelas comparações dos padrões de distribuições de ani- independência para buscarem as ferramentas que consi-
mais e plantas. deravam mais apropriadas, de acordo com as suas
Ainda hoje não é difícil constatar na literatura a quase convicções biogeográficas.
total ausência de livros de Biogeografia genuinamente O livro é iniciado por prefácio conciso e seguido de
escritos em português. No Brasil, com sua intensa e quatro seções – Histórico e Conceitos (quatro capítu-
profícua produção de conhecimento sobre a biodiversi- los), Métodos e Aplicações (seis capítulos), Evolução
dade, nas suas diferentes formas, faltava um livro com Espacial da Região (quatro capítulos) e Padrões e
conteúdo amplo e abrangente que divulgasse as atuais Processos – Estudos de Casos (três capítulos). São 17
ideias biogeográficas para a América do Sul, continente capítulos confeccionados por 26 autores, a maioria
biologicamente híbrido e biogeograficamente muito rico. jovens, mas com produção biogeográfica já consolida-
O embrião deste livro foi formado há cerca de dez da. O encadeamento de seções e capítulos seguiu
anos, quando se sentiu a necessidade de ter um livro para de uma visão histórica e conceitual da biogeografia
biogeografia em português. Um livro que reunisse as para uma visão das aplicações dos métodos e evolução
ideias novas e não apenas uma repetição de antigos espacial da região. Na última seção está incluído o
chavões biogeográficos, encarquilhados em conceitos estudo de casos de diferentes organismos no conti-
antigos e apresentados em traduções pouco recentes. nente sul-americano. O livro é finalizado pelo glossário
Este embrião foi se desenvolvendo a cada participação dos principais termos utilizados.
em congressos brasileiros de Zoologia, Entomologia, Os editores agradecem a Editora Roca pela sensibi-
Ecologia ou Conservação. Nestes, percebia-se a falta de lidade de produzir uma obra deste tipo; aos revisores dos
um acompanhamento mais crítico dos estudantes nos capítulos, pela leitura criteriosa e atenta (em ordem al-
temas de biogeografia, talvez pela falta de uma obra em fabética do primeiro nome): Camila C. Ribas, Carlos
português que desmistificasse as teorias e simplificasse Roberto Brandão, Charles Morphy Dias dos Santos,
VI – Apresentação

Daniela Maeda Takiya, Elaine Della Giustina Soares, Torres, Rodrigo C. Marques, Sílvio S. Nihei, Tania Es-
Fernanda Werneck, Gabriel Augusto Rodrigues de Melo, calante, Valéria C. Muschner; e a Diana Grisales, pela
Guilherme Schnell e Schühli, José Alexandre Felizola tradução para o português dos manuscritos originalmen-
Diniz Filho, José Francisco de Oliveira Neto, José Ma- te escritos em espanhol (Capítulos 2 e 11).
ria Cardoso da Silva, Juan J. Morrone, Kirstern Lica F.
Haseyama, Lúcia Massutti de Almeida, Luiz Malabarba, Claudio J. B. de Carvalho
Marcio Roberto Pie, Maurício Osvaldo Moura, Paula Eduardo A. B. Almeida
Posadas, Renata G. Netto, Roberto E. Reis, Rodrigo A. Setembro de 2010
Prefácio

A América do Sul sempre representou um problema para teste, admitindo haverem eles sido transportados por
os biogeógrafos, principalmente em relação a sua fauna. anjos para as ilhas do Atlântico Norte2.
Don Félix de Azara, por exemplo, em 1809, em sua obra O problema agravou-se com o descobrimento da
Voyages dans l’Amérique Méridionale, após descrever América e sua estranha biota – existiam animais muito
as espécies de mamíferos do Paraguai, comentava1: semelhantes aos do Velho Mundo (como os veados),
“Considera-se em geral como uma verdade incontestável outros bastante diferentes (porcos, macacos) e um ter-
que todos os quadrúpedes têm sua origem no velho ceiro grupo (como os marsupiais, por exemplo) que eram
continente, de onde passaram para a América. Procura- então apenas conhecidos do Novo Mundo. Isto foi cla-
-se, em consequência, o lugar por onde essa passagem ramente percebido e descrito pelo Pe. Joseph d’Acosta
pôde efetuar-se; e como os continentes se aproximam em seu livro de 1590. Por que existiam esses diferentes
ao norte mais do que em qualquer outro lugar, crê-se que grupos? Como chegaram a este lado do Atlântico?
foi por lá que eles passaram. Não parece difícil aplicar Propôs-se uma ponte intercontinental (a Atlântida) li-
essa ideia àqueles quadrúpedes que povoaram toda gando a Europa à América, hipótese derrubada por
a América ou a maior parte desse continente, tais como a d’Acosta, ao postular uma passagem pelo estreito de
anta, os veados, os porcos-do-mato, a onça, a suçuarana, Bering, através do qual os animais provindos do Ararat
as jaguatiricas e muitos outros, que perfazem uma série puderam chegar à América3.
ininterrupta desde o norte da América até o sul, e que Mas por que alguns permaneceram muito parecidos
parecem indicar o caminho que seguiram; embora seja- com seus ancestrais, outros se diferenciaram um tanto e
mos levados a crer que jamais tenham existido no antigo outros ainda ficaram tão diferentes que não podiam ser
continente, pois ali hoje não mais se acham, pode-se relacionados a qualquer espécie da Eurásia? Por que
presumir que o homem os tenha exterminado”. certas espécies existiam apenas na América? Buffon, em
O naturalista espanhol referia-se à primeira e mais 1778, após várias tentativas prévias de elucidar o pro-
longeva teoria biogeográfica formulada – a do centro de blema, terminou postulando, em seu clássico “Épocas
origem e dispersão da biota, que aparece duas vezes no da Natureza”, uma criação separada para os mamíferos
livro do Gênesis da Bíblia. Como foi admitido durante da América do Sul4.
mais de um milênio, Deus teria criado originalmente Azara1 também se ocupou desta questão:
todas as espécies (entidades imutáveis, por saírem per- “Tão natural quanto pareça esse modo de pensar, po-
feitas das mãos do Criador) de animais num único dem-se-lhe fazer várias objeções, e eis aqui a primeira:
ponto da face da Terra – o Jardim do Éden, de onde se 1º – Parece impossível que o tamanduá-bandeira, o
dispersaram, após o pecado original do primeiro casal tamanduá-colete, o ouriço-cacheiro, assim como as
de humanos, para ocupar o resto do planeta. Após o várias espécies de marsupiais e de tatus que se acham
Dilúvio, o Monte Ararat, onde parou a arca de Noé, nas duas Américas possam ter feito uma tão longa via-
funcionou como um segundo centro de origem e disper- gem, dadas sua preguiça e poltronice excessivas; e não
são dos animais salvos pelo patriarca, que tornaram a se concebe que causa tê-los-ia determinado a viajar.
povoar toda a superfície de nosso planeta. [...]. 2º – A transmigração de algumas espécies parece
Como toda teoria, esta também logo encontrou obs- impossível. Por exemplo, minha capivara e minha lontra
táculos epistemológicos. Como os animais oriundos do nunca entram na água do mar; e nunca vi nem ouvi
Ararat, sem utilidade para o homem, nem capacidade de dizer que esses animais se afastem mais de trinta passos
nadar ou voar, chegaram às ilhas oceânicas, depois de do rio ou do lago onde vivem [...]. 3º – O tuco-tuco
terem repovoado o Velho Mundo? Santo Agostinho (em nunca sai de sua habitação subterrânea [...]; 4º – Três
seu livro De civitate Dei) imunizou a teoria contra esse espécies de gatos (...), o cangambá, o ouriço-cacheiro,
VIII – Prefácio

a viscacha, a lebre da Patagônia, os tatus (...) acham-se ra vez levantado por Santo Agostinho) e da causa das
ao sul dos 26º 30’ de latitude (...) e nenhum ao norte diferenças entre as faunas das diversas regiões. Por es-
desse paralelo. Como concordar este fato com a passa- tranho que pareça, a Biogeografia, dentro da perspectiva
gem desses animais de um continente a outro? [...]. Se, histórica advinda da teoria da evolução, continuou me-
para responder a esta dificuldade, supõe-se que os con- ramente descritiva (preocupada apenas com os padrões
tinentes estavam unidos do lado do sul, e que foi por lá de distribuição), tendo seu apogeu no clássico livro de
que se efetuou a passagem [uma das hipóteses levanta- Wallace11 The Geographical Distribution of Animals em
da previamente publicada e depois abandonada por 1876, em que mostrou como os cinco grupos tradicionais
Buffon], caímos nos mesmos inconvenientes, pois ne- de vertebrados estão repartidos nas subregiões das cinco
nhum desses quadrúpedes existe na África”. grandes regiões de Sclater. Pouco ou nada contribuiu
O autor só viu uma solução – “cada espécie de insetos quanto aos processos de formação desses padrões.
e de quadrúpedes não provém de um único casal primor- Os notáveis progressos das ciências geológicas no
dial, mas de vários casais idênticos criados nos diferentes século XX contribuíram para a total reformulação das
lugares onde os vemos hoje”. Pois, acrescentou, “se a ideias biogeográficas. A teoria da deriva continental,
criação que concerne à zoologia tivesse sido instantânea publicada por Alfred Wegener12 em 1915 (Die Ensts-
e de um só casal de cada espécie, quem teria podido tehung der Kontinente und Ozeane), foi acatada por
fornecer a alimentação daquelas que vivem às expensas muitos biólogos – foram os continentes que se moveram,
das outras? Elas morreriam de fome ou teriam extermi- e não os animais. Uma verdadeira “revolução copernica-
nado a raça daquelas que lhes serviram de alimento...” na” no campo da biologia comparada, a magnífica teoria
[Objeção já publicada por Eberhardt Zimmermann em da Tectônica Global veio aperfeiçoar ainda mais essa
seu Specimen Zoologiae geographicae Quadrupedum]5. explicação.
Em 1820, Augustin Pyramus de Candolle6, num genial Três grandes revoluções científicas ocorreram no
artigo intitulado Géographie botanique, propôs pela século passado – a Sistemática Filogenética de Willi
primeira vez a divisão dos continentes em regiões fito- Hennig, a Pambiogeografia de Léon Croizat e a Biogeo-
geográficas ou áreas de endemismo; em 1838 incluiu grafia por Vicariância, que afetaram profundamente a
várias ilhas oceânicas em seu sistema e propôs 40 regiões Biologia Comparada, com extraordinária riqueza de
fitogeográficas; o que hoje chamamos Região Neotropi- resultados.
cal incluía as subregiões “México ou América Central”, Ainda resta muito a fazer em relação à biota da Amé-
“Antilhas”, “Colômbia”, “Guianas”, “Peru”, “Chile”, rica do Sul – um campo promissor para novas gerações
“Brasil tropical”, “Brasil austral e Buenos Aires” e de pesquisadores. É a eles que se dirige esta obra,
“Terras magelânicas”7. Ludwig Karl Schmarda8, em bastante abrangente e que certamente será de grande
1853, confirmou essas divisões para os animais terres- importância para incentivar novos estudos sobre esta
tres. James Dwight Dana9, no mesmo ano, ocupou--se fascinante ciência – hoje uma feliz e fecunda síntese de
da distribuição dos animais marinhos, separando os todos os campos da História Natural.
oceanos em cinco “reinos”, cada qual com várias “zonas”
biogeográficas. Philip Lutley Sclater10, em 1858, propôs Nelson Papavero
uma classificação dos continentes em cinco grandes Museu de Zoologia
regiões (que incluíam as áreas de endemismo descober- Universidade de São Paulo
tas por Candolle e Schmarda), sistema seguido até os
dias de hoje; considerou tais regiões como “centros de R eferências B ibliográficas
criação”, em que Deus teria criado separadamente as
1. AZARA, F. Voyages dans l’Amérique méridionale par Don
espécies. Félix de Azara, depuis 1781 jusqu’en 1801; contenant la des-
O advento do paradigma evolutivo de Wallace- cription géographique, politique et civile du Paraguay et de la
rivière de La Plata; l’histoire de la découverte et de la conquête
-Darwin, no século XIX, representou a derrocada do de ces contrées; des détails nombreux sur leur histoire naturelle,
Criacionismo, por admitir a comunidade de descendên- et sur les peuples sauvages qui les habitent; le récit des moyens
cia das espécies. No entanto, a biogeografia continuou employés par les Jésuites pour assujetir et civiliser les indigènes,
etc. Publiés d’après les manuscrits de l’auteur avec une notice
se baseando na antiga teoria do centro de origem e dis- sur sa vie et ses écrits, par C. A. Walckenaer; enrichis de notes
persão, admitindo-se agora que à medida que se par G. Cuvier... Suivis de l’histoire naturelle des Oiseaux du
dispersam, as espécies originam novas espécies descen- Paraguay et de la Plata, par le même auteur, traduite, d’après
l’original espagnol, et augmentée de notes par M. Sonnini.
dentes. Continuaram presentes, entretanto, os problemas Accompagné d’un atlas de vingt-cinq planches. Tome Premier.
das barreiras à livre dispersão (o problema pela primei- Paris: Dentu, Imprimeur-Libraire, 1809.
Prefácio – IX

2. PAPAVERO, N.; TEIXEIRA, D. M.; LLORENTE-BOUS- 7. DE CANDOLLE, A. P. Statistique de la famille des Composées.
QUETS, J. História da Biogeografia no Período Pré-evolutivo. Paris & Strasbourg: Treutel & Würz, 1838.
São Paulo: Plêiade & Fundação de Amparo à Pesquisa do Es- 8. SCHMARDA, L. K. Die geographische Verbreitung der Thie-
tado de São Paulo, 1997. re, 3 vols. Wien: Carl Gerold & Sohn, 1853.
3. D’ACOSTA, J. Historia natural y moral de las Indias, em que 9. DANA, J. D. On the isothermal oceanic chart, illustrating the
se tratan de cosas notables del cielo, y elementos, metales, geographical distribution of marine animals. Am. J. Sci. Arts,
plantas y animales dellas y los ritos, y ceremonias, leyes e n. 2, v. 16 (47), p. 153-167; 314-327, 1853.
gobiernos, y guerras de los Indios. Sevilla: Juan de Léon, 1590. 10. SCLATER, P. L. On the geographical distribution of the mem-
4. BUFFON, G. L. Histoire naturelle. Supplément V. Epoques de la bers of the class Aves. J. Proc. Linnean Soc. London (Zool.), v.
nature. Paris: Imprimérie Royale, 1778. 2, p. 130-145, 1858.
5. ZIMMERMANN, E. Specimen zoologiae geographicae qua- 11. WALLACE, A. R. The geographical distribution of animals;
drupedum domicilia et migrationes sistens. Lupzig: Lugduni with a study of the relations of living and extinct faunas as
Batavorum, 1777. elucidating the past changes of the Earth’s surface, 2 vols. New
6. DE CANDOLLE, A. P. Géographie botanique. In: LEVRAULT, York: Harper & Brothers, Publishers, 1876.
F. C. Dictionnaire des sciences naturelles 19. Paris: Levrault, 12. WEGENER, A. Die Entstehung der Kontinente und Ozeane.
1820. p. 359-436. Braunschweig: Vieweg, 1915.
Colaboradores

Adrian Antonio Garda. PhD em Zoologia pela Univer- Curso de Pós-graduação em Geologia da Universidade
sity of Oklahoma. Professor Adjunto do Departamento do Vale do Rio dos Sinos.
de Botânica, Ecologia e Zoologia da Universidade Fede- John R. Grehan. Doutor em Zoologia/Entomologia
ral do Rio Grande do Norte. pela Victoria University of Wellington. Diretor Científi-
Alexandre Cunha Ribeiro. Professor Adjunto do co e de Pesquisa do Buffalo Museum of Science,
Departamento de Biologia e Zoologia do Instituto de Buffalo, Nova York.
Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso. José Alexandre Felizola Diniz Filho. Doutor em
Charles Morphy D. Santos. Doutor em Entomologia Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Esta-
pela Universidade de São Paulo. Professor Adjunto do dual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Professor Titular
Centro de Ciências Naturais e Humanas da Universida- do Departamento de Ecologia da Universidade Federal
de Federal do ABC. de Goiás. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Domingos Benício Oliveira Silva Cardoso. Douto-
Tecnológico, nível 1A.
rando do Programa de Pós-graduação em Botânica da
Universidade Estadual de Feira de Santana. José Maria Cardoso da Silva. PhD em Zoologia pela
University of Copenhagen. Vice-presidente para a Amé-
Edgardo Ortiz-Jaureguizar. Doutor em Ciências
rica do Sul, Conservação Internacional. Bolsista de
Naturais. Professor Titular da Cátedra de Mastozoologia,
Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional
Facultad de Ciencias Naturales y Museo, Universidad
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, nível 2.
Nacional de La Plata. Investigador Independente do Con-
sejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Juan J. Morrone. Professor Titular C de tempo
completo da Facultad de Ciencias, Universidad Nacional
Ernesto Luiz Lavina. Doutor em Ciências pela Autónoma de México.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor
Luciano Paganucci de Queiroz. Professor Titular
Adjunto do Curso de Pós-graduação em Geologia da
do Departamento de Ciências Biológicas da Universi-
Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Bolsista
dade Estadual de Feira de Santana. Bolsista de Produti-
de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de
vidade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvol-
Desenvolvimento Científico e Tecnológico, nível 2.
vimento Científico e Tecnológico, nível 1D.
Felipe de Mello Martins. Doutor em Biologia Gené-
Márcia Souto Couri. Doutora em Ciências (Parasi-
tica pela Universidade de São Paulo. Pós-doutorando do
tologia) pela Universidade Rural do Rio de Janeiro.
Departamento de Zoologia da Universidade de São Paulo.
Professora Associada do Departamento de Entomologia
Fernando César Vieira Zanella. Doutor em Ento- do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de
mologia pela Universidade de São Paulo. Professor Janeiro. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do
Associado da Universidade Federal de Campina Gran- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
de, campus de Patos. Bolsista de Produtividade em Tecnológico, nível 1A.
Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Marcio Bernardino DaSilva. Doutor em Zoologia
Científico e Tecnológico, nível 2. pelo Instituto de Biociências da Universidade de São
Flávio César Thadeo de Lima. Bolsista de Pós- Paulo.
-doutorado do Museu de Zoologia da Universidade de Marcus Vinicius Domingues. Doutor em Zoologia
São Paulo. pela Universidade Federal do Paraná. Professor Adjun-
Gerson Fauth. Doutor em Geologia pela Universi- to da Universidade Federal de São Paulo – Campus
dade de Heidelberg, Alemanha. Professor Adjunto do Diadema.
XII – Colaboradores

Miguel Bastos Araújo. PhD Geography (Biogeo- Peter Löwenberg Neto. Doutor em Ciências
graphy), University of London, UK. Professor do (Entomologia) pela Universidade Federal do Paraná.
Departamento de Biodiversidad y Biología Evolutiva, Professor da Universidade Federal da Integração Latino-
Museo Nacional de Ciencias Naturales, Madri, Espanha; -americana.
Cátedra Rui Nabeiro – Biodiversidade, CIBIO, Univer- Ricardo Pinto-da-Rocha. Professor do Departamento
sidade de Évora, Évora, Portugal. de Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade
Naércio Aquino Menezes. Professor Titular Aposen- de São Paulo. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do
tado do Museu de Zoologia da Universidade de São Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Paulo. Bolsista de Produtividade do Conselho Nacional Tecnológico, nível 1D.
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, nível 1A. Silvio Shigueo Nihei. Doutor em Ciências Biológicas
Paula Posadas. Doutora em Ciências Naturais. Do- (Entomologia) pela Universidade Federal do Paraná. Pro-
cente da Cátedra de Biogeografía, Facultad de Ciencias fessor Doutor do Departamento de Zoologia do Instituto
Naturales y Museo, Universidad Nacional de La Plata. de Biociências da Universidade de São Paulo. Bolsista de
Investigadora Adjunta do Consejo Nacional de Investi- Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional
gaciones Científicas y Técnicas. de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, nível 2.
Índice
SEÇÃO I – HISTÓRICO E CONCEITOS................................................................................................ 1
Capítulo 1 – Evolução Geológica da América do Sul nos Últimos 250 Milhões de Anos............................ 3
Capítulo 2 – América do Sul e Geografia da Vida: Comparação de Algumas
Propostas de Regionalização.................................................................................................................... 14
Capítulo 3 – Áreas de Endemismo................................................................................................................. 41
Capítulo 4 – Lógica da Biogeografia de Vicariância..................................................................................... 52

SEÇÃO II – MÉTODOS E APLICAÇÕES............................................................................................... 63


Capítulo 5 – Introdução à Pambiogeografia: Método e Síntese.................................................................... 65
Capítulo 6 – Biogeografia Cladística............................................................................................................. 99
Capítulo 7 – Modelos de Eventos para Reconstrução Biogeográfica............................................................ 123
Capítulo 8 – Filogeografia............................................................................................................................. 137
Capítulo 9 – Macroecologia e Mudanças Climáticas.................................................................................... 151
Capítulo 10 – Conservação da Biodiversidade e Biogeografia Histórica...................................................... 162

SEÇÃO III – EVOLUÇÃO ESPACIAL DA REGIÃO............................................................................. 173


Capítulo 11 – Evolução da Região Andina da América do Sul..................................................................... 175
Capítulo 12 – Padrões e Processos Biogeográficos na Amazônia................................................................. 189
Capítulo 13 – Evolução da Biota da Diagonal de Formações Abertas Secas da América do Sul................. 198
Capítulo 14 – História Biogeográfica da Mata Atlântica: Opiliões (Arachnida) como Modelo
para sua Inferência.................................................................................................................................... 221

SEÇÃO IV – PADRÕES E PROCESSOS – ESTUDOS DE CASOS...................................................... 239


Capítulo 15 – Caatinga no Contexto de uma Metacomunidade: Evidências da Biogeografia,
Padrões Filogenéticos e Abundância de Espécies em Leguminosas........................................................ 241
Capítulo 16 – Biogeografia dos Peixes de Água Doce da América do Sul.................................................... 261
Capítulo 17 – Biogeografia de Muscidae (Insecta, Diptera) da América do Sul........................................... 277

GLOSSÁRIO................................................................................................................................................ 299

ÍNDICE REMISSIVO................................................................................................................................. 303


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