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parte, à luz do artigo 1º: “A lei comercial rege os actos de comércio, sejam
ou não comerciantes as pessoas que neles intervêm”. Contudo, o legislador
não oferece o elemento descodificador essencial, uma vez que não define
acto de comércio. Na verdade, o conceito legal indeterminado que decorre
do artigo 2º deixa-nos sem uma definição deste negócio jurídico . Daí a
importância acrescida de um esforço de classificação que permita
densificar as respectivas características.
– Objectivos e subjectivos:
– Substanciais e formais:
Serão substanciais os actos de comércio que se apresentam como normais,
no sentido de imbuídos de habitualidade. São estes actos que, segundo o
artigo 13º do Código Comercial, conferem a qualidade de comerciante a
quem os pratica profissionalmente.
Exemplo: a compra e venda de coisas móveis para revenda.
Quanto aos actos formais, são actos de comércio previstos na lei comercial,
mas passíveis de utilização em contexto não comercial.
Exemplo: o cheque (v. Lei Uniforme do Cheque ).
– Causais e abstractos:
São actos de comércio causais os que a lei comercial regula para assegurar
que é atingido um determinado objectivo em total segurança jurídica.
Exemplo: a instituição do gerente comercial, como forma de representação
reconhecida de um comerciante por outrém (v. artigo 248º do Código
Comercial).
Em contrapartida, consideram-se actos abstractos os que são destinados à
realização de um conjunto de objectivos cuja origem é ou pode ser
indeterminada.
Exemplo: a letra é um acto de comércio abstracto, uma vez que pode ter
sido originada por um conjunto diversificado de causas (v. Lei Uniforme
das Letras e Livranças ).
– Puros e mistos: