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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA


Sistema de Bibliotecas (SISB/UNEB)

REGIMENTO INTERNO

DA NATUREZA E FINALIDADE

Art. 1. - O Sistema de Bibliotecas da Universidade do Estado da Bahia (SISB/UNEB), criado


nos termos da Resolução 643, de 12 de dezembro de 2008, do Conselho Universitário (CONSU),
como órgão suplementar vinculado à Reitoria, tem por missão participar do processo de
construção, preservação e socialização do conhecimento produzido e promovido pela UNEB.

Art. 2. - O SISB será regido pelos princípios da integração de suas bibliotecas em rede de
informações; da comunicação eficaz da rede; do planejamento e da avaliação como práticas
regulares visando à racionalização, à otimização e à obtenção de recursos dentro do
planejamento institucional; da permanente capacitação do seu pessoal; e da gestão colegiada e
participativa, visando a assegurar não só o compromisso dos diferentes segmentos da Instituição,
mas a pluralidade de visões que compõem a comunidade acadêmica.

Art. 3. - O SISB é o órgão coordenador das bibliotecas alocadas nas unidades de ensino,
segundo a estrutura multicampi que caracteriza a Instituição, e nos diferentes órgãos da
Instituição, e tem por finalidade prover a UNEB de uma infraestrutura bibliográfica e
informacional que atenda às necessidades e demandas dos programas de ensino, pesquisa,
extensão e gestão acadêmica.

Parágrafo Único. Os órgãos de que trata este artigo constam do Anexo I deste Regimento.

Art. 4. - As bibliotecas das unidades de ensino, integrantes do SISB – denominadas bibliotecas


universitárias – subordinam-se a ele tecnicamente e administrativamente aos Departamentos.

§ 1. - Por sua distribuição pelos diferentes campi da Instituição no Estado da Bahia, sua atuação
deve caracterizar-se pela intermediação harmônica entre as suas funções específicas e a dinâmica
das unidades de ensino, segundo as diretrizes do SISB e da Universidade.

§ 2. - As bibliotecas alocadas em outros órgãos que não as unidades de ensino – denominadas


especiais – subordinam-se administrativamente ao seu órgão de origem e tecnicamente ao SISB,
tendo em vista a preservação da organicidade técnica no que concerne aos recursos
informacionais da Instituição.

DOS RECURSOS DE INFORMAÇÃO

Art. 5. - São recursos informacionais das bibliotecas que integram o SISB o acervo bibliográfico
e os multimeios devidamente tombados na Instituição, bem como aqueles materiais
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informacionais oriundos de intercâmbio, cooperação, convênios, consórcios, entre outros


existentes tanto nas unidades de ensino, como em outros órgãos.

Parágrafo Único: O uso e o empréstimo dos materiais objeto deste artigo serão regulamentados
nos termos do instrumento normativo, objeto do Anexo III deste Regimento.

Art. 6. - A manutenção, a ampliação e a adequação do acervo institucional serão feitos com base
na política de formação e desenvolvimento de coleções, especialmente considerando a relação
quantidade de exemplares e títulos por vagas anuais pretendidas/autorizadas, preço médio do
livro por área, tipo de material, modalidade de ensino (presencial e a distância), nível e idioma, e
as exigências do Governo Federal, Portaria do MEC 386/16.

DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E DAS CARACTERÍSTICAS

Art. 7. - A estrutura organizacional do SISB será integrada, para os níveis staff, tático e
operacional, e que os Cargos em Comissão serão providos pelos integrantes do pessoal efetivo da
Universidade do Estado da Bahia pelos seguintes órgãos e setores:

I– Conselho Deliberativo
II – Diretoria
III – Gerência de Apoio as Bibliotecas
a) Coordenação de Desenvolvimento de Coleções
b) Coordenação de Apoio aos Sistemas de Informação
IV – Gerência de Processamento Técnico

Art. 8. - Quanto ao seu nível finalístico, o SISB será formado pelas bibliotecas universitárias e
especiais, alocadas respectivamente nas unidades de ensino e diferentes órgãos da Instituição.

Art. 9 - As bibliotecas universitárias integrantes do SISB serão categorizadas por porte ou


dimensão, tendo em vista à racionalização e à otimização dos seus recursos.

§ 1. - Independentemente do porte atual e futuro, todas as bibliotecas desempenharão suas


funções precípuas básicas, quais sejam reunir, organizar, armazenar, conservar, disseminar,
divulgar e manter atualizados os acervos bibliográfico e de multimídia, referentes aos assuntos
que integram os programas das diferentes áreas do conhecimento abarcadas pela UNEB,
oferecendo serviços e produtos alinhados às demandas e às necessidades da comunidade, bem
como utilizando as tecnologias de informação e comunicação disponíveis no momento.

§ 2. - A exceção ocorrerá com a Biblioteca Edivaldo Machado Boaventura, localizada no


Campus I em Salvador, considerada a biblioteca principal da Instituição, por abrigar a Memória
da UNEB, as Obras Raras e as Coleções Especiais, cujas características estarão detalhadas na
política de formação e desenvolvimento de coleções.

§ 3. - A classificação por porte de que trata este artigo tem como base de cálculo o padrão de
0,50 ou 0,70 a 1m2/aluno matriculado, sendo:
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I – Porte A – Acima de 3501 e mais alunos matriculados, a que correspondem 1750 a 2500 m2 de
área total;
II – Porte B – Acima de 2001 alunos matriculados, a que correspondem 1000 a 1750 m2 de área
total;
III – Porte C – Inferior a 2.000 alunos matriculados, a que correspondem 350 a 750 m2 de área
total.

Art. 10 - As bibliotecas universitárias que integram o Sistema desempenharão suas funções,


apoiadas nas seguintes estruturas:

I - Biblioteca Porte A:

Nível staff – Diretoria, integrada pelo Diretor, Secretário e Comissão de Biblioteca.

Níveis operacionais e finalístico – representados pelos seguintes setores:

a) Subgerência de Processamento Técnico;


b) Subgerência de Atendimento ao Usuário;
c) Subgerência de Acervos Especiais (Memória da UNEB, Obras Raras, Coleções
Especiais), exclusiva da Biblioteca Edivaldo Machado Boaventura.

II - Biblioteca Porte B:

Nível Staff – Coordenador III, integrada pelo Coordenador, Secretário e Comissão de Biblioteca.

III - Biblioteca Porte C:

Nível staff – Coordenador III, integrada pelo Coordenador e Comissão de Biblioteca.

DAS COMPETÊNCIAS DO SISB, DAS BIBLIOTECAS E DOS SETORES


INTEGRANTES E RESPECTIVAS ESTRUTURAS.

Art. 11 - Compete ao Sistema de Bibliotecas da UNEB:

I – Planejar, administrar, coordenar, acompanhar e avaliar, os programas, projetos, atividades,


serviços e produtos biblioteconômicos oferecidos à comunidade universitária, a partir das
demandas e necessidades das bibliotecas integrantes do SISB e à luz das necessidades dos
programas de ensino, pesquisa, extensão e gestão acadêmica da Instituição.

II – Estabelecer as políticas de atuação do Sistema e integrar suas ações entre as bibliotecas aos
planos de ensino ao planejamento da UNEB.

III – Elaborar o plano anual de trabalho e os planos plurianuais para balizar a gestão do SISB,
bem como encaminhá-los para aprovação do Conselho Deliberativo e das instâncias competentes
da Universidade, juntamente com a respectiva proposta orçamentária, visando à sua inserção no
planejamento global da Instituição.

IV – Executar o orçamento anual, gerindo os recursos segundo a legislação pertinente e as


normas institucionais em vigor.
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V – Estabelecer e fazer aplicar as políticas de desenvolvimento e de processamento técnico das


coleções.

VI – Adotar e fazer aplicar padrões de organização e administração dos serviços e produtos das
bibliotecas destinados à sua gestão e à comunidade.

VII – Elaborar e executar as atividades de comunicação e divulgação no âmbito do Sistema,


referentes a serviços e produtos, bem como à produção técnico-científica da Universidade.

VIII – Promover o aperfeiçoamento do pessoal integrante das bibliotecas do Sistema, mediante


programa específico.

IX – Promover o estudo de usuário, visando à identificação de demandas por melhorias nos


serviços e produtos.

X – Promover a assinatura de convênios, consórcios e similares, nacionais e estrangeiros,


visando à otimização do acesso aos recursos informacionais de interesse da Instituição.

XI – Prestar assessoramento técnico, tecnológico e administrativo às bibliotecas do Sistema,


visando ao desenvolvimento qualificado dos seus serviços e produtos.

XII – Coordenar, acompanhar e avaliar a execução de planos e projetos para o desenvolvimento


do Sistema e para a implantação de novas bibliotecas e ampliação das existentes.

XIII – Emitir parecer e propor a criação e extinção de bibliotecas, no âmbito do SISB.

XIV – Ouvir o Conselho Deliberativo nas matérias que lhe competem.

XV – Representar as bibliotecas que integram o Sistema e pronunciar-se em nome delas, no


âmbito da Instituição e externamente, se assim lhe for atribuído.

XVI – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.

XVII – Promover e executar outras atividades pertinentes ao cumprimento de suas competências


ou das que lhe forem delegadas pelo Reitor ou pelo Conselho Deliberativo.

DOS RECURSOS FINANCEIROS

Art. 12 – Os recursos financeiros destinados ao atendimento das competências do SISB que reza
o artigo anterior devem atender as demandas para o funcionamento adequado do Sistema.

Art. 13 – Compete ao Conselho Deliberativo:

I – Apreciar e deliberar sobre as políticas do Sistema.

II - Apreciar e aprovar os planos de trabalho e respectivas propostas orçamentárias.

III - Apreciar e deliberar sobre convênios, contratos, consórcios e matérias afins que venham a
imprimir melhorias à gestão do Sistema, bem como aos serviços e produtos destinados aos
usuários.
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IV - Apreciar e aprovar relatórios, normas e regulamentos;

V – Participar das reuniões ordinárias estabelecidas em calendário aprovado em sessão plenária.

VI – Autoconvocar reuniões extraordinárias, mediante a anuência de 1/3 de seus membros, para


tratar de matérias urgentes e emergentes.

VII – Apreciar e deliberar sobre matérias não previstas neste Regimento, no âmbito de suas
competências.

VIII – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.

Parágrafo Único – Terá seu mandato suspenso o Conselheiro que faltar a duas reuniões
consecutivas, sem justificativa.

Art. 14 – Compete à Diretoria do Sistema de Bibliotecas da UNEB, através do seu Diretor:

I – Coordenar os processos de planejamento, direção, organização e controle do SISB,


incentivando a participação de seus integrantes.

II – Propor programas, diretrizes, projetos, estudos, normas, atividades, produtos e serviços que
venham a aperfeiçoar as políticas do SISB.

III – Cumprir e fazer cumprir as políticas e normas do Sistema de Bibliotecas e da Universidade,


visando ao seu desenvolvimento, à preservação do patrimônio físico e intelectual da UNEB e ao
desenvolvimento eficaz da infra-estrutura administrativa do Sistema.

IV – Convocar e preparar as reuniões ordinárias do Conselho Deliberativo para tratar das


matérias de interesse do SISB, segundo calendário específico.
V – Promover junto ao Reitor a constituição da Comissão de Seleção e presidi-la.
VI – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.

VII – Incentivar os Diretores/Coordenadores de bibliotecas para a criação das Comissões de


Bibliotecas.

VIII - Exercer outras atividades pertinentes ao cumprimento de suas competências ou das que lhe
forem delegadas pelo Reitor e pelo Conselho Deliberativo.

Parágrafo Único. A Comissão de Seleção de que trata o inciso V deste artigo tem sua
constituição e suas competências estabelecidas em instrumento próprio, constante do Anexo IV
deste Regimento.

Art. 15 – Compete à Diretoria do Sistema de Bibliotecas da UNEB, através do seu Secretário.

I – Executar as atividades e serviços de apoio ao gabinete da Diretoria.

II – Organizar e manter organizados o ambiente e os arquivos inerentes às suas funções.

III – Prestar e coletar as informações necessárias e demandadas pela Diretoria.


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IV – Apoiar o Conselho Deliberativo, em suas necessidades em articulação com os Setores


Administrativo e Financeiro do SISB.

V – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.

VI - Exercer outras atividades pertinentes ao cumprimento de suas funções e de atribuições que


lhe forem conferidas pelo Diretor.

Art. 16 – Compete ao Setor Administrativo e Financeiro:

I – Coordenar, realizar e controlar as atividades referentes à pessoal, material, patrimônio,


serviços gerais: controlar os serviços contábeis e financeiros do Sistema, segundo as normas da
Universidade e a Legislação em vigor, relativas a créditos orçamentários e adicionais, prestações
de contas, licitações e outras tarefas afins e zeladoria do Sistema de Bibliotecas.

II - Cumprir e fazer cumprir as normas dos SISB e da Instituição, zelando pelo funcionamento
eficaz da infraestrutura administrativa e financeira do sistema.

III – Cumprir e zela pelo cumprimento das politicas e normas do SISB e da Instituição.

IV - Exercer outras atividades pertinentes ao cumprimento de suas funções e de atribuições que


lhe forem conferidas pelo Diretor.

Art.17 - Compete à Gerência de Apoio as Bibliotecas:

I – Assessorar a Direção do Sistema de Bibliotecas na implantação das bibliotecas universitárias

II – Representar os interesses das bibliotecas universitárias junto a Direção do Sistema de


Bibliotecas;

III – Exercer outras atividades pertinentes ao cumprimento de suas competências e de atribuições


que lhe forem conferidas pelo Diretor.

Art. 18 – Compete à Coordenação de Desenvolvimento de Coleções:

I – Orientar as bibliotecas nas decisões quanto aos processos de seleção, aquisição, descarte e
remanejamento de materiais informacionais, e na aplicação dos critérios estabelecidos para tal
fim, em consonância com a Comissão de Seleção do SISB.

II – Executar e orientar as bibliotecas universitárias e especiais no que concerne às políticas e


normas de conservação das diferentes coleções que compõem o acervo bibliográfico e de
multimeios do SISB.

III – Estabelecer e aplicar padrões para a formação e o desenvolvimento das coleções, em


consonância com as políticas e normas específicas e com as exigências do Governo Federal.

IV - Assegurar-se que o sistema de gestão dos serviços bibliotecários inclui um sistema de coleta
de sugestões da comunidade universitária.

V – Propor e participar de estudos de usuários, visando à satisfação de suas necessidades e


demandas, na área de sua competência.

VI – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.


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VII – Exercer outras atividades pertinentes ao cumprimento de suas competências e de


atribuições que lhe forem conferidas pelo Diretor.

Art. 19 - Compete à Coordenação de Apoio ao Sistema de Informação:

I – Organizar, dirigir e executar, de forma centralizada, os serviços de assistência e de suporte às


bibliotecas em matéria de informática, diagnosticando, acompanhando e dando apoio no que
tange a equipamentos, instalações e programas baseados nas tecnologias de informação e
comunicação.

II – Propor o contínuo aperfeiçoamento das condições de registro, acesso e uso dos serviços e
produtos oferecidos pelas bibliotecas, que dependam de infraestrutura e estrutura tecnológica de
informação e comunicação.

III – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.

IV - Exercer outras atividades pertinentes ao cumprimento de suas competências e de atribuições


que lhe forem conferidas pelo Diretor.

Art. 20 – Compete à Gerência de Processamento Técnico:

I – Organizar, dirigir, manter e desenvolver, as atividades de registro patrimonial, catalogação,


classificação, indexação, controle de autoridade de autor e assunto, e preparo para circulação, de
todos os materiais que venham a constituir o acervo bibliográfico e de multimeios do SISB, onde
não houver profissional Bibliotecário.

II – Exercer e orientar as bibliotecas universitárias quanto ao controle de qualidade da base de


dados bibliográfica representativa do acervo total do SISB.

III – Elaborar e executar políticas e normas de processamento das diferentes coleções que
compõem o acervo bibliográfico e de multimeios do SISB.

IV – Orientar as bibliotecas universitárias na aplicação de normas e padrões de qualidade e de


produtividade, nos serviços de processamento técnico das coleções.

V – Propor o contínuo aperfeiçoamento das condições de acessibilidade à informação por parte


da comunidade usuária.

VI – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.

VII – Exercer outras atividades pertinentes ao cumprimento de suas competências e de


atribuições que lhe forem conferidas pelo Diretor.

Art. 21 – Compete às bibliotecas que integram o SISB, através dos seus respectivos
Coordenadores e/ou Diretores:

I – Executar as tarefas de planejamento, direção, organização e controle da biblioteca,


incentivando a participação de seus integrantes.

II – Cumprir as diretrizes emanadas do órgão coordenador do Sistema.


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III – Colaborar com o SISB na sua tarefa de planejamento, fornecendo dados, informações e
sugestões por demanda e por iniciativa própria, que venham a enriquecer o trabalho integrado e
cooperativo, o plano anual de trabalho e respectivo orçamento, a elaboração e alterações das
políticas e normas, com base nos princípios que regem a atuação do SISB.

IV – Organizar, manter e aperfeiçoar os serviços e produtos destinados ao usuário e divulgá-los


no âmbito de sua atuação, em consonância com as demandas e características locais e sob a
orientação do SISB.

V – Constituir a Comissão de Biblioteca para atuar de forma cooperativa com o Diretor e/ou
Coordenador, no que concerne ao planejamento da gestão, dos serviços e produtos, e às questões
relativas à aplicação e ao aperfeiçoamento das diretrizes de seleção e aquisição.

VI – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.

VII - Exercer outras atividades pertinentes ao cumprimento de suas funções e de competências


que lhe forem delegadas pelo Diretor do SISB. do SISB.

Art. 22 – Compete às bibliotecas do Sistema, através da Coordenação/Bibliotecário e a


Subgerência de processamento técnico da Biblioteca Edivaldo Machado Boaventura:

I – Proceder à organização e ao desenvolvimento das atividades de registro patrimonial,


catalogação, classificação, indexação, preparo para circulação, controle de autoridade de autor e
assunto, preparo para empréstimo e controle de qualidade da base de dados bibliográfica do
SISB, dos processos de doação e permuta, segundo as normas e orientações emanadas da
Gerência de Processamento Técnico.

II – Propor à Gerência de Processamento Técnico medidas para o aperfeiçoamento das atividades


objeto deste artigo.

III – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.

IV – Proceder à organização e ao desenvolvimento dos serviços de Referência, Periódicos,


Circulante e Multimeios.

V – Propor à Gerência de Apoio as Bibliotecas do SISB medidas para o aperfeiçoamento das


atividades objeto deste artigo.

VI – Atuar junto à Gerência de Processamento Técnico, visando à integração harmônica dos


serviços, segundo as peculiaridades da comunidade local.

VII – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.

Art. 23 - Compete à Biblioteca Edivaldo Machado Boaventura, através da Subgerência de


Acervos Especiais.

I – Organizar, dirigir, manter e executar as atividades e procedimentos necessários para a


constituição, preservação e ampliação do setor de Memória da UNEB, aqui entendido como
aquele que abriga a coleção representativa da produção técnica, artística e científica da
Instituição.

II – Organizar, dirigir, coletar, manter e executar as atividades e procedimentos necessários para


a constituição, preservação e ampliação do setor de Obras Raras da UNEB, aqui entendido como
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aquele que abriga a coleção de obras valiosas e raras existentes e que venham a ser recebidas
pela Instituição.

III – Organizar, dirigir, manter e executar as atividades e procedimentos necessários para a


constituição, preservação e ampliação do setor de Coleções Especiais da UNEB, aqui entendido
como aquele que abriga coleções de personagens ilustres, tanto de origem artística, cultural e
científica da Instituição, como da sociedade baiana, que mereçam ser preservadas para a
posteridade.

IV – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.

Art. 24 – Compete às bibliotecas, através das Comissões de Biblioteca:

I – Participar do planejamento anual da biblioteca

II – Estudar e propor melhorias no que concerne à gestão da biblioteca, de seus serviços,


produtos, bem como no que diz respeito às diretrizes de seleção e aquisição.

III – Apoiar o Diretor e/ou Coordenador em suas atividades e na tomada de decisões.

IV – Cumprir e zelar pelo cumprimento das políticas e normas do SISB e da Instituição.

DO PROVIMENTO DOS CARGOS

Art. 25 – Os setores constantes da estrutura organizacional do SISB (Anexo I) serão constituídos


e terão seus cargos providos nos termos deste artigo.

§ 1. – Serão remunerados segundo as normas da Universidade e a legislação estadual vigente os


cargos referentes às funções executivas do SISB.

§ 2. – Os membros do Conselho Deliberativo e de Seleção, bem como os das Comissões de


Biblioteca, ocupam cargos de representação acadêmica, portanto, não fazem jus à remuneração.

Art. 26 – São cargos da estrutura do SISB nos níveis staff, tático e operacional:

I – Conselho Deliberativo - será formado por 17 membros, representantes dos seguintes


segmentos da UNEB: por 1 representante do Reitor; pelo Presidente, que será o Diretor do SISB,
como membro nato; 1 da PROGRAD, 1 da PPG, 1 da PROEX, 1 da PROAD, 1 da UDO, 1 da
Editora da UNEB, 1 das Bibliotecas Universitárias, 1 do DCE, 1 da ADUNEB, 1 do SINTEST, 1
da PROPLAN, 1 da PRAES, 1 da PGDP,1 da PROINFRA e 1 representante dos diretores dos
campi, sendo seus membros indicados, no caso das Pró-reitorias, pelos seus respectivos titulares,
e no caso das bibliotecas e das associações de classe, pelos respectivos pares, sendo todos
nomeados pelo Reitor.

II – Diretoria – será formada por um Diretor indicado e nomeado pelo Reitor e por um e um
Secretário, indicados pelo Diretor e nomeados pelo Reitor, com a escolaridade conforme segue:

a) O Diretor deverá ser profissional com título em bacharel em Biblioteconomia.


b) O Secretário deverá ter formação específica para a função.
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III – Comissão de Seleção – será integrada pelo Diretor do SISB, como membro nato, que a
presidirá; por um docente representante dos cursos de graduação; por um docente representante
dos programas de pós-graduação; por um aluno representante dos estudantes; pelo Coordenador
de Formação e Desenvolvimento de Coleções, sendo seus membros nomeados pelo Reitor.

IV – O Setor Administrativo e Financeiro – Será coordenado por um servidor Técnico


Administrativo, indicado pelo Diretor do SISB e nomeado pelo Reitor.

V – Gerência de Apoio as Bibliotecas será gerenciada por um Bacharel em Biblioteconomia,


indicado pelo Diretor do SISB e nomeado pelo Reitor, que também nomeará o coordenador
Desenvolvimentos de Coleções, sendo que a função será desempenhada por um Bacharel em
Biblioteconomia e a Coordenação de Apoio ao Serviço de Informação será coordenado por um
profissional qualificado do quadro efetivo da UNEB, para a função.

VI – Gerência de Processamento Técnico - será gerenciada por um Bacharel em


Biblioteconomia, indicado pelo Diretor do SISB e nomeado pelo Reitor.

Art. 27 – São cargos da estrutura do SISB no nível finalístico:

I – Biblioteca Porte A:

a) Diretor II – profissional com título de Bacharel em Biblioteconomia, indicado pelo(s)


Diretores dos Departamentos e nomeado pelo Reitor.
b) Secretário – profissional portador de escolaridade não inferior a nível médio completo,
do quadro efetivo da UNEB, indicado pelo Diretor da Biblioteca e nomeado pelo Reitor.
c) Coordenador III de Processamento Técnico - profissional com título de Bacharel em
Biblioteconomia, do quadro efetivo da UNEB, indicado pelo Diretor da Biblioteca e nomeado
pelo Reitor.
d) Coordenador III de Atendimento ao Usuário - profissional com título de Bacharel em
Biblioteconomia, do quadro efetivo da UNEB, indicado pelo Diretor da Biblioteca e nomeado
pelo Reitor.
.
e) Coordenador III de Acervos Especiais - profissional com título de Bacharel em
Biblioteconomia, do quadro efetivo da UNEB, indicado pelo Diretor da Biblioteca e nomeado e
nomeado pelo Reitor.

II – Biblioteca Porte B:

a) Coordenador III - profissional com título de Bacharel em Biblioteconomia, indicado


pelo(s) Diretores dos Departamentos e nomeado pelo Reitor.
b) Secretário – profissional portador de escolaridade não inferior a nível médio completo,
do quadro efetivo da UNEB, indicado pelo Coordenador da Biblioteca, Com aquiescência dos
Diretores de Departamentos e nomeado pelo Reitor..

III- Biblioteca Porte C:

a) Coordenador III – profissional com título de Bacharel em Biblioteconomia, indicado


pelo(s) Diretores de Departamentos e nomeado pelo Reitor.

Art. 28 – As Comissões de Biblioteca serão constituídas por Diretor/Coordenador da Biblioteca,


que será seu Coordenador, como membro nato, um docente, um técnico administrativo e um
estudante, indicados pelos seus pares que será referendando em Conselho de Departamento e
serão nomeados, a exceção do Diretor da biblioteca, pelo(s) Diretor(es) do(s) Departamento(s)
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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 29 – As propostas de alteração deste Regimento deverão ser elaboradas e aprovadas pelo
Conselho Deliberativo do SISB e enviadas ao CONSU para a devida aprovação.

Art. 30 – Os casos omissos neste Regimento serão resolvidos pelo Conselho Deliberativo do
SISB.

Art. 31 – Este Regimento entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.

Salvador, _____ de ______________________ de 2016.


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ANEXO I
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Sistema de Bibliotecas (SISB/UNEB)
TABELA DE CARGOS DE FUNÇÃO EXECUTIVA
Cargo Símbolo Quantidade

Diretoria do SISB DAS 2-C 1

Secretaria do SISB DAI-5 1

Coordenação Administrativa e Financeira DAI-4 1

Gerência de Apoio as Bibliotecas DAS-3 1

Coordenação de Desenvolvimento de DAI-4 1


Coleções

Coordenação de Apoio ao Sistema de DAI-4 1


Informações

Gerência de Processamento Técnico DAS-3 1

BIBLIOTECAS DOS CAMPI

Diretor de Biblioteca Porte A (1) DAS-3 1

Secretário DAÍ-5 1

Subgerência de Processamento Técnico DAI-4 1

Subgerência de Atendimento ao Usuário DAÍ-4 1

Subgerência de Acervos Especiais DAÍ-4 1

Coordenador de Biblioteca Porte B DAÍ-4 2

Secretário DAI-5 2

Coordenador de Biblioteca Porte C DAI-4

Coordenação de Bibliotecas Especiais

CEEC DAÍ-4 1

CEPAIA DAÍ-4 1

CEPED DAÍ-4 1

DIADORIM-NUGSEX DAÍ-4 1
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ANEXO II

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA


Sistema de Bibliotecas (SISB/UNEB)

REGULAMENTO DE USO DO MATERIAL INFORMACIONAL

DA NATUREZA E FINALIDADE

Art. 1. - O Sistema de Bibliotecas da UNEB (SISB/UNEB), criado nos termos da Resolução


643, de 12 de dezembro de 2008, do Conselho Universitário (CONSU), e estruturado segundo o
que estabelecem os artigos de 7. a 10 do seu Regimento Interno, é o órgão coordenador das
bibliotecas da Instituição e tem por finalidade provê-las de uma infra-estrutura bibliográfica e
informacional que atenda às necessidades e demandas dos programas de ensino, pesquisa,
extensão e gestão acadêmica.

DO ACESSO E DO FUNCIONAMENTO

Art. 2. - Os recursos informacionais estabelecidos no artigo 5. do Regimento Interno do SISB


estão disponíveis para uso por parte da comunidade acadêmica, nas condições e em horários
compatíveis com o funcionamento da Instituição.

Parágrafo Único - Os horários de funcionamento das bibliotecas integrantes do SISB devem ser
afixados em local de fácil visibilidade à comunidade usuária e sendo estabelecidos de acordo
com cada campi.

Art. 3. - Os serviços ao usuário de acesso à informação apresentam-se nas seguintes


modalidades:

I – Consulta na sede
II – Empréstimo domiciliar
III – Empréstimo Interbibliotecário
IV – Comutação bibliográfica
V – Cessão do espaço para estudo.

DO USUÁRIO E DO SERVIÇO

Art. 4. – Constituem usuários do Sistema de Bibliotecas da UNEB o corpo docente e o pessoal


técnico-administrativo da Instituição, ativos, bem como o corpo discente, os estagiários nível
médio e os prestadores de serviço.

Parágrafo Único. As bibliotecas integrantes do SISB também são franqueadas ao público em


geral, sendo seu uso limitado aos serviços nas modalidades de consulta na sede e de espaço para
estudo.

Art. 5. - Ao efetuar o vínculo ou a matrícula na Universidade, o usuário estará apto a inscrever-


se na biblioteca da sua unidade de ensino.
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§ 1. - Para aceder aos serviços e produtos, ele deverá homologar sua inscrição presencialmente
na biblioteca da sua unidade de ensino, mediante a apresentação do comprovante de vínculo ou
matrícula, da cédula de identidade, do comprovante de residência, de informação do e-mail.

§ 2. - No caso dos calouros, a homologação de que trata o parágrafo anterior só será efetuada
após o treinamento oferecido pela biblioteca, no campus onde o estudante esteja matriculado,
segundo o calendário prévia e amplamente divulgado.

Art. 6. - As Coordenações dos cursos de pós-graduação que não estiverem inseridos nos sistema
acadêmico deverão encaminhar à Biblioteca, no início de cada semestre letivo, lista nominal dos
alunos por curso, com respectivo número de matrícula e data de início e de término do curso.

Art. 7. - O empréstimo domiciliar é facultado exclusivamente à comunidade que tenha vínculo


com a Instituição e no seu respectivo campus.

§ 1. - Perde o direito ao empréstimo domiciliar o usuário enquadrado em alguma das situações a


seguir indicadas:

I - Conclusão do curso
II - Trancamento de matrícula ou abandono do curso
III - Gozo de licença não-remunerada
IV - Transferência para outra instituição de ensino
V - Demissão e exoneração da UNEB
VI - Término de contrato nos casos de estágio, prestação de serviço por técnicos, colaboradores,
professores visitantes e/ou substitutos, mediante documento liberatório da Biblioteca.
VII – Aposentadoria.

§ 2. - Para cumprir o que estabelece este artigo, em seu inciso VI, a biblioteca deverá manter
contato sistemático com os setores competentes.

Art. 8. - O usuário que contar com mais de um vínculo com a UNEB terá a homologação da sua
inscrição em apenas uma das categorias, que por ele será escolhida.

Paragrafo Único – Para professores que transitam pelos campi das Uneb, cooperando em outro
Departamento poderá ter vinculação temporária ao campus onde esteja cooperando.

DO EMPRÉSTIMO DE MATERIAL

Art. 9 – O tempo de empréstimo de material informacional varia de acordo com a categoria do


usuário e o tipo de material, conforme indicação no quadro a seguir:
Categoria Livros/ obra Prazo Multimeios Prazo Notebooks
Aluno de graduação e
3 (três) 7 dias 2 (dois) 48 horas
Especialização

Aluno de pós-graduação
3 (três) 15 dias 3 (três) 48 horas
(Mestrando e Doutorando)
01 und.
Docente 5 (cinco) 15 dias 3 (três) 72 horas
2 horas
Estagiário (médio),
prestador de serviço e 3 (três) 7 dias 2 (dois) 48 horas
outros usuários.

Funcionário 4 (quatro) 7 dias 2 (dois) 48 horas


15

Parágrafo Único. O tempo e a quantidade de material para empréstimo podem ser alterados,
ante uma necessidade explícita do usuário e mediante decisão do Diretor/Coordenador da
biblioteca.

Art. 10 - Estão excluídos da possibilidade de empréstimo domiciliar os seguintes materiais:

I – periódicos
II - obras de referência
III – teses e dissertações
IV - acervo do setor Memória da UNEB
V – obras consideradas raras e valiosas
VI – Coleções especiais;
VII - Notebooks
VIII - TCC – Que deverão ser disponibilizados no Repositório Institucional

Parágrafo Único - Os materiais constantes deste artigo estão liberados apenas para consulta na
sede, à exceção daqueles constantes nas alíneas III, IV a VI, cujo acesso ocorrerá mediante
normas específicas do setor correspondente.

Art. 11 - O material sob empréstimo poderá ter seu prazo renovado, desde que o usuário esteja
quite com a Biblioteca quanto à data estipulada para a devolução.

Parágrafo Único. A renovação não poderá ser efetuada caso haja pedido de reserva por parte de
outro usuário.

DA RESERVA DE MATERIAL

Art. 12 - A reserva de material para empréstimo será efetuada atendendo a uma lista de espera,
ficando o(s) título(s) reservado(s) à disposição do primeiro solicitante, pelo prazo de 24 horas,
após o qual, se não ocorrer à retirada do material reservado, o direito passa ao próximo usuário e
assim sucessivamente.

Parágrafo Único. Fica vedada a reserva de material nos seguintes casos:

a) O usuário estar em débito com o Sistema de Bibliotecas;


b) O usuário já ter em mãos o mesmo título.

DOS DEVERES DO USUÁRIO

Art. 13 – Perante a Instituição, o usuário é responsável pela preservação do patrimônio que lhe é
disponibilizado, representado pelo espaço físico, mobiliário e equipamentos, bem como pelo
material informacional utilizado.

Art. 14 – Constituem deveres do usuário do Sistema de Bibliotecas da Universidade do Estado


da Bahia:

I – Fazer uso adequado das salas de leitura, mantendo atitude de urbanidade compatível com o
ambiente da biblioteca, dedicado ao estudo e pesquisa, considerando tanto os funcionários
quanto os outros usuários.
16

II – Deixar seus pertences, como mochilas, pastas, bolsas e abrigos, no guarda-volumes existente
na entrada da biblioteca, evitando que contenham valores materiais, uma vez que a Biblioteca
não se responsabiliza pela sua guarda.

III – Comparecer à Biblioteca sempre que lhe for solicitado.

IV – Cumprir os prazos de devolução de material tomado por empréstimo, bem como as demais
normas de uso das bibliotecas.

V – Comunicar à Biblioteca:
a) extravio de material sob sua responsabilidade;
b) alterações cadastrais e mudança de endereço;
c) ocorrência de situações pessoais devidamente comprovadas, como problemas de saúde, ou de
fatos que o impeçam de cumprir o prazo para a devolução de material.

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 15 - Constituem infrações passíveis de penalidade pelo SISB:

I – Atraso na devolução do material emprestado.

II – Dano ou extravio aos bens patrimoniais, entendidos aqui o espaço físico das bibliotecas,
mobiliário, equipamentos e o acervo.

Parágrafo Único. Será considerado material extraviado, sob qualquer forma, aquele com atraso
superior a 30 dias da data estipulada para sua devolução.

Art. 16 - Constituem penalidade a serem aplicadas pelo SISB de acordo com os parâmetros no
Sistema Pergamum:

I – Suspensão do uso do empréstimo e reserva, com os seguintes prazos:

a) Decorridos até 14 dias de atraso, suspensão por igual prazo em dias corridos;
b) Interregno entre o dano ou extravio e a regularização da situação.

§ 1. - A regularização de que trata o inciso B deste artigo refere-se à restauração ou reposição do


bem.
§ 2. - No caso de edição esgotada, a obra objeto da penalidade deverá ser substituída por outra de
igual valor, segundo indicação da biblioteca.

Art. 17 - Esgotadas as formas de comunicação emitidas pelo Sistema, bem como as providências
junto à Secretaria Acadêmica dos Departamentos e à Gerência de Expedição de Diplomas, a
penalidade aplicada implica a perda do direito a:

a) Renovação de matrícula;
b) Obtenção de transferência;
c) Recebimento de diploma;
d) Fornecimento de atestados, declarações e documentos afins.
17

Art. 18 - Tratando-se de professores, funcionários, estagiários e prestadores de serviços, a


Biblioteca enviará cobrança, solicitando a regularização da situação.

Parágrafo Único. Caso a situação não seja regularizada dentro de 30 dias após e envio da
correspondência, o Diretor e/ou Coordenador da biblioteca providenciará a abertura de processo
administrativo para as providências institucionais cabíveis.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 19 – As bibliotecas universitárias do SISB dotadas de equipamentos eletrônicos de


segurança têm a prerrogativa de solicitar a segurança do Campus para abordar e averiguação do
o usuário, caso seja disparado o alarme.

Art. 20 - Os casos omissos neste Regulamento terão as seguintes instâncias de solução por parte
da biblioteca e de recurso por parte do usuário, na ordem indicada:

I – O Diretor e/ou Coordenador da Biblioteca


II – A Comissão de Biblioteca
III – O Diretor do SISB
IV – O Conselho Deliberativo do SISB.

Art. 21 - Este Regulamento entra em vigor na data de aprovação do Regimento Interno do SISB,
do qual ele constitui o anexo III.

Salvador, _____, de ___________________ de 2016.


18

[ANEXO IV]

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA


Sistema de Bibliotecas (SISB/UNEB)

ELEMENTOS PARA AS DIRETRIZES DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE


COLEÇÕES

[...] somente bibliotecários líderes, com sólida


experiência e formação profissionais, poderão chamar a si
estas responsabilidades e projetar social e culturalmente
as suas bibliotecas. O processo de seleção é das tarefas
profissionais, a que melhor orienta os serviços futuros da
biblioteca. (MIRANDA, 1980)

ASPECTOS CONCEITUAIS

Desenvolvimento de coleções, de uma forma objetiva, é o processo de tomada de decisão que


determina a conveniência de adquirir e conservar materiais em uma biblioteca. (OSBURN,
1983). Já uma política de desenvolvimento de coleções é o conjunto de princípios, critérios e
procedimentos que leva a biblioteca a compor, orientar e manter coleções adequadas e coerentes
com a missão, os usuários e as condições da organização a que pertence. Ela deve constituir um
documento formal, ser elaborada por equipe experiente, onde figurem os principais
representantes de todo o processo de desenvolvimento de coleções, e deve integrar de modo
articulado as etapas do processo de seleção. (WEITZEL, 2006). No entanto, ante a pouca idade
do SISB, é recomendável, para curto e médio prazo, não uma política e sim Diretrizes para
Formação e Desenvolvimento de Coleções, cujo tempo de maturação ensejará, em longo prazo, a
construção de uma política propriamente dita.

CONTEXTO MUNDIAL

No século XXI, a informação técnica, científica, cultural, econômica e gerencial se constitui em


insumo básico para a busca do bem-estar dos diferentes segmentos da sociedade. Os impactos
desta situação nas universidades, e consequentemente nas bibliotecas universitárias, evidenciam-
se na necessidade e demanda quanto aos seguintes aspectos (BELLUZZO; RONCHESEL,
1996?):
 Disseminação de conhecimentos acumulados e atuais;
 Desenvolvimento e uso de interfaces entre o usuário e as ferramentas que armazenam e
manipulam informações;
 Comunicação em expansão quanto ao volume, rapidez, liberdade e abrangência da
informação;
 Quebra de barreiras tarifárias, facilitadas pela globalização;
 Expansão das áreas de conhecimento e das aplicações da informação no dia-a-dia;
 Crescente automação na aquisição e organização da informação em variadas situações;
 Profissionais da informação capazes de atuar na intermediação entre usuário e
tecnologias.
19

OUTROS FATORES QUE LEVAM AO ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO DE


COLEÇÕES

 Novas expectativas e nível de exigência do usuário;


 Racionalização e otimização dos recursos financeiros;
 Aumento exponencial da literatura de todas as áreas, tanto em suporte papel como digital;
 Melhor aproveitamento do espaço físico;
 Custo benefício segundo as tendências da instituição;
 Crescente informatização dos serviços da biblioteca;
 Possibilidade de trabalho cooperativo (consórcios, redes etc)
 Necessidade de uma política formal que oriente as bibliotecas na composição de suas
coleções. (MARTINS; CÁMARA; VILLAS BOAS, 1999)

PRESSUPOSTOS COMPONENTES

Internalizar o perfil da instituição (missão, Integração ao planejamento da instituição


objetivos, cursos e programas, planos de
expansão)

Identificação dos usuários, suas Estudo da comunidade


necessidades e demandas atuais e futuras

Diagnóstico das coleções existentes

Comparação dos resultados do diagnóstico Avaliação das coleções


com as necessidades da coleção

Conhecimento das bibliografias de lastro,


básica e complementar, de acordo com a
missão da instituição, suas demandas e Diretrizes para seleção
planos de curso

Definição de prioridades, considerando Critérios de aplicação dos recursos


idioma, formato (tipo e suporte),
atualidade, censura, recursos, qualidade
editorial
Diretrizes para desbaste

Encaminhamento dos resultados obtidos Aquisição (compra, doação e permuta)


para aquisição

Encaminhamento dos resultados obtidos Conservação, reparos e restauração


para procedimentos de preservação

Estudos contínuos e integrados das Revisão contínua das diretrizes e


coleções (serviços de seleção, aquisição, procedimentos, tendo em vista a sua
empréstimo e referência) atualidade e alinhamento aos programas
institucionais.

(adaptado de BELLUZZO; RONCHESEL, 1996?)


20

COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS GERAIS DA COMISSÃO DE SELEÇÃO

 Imparcialidade na tomada de decisões;


 Sentido de organização e capacidade de adotar/desenvolver metodologias adequadas,
com características de racionalidade, precisão, rapidez e qualidade;
 Capacidade de buscar alternativas de soluções, quanto a fontes de recursos, fontes
bibliográficas, títulos, fornecedores, processos administrativos etc.;
 Criatividade e espírito de inovação no empreendimento das tarefas;
 Perseverança ante as dificuldades;
 Estrutura para realizar o processo de seleção no seu todo;
 Conhecimento teórico a respeito do tema, das fontes de informação, de idiomas e
indicadores sobre formação e desenvolvimento de coleções;
 Capacidade de condução do processo;
 Boa comunicação para expressar-se junto aos sujeitos envolvidos na seleção;
 Observação e ausculta contínua da comunidade usuária. (adaptado de BELLUZZO;
RONCHESEL, 1996?)

CONSTITUIÇÃO E COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA COMISSÃO DE SELEÇÃO

A Comissão de Seleção é o órgão de assessoramento técnico e científico do SISB, na área de sua


competência, e será constituída segundo o que determina o Art. 29, IV, do Regimento Interno do
SISB:
I – Pelo Diretor do Sistema de Bibliotecas, seu membro nato, que a presidirá;
II – Por um docente representante dos cursos de graduação;
III – Por um docente representante dos programas de pós-graduação;
IV – Por um aluno representante dos estudantes;
V – Pelo Gerente de Formação e Desenvolvimento de Coleções.

Os membros titulares e suplentes da Comissão de Seleção serão nomeados por Portaria do Reitor
para um mandato de quatro anos.

A Comissão de Seleção tem as seguintes competências:


I – Assessorar a Diretoria do SISB em matéria de seleção e aquisição de materiais
informacionais;
II – Elaborar e fazer aplicar a Política de Formação e Desenvolvimento de Coleções do
SISB;
III – Avaliar periodicamente as diretrizes, no que concerne a critérios e procedimentos,
em função dos resultados obtidos a cada ano;
IV – Avaliar e sugerir as fontes de seleção;
V – Analisar, selecionar e indicar o critério de prioridade nos materiais constantes da lista
de sugestões (desiderata) para aquisição;
VI – Avaliar e definir o material para descarte e remanejamento;
VII – Elaborar o plano de aquisição com a respectiva distribuição de recursos, segundo os
critérios específicos (número de alunos matriculados, valor médio do livro por área, tipo de
material, modalidade de ensino, nível e idioma), em apoio à Gerência pertinente, levando em
conta também os cursos em fase de reconhecimento.
VIII – Manter permanente contato com a comunidade acadêmica, visando a sensibilizá-la
a participar sempre que for convocada (por exemplo, atualização das bibliografias básicas, novos
cursos de graduação ou em reconhecimento), a coletar sugestões e a manter atualizada a
Diretoria do SISB quanto a mudanças em programas, currículos, entre outros. (adaptado de
UNIVERSIDADE ..., 2007, SAGÁS et al.2004)
21

PRINCÍPIOS DE SELEÇÃO

O desenvolvimento eficiente e eficaz das coleções deve ter como princípios:


I – Qualidade editorial quanto à forma e ao conteúdo do material;
II – Fiabilidade: autoridade de autor, tradutor, editor;
III – Ampla divulgação;
IV – Expectativas do usuário.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

I – Pertinência/adequação: conteúdo, idioma acessível, tipo (suporte e formato) segundo


os usuários, os usos (currículos de graduação e pós-graduação e linhas de pesquisa) e os
equipamentos existentes;
II – Amplitude: profundidade e diversidade de conteúdos (coleção de lastro, bibliografias
básicas, coleções de estudo para os docentes, coleções de pesquisa, coleções de apoio à gestão
universitária, coleção de memória, coleção de obras raras e valiosas, repositórios institucionais);
III – Suficiência: quantidade por usuário;
IV – Vigência: atualidade por área ou especialidade;
V – Custo justificável e custo x benefício;
VI – Cooperação: disponibilidade em outras bibliotecas; consórcios, compartilhamento
de recursos. (adaptado de LUBISCO; VIEIRA, 2009, MARTINS; URPÍ CÁMARA; VILLAS
BOAS, 1999?, SAGÁS et al. 2004) )

FONTES DE SELEÇÃO

I – Sugestões sistemáticas (desiderata): comunidade usuária;


II – Ausculta da Comissão de Seleção;
III – Bibliografias básicas dos cursos de graduação;
IV – Linhas de pesquisa, programas de pós-graduação, programas da gestão
acadêmica vigente e projetos especiais;
V – Bibliografias gerais e especializadas;
VI – Catálogos, listas e propagandas de editores e livreiros;
VII – Sites de editoras, livrarias e de outras bibliotecas;
VIII – Repositórios institucionais;
IX – Sugestões eventuais: participantes de cursos, congressos, viagens de estudo,
treinamentos etc.;
X – Referências bibliográficas constantes em artigos, livros, trabalhos acadêmicos
de alta demanda e temas de interesse etc;
XI – Temas emergentes (descobertas, pesquisas, epidemias etc.). (adaptado de
SAGÁS et al.2004)

FORMAÇÃO DAS COLEÇÕES

Bibliotecas de Portes A, B e C

As coleções das bibliotecas universitárias podem ser divididas em três níveis, relacionados às
peculiaridades dos diferentes Departamentos, dentro das funções básicas da Instituição. Esta
classificação tem fins meramente informativos:

- nível geral – materiais de consulta, literatura corrente e periódicos de apoio aos programas de
formação geral dos cursos de graduação e pós-graduação: enciclopédias e dicionários gerais e
22

especializados, manuais, anuários, diretórios, índices, abstracts, periódicos técnicos, jornais


diários, publicações governamentais, legislação;
- nível de ensino – materiais fundamentais para o processo de ensino-aprendizagem dos
programas de formação profissional de graduação (bibliografias básicas) e pós-graduação: livros,
periódicos especializados, materiais especiais (audiovisuais, iconográficos etc.);
- nível de pesquisa – materiais com nível de profundidade adequado a programas e projetos de
ensino, pesquisa e extensão, tanto em nível de graduação (TCC, relatórios de pesquisa e
extensão), como de pós-graduação (projetos de pesquisa, monografias, artigos científicos,
dissertações e teses)

TIPOS DE MATERIAIS E QUANTIDADES

I – Obras de Referência: materiais de consulta do tipo Dicionários (de línguas, técnicos sobre as
áreas cobertas pelo(s) Departamento(s) etc.); Enciclopédias (gerais e especializadas, segundo
áreas cobertas pelo(s) Departamento(s)); Outras obras, por demanda e a critério da Comissão de
Seleção, a exemplo de manuais, anuários, diretórios, índices, abstracts – 1 exemplar de cada
(mais de um, só por determinação da Comissão de Seleção).

II – Circulante: literatura corrente, basicamente, constituída por livros e folhetos impressos e


eletrônicos.
- Bibliografias básicas de formação profissional, na quantidade recomendada pelo INEP em
seu documento geral (2008) – mínimo de 1 exemplar/8 alunos, sendo ainda um mínimo de 3
títulos por disciplina e por turma.
- Bibliografias complementares de formação profissional (pesquisa em nível de
graduação) – mínimo de 1 exemplar/ 8 alunos, sendo ainda um mínimo de 2 títulos por disciplina
e por turma.
- Bibliografia para nível de pesquisa (nível de pós-graduação) – segue e peculiaridade da
área (ver INEP). Por se tratar de turmas menores pode-se diversificar mais em títulos em
detrimento dos exemplares. Por exemplo: 2 exemplares de cada título selecionado pelo programa
ou pela linha de pesquisa.

OBS.: OBS.: A quantidade de exemplares será definida pela Comissão de Seleção em


consonância com as demandas registradas pelo serviço e empréstimo e de reserva, com as
peculiaridades do ensino a distância e tendo em vista os recursos disponíveis. Média mínima
recomendada: 3 a 5 exemplares de cada título, na base de 2 títulos por disciplina, sendo este um
padrão orientativo, caso não seja possível seguir os padrões mínimos recomendados para as
bibliografias básicas e complementares.

III – Periódicos: coleções especializadas, preferentemente em português e em espanhol, em


suporte papel, segundo as áreas cobertas pelo(s) Departamento(s), quando não houver versão
eletrônica; quanto às revistas especializadas eletrônicas, considerar o Portal da Capes.
OBS.: Revistas em suporte papel – 5 a 7 títulos por curso, observando as coincidências de
interesse comum.

IV – Multimeios – materiais audiovisuais, segundo a(s) área(s) coberta(s) pelo(s)


Departamento(s) e as condições de uso – 1 exemplar de cada

V – Publicações do(s) Departamento(s):


- Gestão acadêmica – 2 exemplares (1 para a biblioteca, 1 para o setor de
Memória da UNEB)
- Pesquisa - no caso de TCC – 1 em mídia eletrônica;
- outros trabalhos acadêmicos (artigos, projetos e relatórios de pesquisa,
dissertações e teses etc. – 3 exemplares (2 em papel, sendo 1 para a
23

biblioteca do Departamento e 1 para a BDTD, e 1 em mídia eletrônica


para o setor de Memória da UNEB)

Biblioteca Prof. Edivaldo Machado Boaventura

Há que considerar que a Biblioteca Prof. Edivaldo Machado Boaventura, como a principal
unidade de informação da UNEB, terá os mesmos níveis das coleções comuns às categorias A, B
e C, no entanto, suas coleções se apresentarão mais amplas, pois deverá dar suporte às outras
bibliotecas.

TIPOS DE MATERIAIS E QUANTIDADES:

I – Obras de Referência: Dicionários (de línguas, de literatura, biográficos, geográficos, técnicos


etc); Enciclopédias (gerais e especializadas); Indicadores (nacionais, internacionais); Catálogos
de universidades e de bibliotecas; Bibliografias, índices, abstracts; Thesauri; Atlas; Legislação
brasileira; Estatísticas – 1 exemplar de cada.

II – Circulante: literatura corrente, basicamente, constituída por livros e folhetos impressos e


eletrônicos.
- Bibliografias básicas de formação profissional, na quantidade recomendada pelo INEP em
seu documento geral (2008) – mínimo de 1 exemplar/8 alunos, sendo ainda um mínimo de 3
títulos por disciplina e por turma.
- Bibliografias complementares de formação profissional (pesquisa em nível de
graduação) – mínimo de 1 exemplar/8 alunos, sendo ainda um mínimo de 2 títulos por disciplina
e por turma.
- Bibliografia para nível de pesquisa (nível de pós-graduação) – segue a peculiaridade da
área (ver INEP). Por se tratar de turmas menores pode-se diversificar mais em títulos em
detrimento do número de exemplares. Por exemplo: 2 exemplares de cada título selecionado pelo
programa ou pela linha de pesquisa.

OBS.: A quantidade de exemplares será definida pela Comissão de Seleção em


consonância com as demandas registradas pelo serviço e empréstimo e de reserva, com as
peculiaridades do ensino a distância e tendo em vista os recursos disponíveis. Média mínima
recomendada: 3 a 5 exemplares de cada título, na base de 2 títulos por disciplina, sendo este um
padrão orientativo, caso não seja possível seguir os padrões mínimos recomendados para as
bibliografias básicas e complementares.

III – Periódicos: considerar as coleções existentes, de caráter interdisciplinar (por exemplo,


Nature, Science, Scientific América, Cadernos CRH, Bahia em Dados etc.) e as especializadas,
em suporte papel; quanto às revistas eletrônicas, considerar o Portal da Capes.
OBS.: Revistas em suporte papel – 5 a 7 títulos por curso, observando as coincidências de
interesse comum.

IV – Multimeios – materiais audiovisuais, iconográficos etc., segundo áreas de interesse dos


Departamentos do Campus I e as peculiaridades da Biblioteca Edivaldo Machado Boaventura;
poderão ser incorporados materiais de interesse de outros Departamentos, quando as respectivas
bibliotecas univesitárias não dispuserem de condições de uso (equipamentos) - 1 exemplar de
cada.
V – Dissertações e teses oriundas de outras universidades (nacionais e estrangeiras); no caso
brasileiro, considerar a existência da BDTD – 1 exemplar de cada.
24

VI - Coleção de lastro – também chamada coleção geral, ou fundamental da civilização,


clássicos, cobrindo todas as áreas do conhecimento, obras sobre a cultura brasileira e baiana,
conforme se especifica a seguir, 1 exemplar de cada:
– Sociologia, Filosofia, Educação, Ciência Política, Cultura Brasileira, História Universal e do
Brasil, Epistemologia e Metodologia da Pesquisa, Administração Pública;
– Literatura: obras relevantes da literatura brasileira, ibero-americana, africana e universal (no
último caso, traduzidas ou na língua original);
– História das Artes: arte brasileira, ibero-americana, africana; escolas; obras clássicas sobre
diferentes modalidades de expressão artística; álbuns sobre obras de artes, sobre museus etc.

VII – Publicações oficiais brasileiras e baianas – mensagens e discursos governamentais;


programas e planos de desenvolvimento global e setorial; relatórios de universidades, de
bibliotecas; relatórios do MEC, outros ministérios ou órgãos de interesse da UNEB; legislação -
1 exemplar de cada.

VIII - Obras raras e valiosas – primeiras edições, obras autografadas por autores renomados, com
dedicatórias relevantes, coleções especiais com ex libris, obras com pequenas tiragens,
encadernações artísticas, de luxo e curiosas, edições clandestinas, edições entre os séculos XV e
XIX, obras de personalidades de projeção política, científica, religiosa, literária, obras
manuscritas ou com anotações manuscritas pelo autor, entre outras características que possam
caracterizar raridade ou preciosidade.

IX – Coleções especiais – oriundas de doação ou compra, pertencentes a personalidades de


destaque no mundo científico e cultural, e outras consideradas relevantes e pertinentes pela
Comissão de Seleção – 1 exemplar (duplicatas podem ser remanejadas).

X – Publicações da UNEB – resultantes de pesquisa (teses, separatas etc.), técnicas, programas


de pós-graduação, de gestão, relatórios etc., e obras publicadas pela EDUNEB, a serem alocadas
no setor de Memória da UNEB – 1 exemplar de cada para custódia, podendo ser consultado na
sede, por tratar-se de material de baixa demanda.
(Adaptado de SANTANA, 1995, POLÍTICA..., 2002, SAGÁS et al., 2004, PINHEIRO, 1989)

ETAPAS DO PROCESSO DE SELEÇÃO: CRITÉRIOS, DESCRIÇÃO E TAREFAS

I – Estudo da comunidade usuária


II – Diretrizes de seleção
III – Seleção
IV – Aquisição
V – Avaliação das coleções
VI – Desbaste: remanejamento e descarte
VII – Preservação
VIII – Incorporação patrimonial

I - Estudo da comunidade usuária – é a investigação para caracterizar o público-alvo. Numa


universidade, de antemão já se tem um primeiro perfil do público potencial pela natureza da
Instituição (docentes, alunos, funcionários técnico-administrativos, turno de maior concentração
da comunidade na Instituição). Além disto, os dados existentes no sistema acadêmico da
Instituição são de grande utilidade, pois facilmente fornecem informações básicas e quantitativas
por categoria. Exemplo:

PÚBLICO:
25

- Docentes: jornada e turno, titulação, situação funcional (efetivo, substituto, colaborador,


visitante), formação, lotação (Departamento), grupo de pesquisa a que está filiado e/ou linha de
pesquisa, trabalhos publicados (plataforma Lattes)

- Alunos: nível (graduação, pós-graduação: especialização, mestrado, doutorado, pós-doc), curso


(Departamento), vínculo a grupo de pesquisa, turno, situação socioeconômica

Técnico-Administrativo: escolaridade, vínculo (efetivo, contratado), lotação (setor da IES), área


(função temática) de atuação, jornada e turno, trabalhos publicados, vínculo a grupo de pesquisa.

ARMAZENAGEM:

Estas informações, de caráter gerencial, devem ser lançadas em planilha eletrônica, gráficos,
tabelas, e ser objeto de atualização periódica.

FINALIDADE DE USO:

- Comissão de Seleção, plano de aquisição etc.


- Diretoria do SISB para efeito de planejamento

Observação:
1) O quantitativo de alunos matriculados é a principal base de cálculo para praticamente todos
os tipos de atividades da biblioteca.

2) Caso haja alguma demanda específica, por exemplo, de caráter qualitativo (Nível de satisfação
do usuário) ou alguma situação emergente a ser esclarecida (Objeto de uma pesquisa), poderá ser
feito um estudo de usuário dirigido, formalmente elaborado e aplicado, por Departamento, de
forma exaustiva ou por amostragem, segundo a necessidade.
No entanto, os seguintes cuidados devem ser levados em conta:
- não fazer perguntas inúteis (isto é, que não tenham utilidade para o estudo);
- não tomar o tempo do usuário desnecessariamente;
- esclarecer os objetivos da abordagem (questionário ou entrevista);
- dar retorno à comunidade.

_________________________________________________________________________

II – Diretrizes de seleção – devem ser traduzidas num documento que será o instrumento de
trabalho para apoiar a tomada de decisão, cujo conteúdo deve explicitar:

- Comissão de Seleção – ato de criação, mandato, coordenador, nomes dos membros.


- Os Princípios de Seleção
- Os Critérios estabelecidos
- As Fontes de Seleção – devem ser selecionadas, cadastradas e disponibilizadas pelas
Subgerência de Seleção para consulta constante por parte da Comissão de Seleção, visando a
complementar/ajustar/diminuir as listas de sugestões da comunidade, bem como a incorporar
novos materiais;
- O Plano de Aquisição, a ser elaborado com o apoio da Subgerência de Aquisição, de posse do
montante de recursos financeiros destinados para a compra, estabelecendo em mapas próprios:
1) os percentuais para a distribuição de recursos por alunos matriculados e por valor médio do
livro, tendo em vista os assuntos (área), tipo de material, idioma;
2) os quantitativos de títulos e de exemplares segundo padrão estabelecido.

_________________________________________________________________________
26

III – Seleção:
- Examinar os resultados dos inventários
-Ter em mente os resultados da avaliação das coleções (índices de perda, estado físico da
coleção etc)
- Examinar as listas de doações recebidas e a de doações a serem feitas
- Examinar as possibilidades de intercâmbio, principalmente de revistas de outras IES
- Examinar a lista de sugestões da comunidade da UNEB item por item
- Preparação da lista final de obras selecionadas para a aquisição, com as respectivas
quantidades e indicação de prioridade.

_________________________________________________________________________

IV – Aquisição – processo de obtenção dos recursos informacionais por compra, doação e


permuta, mediante os instrumentos administrativos pertinentes.

As listas com oferta de doação e permuta serão encaminhadas para exame da Comissão de
Seleção. As listas de compra serão recebidas já com o aval da Comissão de Seleção para
entrarem no processo de aquisição.

A Subgerência de Aquisição executa e acompanha todo o processo de aquisição, até o seu


destino final, elabora o relatório (mapa) com os resultados, dando conhecimento à Subgerência
de Seleção.

As doações solicitadas pelo SISB ou suas bibliotecas devem referir-se a obras que não se
encontram no circuito comercial, a exemplo de publicações governamentais, de entidades
públicas e privadas de caráter científico, cultural etc. Já as doações recebidas devem passar pela
seleção, porque não serão incorporados pelo fato de terem sido doadas. O doador assinará um
Termo de Doação para que fique ciente que o SISB disporá do material segundo suas
necessidades, a exceção das coleções consideradas especiais. Assim sendo, os materiais poderão
ser incorporados, doados, permutados, descartados.
São objeto de intercâmbio ou permuta com instituições congêneres por materiais julgados
equivalentes: publicações da UNEB (livros e revistas), materiais recebidos por doação,
duplicatas de revistas, material descartado, material a ser substituído por outro em melhor estado.
(adaptado de SAGÁS et al., 2004)
_________________________________________________________________________

V – Avaliação das coleções – estudo pontual, determinado por algum sintoma emergente sobre o
estado da coleção, com base nos padrões estabelecidos. Tem por finalidade identificar lacunas
temáticas, necessidade de reposições e de desbaste, estado de atualização e deterioração, entre
outros. Para tal, Miranda (1980) divide a avaliação em 3 fases independentes, mas
complementares:
- distribuição percentual do acervo por classe
- idade da coleção
- idiomas.
Deve ser levada a cabo pela Subgerência de Seleção e contar com informações gerenciais dos
serviços de Referência, de Empréstimo e de Reserva. (adaptado de WEITZEL, 2006)

_________________________________________________________________________

VI – Desbaste: remanejamento e descarte – é a retirada de material da estante, o que pode se dar


por diversos motivos, resultantes de avaliação da coleção, inventário ou conhecimento de causa.
27

Remanejamento e guarda em depósito: exemplares sem uso nos últimos 5 anos (deixando um
exemplar na estante); fascículos anteriores a 10 anos; coleções de periódicos encerradas e sem
demanda; excesso de duplicatas em uma unidade e carência em outra.
Descarte: inadequação temática; idiomas inacessíveis; edições ultrapassadas (sem valor
histórico) e com edições mais novas; fisicamente danificadas e irrecuperáveis; obras em depósito
por remanejamento e sem uso por 5 anos; excesso de duplicatas para a demanda; doações
indesejadas. (SAGÁS et al., 2004, CARVALHO; RIBEIRO, VIEIRA, 1995, SAGÁS et al.,
2004)

_________________________________________________________________________

VII – Preservação – tarefa orientada à conservação preventiva, traduzida no acompanhamento do


estado físico dos recursos informacionais, segundo suas peculiaridades quanto ao tipo e suporte,
observando desde o controle de temperatura e umidade, passando pela forma de armazenagem,
pela limpeza (segundo calendário), até a integridade dos materiais. Usar os padrões de
temperatura entre 18 e 22. C e controle de umidade. (LUBISCO; VIEIRA, 2009)
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VIII – Incorporação patrimonial – processo formal de inclusão de recursos informacionais


passíveis de serem enquadrados como patrimônio da Instituição, mediante o tombamento
patrimonial, segundo a legislação e as normas em vigor.
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(adaptado de VERGUEIRO, 1995, WEITZEL, 2006, LUBISCO; VIEIRA, 2009)

Estes Elementos para as Diretrizes de Formação e Desenvolvimento de Coleções


constituem apenas uma base a partir da qual o SISB poderá elaborar suas Diretrizes para
Formação e Desenvolvimento de Coleções, a partir da nomeação da primeira Comissão de
Seleção e da realidade local.
Deve ser prevista sua aplicação com o devido retorno das bibliotecas, tendo-se a
necessidade de ajustes e de sua revisão periódica, com vistas à futura Política de
Desenvolvimento de Coleções.
As diretrizes constantes deste documento entram em vigor quando da aprovação do
Regimento Interno do SISB.
Salvador, ___ de ______________, de 2009.
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REFERÊNCIAS

BELLUZZO, Regina Célia B.; RONCHESEL, Maria Helena S. O processo de seleção em


bibliotecas universitárias sob enfoque da globalização da informação. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 18., 1997. São Luis. Anais...
São Luis: ABREM, 1997.
CARVALHO, Gilda Ieda S. S. de; RIBEIRO, Maria das Graças M.; VIEIRA, Sônia Chagas.
Política de descarte e/ou retirada de documentos das coleções das bibliotecas da UFBA.
Salvador: Biblioteca Central, Universidade Federal da Bahia, 1995. (Programa para o
Desenvolvimento das Bibliotecas da UFBA 1995-1998, Subprograma 4 Formação e
Desenvolvimento de Coleções, 4.2)
LUBISCO, Nídia M. L.; VIEIRA, Sônia Chagas. Biblioteca universitária brasileira: instrumento
para seu planejamento e gestão, visando à avaliação do seu desempenho: documento final
consolidado a partir das contribuições dos grupos de trabalho do Seminário Avaliação da
Biblioteca Universitária Brasileira. Salvador: EDUFBA, 2009. Também disponível em:
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MARTINS, Valéria dos S. G.; URPÍ CÁMARA, Montserrat; VILLAS BOAS, Maria de Lourdes
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UNICAMP. Campinas: [s.n.], 1999? Disponível em: <libdigi.unicamp.br/document/?down=1110
>. Acesso em: jun. 2009.
MEGGIOLARO, Cezar Augusto; ROSA, Maria Eunice de Almeida, LOBO, Maria Risoleta C.
Política de desenvolvimento de coleções do sistema de bibliotecas da UFG. Goiânia, 1996?
Disponível em: <http://www.bc.ufg.br/publicacoes/desenv.pdf>. Acesso em: jun. 2009.
MIRANDA, Antonio. Seleção de material bibliográfico em bibliotecas universitárias brasileiras.
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NEGRETE GUTIÉRREZ, Maria del Carmen. El desarrollo de colecciones y la selección de
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PINHEIRO, Ana Virginia Teixeira da Paz. Que é livro raro? Uma metodologia para o
estabelecimento de critérios de raridade bibliográfica. Rio de janeiro: Presença, 1989. Com apoio
do Instituto Nacional do Livro. Prêmio de Biblioteconomia e Documentação 1986.
POLÍTICA de desenvolvimento de coleção de revistas científicas da BIREME. São Paulo, 2002.
Disponível em: <http://bu.bvs.br/reuniao_bvs/docs/pt/doc/politica-bireme.doc>. Acesso em: 4
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SAGÁS, Alcimar Oliveira et al. Política de desenvolvimento de coleções da biblioteca
universitária da UDESC. Florianópolis: Pró-reitoria de Ensino/Biblioteca Universitária, 2004.
Disponível em: <www.bu.udesc.br/download/Potc_desenv_colec.pdf >. Acesso em:
SANTANA, Isnaia Veiga. Formação do acervo da Biblioteca Central: diretrizes preliminares:
revisão do texto produzido em 1991. Salvador: Biblioteca Central, Universidade Federal da
Bahia, 1995. (Programa para o Desenvolvimento das Bibliotecas da UFBA 1995-1998,
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WEITZEL, Simone da Rocha. Elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções em
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