Eletricidade Veicular
Veículos Comerciais
Treinamento técnico
Índice
Eletricidade ........................................................................................................................................................................................................................................ 7
Atração e Repulsão ............................................................................................................................................................................................................................ 8
Grandezas Elétricas ........................................................................................................................................................................................................................... 9
Multímetro ....................................................................................................................................................................................................................................... 10
Tensão Elétrica ................................................................................................................................................................................................................................ 11
Corrente Elétrica .............................................................................................................................................................................................................................. 12
Resistência Elétrica .......................................................................................................................................................................................................................... 13
Potência Elétrica .............................................................................................................................................................................................................................. 14
Múltiplos e Submúltiplos .................................................................................................................................................................................................................. 15
Submúltiplos de Unidades de Medida .............................................................................................................................................................................................. 16
Exercício .......................................................................................................................................................................................................................................... 17
Lei de Ohm........................................................................................................................................................................................................................................ 18
Exercício 1 ........................................................................................................................................................................................................................................ 19
Exercício 2 ........................................................................................................................................................................................................................................ 20
Exercício 3 ........................................................................................................................................................................................................................................ 21
Exercício 4 ........................................................................................................................................................................................................................................ 22
Resistores ......................................................................................................................................................................................................................................... 23
Resistores – Código de Cores ........................................................................................................................................................................................................... 24
Associação de Resistências .............................................................................................................................................................................................................. 25
Você provavelmente sabe que tudo em nosso mundo é composto de átomos, e os átomos por sua vez, possuem um núcleo rodeado por pequenas partículas
chamadas elétrons. A eletricidade é uma forma de energia causada pelo fluxo de elétrons. A energia elétrica é facilmente convertida em outras formas de
energia como a luz, o calor, o som e o movimento.
Isolantes
São os materiais que oferecem grande resistência a passagem de corrente elétrica por ter poucos
elétrons livres em sua estrutura molecular.
Ex. Vidro, borracha, plástico, etc
Condutores
São materiais que permitem a passagem da corrente elétrica devido a grande quantidade de elétrons
livres em sua estrutura. Ex. Ouro, prata, alumínio, cobre, etc
Tensão elétrica é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Sua unidade de medida é o Volt, o nome é homenagem ao físico italiano Alessandro
volta.
Para facilitar o entendimento do que é tensão elétrica, pode-se fazer um paralelo com a pressão hidráulica. Quanto maior a diferença de pressão hidráulica
entre dois pontos, maior será o fluxo do líquido. Ex: Considerando uma caixa d’água e uma torneira, quanto mais alta estiver a caixa d’água, maior será a
pressão e a velocidade com que a água sairá na torneira. O fluxo de água citado no exemplo anterior pode ser considerado como corrente elétrica em um
circuito elétrico. Da mesma maneira, a pressão hidráulica pode ser considerada como Tensão elétrica em um circuito elétrico.
Medição de Tensão
Corrente elétrica
Na Física, corrente elétrica é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica. Sabe-se que, microscópicamente, as cargas livres estão em
movimento aleatório devido a agitação térmica.
Para que a corrente elétrica exista, é necessário a presença de uma tensão elétrica ( diferença de potencial ). Vide exemplo da caixa d’água da página anterior.
Medição de Corrente
Resistência elétrica é a oposição a passagem de corrente elétrica, quando existe uma diferença de potencial aplicada. Seu cálculo é dado pela Lei de ohm, e
segundo o Sistema Internacional de Unidades (SI), é medida em Ohms.
Quando uma corrente elétrica é estabelecida em um condutor metálico, um número muito elevado de elétrons livres passa a se deslocar nesse condutor.
Nesse movimento, os elétrons colidem entre si e também contra os átomos que constituem o metal. Os elétrons encontram uma certa dificuldade para se
deslocar, isto é, existe uma resistência à passagem da corrente no condutor. Para medir essa resistência, os cientistas definiram uma grandeza que
denominaram Resistência elétrica.
Fatores que influenciam no valor de uma resistência:
A resistência de um condutor é tanto maior quanto maior for seu comprimento.
A resistência de um condutor é tanto maior quanto menor for a área de sua seção reta, isto é, quanto mais fino for o condutor.
A resistência de um condutor depende do material de que ele é feito
A resistência de um condutor depende da temperatua a que ele está submetido.
Em sistemas elétricos, a potência instantânea desenvolvida por um dispositivo de dois terminais é o produto da diferença de potencial entre os terminais e a
corrente que passa através do dispositivo.
Isto é,
P=I.V
onde I é o valor instantâneo da corrente e V é o valor instantâneo da tensão. Se I está em ampères e V em volts, P estará em watts.
Num sistema de corrente contínua em que I e V se mantenham invariantes durante um dado período, a potência transmitida é também constante e igual ao
produto de I x V.
Os múltiplos de unidade de medida são designações associadas as unidades, que visam representar valores acima de 1000.
Utilizando como unidade de medida o Volt, no exemplo abaixo podemos encontrar as seguintes representações:
Na tabela acima vemos o nome Kilo para representar mil, Mega para representar um milhão, Giga para representar um bilhão e Tera para representar um
trilhão. Essa nomenclatura é utilizada com outras unidades além do Volt. Ex: M ( Mega Ohms ), KW ( Kilo Watts ),
GHz ( Giga Hertz ).
Os submúltiplos de unidade de medida são designações associadas as unidades que visam representar valores menores que um.
Utilizando como unidade de medida o Volt, no exemplo abaixo podemos encontrar as seguintes representações:
Na tabela acima vemos o nome mili, para representar valores mil vezes menor que ( Um ), micro para representar valores um milhão de vezes menor que (
Um ), nano para representar valores um bilhão de vezes menor que ( Um ) e pico para representar valores com um trilhão de vezes menor que ( Um ). Essa
nomenclatura é utilizada com outras unidades além do Volt. Ex: A ( micro ampére ), mW ( mili Watts ), nF ( nano Farad ).
O nome desta importante lei foi dado em homenagem ao físico alemão Georg Simon Ohm. Ela é utilizada para o cálculo da tensão (U), corrente (I), resistência
( R ) e potência ( P ) num circuito elétrico.
Os triangulos abaixo são a maneira mais fácil de representar as equações da lei de Ohm.
Utilizando o triângulo mostrado na página anterior, assinale a fórmula mais correta para calcular a tensão sobre o resistor do circuito abaixo.
Qual é a potência da lâmpada do circuito abaixo ? Utilize o triângulo da potência para extrair a fórmula.
I = 500mA
12 V
P = 24 W
P = 0,024 W
P=6W
P = 0,06 W
560k Ω
0.560 MΩ
Resistores são componentes eletrônicos cuja finalidade é oferecer oposição à passagem de corrente elétrica através do material utilizado na sua confecção.
Existem vários tipos de resistores, o que difere entre eles é o material empregado na construção.
Alguns tipos de resistores possuem a representação do seu valor através de um código de cores. A cor dourada e prata representam a tolerância do valor lido.
No exemplo abaixo o resistor apresenta a cor prata na última faixa, logo o valor de 200 000 ohms permite uma variação de até 10%, ou seja, o valor pode ser
entre 180 000 e 220 000 Ohms.
Associação em Série – Em um circuito elétrico, não é somente a carga que possui resistência elétrica, todos os outros componentes como conectores,
interruptores, fusíveis e cabos também exercem resistência a passagem da corrente elétrica.
A resistência total de um circuito onde as resistências estão associadas em série, será a so-
ma de todas as resistências do circuito.
No circuito abaixo vemos que as resistências representadas por lâmpadas estão associadas em paralelo. Ao observar com mais detalhe o ponto circulado no
circuito, vemos que nele ocorre a divisão da corrente elétrica. Essa divisão ocorrerá também nos outros pontos do circuito.
Itot
Lei de Ohm
Alguns circuitos possuem resistências em série e resitências em paralelo. Para calcular a resistência total do circuito se deve calcular primeiro o equivalente
dos circuitos série e depois o equivalente dos circuitos paralelo. Veja o exemplo abaixo.
30
40
40 25
50 15
10
20
30
Um conector é uma peça, geralmente plástica, responsável pela interface de dois ou mais chicotes elétricos existente em um veículo. Essa interface, ou seja,
essa união dos cabos permite que um determinado componente, por exemplo, possa ser ligado a um módulo eletrônico mesmo que para isso seja necessário
unir-se a um outro chicote elétrico.
O contato elétrico é realizado por pequenas peças metálicas denominadas por TERMINAIS que são crimpados (prensados) nos cabos elétricos e inseridos
(fixados) nas cavidades do conector.
Existem diferentes tipos de terminais: machos, fêmeas, olhal, tubular, agulha, etc.
Ao utilizar um multímetro para medir os sinais em um conector, não colocar as pontas de prova do multímetro na parte dianteira do conector, isso poderá
danificar os contatos dos terminais.
Ao desconectar um conector da contra-peça ou de um módulo eletrônico, procure não puxar pelos cabos, isso pode fazer com que os terminais se soltem da
cavidade aumentando o risco de mau contato elétrico. Procure uma trava plástica entre os conectores antes de puxar.
O fusível é um componente que tem por função proteger a instalação elétrica e impedir, desta forma, a ocorrência de acidentes. Fundem-se quando a corrente
elétrica circulante atinge um limite acima do tolerável, interrompendo o circuito. Ao dimensionar-se um fusível, deve-se conhecer a corrente que circulará no
mesmo e instalar um fusível com capacidade de 25 a 50% maior.
As lâmpadas halógenas possuem um filamento de tungstênio que emite luz pela passagem
da corrente elétrica. Partículas de tungstênio são desprendidas do filamento durante este
processo.
Os gases contidos no interior do bulbo das lâmpadas halógenas, se combinam com as
partículas de tungstênio.
Esta combinação, somada à corrente térmica dentro da lâmpada, faz com que as partículas
se depositem de volta no filamento, criando assim o ciclo regenerativo do halogênio.
O resultado é uma luz mais branca, brilhante e uniforme ao longo de sua vida útil.
Podemos realizar medições nas lâmpadas com o ohmímetro, porém não podemos aplicar a
lei de ohm, pelo fato do filamento aquecer até a 3000 °C, quanto mais aquecida menor
será sua resistência.
Observação: O bulbo da lâmpada não deverá ser tocado com as mãos, manuseá-la
somente com o auxílio de um tecido ou luva, A oleosidade da pele em contato com o bulbo
aquecido faz com que a partes tocadas fiquem escuras impedindo a dissipação de luz.
Capacitores são basicamente duas placas de metal em paralelo separadas por um isolante. O isolante é chamado de dielétrico, a característica do capacitor é
definida pelo seu dieletrico, o dieletrico pode ser de cerâmica, mica, poliéster, papel, ar, etc. Os capacitores podem ser carregados e armazenar eletricidade
tal qual as baterias, isto pode ser perigoso quando se trabalha com alta tensão. A corrente contínua (cuja tensão não varia no tempo) não flui através do
capacitor, já que o dielétrico tem a característica de um circuito aberto.
O valores de capacitância são medidos em FARADs, porém valores em FARADs não são usuais, existindo mais comumente valores em microFarad, nanoFarad
e picoFarad. Dependendo do tipo de capacitor existirá ou não polaridade para ser instalado.
Dielétrico
Dielétrico Tipos de Capacitor Simbologia
+ _
Diodos são componentes eletrônicos que utilizam semicondutores na sua construção, isso confere ao componente a capacidade de conduzir
a corrente elétrica somente em determinadas condições tais como, tipo de polarização e tensão aplicada.
Existem vários tipos de diodos, porém no estudo da eletricidade veícular utilizaremos somente dois tipos:
Catodo Anodo
Diodo retificador é um componente eletrônico que permite a passagem da corrente elétrica somente em um sentido desde que polarizado diretamente, ou
seja, desde que o positivo seja aplicado no terminal Anodo e o negativo aplicado no terminal Catodo. Ao observar a curva característica do diodo retificador,
vemos que o mesmo somente conduzirá a corrente elétrica quando a tensão do anodo for pelo menos 0,7V maior que o catodo. Isso ocorre devido as
características do semicondutor utilizado na construção do diodo. De modo análogo, se o diodo for polarizado reversamente, ou seja, o positivo no terminal
Catodo e o negativo no terminal Anodo, não haverá a passagem da corrente elétrica até que a tensão reversa alcance aproximadamente (– 100V ), quando
isso ocorre o diodo estará na região de avalanche o que resultará na destruição do diodo.
Polarizado Diretamente
Anode Cathode
Polarizado Reversamente
O diodo retificador é o componente responsável pela conversão da tensão alternada gerada pelo alternador, em tensão contínua para ser utilizada pelo
veículo. O diodos estão localizados no alternador, e podem ser testados para verificar se estão em condições de uso. Ao testar um diodo, se deve posicionar a
chave do multímetro na posição referente ao símbolo do diodo, ao polarizá-lo diretamente se deve ler uma tensão de aproximadamente 0,5V (figura 1), ao
polarizá-lo reversamente se deve ler o símbolo de infinito (figura 2)
Figura 1 Figura 2
Diodo Zener é um tipo de diodo especialmente projetado para trabalhar na região de avalanche, ou seja, polarizado reversamente.
O diodo Zener pode funcionar polarizado diretamente ou reversamente. Quando está polarizado diretamente, funciona como um diodo retificador. Cada diodo
zener possui o que chamamos de tensão de zener, que é a tensão a partir da qual o diodo começa a conduzir quando polarizado reversamente. Na curva
característica abaixo a tensão de zener é de 10V.
Polarizado Diretamente
Simbologia
Região de Avalanche
Anode Cathode
Polarizado Reversamente
A vantagem do diodo zener é que a partir do momento que a tensão de zener é alcançada, a mesma é mantida constante. Isso confere ao diodo zener a
função de regulador de tensão. Nas figuras abaixo podemos ver que a tensão de zener de 5V é mantida independente da variação de tensão da fonte.
LED é a sigla em Inglês para Light Emitting Diode, ou Diodo Emissor de Luz.
O LED é um diodo que quando conduzindo corrente elétrica, emite luz. A luz é monocromática e é produzida pelas interações energéticas do elétron. O
processo de emissão de luz pela aplicação de uma fonte elétrica de energia é chamado eletroluminescência.
Por ser um diodo o LED irá trabalhar somente se polarizado diretamente. O que determina a tensão a partir da qual o LED conduz, é o tipo de material
empregado no processo de fabricação, esse material também é utilizado para determinar a cor da luz emitida pelo LED, veja na figura abaixo que para cada
cor, existe uma tensão de condução diferente.
Simbologia
Anode Cathode
O transistor é um componente eletrônico que tem como principal função chavear ou amplificar sinais elétricos. Graças a esta função, a corrente elétrica que
passa entre coletor e emissor do transistor varia dentro de determinados parâmetros pré-estabelecidos pelo projetista do circuito eletrônico; esta variação é
feita através da variação de tensão no terminal chamado base, que conseqüentemente ocasiona o processo de amplificação ou chaveamento de um sinal.
Entende-se por "amplificar" o procedimento de tornar um sinal elétrico mais fraco, em mais forte. Um sinal elétrico de baixa intensidade, como os sinais
gerados por um microfone, é injetado em um circuito eletrônico (transistorizado por exemplo), cuja função principal é transformar este sinal fraco gerado pelo
microfone, em sinais elétricos com as mesmas características mas com potência suficiente para excitar os altofalantes, a este processo todo se dá o nome de
ganho de sinal.
Quando trabalhando como chave, o transistor tem como principal finalidade, permitir o controle de atuadores com potência elevada a partir de um pequeno
sinal de tensão e corrente.
Simbologia
Colet
Bas
Emiss
Como citado na página anterior, o transistor pode ser utilizado como uma chave. Na figura 1 vemos que não existe corrente elétrica na base do transistor, logo
a chave está aberta e o ventilador não funciona. Na figura 2 vemos que existe corrente elétrica na base do transistor, logo a chave está fechada e o ventilador
funciona. Na figura 2 vemos também que a partir de uma pequena corrente elétrica é possível controlar um atuador de maior potência ( ventilador ).
Figura 1 Figura 2
Qual é o componente eletrônico utilizado para oferecer resistência a passagem da corrente elétrica ?
Capacitor
Diodo
Resistor
Transistor
Diodo Zener
Quais das alternativas abaixo são corretas no que diz respeito ao capacitor ?
O diodo retificador é o componente responsável pela conversão da tensão alternada gerada pelo alter nador em tensão contíinua.
Quais das alternativas abaixo são corretas no que diz respeito ao transistor?
Quando trabalhando como chave, o transistor tem como principal finalidade, permitir o controle de a tuadores com potência elevada
a partir de um pequeno sinal de tensão e corrente
Na industria automobilística são utilizados cabos de acordo com normas internacionais, tudo isso, para
garantir a boa condutividade dos sinais e principalmente a segurança.
Tabela 1.1 Cabo eletrico de cobre para veículos Tabela 1.2 Cabo elétrico de cobre para veículos
Unipolar (um condutor) sem estanhar, isolado com PVC com espessura de Unipolar (um condutor) sem estanhar, isolado com PVC com espessura de parede
parede normal tipo FLY reduzida tipo FLRY
Seção Número aprox. Resistencia Diâmetro Espessura Diâmetro Número Resistencia Diâmetro Espessura Diâmetro
nominal de fios máxima por máximo nominal da externo Seção aprox. de máxima por máximo do nominal da externo
mm² individuais metro a +20°C do cabo isolação máximo nominal fios metro a cabo isolação máximo do
mΩ/m mm do cabo mm² individuais +20°C mΩ/m mm mm cabo mm
mm
0,35 12 52 0,9 0,25 1,4
0,5 16 37,1 1,1 0,6 2,3
0,5 16 37,1 1 0,3 1,6
0,75 24 24,7 1,3 0,6 2,5
0,75 24 24,7 1,2 0,3 1,9
1 32 18,5 1,5 0,6 2,7
1 32 18,5 1,35 0,3 2,1
1,5 30 12,7 1,8 0,6 3
1,5 30 12,7 1,7 0,3 2,4
2,5 50 7,6 2,2 0,7 3,6
4 56 4,71 2,8 0,8 4,4 2,5 50 7,6 2,2 0,35 3
6 84 3,14 3,4 0,8 5,03 4 56 4,7 2,75 0,4 3,7
10 80 1,82 4,5 1 6,5 6 84 3,1 3,3 0,4 4,3
16 126 1,16 6,3 1 8,3
25 196 0,743 7,8 1,3 10,4
35 276 0,527 9 1,3 11,6
50 396 0,368 10,5 1,5 13,5
70 360 0,259 12,5 1,5 15,5
95 475 0,196 14,8 1,6 18
120 608 0,153 16,5 1,6 19,7
Notas:
1 Em casos particulares com cabo do motor de partida muito comprido, o valor Uvl eventualmente pode ser
ultrapassado com temperatura de partida reduzida
2 Nos caos em que o cabo de retorno do motor de partida for isolado, a queda de tensão no cabo não dev ser
superior a queda de tensão na linha de alimentação - Valores máximos permitidos são 4% da tensão nominal, isto é,
um total de 8%.
3 Os valores Uvl se aplicam para temperaturas do relé em engrenamento de 50 até 80°C.
4 Eventualmente, levar em conta o cabo antes da chave de ignição/partida
Dados extraídos do Manual Bosch Veicular 25° Edição
Para o correto dimensionamento dos cabos elétricos, são necessários alguns pontos a observar:
A = I.ρ.L
Uvl
A= Bitola do Cabo (seção transversal)
I= Corrente calculada
ρ = Resistividade do cobre 0,0178Ω mm²/m
L = Comprimento desejado
Uvl = Queda de tensão (conforme tabela 3)
A = 3,5.0,0178.15
0,5
A = 1,86mm²
O resultado acima é o valor exato para a bitola do cabo nas condições impostas no problema em questão. No entanto, comercialmente não temos este valor
de bitola. O menor valor comercial da bitola do cabo que consegue atender as especificações acima é de 2,5mm².
Quando a corrente elétrica atravessa um condutor, um campo magnético constituido por linhas de força é formado ao redor do codutor (figura1). Se o
condutor é enrolado em espiras formando uma bobina, as linhas de força se ligam entre si, fazendo assim uma amplificação do campo magnético (figura 2).
Numa bobina, a forma das linhas de campo se assemelha a forma do campo de uma barra magnética onde encontra-se polo norte e polo sul distintos
(figura 3).
A força de um campo magnético é determinada pelo número de espiras da bobina e da corrente que atravessa o condutor.
O eletromagnetismo é aplicado em motores elétricos, alto-falantes, buzinas, solenóides, reles, sensores, transformadores, antenas etc.
Motor elétrico é uma máquina destinada a transformar energia elétrica em energia mecânica. Na figura abaixo vemos que quando o interruptor é fechado a
bobina recebe corrente elétrica, que por sua vez gera um campo magnético. O campo magnético gerado pela bobina interage com o campo magnético do imã,
as forças de atração e repulsão geradas entre o campo magnético da bobina e do imã, geram movimento no eixo em que a bobina está enrolada.
Gerador é uma máquina destinada a transformar energia mecânica em energia elétrica. O gerador é exatamente igual ao motor, porém trabalha de maneira
contrária, ou seja, ao invés de aplicar tensão elétrica para que o eixo gire, gira-se o eixo para gerar tensão. A tensão é gerada porque segundo a Lei de Faraday
a corrente elétrica é gerada em um condutor que em movimento atravessa um campo magnético.
Um motor de passo é um tipo de motor elétrico que é usado quando algo tem que ser posicionado muito precisamente ou rotacionado em um ângulo exato.
Em um motor de passo, o rotor é composto por um imã permanente muito forte que é controlado por uma série de campos eletromagnéticos que são
ativados e desativados eletronicamente.
Motores de passo
Um relé em é uma espécie de interruptor que ao invés de ser acionado manualmente, é controlado por um eletro-imã.
Os relés mais simples são constituídos de um eletro-imã conectado a uma chave NA ou chave NF, normalmente aberta ou normalmente fechada,
respectivamente. Uma chave NA ( normalmente aberta ), se fecha quando o eletro-ímã é alimentado. Uma chave NF é o oposto da chave NA. O solenóide
possui o mesmo princípio de funcionamento do relé, a diferença é que o solenóide não chavea contatos elétricos. O solenóide movimenta hastes, abre ou
fecha passagens de acordo com a necessidade que o sistema em que ele trabalha requer. Um exemplo de solenóide é o bico injetor de combustível, que
quando alimentado, abrirá a passagem do combustível para o motor.
86 30
85 87 87a
Interruptor
Relé
Lâmpada
A bateria é um conjunto de acumuladores ácido-chumbo que armazenam energia elétrica na forma química.
- Construção interna: internamente, a bateria é constituída de elementos, vasos ou células, cuja quantidade varia de 3 a 6 vasos, conforme a tensão da
bateria.
- Construção interna de cada vaso: cada um dos vasos é formado por um certo número de placas positivas, cujo material ativo é o peróxido de chumbo
(PbO2) de coloração marron e placas negativas onde o material ativo é o chumbo esponjoso (Pb) de coloração acinzentada. O material ativo é prensado em
uma grade de chumbo e antimônio.
Ligadas em paralelo entre si, estas placas são separadas por separadores, os quais, funcionam como isolantes elétricos.
Reação química - conectando-se aos polos de uma bateria os terminais de um consumidor, neste será aplicada uma diferença de potencial elétrico, fazendo
circular no sistema uma corrente elétrica. Neste momento a bateria está em reação de descarga.
O radical sulfato (SO4) passará tanto para as placas positivas quanto para as placas negativas
transformando-se em sulfato de chumbo (PbSO4), ficando o eletrólito a uma menor concentração de ácido
sulfurico (H2SO4). Quanto mais intensa e prolongada for a descarga menor será esta concentração.
Em resumo, quando um circuito externo é conectado entre os polos da bateria, inicia-se um fluxo de
corrente que desloca os elétrons das placas negativas para as positivas, até que haja o equilíbrio elétrico.
Ao mesmo tempo, as placas "absorvem" os radicais sulfato (SO4) e o eletrolito ficará menos denso.
Esta corrente fará com que o radical sulfato (SO4) que estava ligado às placas de chumbo, dissocie-se e junte-se ao hidrogênio da água (H), formando
novamente ácido sulfurico (H2SO4) e assim voltando a densidade correta.
As placas restabelecer-se-ão, ficando a negativa com chumbo puro (Pb) e a positiva com peróxido de chumbo
(PbO2), após receber oxigênio (O) da água.
Em resumo, quando aplica-se à bateria uma tensão maior que a sua tensão nominal, faz-se circular uma
corrente em sentido contrário à descarga, até que haja o desequilíbrio elétrico. As placas liberam os radicais
sulfato (SO4) e o eletrolito fica mais denso.
A capacidade de uma bateria é medida em ampere/hora (A.h) Para medir esta capacidade, aplicar uma descarga na bateria equivalente a 1/20 da capacidade
nominal durante 20 horas. A temperatura do eletrólito deverá manter-se em torno dos 27°C e a tensão mínima admissível é de 10,5V.
Carga da bateria
Os esquemas elétricos são desenhos cujo conteúdo das informações são as ligações elétricas de todo o veículo.
Assim como os desenhos mecânicos, os desenhos elétricos também possuem suas características próprias como símbolos e nomenclaturas.
Para a correta compreensão dos esquemas elétricos, necessitamos primeiramente conhecer as nomenclaturas e simbologias aplicadas.
Componente
A6
Características do Sinal
PE07.15-W-2002R
MR
30 30 50 31 31 16= Número total de Pinas
16/5 16/6 16/12 16/9 16/11 16/11
X1 11= Pino específico do conector X1
Conector do Módulo
O modelo da arquitetura eletrônica utilizado no veículo está diretamente vinculado aos módulos eletrônicos aplicados.
Neste modelo, a comunicação CAN é limitada apenas aos módulos PLD e ADM (baixa velocidade) e a diagnose dos módulos é realizada através de uma linha K
(ligação entre a tomada de diagnose e o módulo eletrônico).
Observação: Alguns módulos ABS não possuem diagnose através do Star Diagnosis, apenas pelo Blink Code (diagnose por lâmpada no painel de
instrumentos).
Neste modelo, existe comunicação CAN entre todos os módulos e a diagnose é feita
através do painel de instrumentos, pois é o único que está conectado à tomada de
diagnose (linha K).
Deste modo, os fios referentes à comunicação CAN são interligados, como mostra a figura abaixo. Além disso, o ponto estrela também possui um capacitor o
qual tem a função de filtro.
Linha H
Linha L
A resistência do ponto estrela é de aproximadamente 60 Ohms entre as linhas H e L e tem como objetivo realizar o casamento de impedâncias entre os
módulos eletrônicos.
No sistema de gerenciamento eletrônico dos veículos, existem informações que são utilizadas de forma comum a todos os módulos que compõem a rede
eletrônica. Essas informações são necessárias para um correto funcionamento do sistema e possível diagnóstico de falhas.
Os módulos eletrônicos se comunicam através de uma rede denominada CAN na qual transitam informações em formato binário onde cada conjunto de bits,
valendo 1 e 0, representa uma informação.
Quando houver necessidade de reparação do chicote, referente ao barramento de comunicação CAN, é importante verificar que a prática de emenda de fios
não é permitida, sendo assim, necessária a substituição do chicote completo.
Com objetivo de evitar problemas com interferência eletromagnética, o barramento CAN possui os fios trançados ao longo do chicote elétrico.
As mensagens são transmitidas ciclicamente, em intervalo de tempos regulares. Isso assegura que o status de atualização de dados seja sempre avaliado.
C (Campo de controle) - Numero de bytes de dados (máximo por mensagem 130 bits).
Observação: 1 bit equivale a 8 bytes. Exemplo: 125 bits equivale a 125 x 8 = 1000 bytes
A rede de comunicação LS (Low Speed – Baixa Velocidade) trabalha com velocidade de transmissão de 125 Kbits por segundo a uma freqüência de 62.5 KHz
e distância máxima dos cabos de comunicação (“chicote”), de até 15 metros.
O LS - CAN opera com uma tensão que varia de 1/3 a 2/3 da tensão da fonte (bateria) e é responsável pela comunicação entre o módulo de controle do
veículo (FR, ADM ou UCV) com o módulo de controle do motor (PLD/MR)..
Existem duas linhas de transmissão de dados, a linha L (low) e a linha H (High). Estas trabalham com sinais espelhados para garantir a transmissão de dados
mesmo quando uma linha é rompida ou submetida a curto-circuito.
O HS - CAN opera com uma tensão que varia de 1,5 a 3,5 Volts.
Este é o tipo de sinal mais simples e é geralmente transmitido por um interruptor. A informação enviada por este tipo de sinal limita-se a indicar se um
determinado equipamento está ligado ou desligado.
O sinal do tipo ON/OFF possui apenas dois níveis de tensão que, aplicados em veículos, podem ser simbolizados por 0 (zero) volts e VBat (Tensão de bateria).
V
ON / VBat
OFF / Zero t
Sinal Analógico
É um sinal que varia de forma análoga a uma outra grandeza, que pode ser pressão, temperatura, posição de algum componente mecânico, etc.
No gráfico acima estão representados os valores de tensão elétrica fornecidos por um sensor de pressão. Para uma variação de pressão de 0,5 a 3,5 bares,
temos uma variação de tensão de 0,5 a 4,5 Volts.
É um conjunto de pulsos que possui valores de Freqüência e Tensão fixos. A modulação por largura de pulso é baseada no tempo em que o pulso se mantém
no valor de tensão superior e no tempo que se mantém no valor de tensão inferior.
Desta maneira, pode concluir que este tipo de sinal pode ser representado também em porcentagem que se mantém no valor de tensão superior
conforme ilustrado na figura abaixo.
Observação: apesar da porcentagem ser diferente, a freqüência se mantém constante e, neste exemplo, é igual a 201 Hertz.
É um conjunto de pulsos elétricos que representam uma informação através de códigos binários e que são utilizados na comunicação entre módulos
eletrônicos.
Abaixo, um exemplo deste tipo de sinal que foi obtido através da monitoração da linha de comunicação CAN entre dois módulos eletrônicos.
Sensor reed é na verdade um interruptor sensível ao campo magnético. Quando sob efeito do campo magnético os contatos se fecham
como na figura abaixo.
Potenciômetros são resistores que permitem a variação de sua resistência em função da posição.
Aplicação
Haste
Pista
Resistência
Variável
Uma placa condutora percorrida por corrente elétrica IV quando submetida a um campo magnético perpendicular a essa corrente, gera uma corrente elétrica
IH perpendicular a corrente IV e ao campo magnético. A esse efeito dá-se o nome de Efeito Hall. Os sensores Hall utilizam o princípio Hall na sua construção,
sendo utilizados para medir posição e rotação.
Aplicação
Sensores indutivos utilizam como princípio de funcionanento a lei da indução eletromagnética, por essa razão em geral esses sensores não necessitam
alimentação. Nos automóveis são utilizados na medição de rotação. Na figura abaixo vemos que ao rodar o volante de inércia, ocorre a variação do campo
magnético do imã que por sua vez, induz na bobina corrente elétrica.
Princípio de Medição
Aplicação
Núcleo de Ferro
Bobina
Ranhura
Um exemplo de sensor capacitivo nos veículos, é o sensor de inclinação do alarme anti-roubo. O sensor é composto por dois eletrodos inseridos em um
recipiente cheio de um líquido sem condutividade elétrica. Esse conjunto forma um capacitor, pois o líquido age como um isolante entre os eletrodos. Ao
inclinar o veículo, ocorre uma variação no nível do liquido que altera a capacidade do capacitor. Essa variação é medida pela unidade eletrônica nos terminais
dos eletrodos.
Sensores de pressão utilizam como elemento sensível Bandas Extenciométricas. Bandas Extenciométricas são materiais que variam sua resistência quando
tracionadas. No exemplo abaixo podemos ver o funcionamento de um sensor de pressão de ar de sobrealimentação
Base de Vidro
Sensores de aceleração podem utilizar sensores hall ou sensores piezoelétricos como elemento sensível. Sensores piezoelétricos utilizam como princípio de
funcionamento a piezoeletricidade, que é a capacidade que determinados materiais possuem de gerar tensão elétrica quando flexionados. No exemplo abaixo,
vemos um sensor de aceleração do sistema Air Bag. Ao sofrer um impacto, as barras compostas de material piezoelétrico flexionam e geram tensão que é lida
pela unidade de controle.
Sensores de temperatura NTC são dispositivos que possuem materiais que alteram sua resistência a passagem de corrente elétrica em função da
temperatura. No NTC a resistência do sensor diminui com o aumento da temperatura. Ao compararmos as figuras abaixo vemos a alteração que ocorre com a
variação de temperatura. Sensores NTC são largamente utilizados na medição de temperatura.
Sensores de temperatura NTC não podem ser submetidos a temperaturas muito elevadas porque isso destruiria o elemento sensor, nesses casos, utiliza-se
sensores do tipo PTC que trabalham de modo inverso ao NTC. Nos sensores PTC a resistência a passagem da corrente elétrica aumenta com o aumento de
temperatura. Um exemplo de sensor PTC é o sensor de temperatura dos gases de escape.
Sensor de Temperatura
dos gases de escape
A pressão a ser medida exerce um esforço sobre um diafragma que, ao se movimentar, aciona o sensor propriamente dito que pode ser um potenciômetro ou
um cristal piezelétrico.
Potenciômetro: a variação de pressão provoca um deslocamento mecânico no potenciômetro responsável por variar a
relação de resistência. Esta variação é interpretada pelo módulo eletrônico e é proporcional à pressão que o sensor está
submetido.
Cristal piezelétrico: a flexão deste tipo de material causada por esforços mecânicos faz com que seja gerada pelo próprio
sensor uma tensão proporcional à pressão que o sensor está submetido.
O pedal do acelerador está equipado com um sensor que indica a posição instantânea do pedal solicitada pelo operador. O módulo ADM passa esta
informação ao PLD. De posse desta informação, este controla o torque do motor, priorizando segurança e o controle de emissões de poluentes.
Podemos observar nas ilustrações acima que quanto maior o torque solicitado pelo operador do veículo, maior é a largura do pulso elétrico.
Os valores dos limites da variação do sinal PWM variam de um pedal para outro, por isso é preciso fazer com que o ADM identifique esses limites sempre que
o mesmo for trocado.
O fato de desconectar e reconectar um pedal de limites já reconhecidos, não exige que se reconheça novamente. O ADM não aceita qualquer valor de limites,
por isso pode ser que haja problemas para reconhecer um pedal avariado. Durante a reprogramação, o ADM aceita como faixa de marcha lenta uma relação
de 10% a 30% e de 40% a 90% para plena carga.
O ADM aciona o indicador de rotações conforme o sinal de rotação recebido do terminal do sensor de rotação do
motor, que está no volante. Caso exista uma
falha neste sensor, o ADM utilizara o sinal que vem do alternador.
O sinal de rotação é um conjunto de pulsos cuja frequência varia com a rotação do motor.
Além do acionamento do conta-giros, o ADM utiliza a informação de rotação para controle do freio motor e top
break.
Verificação do tacômetro
O ADM recebe esta informação do PLD através da linha CAN. Este envia um sinal para o painel de
instrumentos que ascende a luz verde ou vermelha, dependendo da pressão de óleo lubrificante.
Pode ser que seja aplicado um indicador de pressão de ponteiro (manômetro). Para que o correto
funcionamento, é preciso parametrizar o tipo do mesmo no ADM.
É possível consultar a pressão do óleo lubrificante do motor através do equipamento de diagnose.
O ADM recebe esta informação do PLD através da linha CAN. Este envia um sinal para o painel
de instrumentos que ascende a luz azul, verde ou vermelha, dependendo da temperatura.
É possível consultar o valor de temperatura utilizando equipamento de diagnose.
O módulo ADM é o responsável por acionar a lâmpada de aviso (PLD) em caso de eventuais
falhas com o módulo PLD ou ADM.
A lâmpada PLD de aviso (PLD) acende em casos de falhas de grau de criticidade 1 e 2.
O módulo de comando do motor recebe o sinal do sensor de nível e de temperatura do óleo lubrificante e define o nível correto. Esta informação é recebida
pelo ADM via CAN que ativa a lâmpada de advertência em caso de baixo nível de óleo.
O tipo de sensor e de cárter devem estar corretamente parametrizados no módulo de comando do motor.
Com o equipamento de diagnose é possível consultar o nível de óleo lubrificante do motor. Se o valor lido for negativo, o nível está acima do requerido.
A velocidade máxima do veículo é determinada pelo ADM, para a execução desta tarefa ele compara a velocidade real com o valor máximo de velocidade
permitido para o veículo. Quando o valor de velocidade máxima é ultrapassado, o ADM reduz o torque solicitado ao módulo de comando do motor.
Importante : E necessário que o sinal de velocidade do tacógrafo esteja correto, portanto, este equipamento deve estar devidamente ajustado.
O freio motor e o top-brake podem ser acionados pelo ADM ou pelo PLD dependendo do tipo de veículo, também pode ser configurado para funcionar com
uma ou duas válvulas de acionamento, toda a parametrização é feita com o Star Diagnosis.
Em veículos equipados com transmissão automática, pode haver uma comunicação especial entre o ADM e o módulo de controle do equipamento.
As informações são:
- posição do pedal do acelerador;
- torque atual do veículo;
- torque teórico.
Estas informações podem estar presentes nas saídas
chamadas de IWA1 e IWA2, na forma de sinal PWM. Isto
elimina o uso de sensores de carga e permite uma redução
de torque no instante da mudança de marcha efetuada pela
transmissão. Esta saída precisa ser parametrizada no ADM
com o Star Diagnosis.
O ADM executa um controle específico da rotação do motor quando a entrada de ar-condicionado está ativa, e corretamente parametrizada.
Com a ajuda do Star Diagnosis, é possível determinar os seguintes parâmetros para o veículo nesta função:
- rotação mínima;
- rotação máxima;
- velocidade máxima;
- torque máximo;
- ativar ou desativar a entrada.
O ideal é que o interruptor seja montado de tal forma que seja garantido que ele só feche quando a tomada de
força estiver acionada.
Rotação variável
Um veículo equipado com guincho (tipo Munck) tem uma bomba hidráulica que precisa trabalhar com uma rotação entre 1200 rpm e 2100 rpm e não há limite
de torque. A rotação do motor deve ser controlada do lado de fora do veículo. Neste caso vamos utilizar o acelerador por botôes, ADR+ e ADR-.
Quando o botão ADR+ é acionado pode-se subir a rotação do motor sobe até o máximo
parametrizado para a entrada ADR0, quando botão ADR- é acionado pode-se baixar a rotação
do motor até o valor mínimo parametrizado para a entrada ADR0.
As entradas ADR+ e ADR- só funcionam com a entrada ADR0 ligada.
Parâmetros são informações que permitem ao módulo adaptar as informações recebidas as necessidades do veículo, por exemplo: estabelecer a velocidade
máxima do veículo, a rotação de marcha lenta, rotação máxima, etc.
Alguns parâmetros interferem no comportamento do motor, eles são definidos pela DaimlerChrysler e não devem ser alterados, pois podem acasionar
problemas de perda de potência, consumo de combustível, emissão de poluentes e até danos internos ao motor.
Lista de parâmetros
1.0 Configuração do CAN 8.0 Avaliação do sinal B7
2.0 Configurações básicas de marcha do veículo 9.0 IWA ( Saída de valores analógicos
3.0 Limitações de validades gerais 10.0 Configurações do freio motor
4.0 Limitações comutáveis N°0 11.0 Configurações do pedal do acelerador
5.0 Limitações comutáveis N°1 12.0 Proteção para caixa de mudanças
6.0 Limitações para funcionamento com ar condicionado 13.0 Entradas analógicas
7.0 Configurações de regulagem de rotações
01. Sinal B7
O sinal de velocidade que vem do tacógrafo e entra no terminal X2 18/1 do ADM, traz a mesma informação de duas maneiras:
Embora estejam neste submenu, os parâmetros 04 e 05 (a seguir) não tem relação com a entrada analógica.
4 - ABS
Entrada de sinal de ABS modulando (ABS Knorr)
Para o acionamento das saídas IWK3 e IWK4 os seguintes critérios podem ser escolhidos:
Conceito
Visando atender as recentes leis de preservação ambiental, e ainda, conservando o alto desempenho e dirigibilidade, características dos seus veículos, a
Mercedes-Benz apresenta a nova série de motores com gerenciamento eletrônico.
Todo o controle da alimentação de combustível é atribuído ao sistema de gerenciamento eletrônico, que proporciona uma melhor combustão, com redução
significativa da emissão de poluentes.
Além desta inovação, os motores foram projetados para apresentar maior durabilidade e redução do consumo de combustível.
Com uma mecânica simples, está liderando esta nova tendência mundial, aliando os benefícios da nova tecnologia de controle de injeção, com a redução dos
custos de manutenção.
Para que esses novos limites sejam alcançados, foram necessárias modificações mecânicas, e a implantação de um sistema com gerenciamento eletrônico,
para controle do regime de funcionamento do motor.
Inovações tecnológicas
A maior novidade implementada nos motores eletrônicos é o sistema de
injeção de combustível com gerenciamento eletrônico.
Este mecanismo é conhecido como sistema BOMBA -TUBO -BICO, devido à
sua disposição construtiva.
Esta configuração consiste de uma unidade injetora por cilindro, interligada
ao bicoinjetor através de uma pequena tubulação de alta pressão. Na
unidade injetora estão alojados o elemento injetor, as câmaras de pressão e
descarga de combustível, a válvula de controle de vazão e seu eletroímã de
acionamento. Estes componentes são responsáveis pela elevação de
pressão e controle do volume de injeção. O tubo de alta pressão conduz o
combustível ao bico e este o distribui, de forma atomizada, na câmara de
combustão.
Módulo virgem
É um módulo eletrônico com funções semelhantes as de um microcomputador, ele possui processador, memória e programa.
Sua parte eletrônica é o que chamamos de hardware, na sua memória foram gravados um programa e um conjunto de parâmetros fixos.
Parâmetros fixos são informações que são comuns a todos os tipos de motores eletrônicos, elas são colocadas dentro do módulo pelo fabricante Temic.
Esquema de funcionamento do MR
Para cálculo do tempo, o módulo capta a informação de rotação do motor proviniente do sensor de rotação localizado na árvore de manivelas.
A informação de velocidade do êmbolo é gerada pela passagem de 36 orifícios localizados no volante do motor.
O módulo PLD está apto a variar o ponto de injeção de 35° antes do PMS até 5° após o PMS.
Neste sensor além do sinal de rotação é gerado um sinal que indica que o pistão está a 65º antes do PMS tanto no tempo de compressão como no tempo de
escapamento, entretanto o último sinal é desprezado.
Um exemplo de débito errado combustível, é de quando o motor está frio e é injetado uma quantidade de combustível maior do que o necessário, devido as
baixas temperaturas de trabalho do motor, esse combustível não é totalmente queimado, expelindo fumaça branca pelo escapamento.
Quando o ar está frio e pressurizado, ele está mais denso e portanto contém mais oxigênio, esta informação é muito importante, pois existe uma proporção
correta de oxigênio versus combustível que quando não é respeitada, pode gerar problemas de perda de potência, fumaça e até mesmo desgaste prematuro
do motor.
O início de injeção a quantidade de combustível a ser injetado em função da rotação do motor, estão relacionados com o tempo disponível para queima de
combustível e consequentemente com a potência do motor.
Proteção do turbo
O módulo de comando protege o turbo diminuindo a potência máxima do motor em caso do veículo estar trabalhando em uma condição onde a pressão
atmosférica é baixa. Para isso, ele utiliza a informação de pressão atmosférica gerada internamente por um sensor e um jogo de parâmetros
que indicam qual o turbo instalado no motor.
Por isso na troca de um turbo ou de um módulo de comando, deve se cuidar para que os dois sejam compatíveis, caso não, é preciso trocar os parâmetros do
módulo em um procedimento chamado “Download”, só é possível fazê-lo com o Star Diagnosis.
Pressão do óleo
Com relação a pressão do óleo do motor, a proteção oferecida é um aviso (sonoro e luminoso) quando a pressão está
abaixo de 0,5 bar.
A pressão real do óleo pode ser monitorada constantemente através de lâmpadas, ou indicador por ponteiro, no painel
de instrumentos.
Teste de compressão
Durante a rotina de teste o módulo de comando lê a velocidade de cada um dos êmbolos e aquele que obtiver a menor velocidade é o que tem a melhor
compressão (designado como100%). Então relaciona-se este com os valores obtidos pelos demais. Uma variação de até 25% entre o melhor e
o pior cilindro é aceitável.
Qualquer eventualidade que afete a velocidade dos êmbolos pode ser detectada com este teste:
êmbolo engripado, válvula do “Top-brake” travada aberta, anéis alinhados, anéis quebrados, cilindro desgastado, etc.
Através do equipamento de diagnóstico pode-se ler o desvio de velocidade (em percentagem) de cada êmbolo em relação ao valor ideal. Valores positivos
siginificam que a velocidade do êmbolo está abaixo do valor prescrito, caso os valores sejam negativos temos velocidades acima do mesmo.
Para amenizar este efeito de desbalanceamento, o módulo corrige a quantidade de combustível a ser injetado em cada cilindro de forma que todos eles
executem exatamente o mesmo trabalho. Desvios maiores que 5% podem gerar códigos de falhas.
Estes valores podem sofrer influência de problemas que afetam o funcionamento do cilindro como, por exemplo: problemas elétricos na unidade injetora,
problemas de compressão no cilindro, problemas com bico injetor, etc.
Estas variações alteram sua densidade e, consequentemente, o volume injetado pelas unidades injetoras. O módulo
reconhece esta variação de temperatura através do sensor de temperatura do combustível e modifica o tempo de injeção
para atender o volume correto a ser injetado.
Esquema elétrico
O sensor de temperatura e de pressão do óleo do motor estão montados juntamente em um único sensor. Este tem o mesmo principio de funcionamento do
sensor de pressão e temperatura do ar de admissão.
O módulo de comando utiliza a informação de temperatura do óleo lubrificante para corrigir o valor de nível de óleo.
A Informação de pressão do óleo do motor, é transmitida ao ADM para efeito de alarme sonoro e indicadores no painel de instrumentos. O alarme sonoro
deverá soar sempre que a pressão estiver abaixo de 0,5 bar estando o motor em funcionamento, entretanto, a pressão normal indicada em marcha lenta é
próxima a 2,0 bar e em rotação máxima deve ser de aproximadamente 5,0 bar.
Este sensor é composto de uma bobina enrolada num pequeno imã. Naturalmente ao redor deste sensor existe um campo magnético. Este campo magnético
pode ser representado por linhas que cortam o núcleo do sensor e o ar que está ao redor dele. O ar é um mau condutor, por isso, o campo magnético formado
tem pouca densidade. Se aproximarmos a este sensor um pedaço de ferro, que é um bom condutor de campo magnético, haverá um adensamento do campo.
Sempre que houver uma variação na densidade do campo magnético, surgirá uma tensão elétrica alternada nos terminais do sensor. A amplitude da tensão
elétrica gerada depende da intensidade e da velocidade da variação da densidade do campo magnético.
1 - Fios de ligação
2 - Corpo do sensor
3 - Bucha elástica de fixação
4 - Núcleo
5 - Núcleo
6 - Bobina
7 - Furo ou rasgo
A - Folga de ajuste.
O módulo de comando está apto a variar o ponto de injeção de 35° antes do PMS até 5° após o
PMS, garantindo o melhor rendimento térmico possível.
Esquema Elétrico