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O ritmo de queda da atividade na construção civil desacelerou em junho, segundo a Sondagem Indústria
da Construção, divulgada hoje (21) pela Confederação Nacional da Indústria. Mesmo assim, a atividade
continua muito abaixo do usual. O setor continua demitindo e enfrenta a elevada ociosidade, aponta a
pesquisa.
O índice de evolução da atividade no setor ficou em 41,2 pontos em junho. Embora ainda esteja abaixo
dos 50 pontos, o indicador acumula uma alta de 7,9 pontos em relação a dezembro de 2015.
Apesar da pequena reação, o nível de atividade em relação ao usual para o mês de junho ficou em 27,2
pontos, pouco acima do valor mínimo da série registrado em fevereiro, que foi de 25,3 pontos.
O índice de evolução do número de empregados ficou em 38,1 pontos, valor 5,1 pontos maior do que o
registrado em dezembro do ano passado. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão
abaixo de 50 pontos indicam resultados negativos, e quanto mais abaixo dos 50 pontos, maior é a queda.
Com atividade em queda, a indústria da construção está com quase metade das máquinas e
equipamentos parados. O nível de utilização da capacidade de operação do setor foi de 56% em junho, 4
pontos percentuais inferior à do mesmo mês do ano passado.
Obstáculos - O principal problema enfrentado pelas empresas do setor no segundo trimestre do ano foi
a falta de compradores. A demanda interna insuficiente, com 36,7% das assinalações, alcançou a
primeira posição do ranking das dificuldades do setor. Em seguida, com 34,7% das respostas, apareceu a
elevada carga tributária e, em terceiro, com 34,2% das menções, a alta taxa de juros. Parcela
significativa dos empresários cita ainda a inadimplência dos clientes, a falta de capital de giro e o excesso
de burocracia como entraves às atividades da construção.
A pesquisa mostra ainda que permanece a insatisfação com as condições financeiras e com a margem de
lucro. No segundo trimestre, o índice de satisfação com a margem de lucro alcançou 30,6 pontos,
enquanto o de satisfação com a situação financeira ficou em 34,2 pontos. As empresas enfrentam ainda
grandes dificuldades de acesso aos financiamentos bancários. O indicador de facilidade de acesso ao
crédito alcançou 26,3 pontos, muito abaixo da linha divisória de 50 pontos.
O levantamento foi feito entre 1º e 13 de julho com 608 empresas, das quais 201 são de pequeno porte,
270 são médias e 137 são de grande porte.
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