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O que é GNU?
GNU's not Unix. (GNU não é Unix)
Mas, o que é GNU?
GNU's not Unix
assim ajudar a construir a comunidade". No mesmo site está bem claro que "se você
redistribui software GNU, pode cobrar pelo ato de transferir uma cópia, ou pode dar de
graça".
Não foi por acaso que o fórum teve sua terceira versão consecutiva realizada em
Porto Alegre. Além de serem promotores do evento, a prefeitura da capital gaúcha e o
governo do Estado do Rio Grande do Sul apóiam e adotam, nas repartições públicas,
autarquias e empresas estatais os softwares livres como instrumentos de democratização e
evolução tecnológica autônoma e auto-sustentável.
A história do Projeto GNU é marcada por uma feliz coincidência. Até o início da
década de 1990, os participantes do projeto haviam escrito milhões de linhas de código.
Faltava, no entanto, uma parte essencial - o núcleo ou, em inglês, kernel, que executa o
gerenciamento das funções mais básicas do sistema operacional. São cerca de dez mil
linhas de instruções, que fazem a máquina executar funções como administração de
memória, partida e encerramento de programas e gerenciamento de tarefas que estão sendo
realizadas ao mesmo tempo. Foi quando o finalandês Linus Torvalds, de 21 anos, produziu
um kernel, também livre, que foi batizado como Linux. O Linux, combinado com os
códigos gerados pelo GNU, resultou num sistema operacional completo.
No entanto, de 1999 para 2000, o crescimento do Windows foi de 20,2% enquanto que o do
Linux atingiu 24,4%. Em Porto Alegre, Maddog lembrou, para dar um exemplo do sucesso
do GNU/Linux, que cerca de 80% dos servidores instalados na Polônia utilizam esse
sistema operacional.Os resultados da 13ª Pesquisa Anual de Administração de Recursos de
Informática, coordenada pelo professor Fernando S. Meirelles, vice-diretor da Escola de
Administração da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo (Eaesp-FGVS), divulgada pela
Information Week, registram essa tendência também no Brasil, onde houve um aumento
considerável da utilização dos softwares livres em empresas. Hoje o Linux está presente em
8% das máquinas no país, contra 3% no ano passado.
A lista de empresas brasileiras que optaram pelo Linux e outros softwares livres,
como base ou em partes de seus sistemas de informação, inclui a Varig, que está
transferindo tudo que diz respeito à Internet para esses sistemas; o Metrô de São Paulo, que
adotou o StarOffice (conjunto de programas similar ao Microsoft Office); o Banco do
Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), que está implantando o Linux nos 2,5 mil caixas
eletrônicos e terminais de auto-atendimento; e a Vésper, operadora de telefonia fixa que
concorre com a Telefônica em São Paulo, que está substituindo todos os servidores em que
as aplicações permitem a adoção de software livre.
Com a desvantagem, em relação ao software livre, que os técnicos em geral não estão
disponíveis para atender às necessidades particulares de seus clientes no momento em que
precisam.
Mesmo entre os críticos do software livre, no entanto, não há quem não admire a
façanha realizada por esse grupo de programadores voluntários. E o aspecto que talvez seja
mais extraordinário é a forma como o Linux foi desenvolvido. A história da produção de
software tem dois modelos que se sucederam no tempo. Inicialmente, as empresas usuárias
de informática criaram departamentos de sistemas, contrataram programadores e, a partir de
um software pré-existente, construíram, penosamente ao longo dos anos, uma míriade de
pequenos programas, muitas vezes entrelaçados. "Nos últimos 25 anos muitas empresas
fizeram isso", conta Luiz Esmanhoto, vice-presidente de tecnologia da informação da
Vésper. Mas chegou num ponto em que a grande quantidade de programas tornou
impossível administrá-los. Qualquer alteração exigia reuniões intermináveis com os
especialistas da empresa, que muitas vezes já nem se lembravam do código dos programas.