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O HOLOCAUSTO PERFEITO
Texto áureo
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Meus distintos e prezados amigos leitores, que o Bom Deus continue lhes
abençoe e lhes ajude a compreender mais uma vez os tesouros infindáveis da Sua
Palavra! Queiram sentir-se a vontade para mais um estudo exaurido das Sagradas
Escrituras, e, desta feita, no que se refere a um tipo de sacrifício muito antigo entre
os povos bíblicos, mas oferecido a Deus de forma peculiar entre o povo de Israel – o
holocausto, onde a vítima era completamente queimada como oferenda ao Senhor,
porém esta vítima não era humana, mas animal.
Nesta lição vamos aprender que “os holocaustos da Antiga Aliança eram
transitórios e imperfeitos, mas o sacrifício de Jesus Cristo é perfeito e eterno”.
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I – O HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO MAIS ANTIGO
“Se a sua oferta ao SENHOR for holocausto de aves, trará a sua oferta
de rolas ou de pombinhos.” (Lv 1.14).
Em geral, as ofertas trazidas perante Deus deveriam custar algo àquele que
as trazia. A oferta em si não era o mais importante, mas a mudança que acontecia
no coração das pessoas. Oferta sem mudança de coração não valia de nada. Por
isso, o salmista reflete:
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1. Definição de holocausto.
É importante também lembrar que esse termo Holocausto foi dado a uma
ação sistemática de extermínio dos judeus, em todas as regiões da Europa
dominadas pelos alemães, nos campos de concentração, empreendida pelo regime
nazista de Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), justamente
pelo seu caráter exterminador das vítimas.
2. Objetivo do holocausto.
3. A tipologia do holocausto.
(v.3) “Mas nesses sacrifícios cada ano se faz recordação dos pecados”, (v.4)
“porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire pecados”. (v.5) “Pelo
que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo me
preparaste;” (v.6) “não te deleitaste em holocaustos e oblações pelo pecado.”
O caro sacrifício da vida de um animal imprimia no pecador a seriedade do
seu próprio pecado diante de Deus. Por Jesus ter derramado o seu próprio sangue
por nós, seu sacrifício é infinitamente maior do que qualquer oferta do Antigo
Testamento. Considerando a dádiva incomensurável que Ele nos deu, devemos
responder oferecendo-lhe a nossa devoção e serviço.
1. No período patriarcal.
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2. O aspecto patriarcal. O pai era: a) o líder da família; b) o chefe militar (Abraão
liderou uma expedição à Mesopotâmia); c) o sacerdote da família (ele construía os
altares e oferecia os sacrifícios pela família); d) o profeta da família (para ele e
através dele Deus fazia conhecer Sua vontade e Seus propósitos).
3. Conceitos sobre Deus. Os patriarcas agarravam-se firmemente aos seguintes
conceitos: a) a unidade de Deus — não existe traço de politeísmo predominante; b)
a personalidade de Deus — não há vestígio de panteísmo, nem de adoração à
natureza, abundantes no Egito; c) a universalidade de Deus — Ele é o Deus de toda
a terra (Gênesis 18.25); o Deus de Abraão e Israel; ele domina sobre o Nilo e o
Eufrates, assim como sobre o Jordão; d) a santidade de Deus — Ele jamais é
desfigurado pelo mal das divindades pagãs. O Juiz de toda terra fará justiça
(Gênesis 18.25).
4. Formas de adoração. Não havia templos nem festas determinadas; nenhum sinal
definido do sábado, embora a posterior lei de Moisés remonte ao fato de Deus ter
descansado da criação no sétimo dia e haja sinais da divisão semanal do tempo
(Gênesis 8.10–12). Havia altares rudimentares, sacrifício de animais (holocausto),
monumentos consagrados, votos, peregrinações, orações, dízimos e o rito da
circuncisão.
2. No período mosaico.
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3. No período nacional.
Assim, este salmo nos diz que Deus não deseja sacrifícios de animais, senão
obediência à sua vontade. O único sacrifício que Deus deseja do homem é a
obediência. Em sua essência o sacrifício é algo nobre; significava que o homem
tomava algo que era caro ou precioso ou valioso para ele e o entregava a Deus para
lhe manifestar seu amor. Mas sendo o que é a natureza humana, era fatalmente fácil
que a ideia do sacrifício degenerasse. Era fácil pensar no sacrifício como um meio
para comprar o perdão de Deus. O sacrifício deveria ser essencialmente sinal e
objeto de amor e devoção; de fato, o nosso sacrifício perfeito vem a ser nossa
obediência a Deus.
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Eis o que as Sagradas Escrituras conclamam a esse respeito:
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2. O sofrimento de Cristo (Hb 5.7).
Em Hb 5.7, assim está escrito: “O qual nos dias da sua carne, tendo oferecido,
com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que podia livrar da morte, e tendo sido
ouvido por causa da sua reverência”
Isso nos lembra Jesus no Getsêmani. Pensa nisto quando fala de suas
preces e súplicas, de suas lágrimas e seu clamor. A palavra usada para
clamor tem muito significado. O termo grego krauge designa esse clamor
que o homem não tenta expressar, mas sim que arranca quase
involuntariamente de seu ser pela angústia e agonia de alguma tremenda
tensão ou alguma dor dilaceradora. De modo que, o autor de Hebreus diz
que não existe agonia do espírito humano pela qual Jesus não tenha
passado. Os rabinos tinham o dito: “Há três tipos de súplica uma mais
elevada que a precedente: oração, clamor e lágrimas. A oração faz-se em
silêncio; o clamor em alta voz; mas as lágrimas superam tudo”. Não há
porta através da qual as lágrimas não passem. Jesus Cristo conheceu até
a oração desesperada das lágrimas.
(1) Jesus não entrou num lugar santo humano, feito pelo homem; entrou na
presença de Deus no céu. O que Jesus nos concede não é a entrada em uma
denominação qualquer, não! Mas, sim, a entrada à presença de Deus. Temos que
pensar no cristianismo não em termos de sermos membros de alguma
denominação, apenas, isso é importante, e que tenhamos uma para nos reunirmos
em comunhão com os santos em Cristo Jesus, mas em termos relacionais, que
tenhamos uma íntima comunhão com Deus. (2) Cristo entrou na presença de Deus
não por si mesmo, mas por nós. Sua entrada na presença de Deus não foi para sua
glória e exaltação, senão para nos abrir o caminho; para estar na própria presença
de Deus e defender nossa causa. Em Cristo existe o maior paradoxo do mundo: a da
maior glória e a do maior serviço ao mesmo tempo; a de alguém por quem o mundo
existe e que existe para o mundo; a do Rei eterno e do eterno Servo.
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(3) O sacrifício de Cristo se fez e não precisa ser realizado de novo. O ritual
do Dia da Expiação devia repetir-se anualmente fazendo-se expiação pelo que
bloqueava o caminho a Deus. Mas o sacrifício de Cristo jamais precisa ser repetido.
O caminho a Deus fica aberto para sempre e jamais pode ser fechado de novo. Os
homens são sempre pecadores e o serão, mas isto não significa que Cristo deva
continuar oferecendo-se a si mesmo indefinidamente. O caminho está aberto de uma
vez para sempre.
CONCLUSÃO
Cantemos ao nosso Bom Deus este lindo coro extraído do hino de número
236 da nossa Harpa Cristã.