E para os casados que estão enfrentando problemas?
1. Comece hoje um diálogo franco, vendo onde começaram a errar. Perdoem-se mutuamente para levar adiante o casamento. 2. Tenham certeza que vão ouvir, suportar, perdoar e romper em fé a vida matrimonial. 3. Não espere o outro tomar a iniciativa: procure, peça perdão e comece a ter confiança um no outro. Sem confiança não conseguimos nada no relacionamento. 4. Tente a todo custo fazer o seu cônjuge feliz. Lembre-se do dia do casamento, do tratamento que você dispensava a ele(a). Volte no que for possível. 5. Nem tudo no casamento é do jeito que eu quero; seja flexível aberto(a) ao diálogo e às mudanças sempre. 6. O perdão é a maior arma para vencer num casamento. Sejam honestos um com o outro.
Há um ditado chinês que ensina: “Você deve abrir bem os seus
olhos antes de se casar e, após o casamento, ter o cuidado de mantê- los fechados”. O Rev. Hernandes Dias Lopes no livro “Casados e Felizes” usa esta sentença para ilustrar a realidade de que muitos problemas que enfrentamos no casamento começam no namoro: ciúmes, brigas desnecessárias, violência física e verbal, dentre outras dificuldades. O problema é que parece que vivemos o contrário desta realidade, pois parece que só após o casamento é que as escamas caem dos nossos olhos e passamos a ver os defeitos um do outro.
Este provérbio é interessante, pois é nesse sentido que a Bíblia
fala sobre o casamento. Todos nós queremos mudanças em nossos cônjuges, mas já reconhecíamos boa parte destes “defeitos” antes do casamento. Certamente, não nos casamos de “olhos fechados”. Enfrentamos problemas no casamento. Poderíamos fazer várias frases sobre o que é o casamento, mas à luz de Gênesis e de toda a Bíblia, podemos concluir que a afirmação mais fundamental sobre o casamento é que ele é uma obra de Deus. Sim, uma obra onde Ele se manifesta. Tanto que mais tarde, em Ef 5.22, Paulo fala da relação entre o casamento e a união de Cristo com sua igreja. Isto significa que o casamento foi criado por Deus não simplesmente para que houvesse a perpetuação da espécie humana, mas para que Ele fosse glorificado. Assim, não devemos pensar no casamento de forma egoísta, como se ele existisse para me fazer feliz, mas para que o nome do Senhor seja percebido em nossa união. Em todos os tempos e especialmente em nossa geração, um casamento saudável é uma proclamação do Evangelho.
Pensar no casamento como uma ilustração da união entre
Cristo e sua igreja faz com que nossos relacionamentos sejam elevados à uma condição acima daquelas imagens sórdidas apresentadas pelos programas humorísticos, além de nos mostrar que a base fiel do casamento é uma aliança. Não cremos que o casamento seja um sacramento (como ensina a igreja católica, apesar de em sua catequese também ensinar que o celibato é mais santo que o casamento), mas que é ele uma aliança (Ml 2.14). No caso, tanto uma aliança horizontal (entre os cônjuges) e uma aliança vertical (entre os cônjuges e o próprio Senhor da aliança).
Por isso, não temos o direito de desistir do casamento, mesmo
diante dos problemas. Somos chamados por Deus para permanecer, apesar das dificuldades. Deus nós dará condições para perseverarmos no propósito que ele nos convoca a obedecê-Lo.
Sinais de decadência do casamento
1. Desinteresse pela família. 2. Tratamento com frieza – só se fala quando não dá para evitar ou quando o interesse é pessoal e egoísta, voltando-se depois ao silêncio. 3. Sentimento de antipatia pelo outro. 4. Semblante com expressão constante de chateamento e insatisfação. 5. Negação ou desinteresse pelo sexo. 6. Respostas secas ou com poucas palavras.
As pessoas encontram facilmente escapes para um casamento
decadente. Trabalho, hobbies, redes sociais. Há uma frase que diz: “o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença”. Ler 2Rs 20.12-19. A história do rei Ezequias, apesar de nos mostrar vários fatos notáveis, termina com estas palavras: “Bom para mim”. A indiferença é a receita para o fracasso na família. Somos tentados a remediar nossas dificuldades no casamento com indiferença, o que é tão insano quanto ministrar veneno para um doente, ao invés de lhe oferecer remédio. Quando tratamos com indiferença nosso cônjuge estamos praticando a eutanásia do amor.
Há duas expressões de ouro em um casamento. A primeira é:
“perdão” – quando estamos errados, devemos sinceramente admitir e pedir perdão. A outra é: “eu te amo” – não se tem notícias de alguém que se cansou de ouvir esta expressão.
Coisas que a esposa deve fazer para preservar o prazer no
casamento 1. Mantenha a atração pessoal sempre em alta. 2. Seja cuidadosa em se manter limpa e com boa higiene pessoal. 3. Tome tempo para o amor, afastando as distrações. 4. Leia bons livros sobre o assunto. 5. Envolva-se ativamente no processo que leva ao encontro sexual. 6. Procure descobrir o que lhe é prazeroso. 7. Seja criativa ao iniciar o amor. 8. Elogie seu aspecto masculino, sua varonilidade. Coisas que o marido deve fazer para preservar o prazer no casamento 1. Diga todos os dias à sua esposa que a ama. 2. Não deixe passar qualquer oportunidade de elogiá-la, com sinceridade. 3. Fale sempre dela aos outros de maneira elogiosa. 4. Mantenha vivo o espírito de namoro e romance no casamento. 5. Tome tempo suficiente para o sexo. 6. Descubra as áreas no corpo dela que lhe dão prazer. 7. Tenha cuidado com a sua limpeza e higiene pessoal. 8. Pare para ouvir, e não responda antes dela terminar.
Qual é a nossa linguagem do amor?
“Amor” é o vocábulo mais importante em qualquer idioma – e também o que mais gera confusão! Todo mundo sabe que este sentimento ocupa um papel central em nossas vidas. “O amor faz o mundo girar” . Psicólogos concluem que sentir-se amado é a principal necessidade do ser humano. Por amor subimos montanhas, cruzamos desertos e enfrentamos todo tipo de diversidade: sem amor nada disto seria possível. O amor justifica até determinados comportamento do tipo “fiz isto por amor”.
No âmago da existência do ser humano encontra-se o desejo de
intimidade e de ser amado. O casamento foi idealizado para suprir essas necessidades.
O que é o amor, afinal? Muitos conceitos desencontrados para o
amor podem ser percebidos em nossa sociedade. É interessante que usamos a expressão “amor” e o verbo “amar” em vários contextos de nossas vidas, mas com significados distintos. Por exemplo: “eu amo meu trabalho” não possui o mesmo sentido de “eu amo minha esposa”. Enfim, o amor que esperamos experimentar no casamento é indescritível, pois tem um tom de êxtase, de realização.
Amar e ser amado, enfim, é algo muito bom. Somos criados
para amar e sermos amados e é no casamento que encontramos a consumação deste anseio. A Bíblia fala que o amor é um dever mútuo no casamento (cf. Tt 2.4 e Ef 5.22-33). Os mandamentos são dados por Deus devido às nossas devidas respectivas dificuldades. Naturalmente, a mulher tem dificuldades em respeitar e o marido possui dificuldades em amar. É claro que também é dever da mulher amar seu marido e é dever do esposo respeitar sua esposa, mas é geralmente mais fácil para ambos. E é interessante que costumamos oferecer ao nosso cônjuge aquilo que gostaríamos de receber. É mais ou menos como a história do marido que deu uma espingarda de presente de Natal para a esposa, pois era isso que ele queria receber.
O amor e o respeito no casamento não são moedas de troca,
mas o mandamento bíblico. E estas expressões no casamento são sóbrias.
Cada um de nós espera que no casamento o nosso anseio por
amor seja satisfeito. Como Gary Chapman ensina, todos nós temos uma espécie de tanque de amor em nós e nosso comportamento é definido pelas condições de abastecimento deste tanque.
No programa americano da Oprah Winfrey (que é considerado
um dos maiores programas de TV de todos os tempos), a apresentadora certa vez entrevistou o Gary Chapman (entrevista disponível no YouTube). Foi feita uma enquete para os casais através do Facebook, que perguntava algo do tipo: Como você se sente em relação ao seu parceiro? A resposta para 60 % das pessoas foi “como um colega de quarto”. Será que estamos vivendo da mesma forma? O amor pode passar por várias fases em nossas vidas, mas a verdade é que precisamos cultivá-lo com carinho e atenção. Pegando uma linguagem de Cantares, precisamos espantar as raposinhas que buscam devastar o vinhedo do amor (Ct 2.15). O amor precisa ser cuidado, ser mantido. Precisamos conhecer melhor nosso cônjuge. Que até o nosso próximo encontro, possamos fazer esta descoberta uns dos outros. Invistamos tempo, com genuíno interesse.