Você está na página 1de 1

APRECIAÇÃO CRÍTICA

 O Nome da Rosa 

O livro intitulado O Nome da Rosa, do escritor italiano Umberto Eco, possui um


elevado cariz histórico, inundando-nos com diversos factos, passagens religiosas, expressões
latinas e diálogos de debate teológico até ao seu último ponto final.
A obra, dividida em sete capítulos, consiste numa recordação de um episódio da
juventude do personagem Adso de Melk que nos insere em meados do século XIV (em 1327),
onde este narra e descreve uma atmosfera não só sombria e melancólica mas também de
romance e mistério. Tudo acontece numa abadia beneditina, onde se encontra encerrada uma
das maiores bibliotecas da cristandade, com a qual estão relacionados vários crimes.
O que muito me encantou neste livro foi sem dúvida o modo como o autor descreveu
a abadia que, por um lado, inicialmente é vista como uma “figura perfeitíssima que exprime
a solidez e a inexpugnabilidade da Cidade de Deus”, devido à sua grandiosa arquitetura que
traduzia uma rigidez e uma firmeza inigualáveis. Por outro lado, quase no final do livro esta
“recorda as florestas mais vulneráveis”, isto porque a madeira que sustentava as suas colunas,
muralhas e abóbadas não era capaz de resistir “ à mordedura do fogo” do incêndio que se
havia iniciado. Além disto, apreciei particularmente a visão critica do autor ao opor a pobreza
franciscana e a soberba dominicana, contrastando, por exemplo, a pobreza da aldeia com a
luxúria do mosteiro. Gostei particularmente do personagem Guilherme de Baskerville pela
sua capacidade intelectual e visão.
Trata-se, portanto, de um livro que apresenta uma um tempo em que a crença religiosa
e o clero eram muito fortes. Numa sociedade afastada do conhecimento. Este é por certo um
livro que aconselho a ler e reler, principalmente aos curiosos de história e que apreciam bons
enigmas.

Você também pode gostar