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“O desenvolvimento da agricultura teve tambem por consequencia o estabelecimento do

principio da cooperacao dentro da comunidade, sem a qual a producao agricola teria


permanecido bastante limitada. Decorre dai um outro desenvolvimento fundamental: a
introducao de um novo sistema social no interior da comunidade, ou seja, a especializacao do
trabalho. Trabalhadores especializados surgem na agricultura, na irrigacao, nas industrias
agricolas, na ceramica e em diversas outras atividades afins.”

A civilização egípcia se desenvolve através de pequenas comunidades agrícolas; os “nomos”;


que foram formados por grupos de pessoas que habitavam as margens do rio Nilo. O Nilo,
após as cheias, tinha um fertilizante natural; o “hummus”; o que possibilitou a sedentarização
desses grupos. Para organizar os nomos, surgiram os “nomarcas”; estes organizavam as leis,
coordenavam as fortificações, construções de obras públicas; como estradas.

“Ja por volta de -3500, os egipcios, herdeiros do Neolitico do vale, utilizaram‑ se dos depositos
de silex ali localizados, em especial os de Tebas, para esculpir instrumentos de qualidade
incomparavel, dos quais a faca de Djebel el‑Arak (cf. Capitulo 1) e um exemplo entre centenas
de outros. Produzidas por pressao, as ondulacoes finas e regulares da pedra dao a faca uma
superficie levemente ondulada e perfeitamente polida, inimitavel. A produção de tais armas
exigia uma notavel habilidade manual. Essa arte manteve‑ se viva no Egito: uma cena pintada
num tumulo de Beni‑Hassan mostra artesãos do Medio Imperio (cerca de -1900) esculpindo
esse mesmo tipo de faca com lamina encurvada.”

Foi no período pré-dinástico que as técnicas transmitidas foram melhor elaboradas, graças aos
depósitos de Silex em Tebas, os egípcios desenvolveram uma excelente técnica de polimento,
técnica esta que permitiu a fabricação de facas e outros objetos de pedra polida, sua técnica
era inigualável naquele momento.

Graças a “sedentarização”, os Egipcios tiveram de se preocupar com o armazenamento de


grãos, frutos, sementes, água etc... A confecção de vasos de pedra também foi aperfeiçoada
neste período. Os Romanos, devem muito aos Egipcios na questão das obras arquitetônicas e
técnicas de engenharia:

“A habilidade dos canteiros que trabalhavam com pedra dura transmitiu‑ se aos escultores, o
que se pode constatar pelas grandes esculturas egipcias nesse material: do Quefren do Museu
do Cairo, em diorito, aos grandes sarcófagos dos touros de Apis, em basalto negro. A tecnica
passou, entao, para os escultores do periodo ptolomaico e posteriormente encontrou
expressao na estatuaria do Imperio Romano.”

“Na civilizacao egipcia faraonica do periodo historico, podem‑


se distinguir
duas correntes principais, sendo a primeira constituida pelo legado material do
Neolitico e do Pre‑
Dinastico, e a segunda, tambem oriunda do passado remoto,
pelo legado cultural, mais abstrato. Ambas se interrelacionam, constituindo o
fenomeno cultural egipcio. O legado material compreende o artesanato e as
ciencias (geometria, astronomia, quimica), a matematica aplicada, a medicina, a
cirurgia e as producoes artisticas; o cultural abrange a religiao, a literatura e as
teorias filosoficas.”

“Ate o final do periodo faraonico, o ferro foi pouco usado na confeccao de


vasos; as tecnicas de metalurgia, no Egito, limitaram‑se
ao uso do ouro, da prata,
do cobre e de ligas de cobre, como o bronze e o latao.”

“Durante muito tempo, e mesmo no periodo historico, os instrumentos e


as armas herdados do Neolitico continuaram a ser feitos de pedra. As falesias
calcarias que margeiam o Nilo sao ricas em silex de grandes dimensoes e de
excelente qualidade, que os egipcios ainda utilizaram por muito tempo depois da
descoberta do cobre e do bronze. Alem disso, os rituais religiosos muitas vezes
exigiam o uso de instrumentos liticos, fato que contribuiu amplamente para a
perpetuacao das tecnicas de talhar a pedra, em especial o silex.”

Falar do uso ritualístico das técnicas de talhar a pedra para fazer altares.

“Ja nos primordios do periodo dinastico (cerca de -3000), os egipcios conheciam


e empregavam na fabricacao de seus utensilios de cobre todas as tecnicas
basicas da metalurgia, como a forjadura, a martelagem, a moldagem, a
estampagem,
a soldagem e a rebitagem, tecnicas estas que eles dominaram rapidamente.
Alem dos utensilios, foram encontradas grandes estatuas egipcias de cobre,
datadas de -2300. Textos mais antigos, datados de -2900, assinalam a existencia
de estatuas do mesmo tipo, e cenas de mastabas de um periodo ainda mais
remoto mostram as oficinas onde o ouro e o electro, liga de ouro e prata, sao
transformados em joias. Embora a metalurgia do ouro e do cobre nao tenha
surgido no Egito, nao ha duvida de que este contribuiu significativamente para
o seu aperfeicoamento e expansao.”

^ Falar do desenvolvimento técnico.

“Alem dessas representacoes, os antigos egipcios deixaram em suas sepulturas


miniaturas de oficinas com artesaos ocupados na fabricacao de varios objetos.
Essas miniaturas sao de valor inestimavel para o historiador na interpretacao das
tecnicas e do modo pelo qual se desenvolveram. Ademais, a enorme quantidade
de objetos artesanais encontrados, feitos a mao ou com o auxilio de ferramentas,
atesta a diversidade de industrias existentes no antigo Egito. A ourivesaria,
por exemplo, utilizava materiais preciosos e semipreciosos, como ouro, prata,
feldspato, lapis‑
lazuli, turquesa, ametista e cornalina, produzindo com notavel
precisao coroas, colares e demais adornos.”

^ focar na ourivesaria.

“Os Ptolomeus supervisionavam as oficinas de tecelagem e controlavam


a qualidade da manufatura, e sua administracao central, sem duvida
seguindo o costume dos primeiros faraos, organizava as vendas ao estrangeiro;
estas trouxeram ao rei grandes lucros devido a qualidade superior dos produtos
dos teceloes egipcios. Temos aqui um exemplo de uma das maneiras pelas quais
se transmitiu o legado egipcio.”

^ importância do regime faraônico para o desenvolvimento das técnicas


neolíticas de tecelagem

“O vidro como tal tornou‑


se conhecido na
V dinastia (cerca de -2500) e comecou a se difundir durante o Novo Imperio
(cerca de -1600). Nessa epoca, nao era utilizado apenas na confeccao de contas,
mas tambem na fabricacao de vasos de uma grande variedade de formas, desde
o elegante calice com pe ate os vasos em forma de peixe”

“Na Baixa Epoca signos hieroglificos moldados em vidro colorido eram


incrustados em madeira ou pedra para formar inscricoes. As tecnicas dos vidreiros
faraonicos transmitiram‑
se aos artesaos do periodo helenistico, que inventaram
o vidro “de sopro”.”

^ destacar o desenvolvimento das técnicas de manipulação do vidro e seu


legado.

“Uma das industrias mais importantes do antigo Egito foi a do papiro, de


invencao autoctone. Nenhuma outra planta teve, no Egito, papel tao significativo.
As fibras do papiro eram usadas na fabricacao ou calafetagem de embarcacoes
e na confeccao de pavios de candeeiros a oleo, esteiras, cestos, cordas e
cabos. Os cabos que serviram para amarrar a ponte flutuante que Xerxes tentou
fazer atravessar o Helesponto foram fabricados no Egito, com fibras de papiro.”

^ falar da invenção do papíro e sua importância.

“utilizado no Egito desde a I dinastia (cerca de -3000) ate o fim do periodo


faraonico, o papiro foi, mais tarde, adotado pelos gregos, romanos, captas,
bizantinos,
arameus e arabes. Grande parte da literatura grega e latina nos chegou
em papiros. Os rolos desse material constituiam um dos principais produtos
de exportacao do Egito. O papiro foi, sem sombra de duvida, um dos maiores
legados do Egito faraonico a civilizacao.
Todas essas industrias demandavam tecnica e habilidade, levando a criacao
de uma classe de artesaos e ao aprimoramento das tecnicas.”

^ falar da especialização de profissões

“As unicas ferramentas utilizadas pelos egipcios no trabalho das pedreiras


eram a marreta de madeira e o cinzel de cobre para pedras moles, como o
calcario e o arenito, e o picao, o cinzel e o martelo de pedra dura para rochas
metamorficas, como o granito, o gnaisse, o diorito e o basalto. Se a pedreira
ficasse longe do Nilo, organizavam‑
se expedicoes das quais chegavam a participar
ate 14 mil homens, entre oficiais e soldados, cavouqueiros e carregadores,
escribas e medicos.”

^ ressaltar novamente, o papel importante da ordem sócio-politica para o


desenvolvimento da exploração de pedras

“Muito antes dessa data, de -3000 a -2400, a


construcao de sepulturas, projetadas como habitacoes para os mortos, ja os havia
levado a construir imponentes superestruturas que, com o passar do tempo,
vieram a constituir as piramides em degraus e, posteriormente, as piramides
propriamente ditas.”

“A pericia dos egipcios no trabalho da madeira manifesta‑


se brilhantemente
na construcao naval. As necessidades da vida diaria no vale do Nilo, onde o rio
era a unica via de comunicacao acessivel, fizeram dos egipcios excelentes
navegadores
desde os tempos mais remotos. Os barcos ocupavam, desde a pre‑
historia,
uma posicao de destaque entre seus primeiros trabalhos artisticos.”

“Esse metodo de construcao,


em que as pecas sao unidas por meio de amarras, tornou possivel a realizacao de
expedicoes militares anfibias longe do Egito, no mar Vermelho e no rio Eufrates.
De fato, o exercito egipcio levava consigo, desmontadas, as embarcacoes de que
poderia vir a necessitar.”

^ falar das técnicas de uso de madeira e sua relação com a marítima egípcia. De
que forma as técnicas aprimoradas do uso da madeira contribuíram para a
expansão e desenvolvimento do Egito?

“Um dos melhores exemplos da engenhosidade dos antigos egipcios e a


mumificacao, que ilustra o conhecimento profundo que tinham de inumeras
ciencias, como a fisica, a quimica, a medicina e a cirurgia.”

Analises recentes revelaram


que o natrao se compoe de uma mistura de carbonato de sodio, bicarbonato de
sodio, sal e sulfato de sodio. Os antigos egipcios conheciam, portanto, as funcoes
quimicas dessas substancias. No processo de mumificacao, o corpo era embebido
em natrao durante setenta dias. O cerebro era extraido pelas narinas, e os
intestinos removidos atraves de uma incisao num dos lados do corpo. Operacoes
desse tipo exigiam um acurado conhecimento de anatomia, que e ilustrado pelo
bom estado de conservacao das mumias.”

^ exaltar o conhecimento cientifico dos egípcios

“A cirurgia egipcia e, com efeito, bastante


conhecida gracas ao Papiro Smith, copia de um original escrito durante o Antigo
Imperio, entre -2600 e -2400, um verdadeiro tratado sobre cirurgia dos ossos
e patologia externa.”

“Quarenta e oito casos sao examinados sistematicamente.


Em cada um deles, o autor do tratado comeca o estudo com um titulo geral:
“Instrucoes acerca de [tal e tal caso]”. Segue‑
se entao uma descricao clinica:
“Se observares [tais sintomas]”. As descricoes sao invariavelmente precisas e
incisivas, seguidas de um diagnostico: “Em relacao a isso, diras: um caso de [tal
e tal lesao]”, e, dependendo do caso, “um caso que poderei tratar” ou “um caso
que nao tem remedio”. Se o cirurgiao pode tratar o paciente, o tratamento a
ser administrado e entao explicado em detalhes; por exemplo: “no primeiro dia,
deves usar um pedaco de carne como bandagem; depois, deves colocar duas tiras
de tecido de modo a juntar os labios da ferida ...”.
Ainda hoje sao aplicados varios tratamentos indicados no Papiro Smith.
Os cirurgioes egipcios sabiam suturar ferimentos e curar fraturas empregando
talas de madeira ou de cartonagem.”

“Ha tambem casos de lesao dos ossos ou das


juntas, como contusoes das vertebras cervicais ou espinhais, luxacoes, perfuracoes
do cranio ou do esterno, e diversas fraturas que afetam o nariz, o maxilar,
a clavicula, o umero, as costelas, o cranio e as vertebras.”

“Existem tambem indicios de tratamentos dentarios, como obturacoes feitas com


um cimento mineral; ha uma mumia que apresenta uma especie de ponte feita
de ouro ligando dois dentes pouco firmes.”

^ conhecimento cirúrgico e odontológico dos egípcios

“De fato, as civilizacoes do antigo


Oriente Proximo e o mundo classico reconheceram a habilidade e a reputacao
dos antigos egipcios no campo da medicina e da farmacologia. Imhotep, o vizir,
arquiteto e medico do rei Zoser, da III dinastia, e uma das mais significativas
personalidades da historia da medicina. Sua fama manteve‑
se durante toda a
historia do antigo Egito, chegando ate a epoca grega. Divinizado pelos egipcios
com o nome de Imouthes, foi assimilado pelos gregos a Asclepio, o deus
da medicina. Com efeito, a influencia egipcia sobre o mundo grego, tanto na
medicina como na farmacologia, e facilmente reconhecivel nos remedios e nas
prescricoes. Alguns instrumentos medicos utilizados em operacoes cirurgicas
foram descobertos em escavações.”

Os testemunhos escritos referentes a medicina egipcia antiga sao constituidos


por documentos como o Papiro Ebers, o Papiro de Berlim, o Papiro
Cirurgico Edwin Smith, e muitos outros, que ilustram as tecnicas de operacao
e descrevem, detalhadamente os metodos de cura prescritos. Esses textos sao
copias de originais que remontam ao Antigo Imperio (cerca de -2500).”

^ medicina egípcia

“Do Medio Imperio (-2000 a -1750) chegaram‑


nos dois importantes papiros
matematicos: o de Moscou e o Rhind. O metodo egipcio de numeracao,
baseado no sistema decimal, consistia em repetir os simbolos dos numeros
(unidades, dezenas, centenas, milhares) tantas vezes quanto fosse necessario
para obter o numero desejado. Nao existia o zero”

“Os historiadores gregos Herodoto e Estrabao concordam em que a geometria


foi inventada pelos egipcios. “

“Na matematica egipcia podem‑


se distinguir tres partes: a aritmetica, a algebra
e a geometria.”

“na aritimética egípcia, sao problemas materiais semelhantes


aos que o escriba, isolado em algum posto longinquo, teria de resolver
no dia‑
a‑
dia, como, por exemplo, a partilha de sete paes entre dez homens,
proporcionalmente ao seu grau hierarquico, ou o calculo do numero de tijolos
necessarios a construcao de um plano inclinado. Tratava‑
se, pois, basicamente
de um sistema empirico, com poucas caracteristicas de natureza abstrata.”

^matemática

“Como vimos (cf. Introducao), o ano civil egipcio dividia‑


se em tres estacoes
de quatro meses, cada qual com trinta dias; a esses 360 dias, eram acrescentados
outros cinco ao final de cada ano. O ano civil de 365 dias, o mais exato conhecido
na Antiguidade, esta na origem do nosso ano civil, visto ter servido de base para
a reforma juliana (- 47) e para a reforma gregoriana, de 1582. Ao lado desse
calendario civil, os egipcios tambem utilizavam um calendario religioso, lunar,
estando aptos a prever com razoavel precisao as fases da Lua.”

“Contudo, ha razoes
para crermos que tenham existido tratados sobre astronomia. Embora o Papiro
Carlsberg 9, que descreve o metodo para a determinacao das fases da Lua, tenha
sido escrito, indubitavelmente, durante a epoca romana, ele deriva de fontes
mais antigas e nao recebeu nenhuma influencia helenistica. Pode‑
se dizer o
mesmo quanto ao Papiro Carlsberg 1. Infelizmente, essas fontes mais antigas
nao sobreviveram ate nossos dias, e a contribuicao egipcia no dominio da
astronomia
deve ser inferida de aplicacoes praticas feitas com base em observacoes.
Tal contribuicao, porem, esta longe de ser insignificante.”

^ não restaram muitas fontes históricas para estudar a astronomia

Os blocos eram pequenos e pareciam uma imitacao,


em calcario, do tijolo cru, antes usado na arquitetura funeraria. As colunas
incrustadas e as traves de sustentacao do teto eram, igualmente, copias em pedra
dos feixes de plantas e das vigas utilizadas na construcao primitiva. Tudo indica,
pois, que a arquitetura egipcia estava entre as primeiras a fazer uso da pedra
talhada em fiadas regulares .

Os edificios anexos do Ramesseu, em


Tebas, e as grandes fortificacoes nubias nos dao uma boa ideia da versatilidade
desse material.

Outra contribuicao no campo da arquitetura e a criacao da coluna, que, a


principio, era embutida na parede e mais tarde tornou‑
se isolada.

A Grande Piramide de Gise e uma das sete maravilhas do mundo antigo.


Uma construcao de proporcoes tao magnificas e prova da habilidade arquitetonica
e administrativa dos antigos egipcios. A construcao dos corredores
ascendentes que conduzem a camara de granito do rei e a existencia de duas
aberturas ou respiradouros (nos lados norte e sul da camara real) que se estendem
para o exterior de modo a assegurar a ventilacao sao dois bons exemplos
de sua engenhosidade.

A paisagistica e o urbanismo sao outros aspectos da arquitetura egipcia.


Os egipcios apreciavam os jardins. Mesmo os pobres procuravam plantar
uma ou duas arvores no estreito patio de suas casas. Quanto aos ricos, seus
jardins rivalizavam em tamanho e exuberancia com as proprias residencias.
^ arquitetura

Os egipcios desenvolveram um sistema de escrita hieroglifica em que muitos


dos simbolos derivaram do seu meio ambiente africano. Pode‑
se afirmar,
portanto, que nao se trata de um emprestimo, mas de uma criacao original (cf.
Introducao).

Os antigos egipcios inventaram igualmente os


instrumentos de escrita (a que ja nos referimos no item que trata das atividades
artesanais). A descoberta do papiro, transmitido a Antiguidade classica, certamente
contribuiu – gracas a leveza e flexibilidade desse material, e as dimensoes
quase ilimitadas que podiam ter os “rolos” de papiro – para a difusao de ideias e
conhecimentos. A extensa literatura da epoca faraonica cobre todos os aspectos
da vida dos egipcios, desde as teorias religiosas ate os textos literarios, como
narrativas, pecas de teatro, poesia, dialogos e critica. Essa literatura pode ser
considerada um dos legados culturais mais importantes do antigo Egito, ainda
que seja impossivel determinar que aspectos foram absorvidos pelas culturas
africanas vizinhas. Um etnologo moderno identificou entre os nilotas da provincia
de Equatoria (Republica do Sudao) uma lenda de origem egipcia, encontrada
num texto de Herodoto

Pode‑
se admitir, finalmente, que determinados elementos da literatura egipcia
tenham sobrevivido ate nossos dias gracas as maravilhosas narrativas da
literatura arabe. Esta, com efeito, parece ter suas fontes na tradicao oral egipcia.
Assim, foi possivel estabelecer um paralelo entre a historia de “Ali Baba e os
Quarenta Ladroes”, das Mil e Uma Noites, e um conto faraonico, “A Captura de
Joppe”, assim como entre “Simbad, o Marujo” e “O Naufrago”, conto faraonico
do Medio Imperio.

^ exaltar a literatura egípcia e seu legado

“No campo das artes plasticas, diversos meios de expressao foram utilizados:
escultura, pintura, relevo, arquitetura. Os antigos egipcios aliavam as suas
atividades
terrenas a esperanca de uma vida apos a morte; assim, a arte egipcia e
particularmente expressiva por representar crencas profundamente arraigadas.”

“A producao artistica do antigo Egito nao tinha, em seu conjunto, uma funcao
essencialmente estetica, mas era, sobretudo, expressao da crenca egipcia de que
a vida terrena se repetiria no alem.”

Os antigos egipcios desenvolveram inumeras teorias sobre a criacao da


vida, o papel das forcas naturais e a reacao da comunidade humana frente a elas,
assim como sobre o mundo dos deuses e sua influencia no pensamento humano,
os aspectos divinos da realeza, o papel dos sacerdotes no interior da comunidade
e a crenca na eternidade e na vida alem‑
tumulo

^ falar da importância da religiosidade egípcia, a relação do mito de Osiris,


Horus e Set; Horus como primeiro faraó; e a estrutura sócio-politica do regime
faraônico, e sua relação com a arte plástica egípcia.

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