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DENSITOMETRIA ÓSSEA

PROF. ROSILANE MARQUES


Equipamento Medilink

Equipamento Hologic
Equipamento Lunar
Prodigy – DXA
INDICAÇÃO PARA O EXAME DE
DENSITOMETRIA ÓSSEA
 Mulheres de idade igual ou superior a 65 anos;

 Mulheres na pós- menopausa, ainda que abaixo


de 65 anos, e Homens entre 50 e 70 anos, com
fatores de risco;

 Homens com idade igual ou superior a 70 anos;

 Adultos com história de fratura por fragilidade;


 Adultos com doença ou condição associada à
baixa massa óssea ou à perda óssea;

 Adultos usando medicamentos associados à


baixa massa óssea ou perda óssea;

 Pessoas para as quais são consideradas


intervenções farmacológicas para osteoporose;

 Indivíduos em tratamento para osteoporose,


para monitorar a eficácia do tratamento;
 Pessoas que não estejam realizando tratamento,
nas quais a identificação de perda de massa
óssea possa determinar a indicação do
tratamento.

Obs:
Mulheres interrompendo a terapia de reposição
hormonal devem ser indicadas para a realização
do exame de Densitometria Óssea, de acordo
com as indicações acima.
RELEMBRANDO A ANATOMIA
COMPOSIÇÃO DO OSSO
 O tecido ósseo é composto por três frações
básicas são elas:

Fração Orgânica

Fração Celular

Fração Mineral
FRAÇÃO ORGÂNICA
 É representado por uma malha protéica,
conhecida também como matriz orgânica ou
matriz protéica onde fixam outras duas frações.
O colágeno tipo I é composto de 90 a 95% desse
tipo de proteína os demais 10% são composto
de proteínas não-colágenos.
 A incorreta formação da fração orgânica pode
levar a distúrbios graves tornando os ossos
quebradiços.
FRAÇÃO CELULAR
 No processo de formação do tecido ósseo,
temos três células importante que são elas:

Osteoclastos;

Osteoblastos e

Osteócitos
 Osteoclastos: É responsável pela degradação da
matriz óssea.
 Osteoblasto: São células pequenas que tem
como função principal à síntese de colágeno, ou
seja, são células construtoras após a destruição
das células velhas pelos osteoclastos, os
osteoblastos entram em ação.
 Osteócitos: São células principais dos ossos,
participam da reabsorção óssea, ou seja, são
envolvidas por cálcio e reabsorve o mesmo.
Serve como uma rede viva de comunicação do
osso por ter numerosos prolongamentos finos
de seu citoplasma, faz com que substâncias
protéicas e minerais trafegam pelo interior dos
ossos.
FRAÇÃO MINERAL
 Importantíssimo para as nossas funções motoras,
sem os componentes minerais os nossos ossos
seria extremamente elásticos e flexíveis. A
porção mineral é composta de:

 Fosfato de cálcio (85%)

 Carbonato de cálcio (10%)


TIPOS DE OSSOS

Definição:

 Cortical : forma a capa externa do osso, como o


fêmur e a tíbia.

 Trabecular: compõe o preenchimento do osso


chamado de tutano do osso
OSSO CORTICAL

 O osso cortical é formado por lâminas ósseas


paralelas e extremamente próximas entre si,
constituindo uma substância dura e compacta
que confere resistência ao osso.
 Em termos gerais, este osso é responsável pela
formação de uma camada exterior de espessura
variável, por sua vez revestida por uma
membrana resistente denominada periósteo.
OSSO CORTICAL
OSSO TRABECULAR

 O osso Trabecular é muito menos espesso, já


que é formado por lâminas ósseas
irregularmente dispostas nos vários sentidos,
deixando espaços livres entre si, ocupados pela
medula óssea encarregue de elaborar as células
sanguíneas.
 Observado ao microscópio, este osso tem um
aspecto poroso, semelhante ao de uma esponja.
OSSO TRABECULAR
OSSO CORTICAL / OSSO
TRABECULAR
MODELAMENTO E
REMODELAMENTO ÓSSEO
 Modelamento:
O crescimento ósseo ocorre como resultado do
modelamento ósseo: renovação da massa óssea
e alteração nos tamanhos e formas do osso.

 Remodelamento:
É a substituição do osso velho pelo osso novo,
onde as células responsáveis pela distribuição
do osso envelhecido (osteoclastos) trabalham
em conjunto para a formação de um osso novo
(osteoblastos).
PICO DE MASSA ÓSSEA
 Os fatores que influenciam o pico de massa
óssea são:

Cálcio :elevação da ingestão de cálcio;


Hormônios: ganho de massa óssea durante o
crescimento;
Peso corporal: peso,sobrepeso ou obesidade;
Exercício físico:efeito positivo do exercício
físico sobre a densidade mineral óssea;
Patrimônio genético:influência genética/racial.
O QUE É DENSITOMETRIA ÓSSEA
 A Densitometria óssea é um método de imagem
utilizado no auxilio diagnóstico de alterações da
massa óssea.
 A técnica utilizada denomina-se Duo-Energética
( fótons de energia diferente) que permite a
diferenciação das densidades das estruturas
ósseas e do tecido mole adjacente.
 A partir da relação desses dados e com a ajuda
do computador, calcula-se a densidade mineral
óssea.
 Utiliza-se como rotina as estruturas do colo do
fêmur e da coluna lombar por serem os locais
sujeitos a fraturas.
 As principais ocorrências de perda da massa
óssea estão relacionadas com a menopausa, o
sedentarismo, a gestação, doenças crônicas de
infância, erros nutricionais e devido ao uso de
alguns medicamentos.
EXAME DO COLO DO FÊMUR

Exame do Fêmur Fêmur


EXAME DA COLUNA LOMBAR

Exame da coluna lombar Coluna Lombar AP


 A Densitometria óssea seriada permite o estudo
da progressão da doença, o prognóstico de áreas
sujeitas a fraturas e a avaliação do tratamento que
incluem medidas higieno dietéticas e
medicamentosas.
 A perda de massa óssea e suas conseqüências tem
enorme repercussão sócio econômica,
configurando-se como uma das patologias que
mais envolve gastos pelo sistema de saúde.
COMPOSIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
DE DENSITOMETRIA ÓSSEA

 Os equipamentos de Densitometria óssea são


compostos por dois itens fundamentais:

Hardware

Software
HARDWARE DE UM DENSITOMETRO

 O hardware de um densitometro é composto


por:

Mesa escaneadora : onde consiste de uma mesa


e um braço escaneador;
Computador;
Teclado;
Monitor ;
Impressora.
SOFTWARE DE UM DENSITOMETRO
 É o programa que utilizamos para coluna , fêmur,
corpo inteiro e esporadicamente extremidades.
 Este contém várias telas que levam você a
diferentes programas operacionais .
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE UM
DENSITOMETRO
 A Densitometria mede a quantidade de radiação
absorvida pelo corpo ou segmento deseja- do
calculando a diferença entre a radiação emitida
pela fonte de radiação e a que sensibiliza um
detector de fótons.
 O princípio de dupla emissão de raios-X
baseia-se no fato de que as características de
atenuação diferem no osso e nos tecidos moles
em função da energia dos feixes de raios –x.
 A diferença na atenuação entre o osso e o tecido
mole é maior no feixe de baixa energia .
 Um contorno de atenuação é então formado,
permitindo a quantificação do mineral e da
massa da massa de tecidos moles (massa magra
e massa gorda).
 O colimador pode apresentar um feixe único ou
leque de feixes ; no caso do feixe único ou
PENCIL BEAM os movimentos são lineares de
um lado para outro.
 E no caso do leque de feixes ou FAN BEAM o
movimento é único de varredura sobre o
paciente, com menor tempo.
 Dose de radiação do exame é de somente 1 a 3
MSV , dependendo do local da aquisição.
Método Pencil Beam Método Fan Beam
CUIDADOS COM O DENSITÔMETRO

 Controle de temperatura igual a 18 a 25 graus


para o equipamento (sem oscilação maior que 2
graus durante as 24 hs);
 Umidade com 20 a 80 % , sem variação nas 24 hs;
 Poeira , fumo , névoas podem ser prejudiciais ao
aparelho;
 Corpos estranhos (que eventualmente podem
cair dentro do aparelho);
 Solventes (devem ser evitados) na limpeza;
 Disposição dos cabos com proteção;
 Corrente elétrica estável;
 Armazenamento de dados – backup;
 Controle de qualidade (importante para detectar
alterações precoces);
 Não deixar cair líquido no computador;
 Não usar força para manusear o braço
escaneador;
 Não comer na sala de exame.
CONTROLE DE QUALIDADE DO
DENSITÔMETRO
 A validade para determinar a quantidade da
massa óssea depende da precisão de algumas
medidas:
 Os dois fatores básicos que afetam a precisão
são:

A performance dos instrumentos usados para


fazer as medidas
A performance dos operadores que adquirem e
analisam o exame.
 No entanto, a performance dos operadores e
equipamentos precisa ser cuidadosamente
monitorada e controlada para que se consiga
informações confiáveis.
 Conseqüentemente o (CQ)controle de qualidade
que são sempre implantados pelo fabricante
para monitorar o processo e manter uma
excelente qualidade,de modo que todo esse,
conjunto consiste em um papel importante para
a Densitometria Óssea.
 Por isso, que a precisão é importante, pois possui
a capacidade do sistema em obter os mesmos
resultados de medidas repetidas.
 Para isso, é necessária a realização de alguns
testes de qualidade:

Testes de calibração realizados pelos


fabricantes antes que o equipamento seja
enviado ao cliente;

Testes especiais após reparo ou calibração dos


equipamentos;

Testes de controle diário.


 Para ter um exame de qualidade, é necessária a
realização de alguns testes do equipamento:

Testes de calibração realizados pelos


fabricantes antes que o equipamento seja
enviado ao cliente;

Testes especiais após reparo ou calibração dos


equipamentos;

Testes de controle diário e semanal.


CONTROLE DE QUALIDADE DIÁRIO
(CALIBRAÇÃO SIMPLES DO
EQUIPAMENTO)
CONTROLE DE QUALIDADE SEMANAL
(CALIBRAÇÃO COM PHATOM)
FATORES DE AFETAM A PRECISÃO
DE UM DENSITOMETRO

 Técnica do operador para posicionamento e


análise do exame;
 Calibração inadequada do equipamento;
 Presença de outras fontes de radiação no
ambiente;
 Desconhecimento da história do paciente;
 Presença de artefatos (botões,zíperes,etc.);
 Endurecimento do feixe de raios-X, processo que
ocorre progressivamente com o tempo;
 Contraste oleoso (mielografia) pode permanecer
depositado no organismo por vários anos;
 Calcificações na Aorta abdominal;
 Cálculos Renais e Biliares;
 Contrastes baritado (deve-se aguardar 5 dias para
se fazer a Densitometria).
 Área de análise inadequadamente selecionada;
 Variação de temperatura na sala;
 Envelhecimento do detector de cintilação;
 Exames de Medicina Nuclear recentemente;
 Uso recente de comprimido de cálcio;
 Distorções da arquitetura esquelética: doença
degenerativa discal,espondilolistes,cifoescoliose,
fraturas vertebrais.
O EXAME
 Após realização do(s) teste(s) iniciamos a
rotina,verificamos se a sala de exame está
preparada para receber os pacientes,
certificando se :

1-temperatura ---------18 a 25 graus( sem


variação nas 24 hs )
2-umidade--------------20 a 80% ( sem variação
nas 24 hs )
 Com o paciente em sala identificar o mesmo ,
conferindo com um documento; nome e data de
nascimento.
 Atentar-se ao fato de não digitar como
sobrenomes; Júnior , Filho , Neto etc.
 Não identificar o paciente no exame antes dele
estar posicionado.
 Importante perguntar ao paciente se ele já fez
esse exame anteriormente.
 Caso tenha feito , solicitar exames anteriores ,
que por sua vez ficará conosco para
comparação (caso seja solicitado pelo médico)
e entregue junto com o resultado.
 Caso seja primeira vez , tranqüilizar o mesmo
em relação ao exame, explicando como será a
sua realização.
 Devemos lembrar dos pré-requisitos exigidos
para realização do mesmo, tais como: a paciente
não deve estar grávida, não ter recebido
contraste nos últimos 3 a 6 dias.
 Questionar o paciente sobre a ingestão de
cálcio, principalmente se essa ingestão
anteceder em até 2 horas o exame de
Densitometria, comprometendo a imagem .
 Pedir ao paciente que tire os sapatos e / ou
qualquer tipo de metal que possa interferir no
exame, tais como: fivelas, botões, sutiãs com aro
metálico, roupas com zíperes, colchetes, e se
necessário fazer uso do avental.
PROTOCOLOS DE POSICIONAMENTO
E ANALISE
 Coluna lombar;

 Fêmur;

 Antebraço;

 Corpo inteiro.
COLUNA LOMBAR
 Verificamos, então, peso e altura e damos início
ao exame da coluna.
 Posicionamos a paciente à mesa de modo que a
paciente fique em decúbito dorsal (barriga para
cima), observando que a linha central da mesa
deve estar no centro da paciente.
 A cabeça deve estar abaixo da linha horizontal
na cabeceira da mesa, ou seja, do mesmo lado
em que encontra-se o braço escaneador.
 Os braços devem ser posicionados ao longo do
corpo com as mãos voltadas para baixo.
 Colocar as pernas do paciente sobre o bloco,
para retificar a coluna lombar ajudando na
separação das vértebras, de modo que esse
bloco fique no ângulo de 60 a 90 graus em
relação à mesa.
 Inicia-se o exame, observando a imagem na tela
do computador se está com uma boa aquisição.
 Se imagem estiver correta, prossegue-se o
exame.
 Se imagem não estiver correta, interrompe-se o
mesmo e ajusta-se a imagem, por fim reinicia-se
o procedimento.
 Terminada a coluna, retira-se o bloco de apoio e
prepara-se para iniciar o fêmur.
 É de grande importância certificar-se o MODO
de aquisição;

SLOW ou GORDO ( > 25 CM )


MEDIUM ou STANDARD-DM ( 15 – 25 cm)
FAST ou MAGRO ( < 15 cm)

 Verificar também o parâmetro MEDIÇÃO:


 Comprimento ( cm ) ------- e largura --------- (
cm).
ITENS A SEREM AVALIADOS NUMA
BOA AQUISIÇÃO DE COLUNA:
 A coluna deve estar centrada e retificada.
 As cristas ilíacas devem aparecer um pouco e
devem estar alinhadas.
 Visualização do último par de costelas e parte
de T12.
 Ausência de ar.
 Ausência de artefatos: metais e / ou próteses de
silicone nas mamas e / ou glúteos.
Posicionamento na coluna lombar Densitometria de coluna lombar
FÊMUR
 Para realização do exame do fêmur, ainda com o
paciente deitado, ajustar o suporte triangular do
seguinte modo:
 Com as mãos deve-se fazer um movimento de
rotação interna, observando com uma das mãos
do lado externo da coxa, o grande trocanter, e
prender o pé, cuja perna será analisada, na parte
inclinada do suporte imobilizando o membro.
 O outro pé deve ficar reto/alinhado com o suporte
do lado contra lateral, ficando a perna reta
longitudinalmente paralela a linha central da
mesa.
 Posicionar a luz do laser aproximadamente 7,5
cm abaixo do grande trocanter e no centro da
perna.
 Esse posicionamento propicia um espaço
suficiente entre os ossos ísquio-femural para
uma análise correta.
 Observar a imagem na tela do computador se
está sendo feita uma boa aquisição e proceder
do mesmo modo conforme citado ao exame de
coluna.
 Terminado o exame, retira-se o apoio dos pés e
aguarda-se o retorno do braço escaneador.
ITENS A SEREM AVALIADOS NUMA
BOA AQUISIÇÃO DO FÊMUR:
 Rotação da perna suficiente para análise adequada.
 Preservação das janelas 25 – 35 linhas na parte
inferior e superior.
 Retificação do fêmur.
 Ausência de metal.
 Fêmur direito geralmente é escolhido. No caso deste
não ser adequado por dificuldade de
posicionamento, por uso de prótese ou qualquer
outro motivo que dificulte ou impossibilite a
execução do mesmo, escolhe-se o fêmur contra-
lateral (esquerdo). Ainda se este também não
adequado para tal, realiza-se o exame do antebraço.
Rotação interna de 30º com um suporte, Densitometria de fêmur
para evitar que o paciente mexa durante o
exame
ANTEBRAÇO
 Coloca-se a paciente sentada ao lado da mesa
de exame, certificando que as costas do
paciente estejam eretas e que o ombro esteja
alinhado com o centro vertical do posicionador,
mede-se o comprimento do antebraço, essa
medida deve ser feita desde o processo
estilóide da ulna (osso localizado no pulso na
parte externa) até o olecrano (osso do cotovelo).
 O antebraço escolhido é o não dominante isto é,
braço contrário à mão que se escreve.
 A peça de apoio (posicionador) para tal deve
ser colocada sobre a mesa e deve-se posicionar
o antebraço sobre o mesmo, conforme figura
abaixo, sendo importante recomendar ao
paciente que deixe o pulso relaxado e que feche
às mãos de modo que com este movimento haja
uma retificação do mesmo, o que colabora com
o exame.
 Posiciona-se o feixe do laser no centro do pulso,
alinhado com o processo do cúbito estilóide, a 1
cm abaixo do processo estilóide da ulna,
prende-se o mesmo com velcro, mantendo a
posição e finalmente inicia-se o exame.
 Verifica-se na tela do computador se a imagem
que está sendo escaneada está adequada;
observando se o membro está centralizado,
retificados e paralelos e com a presença de uma
pequena porção dos ossos da mão. Se imagem
ok prossegue-se o exame.
 Caso imagem não adequada interrompe-se o
procedimento, reposiciona-se e inicia-se
novamente.
 Terminado o exame solta-se o braço do paciente
e aguarda-se o braço escaneador retornar à
posição inicial.
 O exame de antebraço deve ser realizado
quando o exame de coluna e/ou exame do
fêmur não puderem ser interpretado (s), tais
como ; em pacientes obesos (acima dos limites
especificados para o equipamento DXA usado),
presença de próteses etc.
 A região do rádio 33% (às vezes chamada de
rádio 1/3) é a região de interesse, pois outras
regiões de interesse no antebraço não são
recomendadas.
Posicionamento de antebraço Densitometria de antebraço
CORPO INTEIRO
 Colocar a paciente sobre a mesa em decúbito
dorsal (deitada de barriga para cima),
posicionando a de modo que ela fique no centro
da mesa, isto é, deve-se verificar se a linha
central da mesma divide o paciente ao meio.
 A cabeça deve estar do mesmo lado em que se
localiza o braço escaneador, logo abaixo da
linha horizontal marcada no colchão da mesa de
exame (distância de mais ou menos 1,5 cm da
cabeça linha).
 Os braços devem ficar ao longo do corpo,
estendidos com as mãos voltadas para baixo
repousando sobre a mesa.
 Prendem-se os pés e pernas com auxílio dos
velcros, de modo que o velcro menor fique na
altura dos pés e o maior na altura dos joelhos, a
fim de se evitar movimentos durante o exame.
 IMPORTANTE: lembrar que se o paciente tiver
dimensões maiores que o habitual,
ultrapassando os limites pode-se usar como
recurso, colocar as mãos sob os quadris (em
baixo).
 Verificar na tela do computador se imagem
adequada, se adequadas finalizar o exame e se
não adequadas reiniciar o mesmo.
 Terminado o exame, retirar os velcros e
aguardar o braço escaneador retornar à posição
inicial .
Posicionamento de corpo inteiro Densitometria de corpo inteiro
 Verifique se os cortes de Corpo Inteiro estão
posicionados do seguinte modo:

 1- Cabeça: O corte Cabeça está localizado


imediatamente abaixo do queixo
 2- Braço esquerdo e direito: Ambos os cortes
de braços passam pelas axilas e localizam-se o
mais próximo possível do corpo. Os cortes
devem separar as mãos e braços do corpo.
 3- Antebraço esquerdo e direito: Os cortes de
ambos os antebraços são tão próximos do corpo
quanto possível, e separam os cotovelos e os
antebraços do corpo.
 4- Coluna: Ambos os cortes de coluna devem
ficar o mais próximo possível da coluna, sem
incluírem a caixa torácica.
 5- Pélvis esquerda e direito: Ambos os cortes
da pélvis passam pelos colos femorais e não
tocam na pélvis.
 6-Topo da pélvis: O corte Topo da Pélvis
localiza-se imediatamente acima do limite
superior da pélvis
 7- Perna esquerda e direita: Ambos os cortes
de perna separam as mãos e antebraços, das
pernas.
 8 Entre - pernas: O corte Entre - pernas separa
a perna direita da esquerda.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

 Nas avaliações evolutivas é muito importante


levar em consideração o modo de aquisição,
região a ser analisada, o operador técnico, o
aparelho, e também o local de trabalho.
 Ao posicionamento do paciente à mesa deve-se
ter cuidado redobrado, tentando deixar a
imagem atual o mais igual possível da anterior.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
 Importante saber que em relação à análise da
coluna; as linhas intervertebrais devem se
alterar o mínimo possível, movendo-se, portanto
somente se necessário, pois desse modo à
chance de minimizar um erro é grande.
 E a região a ser utilizada para estudo é L1-L4 ,
excluindo-se aquela(s) vértebra(s) afetada(s)
por artefato(s).
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
 Em relação à análise do fêmur, devemos deixar
o box de análise que o aparelho oferece, na
posição inicial alterando se necessário o mínimo
possível, inclusive em relação à rotação e
aproximação ou afastamento do box à cabeça do
fêmur; minimizando o erro.
 Outro item que devemos ficar atentos é aquele
em relação às regiões de interesse no fêmur
proximal, usando àquela região de menor valor.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
 O exame de antebraço deve ser realizado
quando o exame de coluna e/ou exame do
fêmur não puderem ser interpretado (s) , em
pacientes obesos (acima dos limites
especificados para o equipamento DXA - LUNAR
usado).
 A região do rádio 33% (às vezes chamada de
rádio 1/3) é a região de interesse, pois outras
regiões de interesse no antebraço não são
recomendados.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
 No exame de Densitometria óssea, um dos itens
mais importantes é o bom posicionamento do
paciente ao exame para sua melhor análise
posterior e consequente um laudo mais preciso.

Paciente em posição para o Posição do pé para o Paciente em posição para


scan da coluna lombar scan do fêmur o scan do fêmur
Posicionamento
inadequado da Coluna
Lombar AP

Posicionamento
adequado de Coluna
Lombar AP
Posicionamento correto do Fêmur Proximal direito
Posicionamento incorreto
pois o Fêmur proximal
está em abdução

Posicionamento incorreto
pois o Fêmur proximal
está em abdução
Posicionamento correto da Coluna Lombar AP
Início alto da aquisição
cortando a vértebra de L4

Início baixo da aquisição


não incluindo a correta
aquisição da Coluna
Lombar AP e a vértebra
de L1
Fêmur Proximal direito
com início alto da
aquisição

Fêmur Proximal direito


com inicio baixo da
aquisição
Coluna Lombar AP com
Artefato externo: pircing

Fêmur Proximal direito com


artefato interno: PMMA
O QUE É PMMA
 PMMA é uma substância pastosa que misturada
com meio de contraste à base de bário permite
a visualização dos raios-X.
 A forma de aplicação é feita por injeção nos
lados direito e esquerdo do corpo vertebral,
quase no meio da coluna).
 Considerado como artefato, pois superestima a
medida de massa óssea.
CONTRA-INDICAÇÕES DO EXAME
DE DENSITOMETRIA ÓSSEA :
 Impossibilidade de manter o paciente em
decúbito dorsal (deitado de costas para a mesa)
 Paciente com espessura excessiva na região de
exame( DPX-IQ 30cm)
 Altura acima do permitido pelo programa para o
corpo inteiro (DPX-IQ 1,96cm)
 Pacientes adultos com menos de 25kg ou mais
de 120kg podem causar resultados menos
exatos
 Uso de contraste prévio
 Gestante
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
 Todos os procedimentos para redução da
exposição podem ser sintetizados a redução do
tempo, distância e blindagem.
 No que diz respeito a Densitometria óssea as
medidas envolvidas são:

Controle de qualidade: aferição dos


equipamentos dentro do preconizado para cada
equipamento é de fundamental importância não
só para o aceite de aparelhos novos na sua
instalação como diariamente.
 Deve assegurar de que a quilovoltagem do
aparelho está correta, a leitura do
miliamperímetro está correta, controle automático
do tempo de exposição funciona adequadamente,
usar filtros que adequadamente separem o feixe
polienergético dos raios-X em feixe de alta e
baixa energia e adequar a colimação do feixe de
raios-X para redução da radiação espalhada.
Distância: o operador deverá observar uma
distância adequada entre o equipamento e o
computador de aquisição das imagens, o
adequado posicionamento do paciente antes de
iniciar o procedimento implica na redução a
exposição à radiação por tornar desnecessário
reposicionamentos posteriores após varias
tentativas de aquisição de imagens e
abortamentos destas.
 Taxa de exposição para o paciente ao ser
submetido à Densitometria Óssea:
Variação de 0,03 mSv a 0,30 mSv

 Taxa de exposição para Técnicos de


Densitometria:
Variação de 0,01 mSv a 5,60 mSv para 1 metro e
0,00 mSv a 2,30 mSv para 3 metros

 mSv (Millisievert)
O Millisievert é comumente usado para medir
a dose efetiva em procedimentos médicos de
diagnóstico
ESTATÍSTICAS DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE DENSITOMETRIA
ÓSSEA
 Em levantamento publicado em 1994, a OMS
(Organização Mundial de Saúde) definiu os
critérios atualmente utilizados nos laudos de
Densitometria óssea em todo o mundo,
baseados na análise do T-Score e Z-Score.

 T-Score – relação ao adulto / jovem

 Z-Score – relação a idade


CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A
OMS
Divide-se em dois grupos:

 Mulheres em pré-menopausa até 39 anos,


crianças, adolescentes e homens abaixo de 50
anos.

 Mulheres em pós menopausa ou acima de 40


anos e homens acima de 51 anos.
BANCO DE DADOS DE REFERÊNCIA
PARA O T-SCORE

 O banco de dados a ser usado é o de mulheres


caucasianas (sem ajuste da etnia) e para todos
os grupos étnicos.
BANCO DE DADOS DE REFERÊNCIA
PARA O Z-SCORE

 Z-Scores devem ser definidos para uma


população específica (negros, amarelos e
brancos) sempre que as referências adequadas
existirem.
 Para o propósito do cálculo do Z-Score, a etnia
definida pelo próprio paciente deve ser
utilizada.
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DOS
PACIENTES SUJEITOS AO EXAME DE
Desvios padrões DMO
Mulheres adultas
de cor branca
Conclusão

-1,0 Normal Dentro da


normalidade

-1,0 até -2,5 Osteopênica Osteopenia

Abaixo de -2,5 Osteoporóticas Osteoporose

Abaixo de -2,5 + Osteoporóticas Osteoporose


fratura estabelecida
INTERPRETAÇÃO DE LAUDO
 Os laudos da DMO, são apresentados sob a
forma de “score” ou pontuação “T” e “Z”.
 Pontuação “T” (T-Score), esse número indica a
massa óssea que você possui em comparação a
uma pessoa adulta do mesmo sexo no máximo
de sua massa óssea.
 Pontuação “Z” (Z-Score), esse número indica a
massa óssea que você possui em comparação
com outras pessoas da mesma faixa etária, do
mesmo tamanho e do mesmo sexo.
FATORES BENÉFICOS PARA A
SAÚDE
FATORES MALÉFICOS PARA A
SAÚDE
FATORES DE RISCO CONTROLÁVEIS PARA
OSTEOPOROSE OSTEOPENIA E
OSTEOMALÁCIA
 Baixa massa óssea;
 Tratamento com corticóides;
 Tabagismo;
 Alcoolismo;
 Sedentarismo;
 Tratamento com drogas que induzem a perda de massa
óssea;
 Imobilização prolongada;
 Dieta pobre de cálcio;
 Cafeína;
 Baixa exposição ao sol.
FATORES DE RISCO NÃO TRATÁVEIS
PARA OSTEOPOROSE OSTEOPENIA E
OSTEOMALÁCIA

 Sexo feminino;
 Raça branca (asiática ou caucasiana);
 Idade (idade avançada em ambos sexos);
 Histórico familiar (fator genético);
 Fraturas anteriores;
 Menarca tardia;
 Menopausa precoce.
METABOLISMO E REMODELAMENTO ÓSSEO

 Nos últimos anos a Densitometria óssea tem


contribuído para um entendimento acerca do
mecanismo da regulação metabólica óssea.
 Principalmente da relação de equilíbrio entre
as células ósseas osteoclastos e osteoblastos,
além desse fenômeno, o nosso organismo
produz outras substâncias que atuam como
verdadeiro regulador de atividades celulares
que, estão intimamente ligados a vitaminas e
hormônios produzidos por varias glândulas
endócrinas.
SUBSTÂNCIA QUE REGULAMENTAM
O METABOLISMO ÓSSEO
Vitamina D: tem papel importante para
regulação do metabolismo ósseo, encontrada na
luz solar, em contato com o corpo passa por um
processo de ativação, onde absorve ao cálcio
do intestino levando a corrente sanguínea.

Estrógeno e Testosterona: hormônio sexual que


estimula diretamente o osteoblasto é o
estrógeno, que é hormônio sexual feminino. A
testosterona (hormônio masculino) é estimulada
indiretamente.
SUBSTÂNCIA QUE REGULAMENTAM
O METABOLISMO ÓSSEO
PTH: hormônio da paratireóide, importante, pois
quando o organismo não consegue reabsorve
cálcio que é ingerido pelo corpo, este hormônio
vai estimular os osteoclastos a reabsorver o
cálcio para o sangue.

Calcitonina: contra põem ao paratormônio toda


vez que o sangue possui elevadas taxa de cálcio,
este hormônio inibe a produção de osteoclastos,
ou seja, mandando parar de atuar.
DESENVOLVIMENTO DA MASSA
ÓSSEA
 Existem dois tipos de desenvolvimento da
massa óssea, ou seja, processo de calcificação
do osso são eles:
 Intramembranoso e o endocondral que começa
a se desenvolver desde quando somos gerados
no útero até na idade adulta.
Intramembranoso:ocorre no interior de uma
membrana de tecido conjuntivo, dando origem a
ossos chatos, como os do crânio.
Endocondral:acontece quando as células
mesodérmicas se transformam em células
produtoras de cartilagem, antes do início da
formação do osso.
 Este desenvolvimento na infância e na
adolescência chega a atingir o pico de 70% da
massa óssea, os outros 30% é no período de 25 a
30 anos.
 Importante lembrar que este processo difere
entre os sexos. Ex: As meninas sofrem
aceleração no processo de desenvolvimento da
massa óssea durante a puberdade, eis ai a
resposta para o seu declínio rápido por volta
dos 45 anos.
 Por outro lado os homens começam a perder
massa óssea por volta do 55 a 65 anos.
OSTEOPENIA
 A osteopenia é a diminuição da densidade
mineral dos ossos, precursora da osteoporose.
 Significa que a densidade do osso está mais
baixa do que o normal.

Osteopenia
DIAGNÓSTICO DA OSTEOPENIA

 Se a osteopenia é diagnosticada no primeiro


exame de D.O., não indica necessariamente que
esteja ocorrendo perda de osso; pode ser que o
pico de massa óssea por alguma razão, inclusive
genética, seja abaixo do ótimo.
 Mas um diagnóstico de osteopenia deve ser
visto como uma oportunidade de procurar
proteger a estrutura óssea.
 Ter Osteopenia significa que você corre um
maior risco de, com o passar do tempo,
desenvolver a osteoporose.
 Uma Densitometria óssea é capaz de fazer a
verificação, prevenindo ou dando um resultado
de Osteopenia.

Radiografia mostrando fêmur deformado na sua região proximal (A)


e que evoluiu com fratura no ápice da deformidade (B)
PREVENÇÃO DA OSTEOPENIA
 As pessoas com osteopenia devem procurar
prevenir uma perda de massa óssea futura.
 Uma alimentação rica em cálcio, ingestão
adequada de vitamina D, exercícios, evitar fumo
e consumo em excessivo de bebidas alcoólicas
são fundamentais a saúde do osso.
 O uso de medicamentos pode ser necessário,
dependendo da avaliação médica.
O EXAME DA OSTEOPENIA
• O exame feito com o equipamento DEXA, o mais
preciso, que é capaz de detectar até 2% de
perda óssea por ano.

• Um RX tradicional não é sensível o suficiente


para detectar pequenas quantidades de perda
óssea ou mudanças sutis na densidade óssea.

Equipamento DEXA
(Dual X-Ray Absorptiometry)
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA
A OSTEOPENIA

 Em ambos os sexos, os seguintes fatores, entre


outros, podem contribuir para a osteopenia:

Distúrbios alimentares e de metabolismo;


 Quimioterapia ou medicamentos como os
esteróides;
 Exposição à radiação;
 Ter um histórico familiar de osteoporose.
OSTEOPOROSE
OSTEOPOROSE
 Osteoporose é a doença óssea metabólica mais
freqüente, sendo a fratura a sua manifestação
clínica.
 É definida patologicamente como "diminuição
absoluta da quantidade de osso e
desestruturação da sua micro arquitetura
levando a um estado de fragilidade em que
podem ocorrer fraturas após traumas mínimos".
 É considerada um grave problema de saúde
pública, sendo uma das mais importantes
doenças associadas com o envelhecimento.
 A fratura de fêmur é a conseqüência mais
dramática da osteoporose.
 Cerca de 15% a 20% dos pacientes com fratura de
quadril morrem devido à fratura ou suas
complicações durante a cirurgia, ou mais tarde
por embolia ou problemas cardiopulmonares em
um período de 3 meses e 1/3 do total de
fraturados morrerão em 6 meses.
 O restante, em sua maioria, ficam com graus
variáveis de incapacidade.
 Em aproximadamente 20% dos casos pode ser
identificada uma doença da qual a osteoporose
é secundária e nos 80% restantes os pacientes
são portadores de osteoporose da pós-
menopausa ou osteoporose senil.
DIAGNÓSTICO DA OSTEOPOROSE
 A osteoporose pode ser diagnosticada
facilmente e precisamente pelo exame de
Densitometria Óssea.

 Este mensura quando a densidade óssea cai ao


ponto onde fraturas acontecerão com um leve
estresse local e a osteoporose é, então,
determinada pela medida da densidade óssea
em comparação com as referências.
PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE
 Fazer exercícios físicos regularmente: atividades
esportivas aeróbicas são as mais recomendadas;
 Dieta com alimentos ricos em cálcio (como leite e
derivados), verduras (como brócolis e repolho),
camarão, salmão e ostras.
 A reposição hormonal do estrógeno em mulheres
na menopausa consegue evitar a osteoporose
 A homeopatia é uma forma de terapia alternativa
utilizada com bons resultados, porém a sua
utilização vai depender do caso e da condição da
perda óssea instalada em cada indivíduo.
TIPOS DE OSTEOPOROSE

 I - Osteoporose Primária

 II - Osteoporose Secundária

 III - Osteoporose Juvenil

 IV - Osteoporose Idiopática

 V - Osteoporose Focal
TIPOS DE OSTEOPOROSE

 Normalmente essa doença (sobre tudo as de


tipo I e II) evolui de maneira silenciosa, sem
manifestações clinicas especificas.
 Lamentavelmente o primeiro achado da
osteoporose, via de regra é uma fratura, que
representa um estágio já avançado da doença
quando detectadas.
Diferenças entre osso normal e com osteoporose
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
(SINAIS E SINTOMAS)

 Dor lombar especifica


 Limitação física para realizar os afazeres normais e
habituais
 Diminuição da estatura
 Encurvamento do tronco para frente (como mostra
a figura abaixo);
TRATAMENTO
 Reposição hormonal - Importante tanto durante
a prevenção quanto durante o tratamento. O
estrógeno reduz o risco de fraturas em mulheres
com osteoporose.

 Administração de cálcio - Para quem já tem a


doença, o cálcio pode ser dado em dosagens de
1 mil a 1,5 mil miligramas por dia, com
recomendação médica.
TRATAMENTO
 Calcitonina - É um hormônio que tem a função
de evitar que o cálcio saia dos ossos. Evita-se
assim o processo de corrosão.

 A Atividade Física, corretamente orientada (por


um educador físico), também é usada como
parte importante no tratamento e controle da
osteoporose, podendo reduzir ou até, estabilizar
a perda de massa óssea do indivíduo.
PROGNÓSTICO
 Os pacientes com osteoporose tem grandes riscos
de terem fraturas adicionais. O tratamento para a
osteoporose pode reduzir consideravelmente o
risco de fraturas no futuro.
 As fraturas no quadril podem levar a uma
dificuldade na movimentação e um risco
aumentado de trombose venosa profunda e/ou
embolismo pulmonar.
 As fraturas das vértebras podem levar a dor
crônica severa de origem neurogênica, que pode
ser difícil de ser controlada, assim como uma
deformidade
 A taxa de mortalidade em um ano que segue a
fratura de quadril é de aproximadamente 20%.
 Embora raras, as fraturas múltiplas de vértebras
podem levar a uma cifose severa (corcunda) que a
pressão resultante nos órgãos internos pode
incapacitar a pessoa de respirar adequadamente.
 Embora os pacientes com osteoporose tem uma
alta taxa de mortalidade devido às complicações
da fratura, a maioria dos pacientes morre "com" a
doença ao invés de morrer "da" doença.
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA
A OSTEOPOROSE
 São vários os motivos que levam uma pessoa a
desenvolver a osteoporose.
 Alguns não podem ser mudados como:

 Sexo feminino;
 Aumento da idade;
 Raça branca e asiática;
 Baixa estatura e peso;
 Hereditariedade.
A cada 100 mulheres com mais de Negras têm ossos até 20% mais
35 anos, 21 têm forte propensão ou fortes que brancas e asiáticas.
sofrem da enfermidade.
Os ossos naturalmente se tornam
mais finos conforme se envelhece, As pessoas com ossos pesados têm
pois a partir da meia idade as células um grau menor de
ósseas são reabsorvidas pelo corpo osteopenia/osteoporose.
mais rapidamente do que um novo
osso é feito.
 Existem, entretanto os fatores que podem ser
modificados, como:
 Hormônios sexuais: baixos níveis de estrógeno
ou testosterona;
 Uma ingestão inadequada de cálcio;
 Anorexia;
 Uso de medicamentos como glicocorticóides;
 Estilo de vida sedentário;
 Tabagismo;
 Uso excessivo de álcool.
ESQUEMA DE FATORES QUE
CONTRIBUEM PARA A OSTEOPOROSE
OSTEOMALÁCIA / RAQUITISMO

 A osteomalácia é uma doença que se caracteriza


por defeito de mineralização da matriz osteóide,
presente no osso trabecular e cortical, em
indivíduos adultos.
 É o enfraquecimento (amolecimento) e
desmineralização dos ossos nos adultos devido
a uma deficiência em vitamina D (na criança
esta situação denomina-se raquitismo).
 O raquitismo é uma doença que se caracteriza
por defeito de mineralização e maturação das
células cartilaginosas, presentes na linha de
crescimento, em crianças e adolescentes, ou
seja, raquitismo é a presença
de osteomalácia no esqueleto em crescimento.
 Tanto a osteomalácia como o raquitismo
resultam em um osso mais fraco que o normal
sujeito a deformidades graduais e progressivas
sob estresse normal.
 A apresentação clínica dessas doenças
depende, fundamentalmente, da idade e da fase
do desenvolvimento do paciente e da causa
principal das mesmas.
 O crescimento do osso normal requer um aporte
adequado de cálcio e fósforo através da
alimentação, mas o organismo não consegue
absorver estes minerais sem que haja uma
quantidade suficiente de vitamina D.
 O organismo obtém esta vitamina de certos
alimentos e da ação da luz solar sobre a pele; a
sua carência resulta num amolecimento e
enfraquecimento dos ossos, que se tornam
assim vulneráveis a distorções e fraturas.
PACIENTES COM OSTEOMALÁCIA
PACIENTES COM RAQUITISMO
CAUSA DA OSTEOMALÁCIA

 A osteomalácia é geralmente causada por


qualquer dos seguintes fatores, isoladamente ou
em conjunto: insuficiente aporte de vitamina D
na dieta (por falta de manteiga, margarina
enriquecida, peixe, ovos, ou óleo de fígado de
peixe), exposição ao sol insuficiente ou
insuficiente absorção de vitamine D ao nível do
intestino, que pode ser devida a uma doença,
como a doença celíaca, ou a ressecções
cirúrgicas de grande parte do intestino.
CAUSA DA OSTEOMALÁCIA
 Entre as causas raras, contam-se a insuficiência
renal, a acidose (acidez aumentada dos fluídos
orgânicos) e certas doenças metabólicas
hereditárias.
 A osteomalácia é rara nos países desenvolvidos.
 As pessoas mais freqüentemente afetadas são as
que têm habitualmente uma alimentação pobre
ou desequilibrada, os idosos limitados à sua
casa e as pessoas de cor negra emigradas de
países onde beneficiavam mais de sol.
SINAIS E SINTOMAS DA
OSTEOMALÁCIA
 A osteomalácia causa dores nos ossos
(principalmente os do pescoço, pernas, quadril
e costelas), fraqueza muscular e, se o teor de
cálcio no sangue for muito baixo, ocorrem
espasmos musculares nas mãos, pés e garganta.
 Se os ossos se tornarem muito enfraquecidos,
podem faturar mesmo por um traumatismo
mínimo.
DIAGNÓSTICO DA OSTEOMALÁCIA

 A osteomalácia diagnostica-se através dos seus


sintomas e sinais e por análises de sangue e de
urina e radiografia.
 Em alguns casos, faz-se uma biopsia (de colheita
de uma amostra de osso para análise
microscópica).
TRATAMENTO DA OSTEOMALÁCIA
 O tratamento consiste na administração de uma
dieta rica em vitamina D e na administração
regular de um suplemento da vitamina.
 Estes suplementos habitualmente tomam-se por
ingestão de preparados farmacêuticos; mas se
estes não são absorvidos pelo intestino, então
administram-se por via parenteral (injeções).
 Em alguns casos de mal absorção, pode ser
necessário administrar suplementos de cálcio.
OSTEOGÊNESIS INPERFECTA
OSTEOGÊNESIS INPERFECTA
 A Osteogenesis Imperfecta (OI), ou
Osteogênese Imperfeita, é uma doença genética
relativamente rara (atinge em média 1 a cada
21.000 nascidos) que provoca principalmente a
fragilidade dos ossos.
 Uma deficiência do colágeno (proteína que dá
consistência e resistência, principalmente ao
osso, mas também à pele, veias e outros tecidos
do corpo) do organismo é a responsável pelas
características da doença.
 Os ossos das pessoas que têm Osteogenesis
Imperfecta se quebram com facilidade, ou seja,
com elas acontecem fraturas por traumas
simples, que não seriam suficientes para
provocá-las em outras pessoas: uma pequena
queda ou pancada, um esbarrão em algum
obstáculo e até mesmo, nos casos mais graves
da doença, um movimento do corpo mais
brusco.
 Existem ainda as fraturas espontâneas, que
ocorrem sem nenhuma causa aparente.
 Como conseqüência de fraturas e microfraturas
pode haver o encurvamento dos ossos das
pernas, braços e às vezes da coluna.
 Mesmo sem fraturas isso também pode
acontecer, pelas características da formação
óssea do portador.
 Outra característica importante da OI é que
apesar da sua fragilidade, os ossos se
consolidam normalmente, a não ser em casos
em que exista alguma deformidade muito
grande.
 A OI é uma patologia (doença) que, segundo se
sabe, existe desde a Antigüidade.
 Foi encontrada, inclusive, uma múmia egípcia,
portadora de Osteogenesis Imperfecta, datada
do ano 1000 a.C.
 Estima-se que no Brasil existam pelo menos
12.000 portadores de Osteogenesis Imperfecta.
OS VÁRIOS TIPOS DE
OSTEOGENESIS IMPERFECTA
(CLASSIFICAÇÕES)
 Sob o nome Osteogenesis Imperfecta existem
alguns tipos diferentes da doença, marcadas por
sintomas, hereditariedade e expectativa de
evolução também diferentes.
 O que há de comum entre os tipos é pela
impossibilidade dos osteoblastos (as células
que constroem os ossos) produzirem osso de
boa qualidade
 É natural, portanto, que para entender as
diferentes formas de OI os médicos e outros
cientistas venham procurando colocá-las em
alguma ordem, separando formas parecidas de
acordo com características recorrentes.
 Trata-se, inclusive, de um objetivo que requer
um forte empenho por parte dos médicos e
pesquisadores e é este o setor em que as
associações de portadores e pais de portadores
de Osteogenesis Imperfecta podem prestar os
máximos serviços para o conhecimento da
doença, colocando à disposição dados para a
mais aprofundada compreensão da doença e
promovendo a colaboração entre os diversos
especialistas envolvidos, principalmente os
médicos.
CLASSIFICAÇÃO DA OSTEOGENESIS
IMPERFECTA
 Algumas classificações da Osteogenesis
Imperfecta, baseadas nos modernos critérios
clínicos, genéticos e bioquímicos foram feitas
nos últimos anos.
 Mas devemos estar cientes de que servem
apenas como referências e de que não
constituem um fato para todos os portadores de
OI, cuja variabilidade em termos de
manifestações e sintomas da doença é imensa.
TIPOS DE OSTEOGENESE
INPERFECTA
 A OI, é classificada em:

 Tipo I
 Tipo II
 Tipo III
 Tipo IV
OSTEOGENESE IMPERFECTA TIPO
I
 É o tipo mais freqüente.
 Transmite-se geneticamente como gene
dominante (um dos pais tem a doença), mas
também pode resultar de uma mutação
espontânea.
 Em média os indivíduos têm de vinte a trinta
fraturas antes da puberdade, mas elas podem
também acontecer em menor número.
 O número de fraturas diminui após a puberdade.
 Em alguns destes casos é possível realizar um
diagnóstico prenatal.
 As mulheres adultas com tipo I de O.I. costumam
voltar a ter fraturas depois da menopausa.
 Apesar disso, o tipo I de Osteogênesis Imperfecta
é considerado "leve".
 As pessoas com tipo I de OI podem apresentar
uma ou mais das seguintes características:
 Fragilidade óssea.
 Rosto de forma triangular.
 Esclerótica (parte branca do olho) azulada.
 Perda progressiva de audição entre os vinte e os trinta
anos.
 Escolioses.
 Pele delicada.
 Dentinogênesis Imperfecta.
 Estatura média
Dentinogênesis Imperfecta (D.I.) é uma doença hereditária
da dentina (camada do dente abaixo do esmalte). Esta
doença algumas vezes está relacionada com a Osteogênesis
Imperfecta. A presença de esclerótica azul ou uma história de
fraturas de ossos são sintomas de Osteogênesis Imperfecta.
OSTEOGENESE IMPERFECTA TIPO
II
 Aproximadamente 10% das pessoas afetadas
pela OI são do tipo II, que é resultado de uma
nova mutação e é a forma mais severa da
doença (causando muitas vezes a morte da
criança durante a gestação).
 Os bebês que nascem com este tipo de
O.I. apresentam fraturas mesmo antes de
nascerem, braços e pernas pouco desenvolvidos
e curvos e têm os ossos extremamente frágeis.
 Com freqüência morrem pouco depois de
nascer (uma das razões desta mortalidade
prematura são as hemorragias internas que
acontecem em conseqüência das numerosas
fraturas).
 O diagnóstico pré-natal é possível: na ultra-
sonografia pode-se notar a curvatura dos
membros e algumas fraturas.
OSTEOGENESE IMPERFECTA TIPO III
 Aproximadamente 20% das pessoas com OI têm
o tipo III.
 Os portadores deste tipo costumam sofrer
fraturas espontâneas. Não é raro encontrar
pacientes do tipo III que tenham sofrido mais de
vinte fraturas durante os três primeiros anos de
vida.
 Ao chegar à puberdade, a pessoa pode já ter
tido mais de cem.
 Apresentam com muita freqüência articulações
hiperflexíveis e um desenvolvimento muscular
fraco.
 O diagnóstico pré-natal pode ser possível
através da ultra-sonografia.
 O prognóstico da Osteogenesis Imperfecta tipo
III é geralmente severo.
 Devido à curvatura dos membros inferiores e à
sua fragilidade, a maioria dos afetados por este
tipo não pode andar.
 Os afetados pelo tipo III podem apresentar uma
ou mais das seguintes características:
 Ossos muito frágeis que não apenas quebram-
se mas também se curvam.
 Compressão nas vértebras e (em alguns
casos) escoliose severa.
 Deformações na cavidade torácica (peito) que
podem ocasionar problemas respiratórios
(perigo de pneumonia).
 Desenvolvimento pobre da dentina
(Dentinogenesis Imperfecta), devido ao que os
dentes são acinzentados e frágeis.
 Surdez moderada ou total na idade adulta, em
alguns casos.
 Estatura baixa (há portadores que medem
menos de um metro)
OSTEOGENESE IMPERFECTA TIPO
IV
 O prognóstico da Osteogenesis Imperfecta tipo IV
vai de leve a moderado.
 A maioria das fraturas acontecem durante a
infância, mas também existe a recorrência no caso
de mulheres na menopausa.
 A fragilidade óssea dos afetados por este tipo se
manifesta com freqüência através da curvatura
dos ossos longos, especialmente os ossos das
pernas.
 As pessoas com OI tipo IV podem apresentar
ainda uma ou mais das seguintes características:
 Esclerótica de cor azul claro que se vai
clareando progressivamente até chegar à idade
adulta.
 Escolioses.
 Hiperextensibilidade das articulações.
 Dentinogênesis Imperfecta.
 Estatura baixa, um pouco maior que a do Tipo
III.
PERGUNTAS FREQÜENTES
 O que é Densitometria óssea?

R: A D.O. é uma análise computadorizada da


quantidade de cálcio e de outros minerais
contidos nos ossos (densidade mineral óssea),
tendo como finalidade principal o diagnóstico
da osteoporose. Utiliza uma fonte de RX duo-
energética para a aquisição da imagem da
coluna lombar, fêmur proximal ou corpo inteiro.
PERGUNTAS FREQÜENTES
 Quanto tempo leva o exame?
R: O exame dura em média de 10 a 15 minutos.

 Como é realizado?
R: O procedimento é feito com o paciente deitado na
mesa de exames, com as pernas esticadas ou dobradas.
Durante a realização do exame é importante o paciente
permanecer imóvel.

 Quais as conseqüências possíveis?


R: Nenhuma, o exame é indolor e não há nenhum
contato do aparelho com o corpo do paciente.
 O que fazer antes do exame?
R: Pede-se ao paciente que vista uma roupa
leve, sem qualquer topo de material metálico
(zíper, botões, broches, etc.). Caso o paciente
esteja fazendo o uso de comprimidos a base de
cálcio, deve suspendê-los por 24 horas antes do
exame. Não é necessário ficar de jejum. O
exame não poderá ser realizado caso o paciente
tenha feito algum exame radiológico com uso
de contraste. Se for o caso, deve-se esperar
cerca de 5 dias, ou então fazer a D.O. antes dos
outros exames. É importante levar os exames
anteriores para ser efetuada a comparação.
 O que fazer após do exame?
R: Após realizar o exame de D.O. o paciente de
modo geral, poderá retomar imediatamente
suas atividades.

 Qual o prazo de laudo do exame de D.O.?


R: Os resultados ficam disponíveis para o
médico assistente no prazo aproximadamente
de 24 horas.
BIBLIOGRAFIA
 Andreoli, Bennet, Carpenter, Plum. Cecil
Medicina Interna Básica. 21ª ed. Rio de Janeiro,
Editora Guanabara Koogan S.A., 2001.
 Nobrega, Almir Inácio. Tecnologia Radiológica e
Diagnóstico por Imagem. 3ª ed. São Caetano do
Sul, Editora Difusão, 2008.
 Szejnfeld, Vera Lúcia. Osteoporose Diagnóstico e
Tratamento. 1ªed. São Paulo, Editora Sarvier,
2000
PROF. ROSILANE MARQUES
rjmvrad@outlook.com
999665116

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