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AES Tietê vê potencial de negócios com armazenamento de energia | CanalEnergia 26/08/18 08(43

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NEGÓCIOS E EMPRESAS P&D E TECNOLOGIA - 24 de agosto de 2018

AES Tietê vê potencial de negócios com armazenamento de


energia
Empresa inaugurou oficialmente seu projeto de P&D com o uso de storage na usina de Bariri e entender o comportamento que o
dispositivo pode trazer em termos de estabilidade do sistema

MAURÍCIO GODOI, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE BARIRI (SP)*

A AES Tietê inaugurou oficialmente na última quinta-feira, 23 de agosto, o sistema de


armazenamento de energia em baterias instalado na UHE Bariri (SP, 143 MW). Esse
projeto está enquadrado no P&D da Aneel com orçamento de R$ 5 milhões. Em cerca
de seis meses a empresa deverá apresentar os relatórios sobre os benefícios da
inserção desse armazenamento quanto a estabilidade ao sistema onde está localizado e
já de olho na futura regulação que a agência reguladora trará para potencializar novos
negócios em clientes.

De acordo com o presidente da empresa, Ítalo Freitas, o projeto na usina tem como
objetivo estudar os efeitos que a bateria proporciona no sistema. Naquela região, há
330 quilômetros de São Paulo, há uma grande concentração de usinas de açúcar e
álcool que injetam indução no sistema e baixam muito a frequência daquela área. O
executivo explicou que a bateria pode ajudar na estabilidade dessa frequência,
atribuindo maior qualidade à energia localmente.

“Já temos alguns resultados saindo quanto à estabilidade do sistema na região na hora
de pico. Mas o problema é que ainda não há regulação, precisamos de um marco
regulatório que inclua os serviços ancilares e, consequentemente, a remuneração por
esses serviços”, comentou ele.

Um uso poderia ser em sistemas onde há a presença massiva de usinas a diesel. Com as
baterias seria possível atender ao pico de demanda e com isso ter o ganho tanto
financeiro quanto ambiental, pois há capacidade de tirar essas usinas mais poluidoras.
Ele explica que a bateria já demonstrou que e possível de ser descarregada no horário
de ponta e que isso reduz o custo sistêmico.

A aplicação dessas baterias, destacou Freitas, poderia ajudar ainda a economizar em


investimentos de expansão da rede. No caso para distribuidoras, auxiliar no
atendimento e gerenciamento da carga de uma região com o auxílio de inteligência
artificial. Para consumidores finais, o uso dessa inteligência fornece auxílio para
alcançar economia com o consumo de energia de acordo com a orientação desse
cliente.

Ele reconhece que ainda é necessário um maior aprofundamento dos benefícios, mas
que esses estudos já mostram sua viabilidade. Mas a questão regulatória é ainda a
questão que trava negócios com o dispositivo. A empresa vê a perspectiva de atribuir
mais qualidade à energia e assim ganhar mercado com serviços.

No caso da bateria do P&D o contêiner e hardware são de fora, as baterias são


coreanas. O transformador, inversor e montagem, são nacionalizados. A joint venture
da empresa com a Siemens, chamada de Fluence, é a responsável pela produção do
sistema enquanto a parte da AES Tietê é com os serviços prestados ao cliente, seja ele o

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sistema ou particular. Depois de encerrado o P&D a empresa poderá levar a bateria


para o centro de operações, localizado a poucos quilômetros dali, para dar continuidade
a um outro projeto.

Expansão

O executivo da AES Tietê comentou que o projeto de Guaimbê já está pronto. É preciso
o acerto de alguns detalhes junto ao ex-proprietário do projeto, a Cobra para que até
setembro possam conectar ao SIN os 150 MW desse empreendimento. Em Boa Hora,
de 75 MW, a obra está com cerca de 20% de conclusão. As estacas estão praticamente
todas colocadas e chegaram os painéis solares.

Ali ao lado, no projeto AGV, viabilizado no leilão de 2017, disse ele, o epecista
contratado é o mesmo de Boa Hora. Já os painéis e os inversores foram comprados na
China até pelo fato de que a AES Corporation tem um pacote grande e proporciona
bons preços para a aquisição. Além disso, a empresa, que não participará do A-6 da
próxima semana afirma continuar analisando projetos eólicos brownfield para comprar.
Freitas não revelou se ainda este ano a companhia apresentará novos negócios mas que
estão avaliando ativos por meio da fonte eólica.

A meta da empresa é de ter metade do seu resultado ebitda originado de fontes


renováveis em contratos de longo prazo ainda continua em curso, está em cerca de
30%. Já a obrigação à época do leilão de privatização que era a de aumentar a
capacidade instalada está a 81 MW de ser alcançada.

* o repórter viajou a convite da AES Tietê

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