Consoante já mencionado na presente inicial, diversos foram
os problemas sofridos pelos autores, por culpa exclusiva da empresa ré.
Conforme se verifica nos documentos em anexo (Doc.04 a 09
e Pen Drive) a esta inicial, os autores tiveram, estão e terão que suportar enormes prejuízos referente ao aluguel que estão pagando desde o período da compra do imóvel até o presente momento por sagacidade e culpa exclusiva dos réus.
Nosso ordenamento pátrio, Código Civil, no artigo 159,
assim dispõe:
"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imperícia, violar direito ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano". (Grifo nosso).
Assim, tendo em vista que a culpa pelo esbulho e
deterioração do imóvel (VIDE vídeo 01(ATENÇÃO P/ 02min e 40seg), vídeo 02 e demais em Pen Drive) foi única e exclusiva dos réus, estes têm que reparar os valores pelos autores suportados em virtude do esbulho e deterioração do imóvel o qual deverá ser reformado e reforçado a estrutura urgentemente, e isto demandara mais tempo ainda para conclusão da obra de reforma e reforço. Não devendo recair sobre ou autores, que cumpriram sua parte no contrato.
Para demarcar o início e o fim dos danos materiais, junta-
se aos autos, cópia do contrato de compra do imóvel (DOC 09), onde consta a entrega do empreendimento no ato da comprar, bem cópia dos efetivos contratos de alugueis (Doc.04 a 08). Este período totaliza até o presente momento (21/08/2018) 44 meses, prazo que devem ser ressarcidos por não terem como usufruir do imóvel.
Diante destes documentos pode-se verificar que os 44 meses
de esbulho na sofrido pelos autores, estes deixaram de economizar uma quantia pecuniária devido aos valores despendidos com pagamentos de aluguel, que estão sendo obrigados a pagarem; pois poderia não ter este gasto com aluguel caso o imóvel não fosse esbulho. Conforme demonstrado dos documentos em anexo, um mês de aluguel atualmente custa aos autores R$ 350,00 do qual faz jus ao ressarcimento de tais valor num total de R$29.941,61 (vinte e nove mil e novecentos e quarenta e um reais e sessenta e um centavos) (DOC. 15)
Cumpre salientar ainda que o esbulho foi realizado de forma
ardilosa e desleal pelos réus, fato este que vem causando inúmeros prejuízos aos autores, conforme amplamente demonstrado acima. Esse esbulho, bem como a deterioração do imóvel, não havendo justificativa legítima ou técnica, para tal esbulho e deterioração do bem, tal conduta dos réus acarreta danos para os autores.
Eis o posicionamento do Egrégio TJBA:
APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO
DE POSSE – POSSE JUSTA, CONSENTIDA E SÓLIDA – INDENIZAÇÃO EM PERDAS E DANOS - IRRESIGNAÇÃO EXTEMPORÂNEA -PRECLUSÃO CONSUMATIVA – SENTENÇA MANTIDA. 1.As provas produzidas ao longo da instrução processual, evidenciam a ocorrência de posse justa, consentida e sólida, pelo que procedente o pedido de reintegração. 2.Compete ao réu alegar, quando do oferecimento da peça contestatória, toda a matéria de defesa, acompanhada de suas razões de fato e de direito. 3.Já praticado o ato processual respectivo, desinteressando se bem ou mal, não se admite a sua correção, melhora ou repetição, eis que operada a preclusão consumativa. Pretensão indenizatória mantida. 4. Apelo improvido, sentença mantida (Classe: Apelação, Nº do Processo: 0009261-93.2008.8.05.0001, da Relator: Mauricio Kertzman Szporer, Segunda Câmara Cível, Publicada em 21/05/2016) (TJ – BA – APL: 000926-19320088050001, Relator: Mauricio Kertzman Szporer Segunda Câmara Cível, Publicada em 21/05/2016)
Eis o posicionamento do Egrégio STJ:
AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº
1.060.684–MG(2017/0040882-2) RELATORA: MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI AGRAVANTE: ANA CLÁUDIA DE PAIVA DE SIQUEIRA AGRAVANTE: WAGNER VITAL DE SIQUEIRA ADVOGADO: DANIELA LEONARDI ZANATA - SP204412 AGRAVADO: JOAO MENDES DE PAIVA – ESPÓLIO REPR. POR: LUIS OTAVIO VIEIRA DE PAIVA – INVENTARIANTE ADVOGADO: SEBASTIÃO ASTÉZIO DE OLIVEIRA- MG033479 DECISÃO Trata-se de agravo interno interposto por ANA CLÁUDIA DE PAIVA SIQUEIRA, contra decisão de e-STJ fls. 400/401, proferida pela Presidência do STJ, que não conheceu do recurso especial em virtude de sua intempestividade. Em suas razões, sustenta que o Tribunal de origem determinou a suspensão do expediente forense de 8 a 11.12.2016. Não houve apresentação de impugnação. Passo a decidir. Na vigência do CPC/73, a jurisprudência desta Corte consolidou o entendimento de que era possível permitir a comprovação de feriados ou de recesso forense no âmbito dos Tribunais locais em agravo regimental ou interno, desde que por documento hábil para tal ato. A propósito: AgRg no AREsp 545.936/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado aos 14/10/2014, DJe de 20/10/2014 e AgRg no AREsp 538.306/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado aos 4/9/2014, DJe de 11/9/2014. O recurso especial em questão foi protocolado 14.3.2016, portanto, na vigência do antigo CPC, sendo permitida, portanto, a comprovação da ocorrência de feriado local em momento posterior, já que estabeleceu ser necessária a demonstração quando interposto o recurso. Assim, reconsidero a decisão de e-STJ fls. 400/401, proferida pela Presidência do STJ, e passo a nova análise do agravo contra decisão que negou seguimento a recurso especial fundamentado na alínea "a" do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal, interposto em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado: "REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ELEMENTOS. TEORIAS DA POSSE. ÔNUS DA PROVA. PERDAS E DANOS. Nos termos do art. 927, do CPC, na ação de reintegração de posse, cumpre ao autor provar a posse do bem, a sua perda e o esbulho praticado pelo réu. No contrato de locação, o locador tem a posse indireta do bem locado. A posse tem como principal elemento constitutivo o corpus, que se traduz no reconhecimento de que o possuidor utiliza-se do bem e lhe dá destinação econômica, tornando evidente a relação fática entre a pessoa e o imóvel. Constatada a prática do esbulho, incumbe aos réus indenizar o autor pelos lucros cessantes decorrentes da desistência do contrato de locação, porém, inexistindo nos autos prova da devolução dos aluguéis adiantados pelo locatário, o valor da indenização deve se cingir aos pagamentos que deixaram de receber". Opostos embargos de declaração, foram rejeitados. Alega violação dos artigos 460 e 515, do Código de Processo Civil de 1973, 186, 927, 944 e 1.228, do Código Civil e 20 da Lei 8.245/91. Sustentam que o agravado não cumpriu com suas obrigações decorrentes do contrato pactuado entre as partes, o que, obviamente, fez com que os agravantes não cumprissem com os seus deveres. Nesse sentido, "com efeito da relação jurídica de propriedade dos recorrentes, plenamente comprovada pelas escrituras públicas de venda e compra devidamente registradas (...), deve ser reconhecido aos recorrentes o direito à posse dos imóveis objeto da lide" (e-STJ fl. 302). Defendem a ocorrência de julgamento ultra petita, onde o princípio do tantum devolutum quantum apelatum foi violado, pois os agravantes foram condenados ao pagamento de indenização ao agravado em valor líquido e certo, a título de lucros cessantes, sem que a matéria, contudo, tivesse sido devolvida ao conhecimento do Tribunal de origem. Requerem o afastamento da condenação ao pagamento de danos materiais no valor de R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais), porque não houve o preenchimento dos requisitos necessários à configuração da responsabilidade civil. Afirmam ser descabida a devolução de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) a título de adiantamento de alugueres, visto que tal prática é vedada pela legislação regente. Por fim, pleiteiam a redução da quantia indenizatória, fixada em R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais), por considerá-la exorbitante. Passo a decidir. Registre-se, de logo, que o acórdão recorrido foi publicado na vigência do CPC/73; por isso, no exame dos pressupostos de admissibilidade do recurso, será observada a diretriz contida no Enunciado Administrativo n. 2/STJ, aprovado pelo Plenário do STJ na Sessão de 9 de março de 2016 (Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/73 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça). Narram os autos que o agravado ingressou com ação de reintegração de posse contra os agravantes, alegando que o de cujus adquiriu dos réus as propriedades rurais indicadas, conforme os contratos juntados. Afirmou que, em 3.6.2014, referidas glebas foram arrendadas a José Inácio de Souza; entretanto, em 10.7.2014, os requeridos lá compareceram com a polícia e, sob a alegação de propriedade, tomaram posse das glebas, causando prejuízos ao autor. A simples indicação dos dispositivos legais tidos por violados (arts. 460 e 515, do CPC/73 e 20, da Lei 8.245/91), sem que o tema tenha sido enfrentado pelo acórdão recorrido, obsta o conhecimento do recurso especial, por falta de prequestionamento, conforme a Súmula 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. No tocante às ações possessórias, o art. 927, do CPC/73, dispõe que: "Incumbe ao autor provar: I - a sua posse; II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; III - a data da turbação ou do esbulho; IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda da posse, na ação de reintegração." Diante do texto legal, fácil é concluir que, para a procedência da ação possessível, deve a parte requerente comprovar sua posse anterior ao esbulho praticado pela parte requerida, assim como sua data e a perda da posse. Importa esclarecer que a ação de reintegração de posse consubstancia interdito passível de ser ajuizado por aquele que foi desapossado da coisa, injustamente, com o fim de reavê-la e restaurar a posse perdida. Dispunha o art. 493 do CC/16 que se adquire a posse "pela apreensão da coisa ou pelo exercício do direito". Nesse mesmo sentido, dispõe o art. 1.204, do novo Código Civil, que "adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade". Como se vê, em uma ação possessória, o que se verifica é a existência, ou não, do efetivo exercício de atos de uso e gozo - posse -, tendo a parte requerente o dever de provar a sua posse anterior e a perda, por violência, por ação oculta, ou por abuso de confiança. Pois bem. O Tribunal de origem assim se manifestou sobre a controvérsia (e-STJ fls. 247/248): "Ao contrário do que alegam os Apelantes principais, estão configurados os requisitos da ação de reintegração de posse, haja vista que, no contrato de locação, o locador tem a posse indireta do bem locado. Verifica-se que, em 03 de junho de 2014, o Apelante adesivo alugou o imóvel rural objeto da lide para José Inácio, pelo período de 36 meses, conforme o contrato de locação de f. 31/32. Ademais, o imóvel rural foi adquirido pelo Apelante adesivo, em 07 de março de 2014, conforme se depreende do contrato particular de promessa de compra e venda do imóvel firmado pelas partes, f. 29/30. Ressalte-se que a cláusula quarta do contrato prevê que “O promitente comprador, após a assinatura do contrato, entra na posse do bem objetivado, podendo no mesmo edificar as benfeitorias e melhoramentos que entender conveniente.” (...). Neste caso, incumbe ao autor à prova dos fatos constitutivos de seu direito, nos termos do art. 333, I, do CPC". Verifica-se que rever o entendimento do acórdão recorrido ensejaria o reexame do conjunto fático-probatório da demanda, providência vedada em sede de recurso especial, ante a Súmula 7 do STJ. Quanto aos danos materiais, o acórdão recorrido concluiu que (e-STJ fl. 250): "Assim, constata-se que, além de ter devolvido o valor de R$30.000,00, correspondente ao adiantamento de 15 meses de aluguel, o Apelante adesivo deixou de receber 21 meses de aluguel, perfazendo a importância de R$42.000,00, pois o valor anual da locação era de R$24.000,00, e, logo, o valor mensal era de R$2.000,00. Restando, portanto, configurado o prejuízo sofrido pelo Apelante adesivo em decorrência do esbulho no imóvel praticado pelos Apelantes principais, deve ser parcialmente reformada a r. decisão, condenando-os ao pagamento de indenização por perdas e danos no valor de R$72.000,00, correspondente à importância que o autor deixou de auferir pela locação". Alterar o decidido no acórdão impugnado exige o reexame de fatos e provas, vedado em recurso especial pela Súmula 7 do STJ. Em face do exposto, nego provimento ao agravo. Intimem-se. Brasília (DF), 28 de novembro de 2017.MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI Relatora (STJ – AgInt no AREsp: 1.060.684 – MG 2017/0040882-2 RELATOR: Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, Data de Publicação: DJ 06/12/2017) Isto posto, é devido o pedido de ressarcimento dos valores gastos com pagamento de alugueis, posto que se o possuidor legitimo do bem, pode cobrar lucro cessantes de possível alugueis que ganharia com a posse do bem em seu poder, logicamente e humanamente, este também poderá pleitear perdas e danos por ter sido OBRIGADO a pagar alugueis para ter uma moradia, sendo que, não precisaria ter tal gastos caso não sofresse o esbulho, não havendo que se permitir que os autores arque com custos superiores aos do próprio imóvel adquirido e tenha ainda este prejuízo de não poder ter RESSACIDO os valores despendidos com os pagamentos dos alugueis.
Assim, requerer seja condenada os réus pagarem os valores
que os autores despenderam com aluguel, fazendo assim com que eles não tenham tanto prejuízo pelo atraso na obra. Os valores pagos com aluguel até 08/2018, incidido multa mora, juros, correção monetária e atualizações e honorários advocatícios está no valor de R$29.941,61 (vinte e nove mil e novecentos e quarenta e um reais e sessenta e um centavos) (DOC. 15)