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‘Departamento de Educacio - Nicleo de Investigaces Transdiseplinares __Ano TIT- mimero 07 - Janeiro a Junho/2003 - UEFS-BA Como vejo o mundo Omistério da vida me causa amais forte emogao. E o sentimento que Suscita a belezae a verdade, criaaarte eaciéncia, Sealguém ndoconhece esta sensagio ou nfo pode mais cexperimentar espanto ou surpresa, j4 € um morto-vivo e seus olhos se cegaram. Aureolada de temor, é a realidade secreta do mistério que constitui também a religido. Homens reconhecem entao algo deimpenetravel emsuas inteligéncias, conhecem porém asmanifestagées desta ordem suprema ¢ da Beleza inalterdvel. Homens se confessam limitados ¢ seu espfrito ndo pode aprender esta perfeigao. (... Nao me canso de contemplar “omistério daeternidade da vida. Tenho uma intuigdo da extraordindria construgo do ser. Mesmo que 0 esforgo para compreendé-lo fique sempre desproporcionado, vejo a Razfio se manifestar na vida (..). Nao basta ensinar a0 homem uma especialidade. Porque se tornaré assim uma maquina utilizdvel, mas no uma personalidade. E necessario que adquira um senti- mento, um senso pritico daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que € belo, do que é moralmente correto, (..) Os excessos do sistema de competigio e de especializagio prematura, s0b 0 falacioso pretexto de eficdcia, assassinam o espfrito, ‘impossibilitam qualquer vidacultural e ‘chegam a suprimir os progressos nas ciéncias do futuro. E preciso, enfim, tendo em vista a realizagao de uma educaciio perfeita, desenvolver 6 espirito critico na inteligéncia do Jovem. Ora, a sobrecarga do espirito pelo sistema de notas entrava e necessariamente transforma pesquisa em superficialdade e falta de cultura. (Ocnsino deveria ser assim: quem 0 recebe o recolha como um dom inestimavel, mas nunca como uma obrigacio penosa. Do livro “Como Vejoomundo” de Albert Einstein Editorial Eis o nimero 07 do TRANS tentando proporcionar algumas reflexdes/meditago texto “Filosofia do. encantamento”, 0 autor iece — reflexoes sobre a Filosofia imersanos | tertitérios da cultura (e diversidade) em que o “ encantado re-cria 0 mundo” € 0 | “encantamento é uma atitude frente do mundo”. realgando essa | ‘perspectiva nas tradicdes africanas e | indigenas. | Em “Rousseau, Freire e a. liberdade”, 0 autor apresenta | ccontribuigées que interligam Paulo | Freire ¢ Rousseau com acento no | tema da Liberdade, apontando para _ a perspectiva humana do “sonho eda | utopia” © de uma “Educagio | libertadora”. | No texto “Conhecimento | cientifico, derivas e metamorfoses”, a autora trata da Ciéncia como conhecimento aberto, provis6rio ¢ | [inacabado tecendo criticas 2s | ‘posturas _reducionistas ¢ | |fragmentadoras sobre a mesma ‘considerando-a como “Uma leitura. ‘mundo parcial e como meia-verdade", ‘Na Carta da Terra eclode o grito | dos povos do planeta em defesa da Terra-Mae. | No texto “Arte e Educagio” a | autora trata da importincia da Arte | mo processo educative. = | Em “A ideologia no processo _ ‘educativo” a autora aborda presenca da ideologia, em suas diversas. perspectivas, na acio. educativa. : No texto “O pensamento reflexive nna educagdo” a autora tece reflexes, acerca da importincia da Filosofia ‘como pensamento critico e reflexivo ‘na Educagao. | 2 TRANS ~ Niicleo de Investigagdes Transdiseplinares Expediente Comissiio Editorial ‘Adrianna Ressurreigdo a Dayse Jamile Franga ‘Miguel Almir (coord.) ‘Desenhos Janite Franca Carlos Castro Cruz Evandro Vaz Impress Grafica Universiti ~ UEFS Contatos: E-i malini@ol com ‘UNIVERSIDADEESTADUALDE FEIRA DESANTANA Reitor José Onofre Gurjao B. da. Cunha Diretor do Departamento de Educagio André Luiz B. Nascimento ‘Coordenador do NIT. Miguel Almir L. de Aratjo Janeiro a Junho/2003 - UEFS-BA. V SAO JOAO DA UEFS No dia 06 de junho, foi realizado, no Parque Esportivo da UEFS, 0 V Sao Joao da UEFS. Houve apresentagdes de folguedos juninos como: quadrilha, bumba-meu-boi, quebra-pote, casa- mento caipira ¢ o tradicional forré pé- de-serra. Este grande encontro teve 0 objetivo de proporcionar uma celebragio prarentcira da folia de So JoXo com a comunidade; contribuir para a afirmacdo ¢ a revitalizagdo das raizes culturais de nossos sertdes; e realgar os semimentos primordiais da celebraydio do So Joao, O evento foi organizado pelo NIT ¢ contow com 0 apoio do GERART — DEDU’ UEFS. CADERNO DE EDUCAGAO No dia 14 de abril de 2003, no MT S4/UEFS, aconteceu o langamento do Caderno de Educagdo, n° 05, Durante © langamento ocorreram divers apresentagdes, como recital de poesias emiisicas. Houve ainda um momento de prosa com os autores, onde estes relataram suas caminhadas na construgio de seus artigos. CarorCaH0 CE SEMINARIO “NOVO MILENIO...” Aconteceu nos dias 26¢ 27 de margo deste ano, 0 Seminério “Novo Milénio: ‘Tempo de Religagdo e de Coexisténcia’”, que contoucom a participagao dos conferencistas/humanistas: Moacir Gadotti, Sandra Celano, Maria da Conceigio Almeida e José Antonio Saja, ‘As palestras trouxeram relevantes contribuigdes parao semindrio, que aconteceu na UEFS. O evento foi realizado pelo NIT, NUFOP, COLPED/ DEDU. ‘Além das palestras, o evento contou com momentos vivenciais ¢ apresentagdes antfsticas. Janeiro a Junho/2003 - UEFS-BA TRANS - Artigos Niicleo de InvestigacSes Transdiscplinares 3 Conhecimento cientifico, derivas e metamorfose Maria da Conceigéo Xavier de Almeida* MEIAS VERDADES Desde que nascemos, temos escutado, aprendido e vivenciado tudo de forma parcial, pela metade, Nada de estranho nisso, uma vez que a incompletude, 0 inacabamento, a parcialidade, ¢ a falta parasitam ¢ constituem a condigo humana. Nisso reside a tragédia ¢ a aventura do viver que so também, para Edgar Morin, a tragédia e a aventura do conhecer. Ao Jado da procura do sentido, do “por qué”, do “como funciona”, do “onde comegou”, caminham respostas provis6rias © provéveis, mas nunca respostas inequivocas, absolutamente satisfat6rias, completas ¢ incontestéveis, Emcerta sintonia com aconsciéncia do provisério e da parcialidade das explicagdes, o conhecimento cientifico tem se afastado cada vez mais da convicgaio de que o que dizemos, a partir as teorias ¢ interpretagdes, corresponde A realidade tal qual ela 6. Sabemos hoje, {que uma tal convicgo corresponde a confundir a descrigdo da realidade com ela propria, Desde 1901 essa ilustio da ciéncia ruiu, e foi Niels Bohr quem disse nndo ser possivel afirmar “isto assin", ‘mas, “€ isso que podemos dizer de tal ‘ou qual fenémeno”, Desse modo, o que até o final do século XIX nio era percebido com clareza ou niio era enunciado pelos

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