Você está na página 1de 35

CAPÍTULO 52

Materiais reciclados na construção civil

Salomon Mony Levy – Centro


Universitário Nove de Julho-
UNNOVE

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Introdução

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Introdução

• Forma de utilização de recursos naturais


• A produtividade, não é mais o aspecto fundamental?
• Aspectos como a redução da geração e o
reaproveitamento de resíduos se tornaram mais
relevantes (melhoria dos processo produtivos).
• Reciclagem e o reuso de resíduos oriundos da
construção civil e de outras industrias na construção
civil.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Introdução
• Exemplos
• Novas tecnologias têm possibilitado o reuso e a reciclagem
de resíduos como:
 carcaças de pneus inservíveis para uso veicular e para
processos de reforma, na produção de concreto,
 escória de alto forno é utilizada na fabricação de cimento,
 a sucata de aço é utilizada para produção de novos aços e
perfis metálicos,
 resíduos de vidros são utilizados no preparo de concreto,
 resíduos de madeira são utilizados como combustível ou
como matéria-prima para produção de painéis MDF.
 garrafas PETs na fabricação de elementos de vedação e para
construção de lajes.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Reutilização do material proveniente do lixo

Figura 1– Vaso e lustres decorativos, em exposição permanente organizada pelo


Instituto T3 em Belo Horizonte.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
O resíduo de construção civil e sua
composição

14%

8%
Inertes
Madeira
Plástico
13%
outros

65%

Figura 2 – Resíduos gerados na Cidade de São Paulo (ATESP, 2000).

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
O resíduo de construção civil e sua
composição

1% 2%
4%
11% argamassas
tijolos maciço
telhas
concreto
18% pedras
outros

64%

Figura 3– Composição média do entulho coletado no município de São Carlos


de acordo com levantamento realizado em 1985 (Pinto, 1986).

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
O resíduo de construção civil e sua
composição

5%
4%
2%
concretos e argamassas
53% cerâmica
22%
solo e areia
outros
plástico
rochas naturais

14%

Figura 4 – Composição do entulho de construção e demolição


de Salvador (Carneiro, Brum e Costa, 2000).
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes da fração
cerâmica dos resíduos da construção civil
Quadro 1 – Produtos produzidos a partir da fração cerâmica do resíduo de construção Civil.
Produto Características Principais usos

Areia D máx < 4,8 mm Argamassas assentamento


Provém de blocos de Contra-pisos
concreto e concreto Blocos de vedação
demolido
Pedrisco D máx < 6,3 mm Artefatos de concreto
Provém de blocos de Pisos inter-travados
concreto e concreto Guias
demolido Blocos de vedação
Brita 1 ou 2 D máx < 39,0 mm Concretos sem funções estruturais
Provém de blocos de Obras de drenagem
concreto e concreto
demolido
Bica Corrida[1] D máx < 63,0 mm Sub-base e base de pavimentos
Provém de resíduos de rodoviários
Construção Civil Regularização de vias não pavimentadas
Rachão D máx < 150,0 mm Substituição de solo
Provém de resíduos de Terraplenagens
Construção Civil Drenagens
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Resíduos obtidos de materiais cerâmicos
Quadro 2 – Propriedades de agregados reciclados obtidos a partir
de resíduos puros de concreto e de alvenaria.
Valores obtidos para os agregados graúdos e miúdos
Característic Agregados Alvenaria Agregados Concreto Metodolo
Agregados Naturais
as dos Unid gia de
materias Ensaio
Areia B1 B2 Areia B1 B2 Areia B1 B2

Módulo de NBR
finura * 2,60 6,40 7,70 3,13 6,64 7,65 3,54 7,68 6,94
7217
Massa
específica Kg/ NBR
aparente 1,375 1,430 1,410 1,317 0,984 0,987 1,340 1,208 1,285
dm³ 7251

Absorção NBR
% * 0,8 0,8 7,9 13,0 12,4 10,35 5,6 3,7
9937
Pulverulento NBR
% 1,85 0,54 0,55 2,4 4,1 2,3 0,6 0,3 0,2
s 7219
Impureza NBR
ppm < 300 * * * * * * * *
orgânica 7220
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Resultados obtidos com aplicação de
agregados reciclados

Figura 9– Blocos produzidos com os Figura 10 – Modelo de residências


resíduos de demolição de um prédio construídas com os blocos produzidos a
que deu lugar à construção do edifício partir de agregados reciclados.
Torre Almirante.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Resultados obtidos com aplicação de
agregados reciclados

•Figura 11 – Demolição de 12.500 m² de •Figura 12 – Britagem dos resíduos da


piso de concreto, resíduo totalmente demolição de piso para utilização como
aproveitado para construção do Villagio agregados (Capello, 2006).
Maia (Capello, 2006).

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Resultados obtidos com aplicação de
agregados reciclados

•Figura13 – Construção dos sobrados do Villagio Maia com blocos de


concreto produzidos com RCD (Capello, 2006).

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
O mercado de agregados reciclados na
construção civil

O mercado de agregados reciclados se defronta com duas


questões fundamentais:
O que impede a iniciativa privada de produzir agregados reciclados
para serem utilizados largamente pela sociedade?
Homogeneidade da matéria prima
Estoques reguladores de matéria prima
Vantagens econômicas

A dificuldade para reciclar resíduos de construção civil em nosso


país pode ser atribuída às políticas adotadas pelos municípios ou
aos aspectos econômicos?
Como citado as vantagens econômicas não tem se apresentado com
fator atrativo, portanto por parte dos municípios se torna difícil nesta
situação adotar políticas capazes de incentivar a iniciativa privada.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Demonstrativo de vantagens econômicas
Custo da produção de concretos produzidos com agregados naturais e
com agregados reciclados:
• 300 kg de cimento* R$ 0,30 = 90,00
• 0,60 m³ de areia * R$ 30,00 = 18,00
• 0,80 m³ de brita * R$ 32,00 = 25,60 Total R$ 133,60/m.
• 300 kg de cimento * R$ 0,30 = 90,00
• 0,48 m³ de areia * R$ 30,00 = 18,00
• 0,12 m³ de RCD * R$ 15,00 = 1,80
• 0,64 m³ de brita * R$ 32,00 = 20,48
• 0,16 m³ de RCD * R$ 16,00 = 2,56 Total R$ 129,24/m³.
Economia 3,2%/m³ no total do concreto utilizado. Para produção de uma
estrutura, cujo valor representa 20% do empreendimento, a economia
seria de 0,64% do custo total de uma obra habitacional convencional,
compatível com números da Setin Engenharia para Villagio Maia, 1%.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Como reverter essa situação?
A solução não é tão simples, uma vez que só existem duas
alternativas:
• 1ª) diminuir a relação preço unitário do agregado reciclado / preço
unitário do agregado natural;
• 2ª) criar condições para incremento da taxa de substituição de naturais
(20%) aceita unanimemente no meio técnico e adotada neste trabalho.
• Para se incrementar a primeira solução, a iniciativa privada poderia
colaborar, procurando uma logística mais racional, aproveitando
instalações, frotas de veículos e áreas existentes.
• Afinal os equipamentos que existem no mercado já podem garantir uma
produção superior ao estoque de matéria-prima disponível nas
metrópoles, mas sim

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Normalização vigente no país para produção
de agregados reciclados
• NBR 15112/04 Resíduos de construção civil e resíduos volumosos:
 Áreas de transbordo e triagem;
 Diretrizes para projeto, implantação e operação.
• NBR 15113/04 Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes:
 Aterros;
 Diretrizes para projeto, implantação e operação.
• NBR 15114/04 Resíduos sólidos da construção civil:
 Áreas de reciclagem;
 Aterros;
 Diretrizes para projeto, implantação e operação.
• NBR 15115/04 Agregados reciclados e resíduos sólidos da construção civil:
 Execução de camadas de pavimentação;
 Procedimentos.
• NBR 15116/04 Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil:
 Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural;
 Requisitos.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
O que contemplam as normas nacionais?
• As normas nacionais não contemplam a substituição de
agregados naturais por reciclados para produção de
concretos estruturais.
• Todavia, como previsto pelas normas holandesas, a
substituição de 20% de agregados naturais por reciclados
não altera as propriedades físicas e mecânicas do
concreto.
• Isso posto, fica a questão: por que não normalizar a
substituição de agregados naturais por reciclados visando
à produção de concreto?

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Classificação dos resíduos da Construção
Civil

Quadro 3 – Classificação e destinação de resíduos de construção (Carvalho, 2005).


Classificação Destinação

Classe A – são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis


como agregados, provenientes:
Deverão ser reutilizados
a) de construção, demolição, reformas e reparos de
ou reciclados na forma de
pavimentação e de outras obras de infra-estrutura,
agregados, ou
inclusive solos provenientes de terraplanagem;
encaminhados a áreas de
b) de construção, demolição, reformas e reparos de
aterro de resíduos da
edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos,
construção civil, sendo
telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e
dispostos de modo a
concreto;
permitir a sua utilização
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças
ou reciclagem futura.
pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.)
produzidas nos canteiros de obras.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Deverão ser reutilizados, reciclados
Classe B – são os resíduos recicláveis para outras
ou encaminhados a áreas de
destinações, tais como: plásticos,
armazenamento temporário, sendo
papel/papelão, metais, vidros, madeiras e
dispostos de modo a permitir a sua
outros.
utilização ou reciclagem futura.

Classe C – são os resíduos para os quais não


Deverão ser armazenados,
foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
transportados e destinados em
economicamente viáveis que permitam a sua
conformidade com as normas técnicas
reciclagem/recuperação, tais como os produtos
específicas.
oriundos do gesso.
Classe D – são os resíduos perigosos oriundos do
processo de construção, tais como: tintas, Deverão ser armazenados,
solventes, óleos e outros, ou aqueles transportados, reutilizados e
contaminados oriundos de demolições, destinados em conformidade com as
reformas e reparos de clínicas radiológicas, normas técnicas específicas.
instalações industriais e outros.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes de
resíduos de poliméricos
• Produtos reciclados • Produtos reciclados
provenientes de resíduos provenientes de resíduos
de poliméricos de madeira
• PET para produção de • Madeira reciclada para
unidades habitacionais utilização como combustível
• A produção da madeira
plástica
• A madeira-plástico
• Produtos reciclados
provenientes de resíduos
de pneus

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
PET para produção de unidades
habitacionais

•Figura 15 – Sistema construtivo para •Figura 16 – Sistema construtivo para


reutilização de garrafas PET, com auxílio de reaproveitamento de garrafas PET com
formas de madeira (Coelho, 2006). elementos estruturais sem necessidade de
formas de madeira (Coelho, 2006).
• O sistema consiste na utilização de garrafas PET como material
de enchimento na construção de lajes com espessura acima de
15 cm. O sistema poderá ser executado com a utilização de
fôrmas auxiliares, como o sistema apresentado na Figura 15,
ou sem a utilização de fôrmas de madeira, apenas com pré-
lajes de concreto, como indicado na Figura 16.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
PET para produção de unidades habitacionais

•Figura 17 – Treliça metálica na lateral •Figura18 – Concretagem do painel


do painel (Provenzano et al., 2006). (Provezano et al., 2006)
• No Laboratório de Sistemas Construtivos da Universidade Federal de
Santa Catarina (Labsisco/UFSC), projeto de uma habitação térrea
para a construção de um protótipo embrião de 50,70 m² habitações de
interesse social. As paredes constituídas de painéis modulares pré-
fabricados 14x65x265 cm e 14x85x265 cm, formadas por colunas
verticais com garrafas PET no interior de painéis, formando colunas
verticais que reduzem o consumo de argamassa e melhorem o
desempenho térmico das paredes.
• As garrafas são cortadas e encaixadas, reforçadas com treliça plana
de aço no perímetro e revestidas nas duas faces e laterais com
argamassa, como mostrado na Figura 17 e na Figura 18.
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
PET para produção de unidades habitacionais
• Em Manaus, incomodado com a quantidade de garrafas PET
jogada pelos igarapés de Manaus, o professor e físico Newton
Lima decidiu aproveitá-las em um projeto acadêmico. Ele e
quatro alunos do curso de engenharia civil da Universidade
Luterana do Brasil (ULBRA) fizeram do lixo o material base de
um trabalho de iniciação científica. O resultado foi o "tijolo-
PET", feito de areia quartzosa, cimento e garrafa PET.

•Figura 19 – O tijolo-PET cortado e colocado dentro do molde de madeira.


Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
A produção de madeira plástica
• Após a seleção dos materiais, os resíduos plásticos são
prensados e higienizados para se transformarem em resina,
possibilitando o processo de pultrusão.

•Figura 20 – Detalhe esquemático do processo de pultrusão (Fonte: Cogumelo, 2007).


Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Exemplos de aplicação de madeira plástica

Figura21 – Construção de deck com Figura22 – Execução de cerca e deck em


madeira plástica (Fonte: Cogumelo, madeira plástica (Fonte: Cogumelo,
2007). 2007).

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
A madeira-plástico
• O composto madeira-plástico, diferentemente da madeira plástica, é
obtido a partir de PET e outros plásticos descartados e reciclados. É
produzida nos municípios de Guaratinguetá, Curitiba e Rio de Janeiro.
Embora cada usina tenha sua formulação própria, basicamente a
madeira-plástico é composta de partículas de madeira, poliestireno
(PS) e polietileno tereftalato (PET).
• O composto madeira-plástico, é a composição de resíduos
descartáveis da atividade madeireira – como serragem – com o
polietileno de baixa densidade. O plástico funciona como aglutinante.

•Figura 23 – Amostras de madeira-plástico (Fotos: Victor Soares).

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes de resíduos
de pneus
• Concretos e asfaltos preparados com resíduos de pneus
• Em concretos de cimento Portland, os resíduos têm a função exclusiva de
agregados, contribuindo para redução do módulo de elasticidade,
tornando, assim, o material mais flexível e com maior capacidade de
absorver a energia de deformações decorrentes de impactos causados
por colisões de veículos. Com esse material têm sido construídas muretas
as quais, normalmente, são erguidas no centro ou nas laterais de pistas
rodoviárias

Figura24 – Aspectos das barreiras construídas na marginal Tietê em São Paulo,


em 2004 e 2005 (Bina e Schwark, 2006).
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes de resíduos
de pneus
• O pneu pode se transformar em combustível alternativo, com poder
calorífico de 12.000 a 16.000 BTU/kg, o que equivale a 4.000 kcal/kg.
Mesmo sendo inferior ao poder calorífico do carvão vegetal, torna-se
vantajoso seu uso, pois o custo para obtenção da matéria-prima
provém do trabalho de coleta e picotamento dos pneus.
• Os principais usuários de pneus em caldeiras são as indústrias de
papel e celulose a de produtos alimentícios; e em fornos rotativos das
as fábricas de cimento, que podem usar até a carcaça inteira e
aproveitam alguns óxidos contidos nos metais dos pneus radiais.
• No território nacional, a utilização de pneus como combustível
promoveu, no período de 1999 a 2004, o consumo de 150 mil
toneladas de pneus, equivalente a 30 milhões de pneus de automóvel
usados, proporcionando economia de 720 mil toneladas de óleo.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes de resíduos de
madeira

Quadro 5 – Dados utilizados para a Comparação (Silva,


Medeiros e Levy, 2006).
Fonte de Energia Unid Preço/unid Preço/kg

Carvão Mineral Ton U$ 69,20 U$0,07

Cavaco de Madeira m³ U$ 15,02 U$ 0,03

Petróleo Barril U$ 58,46 U$ 0,44

¹ O barril de petróleo tem 159 litros e 7,5 barris de petróleo contêm 1 tonelada.
² Foi utilizado o peso específico de madeiras leves, que é, em média, 500 kg/m³.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Produtos reciclados provenientes de
resíduos de madeira

Quadro 6 – Comparação de preço para obtenção de 10.000kcal / 1kg de combustível


em dólares (Silva, Medeiros e Levy , 2006).
Fonte de Energia Poder Preço para obtenção de
Calorífico 10.000kcal/kg de
Kcal/kg combustível
Carvão Mineral 7000 U$ 0,10

Cavaco de Madeira 4200 U$ 0,07

Petróleo 10800 U$ 0,41

A comparação do Quadro 6 mostra que a reciclagem das sobras


madeira para transformação em cavaco, visando à conversão em energia
em fornos e caldeiras, é viável economicamente,
Livro: Materiais de Construção Civil
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Considerações finais

• O Brasil é um dos poucos países na América Latina que


dispõe de normas técnicas para utilização dos resíduos na
produção de agregados reciclados. Mas, infelizmente,
ainda não existe no território nacional uma norma técnica
para gerenciamento, manejo e utilização de agregados
reciclados para produção de concretos com função
estrutural, que poderia propiciar a substituição de 20% de
agregados naturais por agregados reciclados, que é a
proposta deste capítulo.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Considerações finais

• Além do entulho de construção civil, existem outros


resíduos, como as garrafas PETS e pneus inservíveis, que
são reutilizados ou reciclados para produção de painéis ou
blocos utilizados como elementos de vedação e para
execução de concretos deformáveis e isolantes.
• Foram abordadas as tecnologias para produção de
compostos a base de resíduos de madeira e plástico, fato
que já ocorre em nível industrial em três municípios
brasileiros: Guaratinguetá, Curitiba e Rio de Janeiro.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Considerações finais

• Também foi mostrado que a madeira pode perfeitamente


ser utilizada como fonte alternativa de combustível. Sua
utilização apresenta vantagem econômica de 30% em
relação ao carvão mineral e de 83% em relação ao
petróleo, uma vez que o carvão mineral e o petróleo, além
de mais caros, só tendem a aumentar de preço devido à
disponibilidade cada vez menor e demanda cada vez
maior, além dos danos causados ao meio ambiente e ao
homem.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Agradecimentos

• O autor deseja externar seus sinceros agradecimentos


aos colaboradores que auxiliaram a elaboração deste
capitulo de livro:
Nivaldo Venâncio da Silva Junior
Jorge da Silva Medeiros
Daniel Ornelas

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia

Você também pode gostar