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SÃO MATEUS
2012
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SÃO MATEUS
2012
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F127a
35.f: enc.
Orientadora: Carolina Fonseca Dadalto
CDD 370.1
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COMISSÃO EXAMINADORA
_______________________________________________
Profª. Mestre Carolina Fonseca Dadalto
Faculdade Norte Capixaba de São Mateus
Orientadora
_______________________________________________
Profª. Mestre Marília Alves Chaves Silveira
Faculdade Norte Capixaba de São Mateus
Membro 1
_______________________________________________
Prof. Mestre Jorge Luís Verly Barbosa
Faculdade Norte Capixaba de São Mateus
Membro 2
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RESUMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................ 8
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA....................................................................... 10
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 11
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................. 11
1.4 OBJETIVOS .............................................................................................. 12
1.4.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 12
1 INTRODUÇÃO
Dessa forma, as relações construídas a partir do contato com outras pessoas que
rodeiam seu desenvolvimento, podem auxiliar de forma que se alcance o principal
objetivo da formação da criança para a fase adulta.
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A família é construída a partir das pessoas ligados por laços culturais, de parentesco sanguíneo ou
não. Considera família estruturada aquela que se compõe, entre outros fatores, do afetivo, do
biológico, do econômico e do cultural.
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Acredita-se que aquela criança que se desenvolve com laços afetivos fortalecidos e
possui família mais segura de seus atos, terá mais chances de se tornar um adulto
mais capacitado para lidar com as situações cotidianas de maneira mais confiante e
equilibrada para a vivência em sociedade, especialmente ao lidar com situações
repentinas que exige improviso.
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1.4 OBJETIVOS
1.5 HIPÓTESE
Esse trabalho tem por hipótese que os estudos sobre as relações familiares
apontam que famílias com clareza das relações de afeto, seguras a desenvolver
cognitivamente, emocionalmente, fisicamente as crianças, as farão ser adultos mais
estáveis ao lidar com as situações cotidianas de forma segura e confiante.
1.6 METODOLOGIA
Esse tipo de pesquisa tem como objetivo encontrar respostas aos problemas
formulados e o recurso utilizado para isso é a consulta dos documentos
bibliográficos (CERVO, 2007)
A pesquisa bibliográfica
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O ser humano, ao longo de sua vida, vivencia diversas coisas, cria opiniões,
influencia e é influenciado pela sociedade e pela cultura ao qual está inserido, cria
laços com seus familiares assim como relações com outras pessoas que vai
conhecendo e se identificando. Cada ser humano possui sua personalidade e
“decide” seu caminho desde criança. Porém, suas escolhas são decididas,
principalmente, com o embasamento da família durante a infância.
Família, desde os estudos de Freud (1895, apud STANDART, 1974) tem sido
considerada a base para a formação e desenvolvimento da criança. Freud afirma
que os primeiros anos da vida da criança são primordiais para seu desenvolvimento
emocional para que assim, se desenvolvam e tornem adultos capazes de resolver
problemas e conflitos e de lidar com situações inesperadas. Porém, fatores como a
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Considerada como a unidade social mais antiga e mais importante a que se tem
notícia, a família possui diversas formatações e funções; é uma instituição milenar
que vem garantindo a organização social e a reprodução de costumes e valores.
São formadas por relações conjugais (casamento e filhos) ou consanguíneas
(parentesco). As principais funções que a família pode exercer são: biológica,
socialização, social, assistencial e econômica. A biológica associa-se à reprodução
e satisfação da espécie, a socialização à preparação da criança, a social refere-se
ao papel exercido pela família para determinar o status inicial do individuo, a
assistencial relaciona à responsabilidade da família com relação a proteção seja ela
física, econômica ou psicológica. E a econômica, refere-se ao fato da família
constituir-se como uma unidade tanto de produção quanto de consumo. (DIAS,
2010).
Segundo Airès, no século XII, a criança tinha como principal obrigação, assim que
confinada a um mestre (que deveria ensinar-lhe), servi-lo bem e devidamente. Não
se tem certeza se a criança era colocada na casa de outrem como aprendiz ou como
criada. De certa forma, o serviço doméstico se confundia com a aprendizagem, que
era uma forma comum de educação. Assim, toda a educação se fazia através da
aprendizagem, e dava-se a essa noção um sentido muito mais amplo do que o que
ela adquiriu mais tarde. As pessoas não conservavam as próprias crianças em casa:
enviavam-nas a outras famílias, com ou sem contrato, para que com elas morassem
e começassem suas vidas (ARIÈS, 2011).
Na Idade Média, as famílias eram consideradas como sem afeto, pois conservava as
crianças em casa até os sete/oito anos e então, ingressavam para o trabalho pesado
seja no campo ou cuidando da casa de outros. (ARIÈS, 2011). Porém, é na própria
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O sentimento gerado para que uma família esteja completa, qualquer que seja sua
configuração, é necessário que haja ao menos um filho. Sem a prole, tem-se a
sensação que a formação familiar não foi plenamente concluída.
de caráter que precisam ser realinhados. Os pais tem o dever de educar e criar os
filhos sem negar-lhes atenção necessária para a formação da personalidade. Para
Chalita (2001),
A sociedade atual, formada por pessoas provenientes das mais diversas formações
familiares, gera grande influência no caráter e nas relações afetivas entre das
pessoas. Essa influência, contudo, varia de acordo com a cultura proveniente do
local bem como com as relações históricas existentes e com a economia que a
rodeia.
2.2 A AFETIVIDADE
Portanto, sem o afeto; sem as relações afetivas, não existe motivação que leve o ser
humano ao conhecimento. Na visão piagetiana, o afeto desempenha um papel
primordial no funcionamento da inteligência, pois segundo Piaget, “[...] não se
poderia raciocinar sem vivenciar certos sentimentos e que, por outro lado, não
existem afeições sem um mínimo de compreensão.” (Piaget, 1977, p.16).
O afeto permeia tudo aquilo que o ser humano vive desde o seu nascimento até a
sua vida adulta. A partir dele é que se definem as relações familiares, as amizades
que serão feitas, as decisões tomadas. Segundo Valle (2005), o afeto é um termo
geral utilizado para exprimir os fenômenos da afetividade, incluindo as nuances do
desejo, do prazer e da dor, presentes na experiência sob a forma de sentimentos
vitais, humor e emoções.
O Direito Civil possui várias ramificações dentre elas, o Direito de Família que se
constitui pelas diretrizes jurídicas relacionadas com a estrutura, coordenação e
assistência da família. De acordo com Maria Berenice Dias,
“Art. 229: Os pais tem o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os
filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade”. (2009/2010, p.60).
Para Maria Berenice Dias, “o afeto não é fruto da biologia. Os laços de afeto e de
solidariedade derivam da convivência familiar, não do sangue.” (DIAS, 2006, p.60).
Sobretudo, o Direito de Família atribuiu valor jurídico ao afeto.
O caráter social dado para a afetividade é destacado por Wallon, considerando que
a fase inicial da criança é feita através da comunicação emotiva (choro, sorrisos,
gritos) e sem essa, morreriam por não conseguirem expressar suas necessidades.
Conforme a criança vai se desenvolvendo, suas crises emotivas vão diminuindo e
para tanto, é necessário a intervenção de um ou mais adultos. Para Dantas,
Neste estágio, a criança possui inteligência prática, ações de reflexo; a relação com
o meio ocorre pela experimentação direta. Inicia-se, também, a construção prática
das noções de espaço, objeto, espaço, tempo. Conforme Lino de Macedo é assim
que os esquemas vão “pouco a pouco, diferenciando-se e integrando-se, no mesmo
tempo em que o sujeito vai se separando dos objetos podendo, por isso mesmo,
interagir com eles de forma mais complexa” (MACEDO,1991, p.124).
O período que corresponde dos dois aos sete anos de idade, o pré-operatório, tem
como avanço mais importante o aparecimento da linguagem que irá ocasionar
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O período das operações concretas, que ocorre dos sete aos doze anos, possui
melhor desenvolvimento mental, com início da construção lógica, ou seja, a
capacidade da criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de
pontos de vista diferentes. No plano afetivo, significa que a criança será capaz de
cooperar com os outros, de trabalhar em grupo e, ao mesmo tempo, de ter
autonomia pessoal. (BOCK, et al, 2002) Nessa fase, a criança consegue relacionar
diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Um importante conceito desta
fase é o desenvolvimento da reversibilidade, a capacidade de representação de uma
ação no sentido inverso de uma anterior.
Assim, o meio com o qual o individuo está inserido e a forma com que será
desenvolvido, influenciará diretamente na sua formação.
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Discutir acerca das relações familiares concomitante com as relações afetivas e com
a formação da personalidade é de extrema relevância considerando a forma em que
a sociedade atual se encontra. Em diversas famílias, há preocupação excessiva dos
pais, e responsáveis pelas crianças, em oferecer o que se acredita ser essencial
para a sobrevivência humana. Contudo, esses mesmos pais, e responsáveis, não
refletem sobre o que se está transmitindo para suas crianças; o legado que será
deixado para elas.
Através de relações afetivas estáveis e duradouras assim como com base familiar
segura de seu papel, a criança crescerá em um ambiente propício para que seu
desenvolvimento ocorra plenamente e essa criança seja um adulto capaz de
resolver conflitos e lidar com as situações cotidianas de forma confiante e estável.
Os vínculos afetivos entre os responsáveis e seus filhos podem ser criados, também,
com a valorização de qualidades e atos realizados. O indivíduo que recebe elogios
tem sua autoestima elevada, sentem-se mais capacitados e seguros para realizar
suas atividades. Conseguindo assim, também, realizar outras tarefas mais
complexas com mais confiança.
O seu humano se desenvolve a partir do meio que o permeia, das influencias que
são geradas sobre ele e também, através da forma com que seu sistema se
desenvolve e processa as informações. Ditar como ocorrerá a maturação do ser
humano auxilia a entender como ocorre o desenvolvimento, porém, há diversos
fatores a serem considerados.
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4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Mesmo que a família que gera a criança não tenha bom ambiente econômico, social
e cultural para desenvolvê-la, as relações afetivas também podem ser construídas
de forma a auxiliar sua maturação. Poderá ser mais complexo, mas pode ser
possível.
4.2 RECOMENDAÇÕES
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6 CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. 8 ed., São Paulo: Editora
Gente, 2001.
7 DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 3. Ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2006.
11 FREUD, S. [1895] Projeto para uma psicologia científica In: Ed Standart Brasileira
das Obras Completas de Sigmund Freud. 2ed. Rio de Janeiro: Imago, 1974.
21 TAILLE, Yves de La; Oliveira, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa. Piaget,
Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. 19 ed., São Paulo:
Summus, 1992.
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