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RESUMO
1
Graduado em Pedagogia pela FACHO e Mestre em Sociedade na família contemporânea.
2
Graduada em Pedagogia pela FADBA e pós – graduada em Pscicopedagogia pela FADBA ( cursando)
não estão realmente preparados para recebê-los, e mais, se essa preparação propagada pelo
governo e pelas escolas, como também pelos professores é superficial ou se realmente atende
as necessidades dos alunos especiais.
ABSTRACT
The study, basic education teacher training for the Inclusion of Students with Special
Educational Needs in mainstream schools. In order to analyze the degree of preparation of an
elementary school teacher for the inclusion of students with special needs in regular schools.
The specific objectives are divided into related proposals of the Law of guidelines and
foundations of education, its objectives and goals of inclusive education; explain the concept
of inclusive education and its intention was to draw a parallel between real and the ideal of
inclusion in Brazil, emphasize teacher preparation and its importance for inclusive education.
The research was based on some authors: Mittler (2003), Carneiro (1998), Fonseca (1995),
Mazzotta (1993), among others, where a mixed approach of study. The instruments used to
collect and analyze data from the questionnaires were conducted with 14 elementary school
teachers to address the level of preparation thereof, and their views on the inclusion of pupils
with special educational needs in mainstream schools Waterfall, and the Capoeiruçu Bay
Adventist College. Due to the nature of research, we have combined literature and field
research to gather information for the purpose of objective representation of reality of teacher
training for inclusion. The data collected in the questionnaire were tabulated and presented in
graphs and quotes the results of their research, ie to contextualize the work. The study has led
us to realize that the educational world, many of the laws guaranteeing the rights and benefits
in the process of inclusion of students with special needs in regular schools only exist in
theory is useless to say that students with special educational needs are being included in
normal school if teachers are not really prepared to receive them, and more, if the preparation
propagated by the government and schools and by teachers is superficial or actually meets the
needs of special students.
Introdução
Este trabalho tem como tema: A Preparação do Professor da Educação Básica para
Inclusão de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais na Escola Regular.
O problema proposto é: até que ponto os professores da educação básica estão preparados
para inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular. O objetivo
geral deste trabalho é analisar até que ponto o professor da educação básica está preparado
para a inclusão de alunos especiais na escola regular. Os objetivos específicos são: relacionar
as propostas da (LDB) Lei de diretrizes e bases da educação, seus objetivos e metas referentes
a educação especial; explicitar o conceito de educação inclusiva e a quem se destina; traçar
um paralelo entre o real e o ideal da inclusão no Brasil; enfatizar a preparação do professor e
sua importância para uma educação inclusiva. Para cumprir com o objetivo principal deste
artigo, qual seja o de analisar até que ponto os professores da educação básica está preparado
para a inclusão de alunos especiais na escola regular, foram selecionados 14 professores da
educação básica de escolas regulares de Cachoeira, Capoeiruçu e Colégio Adventista da
Bahia. Este artigo está centralizado nas idéias dos autores: Mittler (2003); Carneiro (1998);
Fonseca (1955); Mazzotta (1993) e outros. Este artigo descreve de uma forma resumida a
legislação educacional com suas mudanças no decorrer da história legal em relação a pessoas
com necessidades educacionais especiais e o PNE ( Plano Nacional de Educação) mostrando
como e em quanto tempo essas mudanças devem ocorrer segundo consta em seus artigos,
objetivos e metas, Segundo Carneiro ( 1998 ), a nova LDB prevê o recurso a classes, escolas
ou serviços especializados quando for possível a integração nas classes comuns para os casos
especiais de pessoas com necessidades educacionais especiais graves. faz ainda uma
abordagem do conceito de educação inclusiva na visão de vários autores e quem são os alunos
destinados a mesma bem como suas características peculiares “ Incluir significa oferecer uma
educação de qualidade para todos” ( CAVALCANTE, 2005. p.42) Faz-se ainda um paralelo
entre o ideal e a real situação da educação inclusiva na atualidade brasileira. Segundo
Cavalcante ( 2005), a escola precisa atender qualquer aluno que não se encaixa no modelo
ideal; enfatiza a preparação do professor da educação básica da escola regular e sua
importância no contexto da educação inclusiva em relação as PNEE’s (pessoas com
necessidades educacionais especiais). “ [...] Com a lei da inclusão, essas e outras diferenças,
sobre as quais já antes , nós professores, não sabíamos nada, pois sempre foi um saber
específico do campo clínico, agora, de uma hora pra outra, devemos sabê-las? ( BRAUNER,
2005.p10). A inclusão ainda é uma novidade assustadora para muitos professores. A tendência
é que os mesmos se refugiem num paradoxo, baseando-se em propostas idealistas que
dificilmente se efetuam na prática, com isso se angustiam pelo fato de saber que é tão pouco o
que ele pode fazer quando a responsabilidade é de todos. Por isso se faz necessária a sua
preparação. Para enriquecer ainda mais este artigo, gráficos com resultados da pesquisa
realizada encontram-se expostos e devidamente comentados. Nas considerações finais
encontram-se explicitadas as conclusões sobre o tema abordado. O presente artigo busca ainda
apresentar considerações consistentes sobre o tema que é pertinente pelo fato de observar-se
que no universo educacional, muitas leis que garantem os direitos e benefícios no processo
de inclusão de alunos especiais nas escolas regulares só acontecem na teoria. O interesse pelo
tema está relacionado á suposta preparação dos profissionais da educação básica para o
processo de inclusão educacional desses alunos, afinal de nada adianta dizer que os alunos
com necessidades educacionais especiais estão sendo incluídos na escola normal se os
professores não estão realmente preparados para recebê-los, e mais se essa preparação
propagada pelo governo e pelas escolas, como também pelos professores é superficial ou se
realmente atende as necessidades dos alunos especiais.
Segundo consta na Constituição Federal de 1988 (art. 205 e 208) e também na LDB de
1996 (art. 58, § 3º), a oferta de educação especial é dever do estado. “A oferta de educação
especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante
a educação infantil”( LDB,.Art. 58,§ 3º. p.142). “Parágrafo Ùnico. O poder Público adotará,
como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades
especiais na própria rede pública regular de ensino independentemente do apoio às
instituições previstas neste artigo”. ( LDB. ART.60, p.148)
Não se pode deixar de notar o progresso das Leis 4.024/61 e 5.692/71 em relação à
Nova LDB 9.394/96. A Lei 4.024/61, dedicou apenas um inciso, a 5.692/71 um artigo sobre
esse tema ( art.9º ) e de forma muito concisa, o que na época provocou muita polêmica e
suscitou muitas críticas dos estudiosos da área. No entanto a partir dele, muitas normas foram
editadas e experiências foram desenvolvidas pelos sistemas de ensino, como resultado disso, a
nova LDB 9.394/96, dedicou um capítulo trazendo muitas novidades como temas que antes
só eram tratados em Decretos, Portarias ou Normas. A seguir ver-se-ão algumas dessas
mudanças que tem contribuído de forma eficaz para o progresso da educação especial no
âmbito nacional e internacional.
tendência mundial. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 prevê a inclusão, mas os
números do último Censo Escolar, realizado pelo MEC, mostram que a realidade é diferente
na prática, pois 99.178 crianças com necessidades especiais estão hoje em escolas regulares,
enquanto 294.852 estão em escolas especializadas, como as Associações de Pais e Amigos
dos Excepcionais (Apae) e os Institutos Pestalozzi. Tanto a Constituição como a LDB falam
em atender essas crianças ‘preferencialmente’ nas escolas regulares, sem especificar que tipo.
A educação especial para efeitos da lei, é uma das modalidades da educação básica
oferecida na rede regular de ensino, para educandos com necessidades especiais. É um dever
constitucional e deve ser iniciado com crianças na faixa etária de 0 a 6 anos ou seja, desde a
Segundo Carneiro (1998) a nova LDB prevê o recurso a classes, escolas ou serviços
especializados quando não for possível a integração nas classes comuns para os casos
normal para o ensino e aceleração aos superdotados para que possam concluir em menos
tempo o programa escolar. Aos educandos com PNEE’s prevê ainda currículos, métodos,
médio, nos cursos de graduação e pós-graduação lato-senso, bem como os professores da rede
regular de ensinos aptos para assegurar a inclusão dos educandos em salas regulares.
acesso aos programas sociais disponíveis no ensino regular visando a integração dos alunos a
sociedade. Para isso, estabelece normas para que instituições privadas sem fins lucrativos
rede regular de ensino. As conquistas da educação especial vão além da nova LDB, se deram
especiais que se preocuparam em tratar com eficiência, da educação dos PNEE’s. Não resta
dúvida que a Lei hoje garante aos PNEE’s algo de grande valor que é direito de todos, a
A lei diz que é dever do estado proporcionar uma educação de inclusão para as
crianças com necessidades educacionais especiais. Porém, será que as escolas estão
uma criança como PNEE’s pois, muitos dos problemas conhecidos poderiam ser atenuados
de educação bem preparados mas também, da área de saúde, psicologia e de diferentes opções
do poder público, e para os indivíduos de baixa renda o apoio dos ministérios da saúde e da
previdência, órgãos oficiais e entidades não governamentais. A partir disso o PNE adotou
cinco anos, como parte dos programas de formação em serviço, a oferta de cursos sobre o
educação a distância.
com a área de saúde, de forma a detectar problemas e oferecer apoio adequado às crianças
especiais. Nos primeiros cinco anos de vigência deste plano, redimensionar conforme as
quando necessário, provendo, nestes casos, o transporte escolar. Implantar, em até quatro
anos, em cada unidade da Federação, em parceria com as áreas de saúde, assistência social,
Ampliar, até o final da década, o número desses centros, de sorte que as diferentes
regiões de cada Estado contem com seus serviços. Tornar disponíveis, dentro de cinco anos,
livros didáticos falados, em braille e em caracteres ampliados, para todos os alunos cegos e
disponíveis aos alunos cegos e aos de visão sub-normal livros de literatura falados, em braille
básica e, em dez anos, as de educação superior que atendam educandos surdos e aos de visão
Sinais para os alunos surdos e, sempre que possível, para seus familiares e para o pessoal da
para o recebimento de alunos com necessidades especiais estabelecer nos padrões mínimos de
infraestrutura das escolas, exigências neste sentido. Definir, indicadores básicos de qualidade
atendimento.
Definir condições para a terminalidade para os educandos que não puderem atingir
assistência social para, no prazo de dez anos, tornar disponíveis órteses e próteses para todos
os educandos com deficiências, assim como atendimentos especializados de saúde, quando for
o caso. Incluir nos currículos de formação de professores, nos níveis médio e superior,
garantindo, em cinco anos, pelo menos um curso desse tipo em cada unidade da Federação.
disciplinares referentes aos educandos com necessidades especiais nos cursos que formam
Aumentar os recursos destinados à educação especial, a fim de atingir, em dez anos, o mínimo
contando, para tanto, com as parcerias com as áreas de saúde, assistência social, trabalho e
previdência.
atendimento dessa modalidade, que possa atuar em parceria com os setores de saúde,
atendida pela educação especial, a serem coletadas pelo censo educacional e pelos censos
populacionais.
atendimento aos alunos com altas habilidades nas áreas artística, intelectual ou psicomotora.
que diz respeito a essa modalidade de ensino, as metas pertinentes estabelecidas nos capítulos
Nota-se que o PNE serve para confirmação daquilo que a LDB coloca como direito
dos alunos com NEE’s, ele descreve quando e como devem ser colocadas em prática as
propostas da lei sem perder de vista que para isso acontecer é preciso um pouco mais que
discurso; é preciso condições adequadas para uma ação efetiva e não utópica.
Incluir significa oferecer educação de qualidade para todos. (CAVALCANTE, 2005, ,p.42)
desenvolvimento de atividades nas diversas áreas, seja de saúde educação entre outros. Incluir
a criança com NEEs ( necessidades educacionais especiais) na sala de aula não significa
simplesmente colocar mais uma cadeira é preciso que hajam mudanças efetivas em relação a
questões físicas, pedagógicas, sociais e emocionais tanto nas escolas como nos indivíduos
ditos normais. A integração escolar tem sido conceituada como um processo de educar-
ensinar juntas, crianças especiais com crianças ditas normais, seja por uma parte ou totalidade
do tempo de permanência na escola. Este conceito está centrado nas aptidões dos alunos que
Crianças com habilidade abaixo da média são muito mal servidas por
nosso sistema educacional. Aquele que é menos capaz
academicamente continua a sofrer as conseqüências de quaisquer que
sejam os problemas agudos ou crônicos que afetam o sistema
educacional. (MITTLER, 2003. p.23)
É importante salientar que este processo envolve uma reforma e reestruturação das
escolas como todo, tendo como objetivo maior assegurar que todos alunos tenham aceso a
todas as oportunidades educacionais e sociais que são oferecidas pela escola. A inclusão
refere-se ao acesso, ingresso e permanência desse alunos especiais na escola regular como
educandos de sucesso e não como meros números de matrículas ou como mais um na sala de
aula regular, sua presença deve ser integrada com os demais colegas, participando e vivendo a
existem algumas características importantes que a educação inclusiva deve ter são elas: um
assessoram mais, psicólogos atuam mais junto aos professores nas saias de aula, todo o
pessoal da escola faz parte do processo de aprendizagem, parceria com os pais - os pais são
acordo com o estilo e ritmo individual de aprendizagem e não de uma única maneira para
Para que aconteça a inclusão nas escolas deve-se trabalhar o ideal da inclusão de todos
no contexto onde a integração deve ocorrer para que não se corra o risco de prejudica-la e
Mas, quem são os alunos que devem fazer parte da educação inclusiva e quais são as
suas características? Segundo a Secretaria de Educação Especial são aqueles que precisam da
visuais estão classificadas em dois grupos principais: cegos e crianças com visão parcial ou
reduzida. “Em termos educacionais, crianças com visão parcial são as que empregam o braile,
e crianças com visão parcial são aquelas que usam material impresso”. ( KIRK ;
congênita ou adquirida.Uma pessoa surda é aquela que possui uma audição tão falha que (
geralmente de 70 decibéis ou mais) que não consegue entender, sem ou com a utilização de
um aparelho auditivo. Já uma pessoa com audição reduzida é aquela cuja audição é tão
deficiente ( geralmente entre 35 e 69 decibéis) que dificulta, mas não impede,a compreensão
(2002) refere-se a uma variedade de condições não sensoriais que afetam o bem-estar da
GROSSMAN, 2002.p.120).
crianças que tem mais de uma deficiência. “Definem-se ainda da seguinte forma: Todos os
indivíduos que têm uma deficiência mental moderada, grave e profunda; que tem distúrbios
emocionais graves e profundos; e os que possuem uma deficiência mental moderada e
profunda que tem pelo menos mais uma deficiência (isto é, deficiência auditiva, visual,
paralisia, etc.) acrescenta-se ainda a este grupo crianças que tem problemas sensoriais
serviços além dos normalmente oferecidos pelo programa regular para contribuir para si
mesmas e para sociedade. Entre essas crianças de desempenho elevado estão as que as que
MARLAND, 2002.p.66)
Todos esses casos podem perfeitamente ser trabalhados, apenas é preciso que haja
amor, dedicação, preparação física e pedagógica e maior interesse por parte de gestores e
necessidades do educando exigem outras formas mais específicas de atendimento. “Art. 28:
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: III – Atendimento
Educação Especial (em anexo), se esta afirmativa se aplicar também no Brasil, ter-se-à cerca
de 15 milhões de pessoas com necessidades especiais. Diante destas declarações, como está a
Com base nos registros da Secretaria de Educação Especial, nota-se que o número de
rede privada é de 8.823. Classificando por modalidade, corresponde a 109. 596 na Educação
de infra-estrutura das escolas públicas, percebe-se que dentre 174.894, apenas 8.414 possuem
sanitários adequados e 6.357 possuem dependências e vias para os PNEE’s. Quanto a parte
pedagógica, o número de escolas com classe comum que conta com apoio pedagógico
específico em 2004 corresponde a 3.236 na rede estadual, 7.261 na rede municipal e 713 na
rede privada; em contra partida o número de escolas com classe comum sem apoio
pedagógico corresponde à 19.550 nas redes: estadual , municipal e privada. O que se percebe
é uma disparidade gigantesca entre disposição e condições para atendimento dos PNEE’s nas
Os números da inclusão só não são maiores porque as escolas da rede pública não têm
Andraus Júnior, para que a inclusão possa ser realizada, não basta apenas colocar a criança
dentro da escola, é preciso que todo o sistema esteja preparado para isso, fisicamente e
banheiros adaptados, rampas, elevadores, carteiras especiais e até o transporte desses alunos
faz parte do processo de inclusão, e isso custa caro”, explica o secretário. Além disso, destaca
que em alguns municípios são criados Centros de Educação Especial que na verdade não
pais de alunos e funcionários de toda a escola ainda existe. Salim acredita ainda que alguns
tipos de deficiências exigem uma atenção mais focada, o que é mais difícil numa classe cheia
de alunos. Por isso ele defende que nesses casos o atendimento seja diferente, para que a
Especiais, tendo como propósito auxiliar os professores da rede regular de ensino no trabalho
outras; além das adaptações necessárias na sala de aula e no currículo. É exatamente isso que
a LDB propõem quando coloca que as escolas devem ter acesso a uma equipe de apoio
especializada o que contribui para o um processo de inclusão ideal. “A inclusão, quando feita
Além da interação com outras crianças, que exclui o isolamento ao qual muitos
Dentro desta perspectiva entre o ideal e o real é preciso que o professor, como peça
fundamental no processo de ensino-aprendizagem, tenha por propósito a necessidade da
construção e ampliação de suas habilidades aliadas as suas experiências para atender de
forma concreta as perspectivas da educação inclusiva, que é o ensino a todas as crianças
independentemente de suas semelhanças e/ou diferenças.
A inclusão cresce a cada dia, com ela, o desafio de garantir uma educação de qualidade para
todos. Na escola inclusiva, os alunos aprendem a conviver com a diferença e se tornam
cidadãos solidários. Para que isso se torne realidade em cada sala de aula, sua participação,
professor, é essencial. (CAVALCANTE 2005 ,p.40)
Sabe-se que, em geral todo ser humano teme a mudanças; não é muito diferente no
lado pais otimistas por seus filhos especiais estarem em escolas regulares e por outro lado os
professores preocupados por não terem formação adequada para recebê-los. [...] Com a Lei
da inclusão, essas e outras diferenças, sobre as quais já antes, nós professores, não sabíamos
nada, pois sempre foi um saber específico do campo clínico, agora, de uma hora pra outra,
para muitos professores. A tendência é que os mesmos se refugiem num paradoxo, baseando-
se em propostas idealistas que dificilmente se efetuam na prática, com isso se angustiam pelo
fato de saber que é tão pouco o que ele pode fazer quando a responsabilidade é de todos. Por
acontece onde a educação deve ser acessível a todos, e fez a escola reestruturar-se, seus
educativas dos PNEE’s mas, direcionar o olhar para uma compreensão da diversidade
cerne de sua formação. A formação do professor precisa estar em consenso com a necessidade
da perspectiva educacional atual de inclusão. Porém, do que adianta ter-se projetos especiais,
um parágrafo inteiro dedicado aos direitos dos PNEE’s, criar-se uma secretaria de educação
especial, quando o docente a atuar não está preparado para receber estes alunos nas classes
não gabaritados para isso em relação a grande demanda de alunos, é discrepante. [...] pode
parecer cruel, mas é verdade que um professor incompetente ou mal preparado para a tarefa,
acarretará a criança retardada mental, maior mal que a ausência de recursos de educação
regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes comuns professores
educacionais dos alunos. Sabe-se que isso dificilmente acontece. A LDB coloca que as
escolas devem contar com professores qualificados em seus diversos níveis, seja magistério;
estudos nesta área pela mesma ter um enfoque em gestão e não em educação especial.
campo com professores de classes regulares dos seguintes estabelecimentos de ensino: Escola
Rural de Capoeiruçu, Colégio Estadual Antônio Joaquim Correia, Escola Dr. Augusto Público
Gráfico 1
Formação Docente
29% 29%
Magistério
Superior Completo
Superior Incompleto
42%
Fonte: Questionário – Questão 1
A necessidade da inclusão dos PNEE’s nas escolas regulares é óbvia, mas da mesma
forma também faz-se necessária uma preparação dos professores para isso,seja através da
A lei coloca que a educação é direito de todos e impõe essa inclusão de forma
abusiva. Segundo as declarações dos professores, a maioria deles não se sentem preparados
para receber estes alunos, há uma necessidade de se desenvolver habilidades muito mais além
superior de pedagogia. Colocam ainda a falta de uma equipe de apoio especializada como:
psicólogo, fonoaudiólogo, profissional da área de educação especial entre outros; afinal, é isso
que a lei diz que garante mas na prática nota-se que não é bem assim que funciona.
que esta sendo abordado em relação ao pensamento dos professores no tocante a inclusão
inclusiva.
Gráfico 2
14%
Sim
Não
86%
Este gráfico evidencia cada palavra dita pelos professores, e sua opinião quanto as
suas condições profissionais para receber os alunos PNEE’s em suas classes regulares de
ensino.
pontos, como a interação social, a quebra de preconceitos e a empatia mas, existem alguns
pontos que dificultam. Além da falta de preparo existem poucas iniciativas efetivas e práticas
por parte das entidades governamentais bem como das instituições educacionais no preparo de
Gráfico 3
29%
Nenhuma
Cursos
0% Socialização
71%
muito difícil devido as condições precárias tanto na parte pedagógica quanto física como
Gráfico 4
21%
0% Importante
Desnecessário
Inviável
79%
ser preparado para receber os PNEE’s nas classes regulares uma vez que aparentemente lhes
faltam subsídios? È preciso que toda a comunidade escolar viabilize esta preparação, seja no
âmbito administrativo ou mesmo no investimento pessoal, o que não se pode admitir é que a
mesma não aconteça. Todo esforço da parte do professor deveria ser envidado para maximizar
sua atuação, já que é natural de todo docente querer explorar o máximo de seus alunos.
percepções de quem produz a prática pedagógica. Pra que isso aconteça é preciso que o
professor tenha acesso ao conhecimento pois, o mesmo permite uma abertura para visão de
mundo no contexto da inclusão dos PNEE’s e que esse crescimento seja visto de forma
história, ao reconhecer-se como tal, pode traçar caminhos que possibilitem mudanças
e professor enfim para o ser humano, por isso a importância de possibilitar uma educação de
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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